Papagaios de papel

Autores

  • Eneida Maria de Souza Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo

Macunaíma, o grande desconstrutor de linguagens, ao voltar de canoa para o Uraricoera traz, na mala o contrabando de signos de diferentes origens e, entre os mais visíveis, um casal de galinhas Legome, um revólver Smith Wesson e um relógio Pathek Philipe. Transfonna São Paulo em bicho preguiça de pedra, como se estivesse inscrevendo, nesse gesto mágico, o epitáfio da civilização do trabalho. O desejo de apagar essa imagem não impede que se apodere de seus restos culturais, produtos importados que funcionam, emblematicamente, como o traço de ambivalência de Macunaíma, situado no limite entre a civilização e a barbárie.

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Publicado

2017-06-30

Edição

Seção

Artigos