Primo Levi, leitor de Freud: O falseamento das lembranças e o testemunho

Autores

  • João Emiliano Fortaleza de Aquino

DOI:

https://doi.org/10.17851/2179-8478.0.7.115-131

Resumo

A proposta deste artigo é aproximar as considerações de Primo Levi, em seu último escrito de testemunho, I sommersi e i salvati (1987), das posições de Freud sobre a memória, a lembrança e o esquecimento. A teoria freudiana sobre o esquecimento, apresentada com base no princípio do prazer, é retomada por Primo Levi em suas próprias reflexões sobre as dificuldades do testemunho, reconhecida a memória como uma “fonte suspeita”. E, contudo, o testemunho só pode contar com a memória. Em Primo Levi, encontramos a possibilidade de pensar uma contratendência ao esquecimento na necessidade política do testemunho, com base na atenção ao presente. Ora, para Freud, a lembrança, falseada ou não, é sempre uma produção do presente.

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Publicado

2013-12-31

Como Citar

Aquino, J. E. F. de. (2013). Primo Levi, leitor de Freud: O falseamento das lembranças e o testemunho. Cadernos Benjaminianos, (7), 115–131. https://doi.org/10.17851/2179-8478.0.7.115-131