Injúria hermética: A ruína paralisante da forma / Hermetic Injury: The Paralyzing Ruin of Form

Autores

  • Paulo Eduardo Bittencourt Fausto Universidade Federal de Minas Gerais
  • Gustavo Silveira Ribeiro Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.17851/2179-8478.15.2.113-128

Palavras-chave:

Drummond, sobrevivência, latência, melancolia, poesia, survival, latency, melancholy, poetry.

Resumo

Resumo: Este ensaio visa elaborar uma interpretação de um dos poemas da obra Claro Enigma (1951), de Carlos Drummond de Andrade, intitulado “Oficina Irritada”. Recuperando a forma do soneto, Drummond reaparece em mais um de seus poemas metalinguísticos, em que explora, dessa vez, alguns recursos e imagens clássicos, não abrindo mão de suas características marcantes, como a ironia e a melancolia. Tendo como substrato teórico os conceitos como os de “sobrevivência” e “latência”, respectivamente formulados por Didi-Huberman e Hans Ulrich Gumbrecht, a análise se dá sob o viés da fantasmagoria, a fim de demonstrar como são mobilizadas no referido poema formas e tempos distintos, sob o signo da paralisia. Após uma longa contextualização acerca dos conceitos e do momento histórico no qual se insere esse título da obra drummondiana, pode-se inferir que não somente o poema apresenta questões de seu tempo como também as transcendo, trazendo reflexões sobre a própria composição poética em um tempo de catástrofe absoluta.

Palavras-chave: Drummond; sobrevivência; latência; melancolia; poesia.

Abstract: This essay intends to elaborate an interpretation of one of the poems from Claro Enigma (1951), written by Carlos Drummond de Andrade, named “Oficina Irritada”. Reclaiming de sonnet’s form, Drummond reappears in one more of his metalinguistic poems, in which he explores some classic resources and images, not giving up on his main characteristics, such as irony and melancholy. Having as a supporting theory the concepts such as “survival” and “latency”, respectively formulated by Didi-Huberman and Hand Ulrich Gumbrecht, the analysis is built under the bias of phantasmagoria, by means to demonstrate how different forms and times are mobilized in the referred poem, under the sign of paralysis. After a long explanation about the concepts and the historical context in which this title of Drummond’s work is at, it may be inferred that not only the poem shows issues of his time, but also transcends them, bringing reflections about poetry composition in an age of absolute catastrophe.

Keywords: Drummond; survival; latency; melancholy; poetry.

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Biografia do Autor

Paulo Eduardo Bittencourt Fausto, Universidade Federal de Minas Gerais

Bacharelando em Letras, com ênfase em Estudos Literários.

Gustavo Silveira Ribeiro, Universidade Federal de Minas Gerais

Professor adjunto do departamento de Literatura Brasileira da Faculdade de Letras.

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Publicado

2020-03-13

Como Citar

Fausto, P. E. B., & Ribeiro, G. S. (2020). Injúria hermética: A ruína paralisante da forma / Hermetic Injury: The Paralyzing Ruin of Form. Cadernos Benjaminianos, 15(2), 113–128. https://doi.org/10.17851/2179-8478.15.2.113-128

Edição

Seção

Dossie Poesia e Catástrofe