CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
Balanço de Carbono do processo de produção de madeira de reflorestamento no Norte de
Minas Gerais
Ciro Lacerda Souza
1
, Stanley Schettino
2
*, Deicy Danielle Silva
3
, Nathália Vasconcelos Guimarães
4
Resumo
Este estudo objetivou avaliar o balanço das emissões e imobilizações de carbono do processo produtivo das florestas
plantadas norte do Estado de Minas Gerais, tendo sido os dados coletados em áreas de plantio de Eucalyptus. Foram
avaliadas todas as atividades do ciclo produtivo: silvicultura, colheita, gestão e transporte. A partir da produtividade
média de cada atividade (horas-máquina por hectare) e o volume de combustível consumido por unidade de potên-
cia por hora de trabalho (litros por hora), foi calculado o consumo de combustível por atividade (litros por hectare)
durante o ciclo produtivo. Para determinar a quantidade de CO
2
resultante da queima do combustível adotou-se uma
média de 3,2 kg de CO
2
emitidos na atmosfera por cada litro de óleo diesel consumido e que, em termos médios, o
teor de carbono presente na biomassa total seca da árvore foi de 46,3% e que uma tonelada de carbono equivale a
3,67 toneladas de CO
2.
Para estimar o balanço de carbono foi calculada a diferença entre o carbono imobilizado por
um hectare de floresta plantada e a somatória de toda a emissão de carbono necessário para sua produção. Os resul-
tados apontaram que foram emitidas 15,40 t/CO
2
para produzir cada hectare de floresta e que, durante este mesmo
ciclo, a floresta imobilizou 187,35 t/CO
2,
representando um balanço positivo de 171,95 t/CO
2
por hectare. Assim, os
reflorestamentos no norte de Minas Gerais se apresentam como alternativa para o sequestro de carbono atmosférico,
contribuindo para atenuar os efeitos das mudanças climáticas.
Palavras-chave: Florestas plantadas. Sequestro de carbono. Emissões atmosféricas. Mudanças climáticas.
Carbon Balance of the reforestation wood production process in Minas Gerais Northern
Abstract
This study aimed to evaluate the carbon emissions and immobilization balance of the productive process of planted
forests in the north of Minas Gerais State, Brazil, having been the data collected in Eucalyptus planting areas. All
activities of the production cycle were evaluated: forestry, harvesting, management and transportation. From the
average productivity of each activity (machine hours per hectare) and the volume of fuel consumed per power unit
per working hour (liters per hour), the fuel consumption per activity (liters per hectare) was calculated during the
productive cycle. To determine the amount of CO
2
resulting from fuel combustion, an average of 3.2 kg of CO
2
emitted
into the atmosphere per liter of diesel fuel consumed was adopted and that, on average, the carbon content present
in the total dry biomass of the 46.3% and one ton of carbon equals 3.67 tons of CO
2
. To estimate the carbon balance,
the difference between the immobilized carbon per one hectare of planted forest and the sum of all carbon emissions
required for its production was calculated. The results indicated that 15.40 t/CO
2
were emitted to produce each hec-
tare of forest and that during this same cycle the forest immobilized 187.35 t/CO
2
, representing a positive balance of
171.95 t/CO
2
per hectare. Thus, reforestation in the Minas Gerais northern is an alternative for atmospheric carbon
sequestration, contributing to mitigate the effects of climate changes.
Keywords: Planted forests. Carbon sequestration. Atmospheric emissions. Climate changes
1
Universidade Federal de Minas Gerais. Campus Montes Claros. Montes Claros, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-0222-7762
2
Universidade Federal de Minas Gerais. Campus Montes Claros. Montes Claros, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-8085-1910
3
Universidade Federal de Minas Gerais. Campus Montes Claros. Montes Claros, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-8686-7999
4
Universidade Federal de Minas Gerais. Campus Montes Claros. Montes Claros, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-5725-2987
*Autor para correspondência: schettino@ufmg.br
Recebido para publicação em 05 de setembro de 2019. Aceito para publicação em 06 de novembro de 2019
e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 2447-6218 / © 2009, Universidade Federal de Minas Gerais, Todos os direitos reservados.
Souza, C. L. et al.
2
Cad. Ciênc. Agrá., v. 11, p. 01–08, 2019. e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 1984-6738
Introdução
A vegetação, seja ela nativa ou plantada, desem-
penha uma função fundamental na regulação da concen-
tração atmosférica de gás carbônico, tudo isso em função
dos processos fotossintéticos, respiração, decomposição e
no consumo/produção de quantidade relevantes de CO
2
,
que é o gás mais importante relacionado com o efeito
estuda e, desta forma, com o aquecimento global. Os
vegetais, utilizando-se de sua capacidade fotossintética,
fixam o CO
2
atmosférico, biossintetizando-o na forma de
carboidratos, e por fim é depositado na parede celular,
processo conhecido como “sequestro” de carbono (Carmo,
2016).
Em se tratando de florestas plantadas, o setor
florestal Brasileiro conta com cerca de 8 milhões de hec-
tares de reflorestamento, responsáveis por 91% da ma-
deira para fins industriais e representando 6,2% do PIB
Brasileiro (Ibá, 2017). Neste contexto, o cerrado tem se
mostrado de grande importância no abastecimento da
demanda de madeira para os mais diversos fins, a nível
regional e nacional. De acordo com Lima (1997), uma
das funções dos reflorestamentos em áreas de cerrado é
diminuir a pressão e a necessidade de espécies nativas,
preservando assim, as espécies nativas desse bioma, as
quais, muitas vezes, se encontram em risco de extinção.
Entretanto, embora as atividades florestais ve-
nham apresentando importante evolução em termos
técnicos, econômicos e operacionais, verifica-se que o
aspecto ambiental merece maior atenção, visto que são
marcantes as atividades potencialmente poluidoras por
conta do porte das máquinas, caminhões, veículos de
apoio, entre outros, que compõem as mais diversas ati-
vidades do ciclo de produção florestal. Os gases emitidos
pelo tubo de escapamento das máquinas e veículos são
constituídos pelos produtos gerados durante reação de
combustão incompleta que ocorre no motor, basicamente
por monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO
2
),
óxidos de nitrogênio (NO
x
) e hidrocarbonetos (HC), que
são considerados gases poluentes (Carmo, 2016).
Por outro lado, as florestas plantadas podem re-
presentar grande potencial para imobilização do carbono
atmosférico. Os reflorestamentos participam do ciclo de
carbono por meio da troca de CO
2
com o ambiente através
de processos de fotossíntese, respiração, decomposição e
emissões associadas a distúrbios como fogo e à explora-
ção florestal (Sedjo; Marland, 2003; Nascimento et al.,
2011b). Sob essa ótica, é cada vez maior o interesse pela
fixação de carbono em florestas plantadas, principalmente
de eucalipto, devido as suas elevadas taxas de crescimento
e consequente capacidade de remover dióxido de carbono
da atmosfera. Tais florestas plantadas, geralmente com
fins econômicos e comerciais, são orientadas por critérios
técnicos, conforme um plano de manejo, definindo-se sua
época de colheita. Durante sua existência, estas florestas
realizam a atividade de captura e fixação de carbono na
madeira e nos demais componentes (Baesso et al., 2010).
Desta forma, este estudo visou quantificar a
imobilização e emissão de carbono no processo produtivo
florestal para realização do balanço deste processo, em
florestas plantadas no norte de Minas Gerais.
Material e métodos
Caracterização da amostragem
Os dados foram coletados em áreas de uma
empresa florestal localizada nas regiões dos vales do
Jequitinhonha e do São Francisco, norte do Estado de
Minas Gerais, situadas entre os meridianos de 42°48’00”
a 43°43’00” de longitude a Oeste de Greenwich e os
paralelos de 16°49’00” a 17°42’00” de latitude a Sul da
linha do Equador. A altitude onde os povoamentos se
encontram variou de e 600 a1.100 m. Todas as áreas de
reflorestamento da empresa são originárias da conversão
de cerrado anteriormente degradado em áreas produtivas,
mediante a implantação de florestas de eucalipto.
A região do vale do Jequitinhonha abrange áreas
com precipitação medial anual que vão de 750mm até
1.400mm. Segundo a classificação climática de Köppen,
os tipos climáticos predominantes na região são oAw
tropical chuvoso de savana, ou seja, inverno seco e chuvas
máximas no verão, e a estação chuvosa ocorre entre os
meses de outubro e março (Nascimento et al., 2011a)
e Cwb - temperado chuvoso e moderadamente quente,
com preponderância de chuvas em verões brandamente
quentes (Meira Junior et al., 2017).Já as áreas localizadas
na região do vale do São Francisco, apresentam preci-
pitação média anual variando de 760 a 1.100 mm, com
tipologia climática predominante do tipo Aw (Fonseca
et al., 2016).
Nas áreas de estudo, as florestas são, em sua
totalidade, cultivadas com eucaliptos em povoamentos
de clones híbridos (Eucalyptus urophilla x E. grandis) com
volume médio de 245 m³/ha, em regime de alto fuste
com rotação de 7 anos de idade, espaçamento 3 x 3 m e
percentual médio de sobrevivência de 95% após o plantio,
com um volume médio de 0,2322 m³/árvore e densidade
básica média da madeira de 450 g/cm³ (ou 0,45 t/m³),
ambos aos 7 anos de idade. A colheita, por sua vez, era
realizada através do sistema de árvores inteiras (full-tree),
sistema em que, de acordo com Malinovski et al. (2014),
a árvore é derrubada e levada para a margem da estrada
ou pátio intermediário, onde é processada em pequenas
toras, com comprimento menor que 6 m. No caso deste
estudo, a madeira era processada em toras com 3 m de
comprimento.
De posse dos valores médios de Inventário Flo-
restal, dos rendimentos médios de cada atividade e dos
respectivos consumos de combustível, utilizando-se o
software Excel, foram calculados todos os parâmetros
necessários ao desenvolvimento deste estudo, visando
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quantificar as imobilizações e emissões de carbono, bem
como o seu balanço. Como não havia nenhuma hipótese a
ser testada, não foi realizada nenhuma análise estatística.
Atividades avaliadas
Foram avaliadas todas as atividades presentes
no ciclo de produção de madeira de florestas plantadas
no norte do Estado de Minas Gerais (Imagem 1), sendo:
a) Silvicultura: abertura de aceiros, limpeza de
área, subsolagem, plantio mecanizado, irrigação,
adubação de cobertura, aplicação de herbicida,
combate a formigas e proteção florestal;
b) Colheita: construção de estradas, manutenção de
estradas, corte, extração, processamento, carre-
gamento e manutenção mecânica;
c) Gestão: Inventário florestal e gestão florestal.
d) Transporte: Transporte pessoal e transporte de
madeira.
Imagem 1 – Descrição das atividades analisadas
Atividades Caracterização da atividade
Abertura de aceiros
Capina de uma faixa nas margens das áreas plantadas (aproximadamente 4 metros de
largura) para maior proteção contra incêndios. Realizado com trator de esteiras.
Limpeza de área
Operações que consistem na retirada da vegetação e na mobilização do solo visando a
melhoria das condições do terreno para um melhor desenvolvimento da espécie
Subsolagem
Prática que consiste em revolver o solo através do subsolador que mobiliza o solo em
profundidade por hastes rompendo camadas de solo compactado.
Plantio mecanizado
Utiliza-se, normalmente, as plantadoras onde será feito de modo mecanizado o sulca-
mento, distribuição de adubo e o plantio é efetivado.
Irrigação Fornecimento de água ao solo de forma artificial e controlada.
Adubação de cobertura
Adubação feita após o plantio das espécies visando a manutenção dos níveis de nutrien-
tes do solo durante o desenvolvimento do vegetal.
Aplicação de herbicidas Aplicação de substancia química visando a erradicação de plantas e ervas daninhas.
Combate a formigas
Conjuntos de técnicas de combate visando diminuir a população de formigas a um nível
aceitável ou a um nível em que não haja dano econômico.
Construção de estradas
Abertura do leito da estrada com trator de esteiras, regularização do leito da estrada
com moto niveladora, aplicação de cascalho e compactação com rolo compressor, esca-
vações para escoamento da água pluvial com retroescavadeira
Manutenção de estradas
Regularização do leito da estrada com moto niveladora, aplicação de cascalho e com-
pactação com rolo compressor, escavações para escoamento da água pluvial com re-
troescavadeira.
Corte Operação que consiste na derrubada de árvores.
Extração
Consiste na transferência de material lenhoso do local de abate até o local de carrega-
mento. Operação muito diversificada tanto nos meios como nas técnicas utilizadas.
Processamento
Operação florestal que visa concretizar o processo de abate, corte de ramos, traçamento,
descascamento (quando for o caso) e empilhamento.
Carregamento
Visa movimentar a madeira desde as pilhas de estocagem até os caminhões que execu-
tarão o transporte da mesma. É executada por carregadores florestais de esteiras.
Manutenção mecânica
São operações de manutenção em máquinas e implementos da silvicultura e colheita
florestal visando falhas mecânicas juntamente com o abastecimento de todo o maquiná-
rio.
Inventário florestal
Procedimento que visa obter informações sobre as características qualitativas e quanti-
tativas da floresta.
Proteção florestal
Prática onde é realizado um plano para a proteção florestal e é feito um calendário com
as visitas periódicas e medidas a serem tomada quanto a ocorrência de agentes danosos.
Também, medidas de segurança e de combate para lidar com os incêndios florestais e
com sua precaução.
Souza, C. L. et al.
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Gestão florestal
É um plano visando a programação espacial e temporal de uma série de ações visando
desenvolver, sobre vários aspectos da floresta, a sua sustentabilidade econômica,
ambiental e social de forma conjunta.
Transporte de madeira
Operação que consiste no deslocamento da madeira desde a floresta até as unidades
consumidoras de madeira
Determinação do consumo de combustível por ati-
vidade
A determinação do consumo de combustível por
atividade foi a partir da produtividade média de cada
atividade (horas de máquina por hectare) e o volume de
combustível consumido por unidade de potência por hora
de trabalho (litros por hora) o que, por relação direta,
permitiu a obtenção do consumo de combustível por
atividade (litros por hectare) durante o ciclo de produção
da madeira.
Para cada atividade avaliada, foram tomados
como base os rendimentos operacionais padrões de uma
empresa florestal, por meio de estudos de tempos e movi-
mentos com o uso do método de tempos contínuos (Bar-
nes, 1977), de forma a determinar as horas de máquina
necessárias para sua realização, ou seja, a produtividade
média de cada atividade.
O consumo de combustível por máquina foi cal-
culado com base na metodologia proposta pela ASAE -
American Society of Agricultural Engineers (Asae, 1989;
ASae, 1996). Para veículos de transporte (caminhões,
ônibus e utilitários) foram utilizados dados de controles
de abastecimentos, disponibilizados pela empresa.
De acordo com as práticas usuais de manejo
florestal na região do estudo, a atividade de abertura
de aceiros é realizada anualmente, ou seja, em seis mo-
mentos até o corte da madeira. Por sua vez, as atividades
de aplicação de herbicidas (capina química), adubação,
irrigação e controle de formigas são realizadas 3 vezes
cada durante o período de 7 anos. Para o transporte
de madeira foi considerada uma distância média de 50
km, desde as florestas até as unidades consumidoras da
madeira.
Determinação do balanço de carbono
De forma a determinar o estoque de carbono
imobilizado pelas florestas, assumiu-se que, em termos
médios, o teor de carbono presente na biomassa total seca
da árvore foi de 46,3% (SILVA et al., 2015). Para a reali-
zação das análises foi feita a conversão das estimativas
de carbono para CO
2
equivalente. Para tanto, de acordo
com Face (1994), foi assumido que uma tonelada de
carbono equivale a 3,67 toneladas de CO
2
, ou que uma
tonelada de CO
2
equivaleria a 0,27 tonelada de carbono.
A etapa seguinte foi determinar a quantidade
de CO
2
resultante da queima do combustível necessário
ao processo de produção florestal. Durante o processo
de combustão, para cada litro de óleo diesel queimado,
incluindo as fases de produção e distribuição desse com-
bustível, adotou-se que são emitidos uma média de 3,2
kg de CO
2
(0,0032 t de CO
2
) na atmosfera, conforme os
estudos apresentados por Carvalho (2011).
Para a estimativa do balanço de carbono foi cal-
culada a diferença entre o carbono imobilizado por um
hectare de floresta plantada, durante o ciclo de produção
de 7 (sete) anos e considerando o volume de madeira
médio por hectare, e a somatória de toda a emissão de
carbono necessário para sua produção durante o mesmo
ciclo.
Resultados e discussão
Os resultados da determinação do consumo de
combustível por atividade, necessário para a produção de
1 hectare de floresta de eucalipto, nas condições avalia-
das e considerando um ciclo de 7 anos, encontram-se na
Tabela 1. Dessa forma, para a produção de 1 hectare de
floresta de eucalipto na região norte do Estado de Minas
Gerais, são necessários 4.813,65 litros de óleo diesel,
equivalentes a 15,40 t de CO
2
emitidos na atmosfera
por hectare produzido (15,40 t CO2/ha). É importante
ressaltar que, considerando a atividade de colheita de
madeira, não existe diferença significativa de consumo
de combustível (litros por hectare) com a variação da
produtividade das florestas, conforme apresentado por
Simões et al. (2014), mesmo comportamento verificado
para as demais atividades necessárias a produção florestal.
Embora tenha sido observada uma grande evolu-
ção nos processos florestais nos últimos tempos, as ope-
rações mecanizadas ainda necessitam de alguns avanços
tendo em vista o custo operacional elevado das máquinas
e os impactos ambientais que podem ser causados. De
acordo com Laschi et al. (2016) é necessário identificar
e quantificar os danos ambientais que são causados pela
atividade florestal e desta forma, será possível tomar
medidas para a sustentabilidade ambiental. Destaca-se
nesse contexto, as emissões dos gases da combustão dos
combustíveis fósseis.
Ao avaliar o funcionamento das máquinas flo-
restais, tem-se que a combustão nos motores vai gerar
potência e gases nocivos (Teixeira et al., 2008). Os prin-
cipais compostos nocivos são o gás carbônico (CO
2
), o
monóxido de carbono (CO), os hidrocarbonetos (HC), os
óxidos de nitrogênio (NO
X
), os óxidos de enxofre (SO
X
),
além de material particulado (MP), dentre outros (Braun
et al., 2004).
Balanço de Carbono do processo de produção de madeira de reflorestamento no Norte de Minas Gerais
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Para IPCC (2018), a concentração atmosférica
de dióxido de carbono (CO
2
) vem aumentando drastica-
mente desde o século XVIII e aproximadamente 75% das
emissões antropogênicas de CO
2
para atmosfera durante
os últimos anos do século XX foram devido à queima de
combustíveis fósseis, derivados do petróleo. Os outros 25%
foram devido a alterações no uso da terra, especialmente
relacionadas ao desmatamento.
Se por um lado as emissões atmosféricas de
gases do efeito estufa possuem efeito negativo, quando
a florestas são conservadas, preservadas, recuperadas
ou plantadas, ocorre um processo inverso, devido ao
surgimento de um sumidouro de carbono, uma vez que
as florestas removem parte do CO
2
da atmosfera por meio
do processo de fotossíntese, promovendo o chamando
sequestro de carbono (JACOVINE et al., 2008).
Tabela 1 – Produtividade média (PM, em horas máquina por hectare), consumo (CC, em litros por hora máquina) e
gasto de combustível (GC, em litros por hectare) das atividades avaliadas para a produção de 1,0 hectare
de floresta de eucalipto
Atividades
Tipo de Máquina
(ou Veículo)
PM
(hm/ha)
CC (l/
hm)
GC (l/ha)
Unit. Repetições
1/
Total
Abertura de aceiros Trator de esteiras D6 1,65 22,00 36,30 6 217,80
Limpeza de área Trator pneus 140 CV 1,10 25,00 27,50 1 27,50
Subsolagem Trator pneus 180 CV 1,35 32,30 43,60 1 43,60
Plantio mecanizado Trator pneus 140 CV 2,00 25,00 50,00 1 50,00
Irrigação Trator pneus 110 CV 0,95 19,80 18,80 3 56,40
Adubação de cobertura Trator pneus 110 CV 3,00 19,80 59,40 3 178,20
Aplicação de herbicidas Trator pneus 110 CV 1,70 19,80 33,65 3 100,95
Combate a formigas Trator pneus 110 CV 0,75 19,80 14,85 3 44,55
Construção de estradas
Trator de esteiras D6
Motoniveladora
Rolo compressor
Retroescavadeira
3,00
2,55
1,90
1,50
22,00
17,00
7,00
12,00
66,00
43,35
13,30
18,00
1
1
1
1
66,00
43,35
13,30
18,00
Manutenção de estradas
Motoniveladora
Rolo compressor
Retroescavadeira
Caminhão 6 x 4
3,60
2,00
1,50
5,00
17,00
7,00
12,00
15,00
61,20
14,00
18,00
75,00
1
1
1
1
61,20
14,00
18,00
75,00
Corte
Feller buncher de
esteiras
2,45 30,00 73,50 1 73,50
Extração Skidder 6 x 6 de pneus 4,90 22,00 107,80 1 107,80
Processamento
Garra traçadora de
esteiras
4,10 25,00 102,50 1 102,50
Carregamento de
madeira
Grua de esteiras 4,90 20,00 98,00 1 98,00
Manutenção mecânica
Caminhão comboio
Caminhão oficina
Utilitário 4 x 4
9,50
12,75
6,50
24,00
20,00
15,00
228,00
255,00
97,50
1
1
1
228,00
255,00
97,50
Inventário florestal Utilitário 4 x 4 6,50 15,00 97,50 5 487,50
Proteção florestal Utilitário 4 x 4 5,00 15,00 75,00 7 525,00
Gestão florestal Utilitário 4 x 4 5,00 15,00 75,00 7 525,00
Transporte de pessoal Ônibus 8,35 13,50 112,70 6 676,20
Transporte de madeira Caminhão bitrem 21,78 28,00 609,80 1 609,80
Total 4.813,65
1/Referente à quantidade de vezes que a atividade é realizada durante o ciclo de 7 anos.
Souza, C. L. et al.
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Cad. Ciênc. Agrá., v. 11, p. 01–08, 2019. e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 1984-6738
Especificamente, os plantios de eucalipto, por
terem um alto incremento de carbono, quando comparado
a outras espécies, têm um importante papel na retirada
de CO
2
da atmosfera e sua fixação na superfície terrestre.
Dessa forma, considerando os plantios de eucaliptos na
região norte de Minas Gerais, com espaçamento de 3 x
3 metros no plantio, 95% de sobrevivência aos 7 anos de
idade, resultando em aproximadamente 1.055 árvores
por hectare e um volume médio de 245 m³, a estimativa
da quantidade total de CO
2
imobilizado encontra-se na
Tabela 2.
Tabela 2 – Estoque de CO2 (toneladas por hectare) imobilizado na biomassa aérea dos plantios de eucalipto na região
norte do Estado de Minas Gerais, aos sete anos de idade
Espécie
Volume to-
tal (m³/ha)
Densidade
básica (t/
m³)
Volume de
matéria
seca (t/ha)
% de C na
biomassa
seca
Estoque de
C (t/ha)
t CO
2
/t C
Estoque CO
2
(t/ha)
Eucalipto 245,00 0,450 110,25 46,30 51,05 3,67 187,35
Desta forma, pela diferença entre o estoque de
CO
2
retirado da atmosfera (187,35 t) e a quantidade
emitida para a produção (15,40 t), estima-se que cada
hectare plantado com eucalipto na região norte do Estado
de Minas Gerais seja capaz de imobilizar 171,95 tone
-
ladas de CO
2
, contribuindo, sobremaneira, para atenuar
os efeitos do aquecimento global.
A quantidade de estoque de dióxido de carbono
feita pelas florestas é 12 vezes maior em comparação com
as emissões feitas para a produção do ciclo florestal, isso
presume um elevado potencial na regulação da concen-
tração atmosférica de gás carbônico e assim, a redução
dos gases de efeito estufa.
Paixão et al. (2006) relataram um estoque de
47,7 toneladas da parte aérea de carbono por hectare em
plantios de reflorestamento, se mostrando bem próximo
do presente estudo onde foi estocado 51,05 toneladas
de carbono, tal diferença é justificada pelo tempo da
cultura que foi respectivamente 6 e 7 anos de idade. O
mesmo autor ainda relata a soma de 23,43 toneladas
de carbono referente ao estoque nas raízes (14,71 t) e
na manta orgânica (8,72 t), o que mostra o potencial de
estoque de carbono quando se adiciona os estoques de
raízes e material presentes na serapilheira. Tais valores
demonstram a importância dos reflorestamentos neste
contexto quando comparado ao cerrado strictu sensu,
cujos valores de CO
2
imobilizado variaram de 10 até
aproximadamente 37 toneladas por hectare (Aduan et
al., 2003; Fernandes et al., 2008; Lopes; Miola, 2010),
lembrando que no cerrado é necessário que haja a queima
prévia da vegetação (liberação de CO
2
) para que haja a
posterior regeneração e, novamente, sua imobilização.
Sang et al. (2013), comparando plantações de
Acacia mangium e Eucalyptus urophylla, florestas se-
cundárias e pastagens em gradientes de solo e clima,
concluíram que o reflorestamento adequado melhora
a fertilidade do solo e promove o sequestro de carbono
em terras tropicais degradadas. Desse modo, é evidente
o potencial das florestas plantadas para a imobilização
do carbono em áreas do norte do Estado de Minas Ge-
rais, principalmente por conta de suas elevadas taxas de
crescimentos iniciais junto com sua eficácia em remover
o dióxido de carbono de atmosfera, na qual se destaca o
eucalipto.
Muito embora os resultados positivos do se-
questro de Carbono pelas florestas sejam notadamente
importantes, Chang (2011) afirma que as formas de se-
questrar carbono florestal podem ser simplificadamente
classificadas em três tipos, quais sejam: a preservação
do estoque de carbono nas florestas existentes através
de ação protetora; o aumento do estoque de carbono
florestal por meio de uma ação combinada de práticas
de manejo florestal sustentável, regeneração florestal
e reflorestamento em áreas degradadas, ou introdução
de atividades agroflorestais em áreas de agricultura; e
a substituição de combustíveis fósseis por produtos de
biomassa vegetal sustentáveis.
Mesmo assim, o manejo adequado do solo e da
vegetação deve ter como premissa básica a utilização
de métodos com o mínimo revolvimento do solo, assim
como os sistemas de rotação e sucessão de culturas que
incluam plantas com alta produção de resíduos vegetais
e, ainda, plantas capazes de acumular nutrientes no solo,
lembrando que, ainda, devem ser preservadas as vegeta-
ções nativas remanescentes, bem como realizar plantios
de reflorestamento em larga escala, pois nesses ambientes
estão as maiores quantidades de carbono sequestradas
no sistema solo-planta (Nunes Carvalho et al., 2010).
Em uma abordagem de curto e médio prazos,
Baesso et al. (2010) concluem, a partir de simulações, que
em uma projeção de 2011 até 2040 o eucalipto tende a
fixar mais carbono num futuro próximo, isso por conta de
um maior índice de produção de matéria seca, elevando
o potencial de imobilização de dióxido de carbono por
parte do eucalipto e também torna viável, ainda mais,
projetos de reflorestamentos ligados à venda de créditos
de carbono tornando, desta forma, o empreendimento
economicamente atraente.
Ainda, de acordo com Oliveira; Oliveira (2017),
vale ressaltar que o potencial de solos florestais de estocar
carbono depende, principalmente, do uso apropriado da
terra, de técnicas adequadas de fertilizações, práticas
conservacionistas e a conversão de áreas degradadas,
Balanço de Carbono do processo de produção de madeira de reflorestamento no Norte de Minas Gerais
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as quais, isolada ou conjuntamente, podem ser grandes
aliados no combate à mudança do clima. Em plantios
de reflorestamento na região norte de Minas Gerais, tais
práticas vêm sendo amplamente utilizadas, contribuindo
grandemente para o desenvolvimento socioambiental
da região.
Conclusão
Nas condições em que este estudo foi realizado,
é possível concluir que:
Para a produção de florestas plantadas na região
norte do Estado de Minas Gerais, considerando
um ciclo de 7 anos e todas as atividades desde o
plantio até o transporte da madeira, são emitidas
15,40 t/CO
2
por hectare.
Cada hectare de floresta plantada, durante este
mesmo ciclo, imobiliza 187,35 t/CO
2
.
Esses valores de emissão e imobilização repre-
sentam um balanço positivo de 171,95 t/CO
2
por hectare.
Os reflorestamentos do norte de Minas Gerais se
apresentam como alternativa para o sequestro de
carbono da atmosfera, contribuindo para atenuar
os efeitos indesejáveis das emissões de CO
2
.
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