Prevalência das lesões de mucosa bucal e seu impacto na qualidade de vida de escolares

Autores

  • Luana Cristina Silva de Andrade Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
  • Eloísa Cesário Fernandes Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
  • Suelen Cristina da Costa Pereira Centro Universitário de João Pessoa
  • Carolina Carmo de Menezes Fundação Hermínio Ometto
  • Mauro Bezerra do Nascimento Júnior Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
  • Patrícia Bittencourt Dutra dos Santos Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.7308/aodontol/2020.56.e23

Palavras-chave:

Qualidade de vida, Patologia bucal, Mucosa bucal, Criança

Resumo

Objetivo: Avaliar a prevalência das lesões de mucosa bucal e seu impacto na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em crianças matriculadas nas escolas municipais de Caicó, Rio Grande do Norte (RN).

Métodos: Foram selecionados 71 escolares entre 8 a 10 anos de idade regularmente matriculados em Escolas Municipais de Caicó/RN. A amostra foi divida em dois grupos: Grupo lesão (GL): composto por 26 crianças com presença de lesões bucais e Grupo controle (GC): composto por 45 crianças que não apresentaram lesões bucais. A identificação das lesões bucais se deu pelo exame clínico com o auxílio de espátulas de madeira. As crianças responderam questionários (CPQ8-10) acerca da qualidade de vida relacionada à saúde bucal. Foi realizada a comparação intergrupos para a avaliação da qualidade de vida e seus componentes por meio do teste t. Em todos os testes foram adotados níveis de significância de 5%.

Resultados: A prevalência de crianças que apresentaram lesão de mucosa foi igual a 36,61%, (n = 26). Os tipos mais comuns de lesões foram úlceras aftosas 23,94% (n = 17) e mucocele com 5,63% (n = 4). Houve diferença estatisticamente significante para qualidade de vida entre os grupos avaliados. Pacientes sem lesões bucais apresentaram uma melhor qualidade de vida em detrimento ao grupo das lesões (p = 0,045).

Conclusão: Lesões bucais causam um impacto negativo na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em crianças de 8 a 10 anos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Silva PSL, Leão VML, Scarpel RD. Caracterização da população portadora de câncer de boca e orofaringe atendida no setor de cabeça e pescoço em hospital de referência na cidade de Salvador - BA. Rev CEFAC. 2009;11(3):441-7.

Ha WN, Kelloway E, Dost F, Farah CS. A retrospective analysis of oral and maxillofacial pathology in an Australian paediatric population. Aust Dent J. 2014;59:221-5.

Oliveira LJC, Torriani DD, Correa MB, Peres MA, Peres KG, Matijasevich A, et al. Oral mucosal lesions’ impact on oral healthrelated quality of life in preschool children. Community Dent Oral Epidemiol. 2015; 43(6):578-85.

Tarquinio SB, Oliveira LJ, Correa MB, Peres MA, Peres KG, Gigante DP, et al. Factors associated with prevalence of oral lesions and oral self-examination in young adults from a birth cohort in Southern Brazil. Cad Saude Publica. 2013; 29(1):155–64.

WHOQOL Group. The World Health Organization quality of life assessment (WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Soc Sci Med. 1995;41(10):1403-9.

Paula JS, Leite IC, Almeida AB, Ambrosano GM, Pereira AC, Mialhe FL. The influence of oral health conditions, socioeconomic status and home environment factors on schoolchildren’s self-perception of quality of life. Health Qual Life Outcomes. 2012;10(1):6.

Shulman JD. Prevalence of oral mucosal lesions in children and youths in the USA. Int J Paediatr Dent. 2005;15(2):89-97.

Aldrigui JM, Abanto J, Carvalho TS, Mendes FM, Wanderley MT, Bonecker M, et al. Impact of traumatic dental injuries and malocclusions on quality of life of young children. Health Qual Life Outcomes. 2011;9(1):78.

Locker D. Measuring oral health: a conceptual framework. Community Dent Health. 1988;5(1):3-18.

Gherunpong S, Tsakos G, Sheiham A, Developing and evaluating an oral healthrelated quality of life index for children; the CHILD-OIDP. Community Dent Health. 2004;21(2):161- 9.

Reisine ST. Theoretical considerations in formulating sociodental indicators. Soc Sci Med. Part A: Med Psychol Med Sociol. 1981;15(6):745-50.

Tekkesin MS, Tuna EB, Olgac V, Aksakallı N, Alatlı C. Odontogenic lesions in a pediatric population: Review of the literature and presentation of 745 cases. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2016;86: 196-9.

Martins MT, Ferreira FM, Oliveira AC, Paiva SM, Vale MP, Allison PJ. Preliminary validation of the Brazilian version of the Child Perceptions Questionnaire 8-10. Eur J Paediatr Dent. 2009;10(3):135-40.

Tais SB, Marcia DSV, Maria BDG. Qualidade de vida e saúde bucal em crianças - Parte I: versão brasileira do Child Perceptions Questionnaire 8-10. Cien Saude Colet. 2011;16(10):4077-85.

World Health Organization. Oral health surveys: basic methods. 4th ed. 1997.

Bessa CF, Santos PJB, Aguiar MCF, Carmo MAV. Prevalence of oral mucosal alterations in children from 0 to 12 years old. J Oral Pathol Med. 2004;33 (1):17-22.

Barbosa TS, Tuureli MC, Gavia MB. Validity and reliability of the Child Perceptions Questionnaires applied in Brazilian children. BMC Oral Health. 2009;9(1):13.

Joseph BK, Ali MA, Dashti H, Sundaram DB. Analysis of oral and maxillofacial pathology lesions over an 18-year period diagnosed at Kuwait University. J Investig Clin Dent. 2019;10(4):e12432.

Lima-Rivera LM, Dabus M, Pompeo DD, Franzolin SOB, Santos PL, Paranhos LR. Prevalência de lesões bucais em crianças de 6 a 12 anos. Salusvita. 2016;35 (3):411- 22.

Fávaro DM. Ulceração aftosa recorrente em crianças: revisão I. Classificação, aspectos clínicos, epidemiologia, etiologia. Rev Clin Pesq Odontol. 2004;1 (1):11-7.

Bulgareli JV, Faria ET, Cortellazzi KL, Guerra LM, Menighim MC, Ambrosano GMB, et al. Factors influencing the impact of oral health on the daily activities of adolescents, adults and older adults. Rev Saude Publica. 2018;52:44.

Vasconcelos AC, Aburad C, Lima IFP, Santos SMM, Freitas Filho SAJD, Franco A, et al. A scientific survey on 1550 cases of oral lesions diagnosed in a Brazilian referral center. An Acad Bras Cienc. 2017; 89(3):1691-7.

Silva LVO, Arruda JAA, Martelli SJ, Kato CNAO, Nunes LFM, Vasconcelos ACU, et al. A multicenter study of biopsied oral and maxillofacial lesions in a Brazilian pediatric population. Braz Oral Res. 2018;32.

Bezerra S, Costa I. Oral conditions in childrens from birth to 5 years: the findings of a children’s dental program. J Clin Pediatr Dent. 2000;25(1):79-81.

Santos PSS, Mariano M, Kallas MS, Vilela MCN. Impacto da remoção de biofilme lingual em pacientes sob ventilação mecânica. Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(1):44-8.

López JP, Camacho AM, Lucero BM. Medindo o impacto da doença da mucosa oral na qualidade de vida. Eur J Dermatol. 2009;19(6):603-6.

Cabral IRS, Branco CMCC, Granville-Garcia AF, Firmino RT, Tôrres BO, Ferreira JMS. Impacto da saúde bucal na qualidade de vida de escolares do município de pequeno porte da Paraíba. Odonto. 2015;23(45-46): 47-55.

Barasuol JC, Santos PS, Moccelini BS, Magno MB, Bolan M, Martins-Junior PA, et al. Association between dental pain and oral health-related quality of life in children and adolescents: a systematic review and metaanalysis. Community Dent Oral Epidemiol. 2020;48(4):257-63.

Ünür M, Kayhan KB, Altop MS, Metin ZB, Keskin Y. The prevalence of oral mucosal lesions in children: a single center study. J Istanb Univ Fac Dent. 2015;49(3):29.

Llewellyn CD, Warnakulasuriya S. The impact of stomatological disease on oral health-related quality of life. Eur J Oral Sci. 2003;111(4):297-304.

Downloads

Publicado

2020-08-26

Como Citar

Andrade , L. C. S. de, Fernandes, E. C., Pereira , S. C. da C., Menezes, C. C. de, Nascimento Júnior, M. B. do, & Santos , P. B. D. dos. (2020). Prevalência das lesões de mucosa bucal e seu impacto na qualidade de vida de escolares. Arquivos Em Odontologia, 56. https://doi.org/10.7308/aodontol/2020.56.e23

Edição

Seção

Artigos