Estimativa da idade pela mineralização dentária utilizando o método de Nicodemo, Morais e Médici Filho (1974) em população portuguesa

Autores

  • Samilly Silva Miranda Universidade Estadual de Feira de Santana
  • Diana Margarida Prata das Neves Universidade de Coimbra
  • Frederico José da Silva Gomes Universidade de Coimbra
  • Ana Teresa Corte-Real Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.7308/aodontol/2015.51.3.06

Palavras-chave:

Odontologia forense, Identificação médico-legal, Ortopantomografia

Resumo

Objetivo: O presente trabalho propõe-se analisar a aplicabilidade do método radiográfico de estimativa da idade de Nicodemo, Moraes e Médici Filho (1974), numa população juvenil portuguesa.

Material e Métodos: Foi analisada, em 43 panorâmicas, a cronologia da mineralização dos dentes permanentes, segundo o método proposto. A população em estudo corresponde a 43 crianças e adolescentes, 24 do sexo masculino e 19 do sexo feminino, de nacionalidade portuguesa, residentes no distrito de Coimbra e com idades compreendidas entre 6 e 11 anos. Os procedimentos de análise incluíram análise descritiva, pela obtenção de frequências simples e relativas, bem como as medidas de média aritmética e desvio padrão para os intervalos de idade.

Resultados: A análise dos resultados obtidos permitiu estimar a idade em 71,0% (31) dos participantes. Quanto ao sexo, observou-se que em 75,0% das panorâmicas analisadas do sexo masculino, a idade cronológica situava-se no intervalo encontrado. No que concerne ao sexo feminino, verificou-se que 68,4% das idades estavam entre os intervalos obtidos. Ao se obter as médias das idades com seus respectivos desvios padrões, observa-se que a idade estimada, compreendida entre 96-108 meses, apresentou-se muito próxima da idade cronológica.

Conclusão: Os dados sugerem que a avaliação da estimativa da idade em população portuguesa, por este método, pode auxiliar no processo de identificação. No entanto, faz-se necessário adaptações para esta população, nas idades que foram subestimadas ou superestimadas, além de uma equipe com maior experiência na utilização do método.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Peres AS, Peres SHCS, Nishida CL, Grandizoli DK, Ribeiro IWJ, Gobbo LG, et al. Peritos e perícias em Odontologia. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo. 2007; 19(3):320-4.

Silva M. Compêndio de Odontologia Legal. São Paulo: Medsi; 1997.

Caldas IM, Magalhães T, Afonso A. Establishing identity using cheiloscopy and palatoscopy. Forensic Sci Int. 2007;165(1):1-9.

Schmeling A, Reisinger W, Geserik G, Olze. Age estimation of unaccompanied minors – Part I. General considerations. Forensic Sci Int. 2006; 159(1):61-4.

Carvalho SPM, Silva RHA, Lopes-Júnior C, Peres AS. A utilização de imagens na identificação humana em odontologia legal. Radiol Bras. 2009;42(2):125–30.

Meinl A, Huber CD, Tangl S, Gruber GM, Teschler- Nicola M, Watzek G. Comparison of the validity of three dental methods for the estimation of age at death. Forensic Sci Int. 2008; 4178(2-3):96-105.

Cardozo HF, Silva M. Estimativa da idade pelo exame dos dentes. In: Silva M. Compêndio de odontologia legal. São Paulo, 1997. p. 125-48.

Garamendi PM, Landa MI, Ballesteros J, Solano MA. Reliability of the methods applied to assess age minority in living subjects around 18 years old - A survey on a Moroccan origin population. Forensic Sci Int. 2005;154(1):3-12.

Liversidge HM, Lyons F, Hector MP. The accuracy of three methods of age estimation using radiographic measurements of developing teeth. Forensic Sci Int. 2003;131(1):22-9.

Chaillet N, Willems G, Demirjian A. Dental maturity in Belgian children using Demirjian’s method and polynomial functions: new standard curves for forensic and clinical use. J Forensic Odontostomatol. 2004; 22(2):18-27.

Nicodemo RA, Moraes LC, Médici FE. Tabela cronológica da mineralização dos dentes permanentes entre brasileiros. Rev Fac Odont São José dos Campos. 1974; 3(1):55-6.

Gonçalves ACS, Antunes JLF. Estimativa da idade em crianças baseada nos estágios de mineralização dos dentes permanentes, com finalidade Odontolegal. Rev. Odontologia e Sociedade. 1999; 1(1/2):55-62.

Oliveira OF, Fernandes MM, Daruge Júnior E, Melani RFH, Paranhos LR. Estimativa da idade por meio de radiografias panorâmicas. RGO - Rev Gaúcha Odontol. 2010; 58(2):203-6.

Cardoso H. Differential sensitivity in growth and development of dental and skeletal tissue to environmental quality. ArquiMed. 2007; 21(1):19-23.

Oliveira FT, Capelozza ALA, Lauris JRP, Bullen IRFR. Mineralization of mandibular third molars can estimate chronological age - Brazilian indices. Forensic Science International. 2012; 219(1-3):147-50.

Bagherian A, Sadeghi M. Assessment of dental maturity of children aged 3.5 to 13.5 years using the Demirjian method in an Iranian population. J Oral Sci. 2011; 53(1):37-42.

Chertkow S. Tooth mineralization as an indicator of the pubertal growth spurt. Am J Orthod. 1980; 77(1):79-91.

Karaday B, Afsin H, Ozaslan A, Karaday S. Development of dental charts according to tooth development and eruption for Turkish children and young adults. Imaging Science in Dentistry. 2014; 44(2):103-13.

Oliveira FT, Capelozza AL, LaurisJR, de Bullen IR. Mineralization of mandibular third molars can estimate chronological age - Brazilian indices. Forensic Sci Int. 2012; 219(1-3):147-50.

Liversidge HM, Lyons F, Hector MP. The accuracy of three methods of age estimation using radiographic measurements of developing teeth. Forensic Sci Int. 2003;131(1):22-9.

Gundim AC, Sousa AP, Silva JC, Oliveira R, Yamamoto-Silva FP, Silva BSF. Estágio de mineralização dos terceiros molares e sua relação com a idade cronológica: uma amostra da população do Centro-Oeste do Brasil. Rev Odontol UNESP. 2014; 43(5):294-8.

Downloads

Publicado

2016-06-14

Como Citar

Miranda, S. S., Neves, D. M. P. das, Gomes, F. J. da S., & Corte-Real, A. T. (2016). Estimativa da idade pela mineralização dentária utilizando o método de Nicodemo, Morais e Médici Filho (1974) em população portuguesa. Arquivos Em Odontologia, 51(3). https://doi.org/10.7308/aodontol/2015.51.3.06

Edição

Seção

Artigos