Um deserto de palavras, uma biblioteca de areia: a coleção em Benjamin e Calvino
DOI:
https://doi.org/10.17851/2179-8478.1.8.24-33Palavras-chave:
coleção, Walter Benjamin, Italo Calvino.Resumo
Neste texto, pretende-se refletir sobre a relação enigmática estabelecida entre um colecionador e as peças de sua coleção, como um encontro fortuito e marcado pelo desejo. Assim, por ser sempre uma escolha casual e pessoal, qualquer quinquilharia pode interessar ao colecionador, que vê nesta um resumo do mundo. Entre a dispersão e o vazio, a desordem e a ordem, funda-se uma coleção como promessa de uma perenidade que sempre se dissipa em seu propósito. Por isso dois emblemas guiarão este estudo: o da biblioteca e o do deserto, símbolos ao mesmo tempo do infinito e da incompletude. Como essas imagens nos remetem ao solitário espaço da linguagem, analisaremos dois paradigmáticos escritores, Walter Benjamin e Italo Calvino, por terem sido em vida colecionadores de palavras.Downloads
Publicado
2016-05-27
Edição
Seção
Artigos
Como Citar
Um deserto de palavras, uma biblioteca de areia: a coleção em Benjamin e Calvino. (2016). Cadernos Benjaminianos, 8, 24-33. https://doi.org/10.17851/2179-8478.1.8.24-33