https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/issue/feedAletria: Revista de Estudos de Literatura2024-12-02T15:25:12-03:00Stéphanie Paesperiodicosfaleufmg@gmail.comOpen Journal Systems<div id="journalDescription"> <p>A <em>Aletria: Revista de Estudos de Literatura</em><em> </em>é um periódico trimestral, com avaliação de pares, mantido pelo <a href="http://www.letras.ufmg.br/Poslit/01_ninicio_pgs/inicio_001.htm" target="_blank" rel="nofollow noopener">Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários</a> da <a href="http://www.letras.ufmg.br/site/" rel="nofollow">Faculdade de Letras</a> da <a href="https://www.ufmg.br/" rel="nofollow">Universidade Federal de Minas Gerais</a> (Brasil) desde 1993. Tem como missão fomentar a produção acadêmica sobre Estudos Literários e Culturais, permitindo a pesquisadores do Brasil e do exterior divulgarem suas pesquisas e contribuírem para o debate na área.</p> <div>A revista<em> Aletria </em>aceita, em fluxo contínuo, artigos inéditos em sua especialidade: ensaios sobre estudos literários e culturais e resenhas e recensões críticas de obras literárias e de obras científicas na área de literatura e teoria literária.</div> <p>Não se cobra dos autores pela publicação.</p> </div>https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/56062Editorial2024-11-25T16:51:26-03:00Marcos Antônio Alexandremarcosxandre@yahoo.comElen de Medeiroselendemedeiros@hotmail.com2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Marcos Antônio Alexandre, Elen de Medeiros (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/51774Ressonância – sobre o vanguardismo ecoliterário dos romantismos anglo-americano e alemão2024-08-23T17:28:37-03:00Klaus Friedrich Wilhelm Eggenspergerklausegge@gmail.com<p>O artigo apresenta o vanguardismo dos romantismos inglês, alemão e estadunidense sob uma perspectiva ecocrítica em combinação com a teoria social-filosófica do sociólogo Hartmut Rosa. Advogando por uma nova relação entre humanos e não-humanos, os românticos pretendiam superar o dualismo estabelecido com a modernidade europeia. O sujeito romântico é caracterizado por uma interioridade profunda ligada à experiência estética-afetiva da natureza, o que sustenta sua identidade. Trechos de ensaios, contos e poemas de românticos ingleses, alemães e americanos elucidam sua procura literária por uma nova correspondência entre o mundo natural e os seres humanos. Chega-se à conclusão que as ressonâncias literárias do romantismo histórico são influentes e têm mérito até hoje.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Klaus Friedrich Wilhelm Eggensperger (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/51587A tempestade desde o fundo do tinteiro, com Victor Hugo e Stéphane Mallarmé2024-08-19T10:12:34-03:00Marcelo Jacques de Moraesmjdemoraes@gmail.com<p>No poema “<em>Réponse à un acte d’accusation</em>” (1856), Victor Hugo sintetizou seus princípios poéticos com a imagem de uma ventania soprada a partir de “uma tempestade no fundo do tinteiro” sobre a tradição das formas fixas e da retórica clássicas e sobre o estado da língua francesa em geral, dividida, segundo ele, por uma perspectiva conservadora e de classe. Nosso objetivo aqui é retornar a essa “<em>rítmica</em>” da pena de Hugo, como a descreve Georges Didi-Huberman, e comentá-la a partir de uma outra “tempestade” produzida pela poesia, aquela, talvez menos romântica, ou mais serena, de Mallarmé, para quem a escrita deve abandonar o “tinteiro sem noite” para permitir que seus leitores reencontrem e reconheçam em si mesmos sua parte de “trevas”. O ensaio visa, enfim, a mostrar em que medida os dois poetas franceses contribuem decisivamente para a dessegregação definitiva entre prosa e poesia, entre gesto poético e gesto revolucionário.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Marcelo Jacques de Moraes (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/51772O simbolismo brasileiro como ruptura?2024-07-10T18:25:01-03:00Julio Cezar Bastoni da Silvajuliobastoni@ufc.br<p>O propósito deste artigo é refletir sobre as possibilidades de compreensão do simbolismo brasileiro como momento particular da constituição da poesia moderna no Brasil, considerando a obra de Cruz e Sousa, poeta central desse movimento, como paradigma de transformações estruturais posteriores na literatura brasileira. Desse modo, a partir de considerações recentes que reveem o papel das vanguardas brasileiras como ponto fundamental de ruptura estética, em especial a partir da obra dos autores que participaram ou orbitaram a Semana de Arte Moderna, procuramos destacar elementos presentes na produção poética finissecular que já evidenciavam traços de compreensão e incorporação de elementos da poesia moderna em sua prática. Assim, é possível perceber que aspectos ainda inauditos ou dispersos na consideração acerca do simbolismo brasileiro podem abrir caminhos para uma revisão de seu papel na historiografia literária brasileira.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Julio Cezar Bastoni da Silva (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/51734O romance histórico de expressão alemã e a sua circulação no estrangeiro2024-07-10T18:28:46-03:00Larissa de Assumpçãolarissadeassumpcao@gmail.com<p>O objetivo deste artigo é analisar a difusão das obras de Caroline Pichler e de Carl Franz van der Velde dentro do cenário oitocentista de circulação de impressos. Ambos eram autores de romances históricos – gênero que ganhou destaque na primeira metade do século XIX, época em que transformações sociais levaram povos de várias regiões a revisitar seu passado histórico. A análise foi desenvolvida com base em críticas literárias publicadas em periódicos de língua alemã, francesa, inglesa e portuguesa, bem como em catálogos de bibliotecas e anúncios de livreiros. Foram abordados três pontos principais: o contexto de produção das obras de Pichler e de van der Velde; a sua recepção no território de língua alemã e a sua circulação no estrangeiro. Conclui-se que as obras desses dois autores tiveram ampla circulação e foram bem avaliadas pela crítica literária devido à atenção que suscitaram ao misturar fatos históricos e ficção.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Larissa de Assumpção (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/51837Nas trincheiras da poesia moderna2024-03-28T20:52:08-03:00Renan Nuernbergerrenan.nuernberger@alumni.usp.br<p>O artigo propõe uma reflexão acerca do desenvolvimento da poesia moderna em sua relação contraditória com o engajamento político. Enfatizando as especificidades das vanguardas europeias na década de 1910, cujos procedimentos radicais e inovadores colocariam em questão a autonomia da forma artística, o artigo contrasta um poema futurista, no qual Filippo Marinetti celebra a própria guerra como “obra de arte”, e um poema dadaísta, no qual Hugo Ball parece encenar, pela falta de sentido, o desastre produzido pela Primeira Guerra Mundial. Por fim, compondo um triângulo comparativo, o artigo analisa um poema de Mário de Andrade, publicado em <em>Há uma gota de sangue em cada poema</em>, demonstrando como o então imaturo escritor brasileiro esboça uma posição singular no campo das artes do início de século XX.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Renan Nuernberger (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/51018A linguagem telegráfica 2024-08-29T12:14:36-03:00Natalia Aparecida Bisio de Araujonatalia.bisio@ufu.br<p>Este trabalho tem como objetivo analisar os diálogos entre as obras de Oswald de Andrade, Blaise Cendrars e Tarsila do Amaral a partir do princípio da “linguagem telegráfica”, o despojamento da expressão artística, próprio da modernidade. Enquanto os avanços da técnica anunciavam novas formas de comunicação, como a telegrafia, as vanguardas aderiam esse espírito de inovação, lançando a síntese e a simplicidade das linguagens artísticas como uma nova forma de expressão. Para a análise, consideraremos as obras <em>Feuilles de Route</em>, Pau Brasil e os croquis de Tarsila para ambas as obras. Como embasamento teórico, serão considerados os estudos sobre a estética vanguardista e modernista.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Natalia Aparecida Bisio de Araujo (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/51892Entre a objetividade e a fantasia2024-03-30T13:12:05-03:00Gabriela Siqueira Bitencourtgabriela.bitenc@gmail.com<p>Com uma atuação teórica intensa no início século XX, Alfred Döblin foi um autor que se dedicou ativamente a refletir sobre o romance. Este artigo parte de dois conceitos apresentados em “A construção da obra épica” (1928) para discutir a concepção de romance formulada na obra teórica de Döblin. Procura avaliar, ainda, como essa concepção dialoga com os debates artísticos da época. Para isso, começaremos apresentando dois conceitos-chave do ensaio: relato e fantasia. Em seguida, mostraremos como o uso do conceito de relato remonta a reflexões tecidas desde os primeiros escritos de Döblin e ao diálogo intenso com o Futurismo. Ponderaremos também acerca do conceito de fantasia e sua relação com as noções de objetividade/relato. Por fim, comentaremos como a mudança de peso conferida à relação entre os dois termos, em 1928, deve ser compreendida à luz do debate sobre o romance-reportagem da Nova Objetividade</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Gabriela Siqueira Bitencourt (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/51243Os tempos estão difíceis, tudo está de ponta-cabeça2024-02-14T12:11:34-03:00Luis Krauszlkrausz@usp.br<p>Este artigo discute as narrativas criadas por Veza Canetti no contexto da grave crise social, econômica, política e moral que atingiu a Áustria no período entreguerras. A destruição do Império Austro-Húngaro teve como uma de suas consequências um período de intensos conflitos políticos na Áustria, no qual o Partido Social-Democrata e as forças conservadoras travaram um embate. Empenhada no projeto reformista da social-democracia austríaca, que se opunha diametralmente ao protofascismo do Partido Cristão-Social, Veza Canetti foi uma autora militante que praticou uma literatura engajada na luta pela libertação dos oprimidos e no feminismo. Sua trajetória pessoal foi profundamente marcada pela prolongada crise austríaca, e sua vinculação à agenda da social-democracia deve ser compreendida a partir de sua tripla condição de exclusão da sociedade vienense como um todo: mulher numa sociedade patriarcal; judia numa sociedade antissemita; sefardi num mundo judaico dominado pelo judaísmo asquenazi.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Luis Krausz (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/51377Modernismo e Guerra Fria2024-07-10T18:51:02-03:00Leandro Pasinileandro.pasini@unifesp.br<p>Este artigo tem como objetivo investigar os desdobramentos da estética modernista na segunda metade do século XX no contexto da Guerra Fria e da descolonização em larga escala de países da África e da Ásia. Mais especificamente, aborda dois grupos literários em que a ideia de modernismo foi decisiva: a Escola Modernista (<em>Xiandaipai</em>) em Taiwan e o grupo da revista <em>Poesia</em> (<em>Shi‘r</em>) no Líbano, ambos atuando nas décadas de 1950 e 1960. De modo breve, aponta igualmente a continuidade do modernismo no fim dos anos 1970 e começo da década seguinte em espaços culturais antes dominados completamente pela estética do Bloco Oriental, como o Uzbequistão e a República Popular da China. Assim, é no interior dos intensos embates políticos, ideológicos e culturais entre 1950 e 1990 que a presença do modernismo é localizada.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Leandro Pasini (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/51919As muitas polêmicas de Christian Kracht2024-03-30T18:38:55-03:00Valéria Sabrina Pereiravaleriasabrinap@gmail.com<p>A principal característica da vanguarda é a ruptura, não raramente acompanhada de críticas ferozes e certo escândalo. Se há uma figura na literatura de língua alemã contemporânea cuja recepção é marcada tanto por grande expectativa ante aos novos lançamentos quanto por resenhas e comentários ácidos sobre suas publicações, esta certamente é Christian Kracht. Herdeiro arrogante, homofóbico e nazista ou questionador, (pós-)irônico e vítima de uma criação abusiva? Uma análise do que dizem (e rebatem) os críticos do autor e como ele tem utilizado a própria obra e suas preleções de poética em 2018 para responder às críticas deve nos auxiliar a compreender os jogos que se dão dentro do campo da arte, e como eles influenciam no nascimento das vanguardas.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Valéria Sabrina Pereira (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/51886A vanguarda dos relacionamentos amorosos2024-07-10T18:17:11-03:00Helmut Gallehelmut_galle@hotmail.com<p>Este artigo recorre ao autor Leif Randt e, em particular, ao seu último romance <em>Allegro Pastell</em>, para mostrar como obras singulares se destacam da corrente principal da literatura contemporânea de “fácil leitura”. Embora sejam a princípio realistas, elas oferecem mais do que uma simples duplicação da realidade contemporânea com seus clichês identitários. Em vez disso, o uso inteligente que Randt faz das formas de comunicação da mídia social e dos seus recursos linguísticos transforma essa realidade em algo estranho que convida a novas percepções. O fato de a geração do milênio também ter seus impulsos de vanguarda na sua abordagem da vida fica claro no enredo dos seus romances.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Helmut Galle (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/55883Apresentação2024-11-13T17:54:55-03:00Helmut Gallehelmut_galle@hotmail.comValéria Sabrina Pereiravaleriasabrinap@gmail.com2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Helmut Galle, Valéria Sabrina Pereira (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/51487Drummond e os vapores de um sequestro2024-08-01T11:54:13-03:00Maura Voltarelli Roquema_voltarelli@yahoo.com.br<p>Este artigo, de viés ensaístico, parte do poema “Desdobramento de Adalgisa”, de Carlos Drummond de Andrade, para colocar em movimento a hipótese de Mário de Andrade de que existiria um sequestro, isto é, um recalque do desejo nos primeiros livros do poeta. Diante da desmontagem de imagens que atravessa “Desdobramento de Adalgisa”, parece emergir um traço de histeria que prevê uma desordem do gesto poético. Em um segundo momento, mostramos como reverberações da histeria de Adalgisa se deixam notar na imaginação erótica, floral e metamórfica de <em>O amor natural</em> e também no aspecto indomável da orquídea-ninfa antieuclidiana que subverte os limites da geometria. Tal subversão pela imagem-desejo que é a orquídea permite concluir que o sequestro se transforma em outra coisa, assumindo novos contornos à medida que o desejo passa a existir como travessia no abismo, modo de insistência na vida e no mundo apesar da morte.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Maura Voltarelli Roque (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/51859A interseccionalidade trágica em Úrsula (1859), de Maria Firmina dos Reis2024-08-26T10:25:44-03:00Joyce Pereira Vieirajoyce.vieira@educacao.mg.gov.brNícea Helena de Almeida Nogueiranicea.nogueira@ufjf.br<p>O presente artigo tem como objetivo principal aplicar o conceito de interseccionalidade interligado com a ideia do trágico, conforme Terry Eagleton (2013), na análise da personagem Mãe Susana do romance firminiano <em>Úrsula</em> (1859). A partir dessa personagem, pode-se perceber a convergência de alguns eixos interseccionais de opressão social tais como gênero, raça, violência, privação de liberdade, usurpação de identidade e de pertencimento. A escravidão no Brasil Oitocentista foi uma ignomínia referendada tanto pelo governo quanto pela sociedade patriarcal da época, uma tragédia de proporção nacional. Partindo dos estudos de Patricia Hill Collins e Sirma Bilge (2021), bell hooks (2019) e Eduardo Duarte (2018), pretende-se realizar um estudo crítico dessa importante obra da literatura brasileira com foco na personagem escravizada supracitada. Dessa forma, para esse estudo, o método adotado pauta-se na realização de pesquisa bibliográfica com revisão da literatura relevante para fundamentar a proposta apresentada.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Joyce Pereira Vieira, Nícea Helena de Almeida Nogueira (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/48301Gênero, raça e classe social2024-08-01T11:57:26-03:00Silvana Alves dos Santossilvanaalvessantos@hotmail.comJozanes Assunção Nunesjozanesnunes@ufmt.br<p>Este trabalho tem por objetivo analisar os discursos que perpassam os contos “Maria” e “Pôncio e seus amores”, de Conceição Evaristo e Aldino Muianga, respectivamente, verificando como a escrita desses autores respondem ao feminismo interseccional das múltiplas dimensões de gênero, raça e classe social, a partir da “enformação” dada aos conteúdos e às formas que constituem as narrativas. Para tanto, toma como base a teoria bakhtiniana e estudos sobre a interseccionalidade, entre outros relacionados ao feminismo negro. A análise dialógica revela que os contos apresentam uma heterodiscursividade que expressa as axiologias e posições valorativas arrebanhadas do calor da ordem social, cultural e histórica, além de ratificar o entendimento de que mulheres negras se veem obrigadas a travar uma luta perene e agigantada para fugir das amarras do racismo, machismo, misoginia e de outras vertentes da desigualdade que as imprensam desde o período colonial.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Silvana Alves dos Santos, Jozanes Assunção Nunes (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/52999A aventura burguesa2024-06-14T11:53:19-03:00Laísa Marralaisamp@unicamp.br<p>O artigo apresenta uma leitura do romance <em>A falência</em>, de Júlia Lopes de Almeida, focando na maneira como a obra articula a noção de trabalho no período imediatamente posterior à Abolição. Nesse sentido, a trajetória do casal protagonista é compreendida dentro da relação entre trabalho e traição. Observa-se, além disso, o posicionamento das personagens na estrutura social colonialista brasileira de finais do século XIX conforme suas possibilidades de trabalho e ascensão social em termos de gênero, classe ou raça. Examinam-se, então, as implicações econômicas, os riscos de violência e os capitais envolvidos no casamento conforme a perspectiva das principais personagens femininas e em diálogo com abordagens feministas sobre o assunto.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Laísa Marra (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/49448Capitalismo como praga2024-07-11T12:05:41-03:00Atilio Bergamini Junioratiliobergamini@ufc.br<p>o ensaio se propõe a interpretar o romance <em>Água funda</em>, de Ruth Guimarães (1946), tendo como enquadramento teórico um conjunto de esculturas de Aleijadinho, além de recolha de uma lenda realizada pela própria autora. Ao final, ocorre um cotejo com as ideias de Antonio Candido a respeito da mudança social sofrida pelos “caipiras”. Em meio a esse diálogo, o ensaio analisa o método de construção do romance, argumentando que a lenda da Mãe de Ouro é o perdido fundamento simbólico da trama. A forma do romance aparece como figuração crítica do etnocídio sofrido pela cultura caipira em meio aos processos de modernização conservadora do latifúndio.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Atilio Bergamini Junior (Autor)https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/53454Un profano en el desierto2024-07-13T16:26:15-03:00Carolina Maranguellocaromaranguello@yahoo.com.ar<p>En gran parte de su obra ficcional y ensayística, Juan José Saer cuestiona los tópicos cristalizados del desierto a partir de un programa negativo que exacerba los efectos de ilegibilidad y detención. Se indagarán aquí las primeras formulaciones que adquirió esta representación en “El viajero” (<em>La mayor</em>, 1976) así como las articulaciones y desfases entre su modo de formalizar el paisaje y las diversas ocurrencias −literarias y visuales− de la imaginación territorial argentina. Por un lado se analizará cómo el argumento saeriano – y su borrador “A los viajeros ingleses” − retoma la tradición del viaje inglés – Francis Bon Head y Thomas Hutchinson − así como cuentos de Jorge Luis Borges, y se observará el lugar que ocupa el saladero en el espacio potencial que abren estas reescrituras. Por el otro, se considerará la singular experimentación sobre la prosa “agujereada” del relato, y su contigüidad material con una imagen relativamente inédita de la llanura.</p>2024-12-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Carolina Maranguello (Autor)