O campo de extermínio como paradigma do poder soberano na contemporaneidade

Autores

  • Estenio Ericson Botelho Azevedo

DOI:

https://doi.org/10.17851/2179-8478.0.7.77-88

Resumo

Em O que resta de Auschwitz, Agamben concebe um novo patamar da experiência biopolítica, em que o estado de exceção como norma traz consigo o “muçulmano” como figura exemplar. O que caracteriza a biopolítica na contemporaneidade para Agamben é menos a oposição, no sentido clássico, entre vida nua e forma de vida, ou ainda, a indistinção entre elas, própria ao moderno. O que o campo revela é que no homem pode haver uma cisão ainda mais profunda: nesta, a vida orgânica se isola da vida animal, produzindo-se assim uma mera existência destituída de humanidade. Esta é a figura do “muçulmano”, na qual se constitui o apartamento do não-humano com relação ao humano. A partir da experiência dos campos de concentração (e extermínio), o biopoder é capaz de ultrapassar o limite da vida animal do homem ao produzir essa separação no interior da própria vida humana.

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Publicado

2013-12-31

Como Citar

Azevedo, E. E. B. (2013). O campo de extermínio como paradigma do poder soberano na contemporaneidade. Cadernos Benjaminianos, (7), 77–88. https://doi.org/10.17851/2179-8478.0.7.77-88