O último limiar

Autores

  • Imaculada Kangussu

DOI:

https://doi.org/10.17851/2179-8478.0.2.46-58

Palavras-chave:

Limiar, Dialética, Messiânico, Semântica.

Resumo

O presente texto tem duas partes e revela como nos últimos dias de Walter Benjamin o espaço vital a sua volta foi estreitando-se a ponto de levá-lo ao suicídio. Esse último limiar configura historicamente uma situação pessoal totalmente aporética, e tão desesperada que força o pensamento, diante da estreiteza do mundo material, a figurar saídas míticas quando a própria possibilidade de salvação – e ela existia – era tão remota e dependente de tantas contingências, articulações e acasos incomensuráveis que parecia um milagre, uma ação do próprio Messias. Na primeira parte, apresenta-se a teoria da salvação messiânica presente na cabala hassidica, a qual, segundo Gershom Scholem, foi estudada por Benjamin. Julgamos, com isso, lançar luz sobre as abundantes metáforas religiosas presentes nos últimos textos do filósofo. Na segunda parte, descreve-se o inferno material vivido pelo pensador no fim de sua breve vida e a produção teórica criada nessa situação final.

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Publicado

2010-12-31

Como Citar

Kangussu, I. (2010). O último limiar. Cadernos Benjaminianos, (2), 46–58. https://doi.org/10.17851/2179-8478.0.2.46-58

Edição

Seção

Artigos