Balzac, Machado e a teoria dos espectros

Autores

  • Victor da Rosa Universidade Estadual Paulista (UNESP). São José do Rio Preto, São Paulo / Brasil PNPD (Capes)

DOI:

https://doi.org/10.17851/2179-8478.13.2.359-372

Palavras-chave:

Machado de Assis, teoria dos espectros, inconsciente ótico

Resumo

Neste artigo procura-se discutir alguns aspectos da ficção machadiana a partir de uma teoria em voga no século XIX, “a teoria dos espectros” – que se desenvolveu por meio do interesse de Balzac na "fisiognomonia” (“arte de conhecer o caráter humano pelas feições do rosto”) e de alguma forma repercutiu no conceito benjaminiano de “inconsciente ótico”, que o filósofo desenvolveu em suas reflexões sobre a fotografia e Rosalind Krauss retomou décadas mais tarde. O artigo percorre certas passagens de Esaú e Jacó relacionadas à personagem de Flora a respeito de imagens “fantasmagóricas e demoníacas”, e também procura associar as Memórias póstumas de Brás Cubas, assim como alguns contos do autor fluminense, a exemplo de “Galeria póstuma”, ao debate da história da fotografia e da pintura sobre o subgênero “retrato mortuário”. O que se propõe, em linhas gerais, é indicar certas maneiras como Machado pôde captar, ainda no século XIX, uma espécie de energia onírica, diria Benjamin, ligada aos fantasmas.

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Biografia do Autor

Victor da Rosa, Universidade Estadual Paulista (UNESP). São José do Rio Preto, São Paulo / Brasil PNPD (Capes)

Doutor em Literatura pela UFSC, onde estudou a ficção de Machado de Assis. Realizou pós-doutorado na UFSC.

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Publicado

2018-08-16

Como Citar

da Rosa, V. (2018). Balzac, Machado e a teoria dos espectros. Cadernos Benjaminianos, 13(2), 359–372. https://doi.org/10.17851/2179-8478.13.2.359-372