Balzac, Machado e a teoria dos espectros
DOI:
https://doi.org/10.17851/2179-8478.13.2.359-372Palavras-chave:
Machado de Assis, teoria dos espectros, inconsciente óticoResumo
Neste artigo procura-se discutir alguns aspectos da ficção machadiana a partir de uma teoria em voga no século XIX, “a teoria dos espectros” – que se desenvolveu por meio do interesse de Balzac na "fisiognomonia” (“arte de conhecer o caráter humano pelas feições do rosto”) e de alguma forma repercutiu no conceito benjaminiano de “inconsciente ótico”, que o filósofo desenvolveu em suas reflexões sobre a fotografia e Rosalind Krauss retomou décadas mais tarde. O artigo percorre certas passagens de Esaú e Jacó relacionadas à personagem de Flora a respeito de imagens “fantasmagóricas e demoníacas”, e também procura associar as Memórias póstumas de Brás Cubas, assim como alguns contos do autor fluminense, a exemplo de “Galeria póstuma”, ao debate da história da fotografia e da pintura sobre o subgênero “retrato mortuário”. O que se propõe, em linhas gerais, é indicar certas maneiras como Machado pôde captar, ainda no século XIX, uma espécie de energia onírica, diria Benjamin, ligada aos fantasmas.Downloads
Não há dados estatísticos.
Downloads
Publicado
2018-08-16
Como Citar
da Rosa, V. (2018). Balzac, Machado e a teoria dos espectros. Cadernos Benjaminianos, 13(2), 359–372. https://doi.org/10.17851/2179-8478.13.2.359-372
Edição
Seção
Varia