Melo, B. M. D. et al.
8
Cad. Ciênc. Agrá., v. 11, p. 01–08, 2019. e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 1984-6738
Outro aspecto relevante da utilização do NDVI
é possibilidade de indicação de períodos de visitação
turística no tocante ao aspecto da vegetação. Demandas
turísticas estão relacionadas com o que Neiman et al.
(2011) definem como Imagem de Destino, a qual cor-
responde à percepção do turista em relação aos ganhos
obtidos com a viagem e que é construída a partir das
informações sobre os locais de destino. Nesse sentido,
ações de divulgação do ecoturismo na região podem
ser mais efetivas se houver um relacionamento entre o
período do ano e as paisagens que serão observadas pelo
turista. Avaliando-se as Figuras 2 e 3 é possível definir os
períodos de dezembro até abril como sendo aquele cuja
vegetação estará mais vigorosa. Já o período de junho a
outubro é aquele cuja vegetação estará mais seca.
Conclusão
Diante dos resultados encontrados, é possível
concluir que:
- a vegetação na APA do Rio Pandeiros sofre grande in-
fluência do regime pluviométrico;
- há uma distinção evidente entre a cobertura da vege-
tação ao longo dos meses;
- as cenas paisagísticas observadas pelos turistas variam
em função da época de visitação da APA;
- o índice de vegetação por diferença normalizada pode
auxiliar gestores de unidades de conservação quanto ao
planejamento das atividades de ecoturismo.
Agradecimentos
Os autores agradecem à Universidade Federal
de Minas Gerais e à Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de Minas Gerais pelo apoio técnico e financeiro.
Financiamento
O trabalho foi financiado com recursos da cha-
mada FAPEMIG 11/2016 - Sustentabilidade da Bacia do
Rio Pandeiros, processo número APQ-04498-16.
Referências
Almeida, J. W. L. 2016. Métodos de sensoriamento remoto no
mapeamento de veredas na APA Rio Pandeiros. Belo Horizonte:
Universidade Federal de Minas Gerais, 93 f. Dissertação Mestrado.
Almeida, N. O.; Oliveira, L. M. M. O.; Candeias, A. L. B.; Bezerra, U. A.;
Leite, A. C. S. 2018. Uso e cobertura do solo utilizando geoprocessamento
em municípios do agreste de Pernambuco. Revista Brasileira de Meio
Ambiente, 4: 58-68.
Araujo, A. L., Braga, C. C., Silva, B. B. 2009. Variação do NDVI na Chapada
do Araripe com dados Landsat 5 – TM. In: III Simpósio Internacional
de Climatologia, 2009. Sociedade Brasileira de Meteorologia.
Calegari, L.; Martins, S. V.; Gleriani, J. M.; Silva, E.; Busato, L. C.
2010. Análise da dinâmica de fragmentos florestais no município de
Carandaí- MG, para fins de restauração florestal. Revista Árvore, 34:
871-880. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622010000500012.
Faria, E.; Teixeira, M. 2017. Contribuições da geografia e do
sensoriamento remoto como ferramenta auxiliar no planejamento
espacial do turismo, um estudo de caso sobre o Parque Nacional da
Serra do Cipó - MG. Ciência e Natura, 39: 285-298. Doi: http://dx.doi.
org/10.5902/2179460X24158.
Fonseca, D. F.; Nascimento, F.; Miranda, W. 2011. Uso de geotecnologias
para caracterização espacial da Bacia Hidrográfica do Pandeiros - MG
como subsídio para estudos de impacto ambiental. In: XV Simpósio
Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 2011. Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE).
Freitas, S. R.; Mello, M. C. S.; Cruz, C. B. M. 2005. Relações entre
maturidade estrutural da floresta e índices de vegetação na Mata
Atlântica. In: XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 2005.
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Jardim, C. H.; Moura, F. P. 2018. Variações dos totais de chuvas e
temperatura do ar na bacia do rio Pandeiros, norte do estado de Minas
Gerais- Brasil: Articulação com fatores de diferentes níveis escalares
em área de transição climática de cerrado para semiárido. Revista
Brasileira de Climatologia, 1: 172-189. Doi: http://dx.doi.org/10.5380/
abclima.v1i0.61013.
Jensen, J. R. 2009. Sensoriamento remoto do ambiente: uma perspectiva
em recursos terrestres. 2. ed. São José dos Campos: Parênteses.
Leite, A. P.; Santos, G. R.; Santos, J. E. O. 2017. Análise temporal dos
índices de vegetação NDVI e SAVI na estação experimental de Itatinga
utilizando imagens Landsat 8. Revista brasileira de energias renováveis,
6: 606-623. Doi: http://dx.doi.org/10.5380/rber.v6i4.45830.
Leite, M. E.; Silva, L. A. P.; Leite, M. R.; Fonseca, G. S. 2018.
Geotecnologias aplicadas à estimativa da temperatura de superfície
em diferentes usos e ocupações do solo na Área de Proteção Ambiental
do Rio Pandeiros - Minas Gerais. Caderno de Geografia, 28: 490-509.
Doi: https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2018v28n53p490-509.
Matias, J. F. G.; Streck, L.; Aguilar, D. D. 2015. Geração de mapas de
produtividade de milho (Zea mays) com índice de vegetação NDVI de
imagens Landsat 8. In: XVII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento
Remoto, 2015. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Mendes, A. L. S.; Costa, S. P. B.; Melo C. S. M.; Bezerra, M. H. M.; Vidal,
F. A. B.; Moreira, R. N. 2016. Turismo sustentável e conservacionista
no sertão do Ceará. Revista Gestão e Sustentabilidade Ambiental, 5:
559-584. Doi: http://dx.doi.org/10.19177/rgsa.v5e22016559-584
Neiman, Z.; Geerdink, S.; Pereira, J. 2011. A imagem como agente
motivador para o ecoturismo. Revista Turismo Em Análise, 22: 71-95.
Doi: https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v22i1p71-95.
Nunes, Y. R. F.; Azevedo, I.F. P; Neves, W. V.; Veloso, M. D.M; Souza,
E. A.; Fernandes, G. W. 2009. Pandeiros: o pantanal mineiro. MG.
Biota, 2: 4-17.