Walter Benjamin e Roland Barthes às margens da escritura
DOI:
https://doi.org/10.17851/2179-8478.14.1.87-102Palavras-chave:
Roland Barthes, Walter Benjamin, escritura, limiar.Resumo
Resumo: A noção de escritura, desenvolvida por teóricos como Roland Barthes,
Jacques Derrida e Maurice Blanchot, no século XX, possui um lugar medular na
teoria da literatura e na crítica literária. O presente trabalho propõe um cotejamento entre a teoria de Walter Benjamin e de Roland Barthes no que concerne à escritura. Tomando alguns traços principais da escritura, analisados por Barthes, em conjunto com o pensamento de Benjamin acerca da narração, do declínio da experiencia e de algumas obras da literatura moderna – como a obra de Proust– é possível elucidar de que forma a escritura, operando como um limiar (Schwelle), escapa à rigidez das fronteiras que separam o pessoal e o histórico, a ordem comum do individualismo, a experiência da vivência.
Palavras-chave: Roland Barthes; Walter Benjamin; escritura; limiar.
Abstract: The notion of writing, developed by theorists such as Roland Barthes, Jacques Derrida and Maurice Blanchot, in the 20th century, has a fundamental place when it comes to literary theory and literary criticism. This work proposes a collating between Walter Benjamin’s and Roland Barthes’ theory concerning writing. Taking some main features of writing, analyzed by Barthes, together with Benjamin’s thought about narration, the decline of experience and some modern literary works – such as Proust’s oeuvre – it is possible to elucidate how writing, working as a threshold (Schwelle), escapes from the rigidity of the borders that separate the personal and the historical, the common order and individualism, experience and “inner lived experience”.
Keywords: Roland Barthes; Walter Benjamin; writing; threshold.