Cadernos de Pesquisa
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<span style="color: #000000; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; display: inline !important; float: none; background-color: #ffffff;">Revista do antigo Departamento de Linguística e Teoria da Literatura da<span class="Apple-converted-space"> </span></span><a style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff;" href="http://www.letras.ufmg.br/site/">Faculdade de Letras</a><span style="color: #000000; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; display: inline !important; float: none; background-color: #ffffff;"><span class="Apple-converted-space"> </span>da<span class="Apple-converted-space"> </span></span><a style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff;" href="https://www.ufmg.br/">Universidade Federal de Minas Gerais</a><span style="color: #000000; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; display: inline !important; float: none; background-color: #ffffff;"><span class="Apple-converted-space"> </span>(Brasil), publicada entre 1978 e 1994</span>pt-BRCadernos de Pesquisa0101-3548Apresentação
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.Eneida Maria de Souza
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2017-06-302017-06-3034724Machado de Assis: Dom Casmurro - da mortedo amor
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<p>Através de Machado de Assis, a Civilização Ocidental encontrou, no<br />Brasil, o seu mais legítimo crítico. Não pretendo, porém, fixar-me na<br />sua maneira de ver a civilização, fato de que tem se ocupado parte da<br />crítica, nas mais diferentes épocas em que tem sido escrita. Quero<br />fixar-me na maneira amorosa, sensual, com que Machado se relaciona<br />com os objetos-livros que produziu. Atenho-me aos romances,<br />naquilo que se pode concluir sobre a busca de acabamento estético e<br />a tentativa de transformar o produto material em algo tão perfeito<br />quanto o texto escrito. É a partir de Machado que fica consagrada<br />uma das marcas da expressão brasileira, a criação de uma nova vertente<br />literária, que poderá ser comprovada em outros autores, com a<br />formação de uma tradição. Na Advertência a uma nova edição de<br /><strong>Helena</strong>, em 1905, Machado afirma que <em>cada obra pertence ao seu</em><br /><em>tempo</em>, pensamento que vai nortear minha leitura dos autores escolhidos,<br />como objetos de análise neste texto.</p>Eneida Maria de Souza
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2017-06-302017-06-30342547Mário de Andrade Amar, Verbo Intrasitivo - Duas mesas: da impossibilidade do amor
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<p>Nessa espécie de colofão, Mário de Andrade faz a indicação de uma<br />série de elementos da maior importância: o ano de publicação de<br /><strong>Macunaima</strong>, o número de exemplares da tiragem, a data, a não indi</p><p>cação de uma casa editora, apesar de colocar o endereço da tipografia<br />onde o livro foi produzido. Até 1944, o conhecimento de Macunaírna<br />só poderia ser obtido através da leitura de um desses oitocentos exemplares.<br />Um deles foi ofertado por Mário de Andrade a Murilo Rubião,<br />no qual o autor escreveu esta dedicatória: Ao Murilo Rubião, deste<br />seu amigo, Mário de Andrade. São Paulo, XII, 1944. Nesse mesmo<br />ano iria surgir a 2ª edição, com o texto definitivo de Macunaima<br />(última edição em vida do autor), onde se podem observar pequenas<br />substituições de palavras e correções de erros de imprensa. Mas na<br />definição do texto iriam predominar sobretudo os cortes: quatro parágrafos<br />do Capítulo III, a supressão de um longo trecho do primitivo<br />Capítulo XI - As três normalistas - que se fundiu com o seguinte<br />-- A velha Ceuici; também o Capítulo IX - Carta p'ràs Icamiabas<br />- sofreu algumas alterações. </p>Eneida Maria de Souza
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2017-06-302017-06-30344963Guimarães Rosa Grande Sertão: Veredas - Das imagens visuais do amor e da morte
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<p>O processo de escrita de Grande sertão: veredas nos reaproxima daqueles chamados livros artesanais antigos pela contínua intervenção das mãos e das intenções autorais. Guimarães Rosa acompanhou e orientou o trabalho de Poty na execução das ilustrações, tal qual aparecem nas capas, orelhas, páginas que antecedem o início do texto, a partir da segunda edição da José Olympio. A primeira edição, na bela capa em que predominam os sertanejos verdes, dos olhos de Diadorim, já traz um desenho de Poty. "Como veremos mais tarde, nem sempre a colaboração de outras mãos terão o sentido interpretativo e auxiliar da leitura de Poty", orientada por Guimarães Rosa. </p>Eneida Maria de Souza
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2017-06-302017-06-30346566Desenhos Textuais
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<p>Grande sertão: veredas se caracteriza por uma profunda preocupação<br />com a dimensão estética da escrita, trabalhada em quase todos os<br />níveis, dirigida pela perspicácia, criatividade e inventividade na relação<br />do narrador com a matéría narrada. Nos textos citados neste seminário,<br />as narrações são feitas por um narrador, porta-voz do pseudonarrador-<br />personagem e portador das intenções autorais. No caso concreto<br />de <strong>Grande sertão</strong>: veredas, Riobaldo é numa primeira instância<br />o narrador do texto, o contador da história oralmente imaginada.<br />Essa história é trabalhada pelo segundo narrador, que possui conhecimentos<br />e intenções que estilizam e ultrapassam os parcos recursos<br />expressivos do primeiro e os limites de uma escrita puramente<br />mimética em relação ao narrado. Esse narrador atualiza obviamente as intenções autorais do próprio Guimarães Rosa, que deseja com sua obra imprimir as suas marcas no processo de formação de um segmento artístico de nosso país, no caso a nossa literatura. A linguagem de <strong>Grande sertão: veredas</strong> se exibe como um reflexo de ambições autorais no processo de uma escrita brasileira de nossa literatura que se coloca, ao mesmo tempo, lado a lado com as grandes realizações da Literatura Ocidental e exige a total participação do leitor para a montagem dos seus vários e passiveis sentidos." Continuadora de uma tradição iniciada por Machado de Assis, a escrita de <strong>Grande sertão: veredas</strong> pressupõe um reposicionamento critico diante daquela literatura. Tal leitura é renovada com o diálogo especifico com textos produzidos no Brasil, como os já citados, diferentes na sua realização, mas acordes nas finalidades que pretendem atingir.</p>Eneida Maria de Souza
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2017-06-302017-06-30346676Iluminuras e vinhetas
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<p>Se alguém se propusesse a "ver" as páginas de <strong>Grande sertão: veredas</strong> com a curiosidade com que uma criança procura as ilustrações de um livro, certamente teria sua atenção voltada para um excesso de elementos que se exibem ao simples olhar: aspas, travessões, combinações de sinais de pontuação, uma quantidade imensa de palavras escritas em itálico, inserção de formas poemáticas, letra capitular e ornatos tipográficos, a tarja negra do início e a vinheta de remate, o grande símbolo final do infinito. Alguns desses elementos já foram abordados na primeira parte deste trabalho. Quero agora me referir particularmente aos escritos em itálico, que terão um estatuto bem definido nas folhas do livro.</p>Eneida Maria de Souza
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2017-06-302017-06-30347692