CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
Comportamento ingestivo de bovinos holandeses x zebu alimentados com diferentes
formas físicas do milho e uréia
Roberta de Castro Bráulio
1
, Diego Azevedo Mota
2
, Anderson Rodrigues de Oliveira
3
, Anderson Alvarenga Pereira
4
,
Saulo Alberto do Carmo Araújo
5
, Thiago Vasconcelos Melo
6
, Ludmila Couto Gomes Passetti
7
, Marcos Augusto dos
Reis Nogueira
8
Resumo: Objetivou-se avaliar o comportamento ingestivo de bovinos Holandeses x Zebu, machos leiteiros, tratados
com diferentes formas físicas de milho e de uréia. Foram utilizados oito animais com peso vivo médio de 476,41 Kg
e média de 36 meses de idade. Os animais foram distribuídos em quatro tratamentos, contendo diferentes tipos de
dietas à base de nitrogênio e carboidratos: MMUC milho moído + uréia comum; MMUP milho moído + uréia
protegida; SMRUC silagem de milho reidratado + uréia comum; SMRUP silagem de milho reidratado + uréia
protegida. O delineamento experimental adotado foi um duplo quadrado latino 4 x 4, composto de oito animais e
quatro períodos experimentais. Entre todos os parâmetros do comportamento ingestivo avaliados não foram encon-
tradas diferenças significativas (P>0,05) em função da substituição da uréia comum pela protegida, bem como o
milho moído pelo milho reidratado. O uso de dietas em diferentes formas físicas de milho (moído e reidratado) bem
como o acréscimo de uréia (comum e protegida) na dieta, não alteraram o comportamento ingestivo bovinos machos
de origem leiteira, Holandês x Zebu.
Palavras-chave: Grão reidratado. Uréia protegida. Tempo de ruminação. Tempo de alimentação. Tempo de masti-
gações totais.
Ingestive behavior of Holstein x Zebu cattle fed different physical forms of corn and urea
Abstract: The objective of this study was to evaluate the ingestive behavior of Holstein x Zebu dairy cattle fed with
different physical forms of maize and urea. Eight animals with average live weight of 476.41 kg and average of 36
months of age were used. The animals were divided into four treatments, containing different types of diets based on
nitrogen and carbohydrates: MMUC - ground corn + common urea; MMUP - ground corn + protected urea; SMRUC
- rehydrated corn silage + common urea; SMRUP - rehydrated corn silage + protected urea. The experimental design
was a 4 x 4 Latin double square, composed of eight animals and four experimental periods. Among all ingestive beha-
vior parameters evaluated, no significant differences (P> 0.02) were found due to replacement of urea by protected
urea, and of ground corn by rehydrated corn. Use different physical forms of corn (ground or rehydrated) and add
urea (common or protected) in the diet did not affect the ingestive behavior of male dairy cattle Holsteins x Zebu.
Key words: Rehydrated grain. Protected urea. Rumination time. Feeding time. Total chewing time.
1
Instituto de Ciências Agrarias (ICA), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus Unaí, Unaí – MG
http://orcid.org/0000-0003-1902-7943
2
Instituto de Ciências Agrarias (ICA), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus Unaí, Unaí – MG
http://orcid.org/0000-0001-5959-3646
3
Instituto de Ciências Agrarias (ICA), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus Unaí, Unaí – MG
http://orcid.org/0000-0003-3710-2695
4
Instituto de Ciências Agrarias (ICA), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus Unaí, Unaí – MG
http://orcid.org/0000-0002-4213-7772
5
Instituto de Ciências Agrarias (ICA), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus Unaí, Unaí – MG
http://orcid.org/0000-0003-4852-923X
6
Instituto de Ciências Agrarias (ICA), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus Unaí, Unaí – MG
http://orcid.org/0000-0002-6992-1639
7
Instituto de Ciências Agrarias (ICA), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus Unaí, Unaí – MG
http://orcid.org/0000-0002-7886-2730
8
Universidade Estadual Norte Fluminense (UENF)
http://orcid.org/0000-0003-4364-5020
*Autor para correspondência: robertabraulio@hotmail.com
Recebido para publicação em 11 de setembro de 2019. Aceito para publicação em 18 de outubro de 2019
e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 2447-6218 / © 2009, Universidade Federal de Minas Gerais, Todos os direitos reservados.
Bráulio, R. de C. et al.
2
Cad. Ciênc. Agrá., v. 11, p. 01–08, 2019. e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 1984-6738
Introdução
A bovinocultura leiteira vem conseguindo altos
índices técnicos em razão da implementação de diferen-
tes pacotes tecnológicos em seus diferentes sistemas de
produção (Araújo et al. 2019; Malheiros e Konrad, 2019).
No entanto, apesar do expressivo desenvolvimento, mui-
tas vezes o preço pago pelo litro de leite aos produtores
brasileiros é pouco atrativo, o que pode comprometer
a lucratividade da atividade leiteira. Neste aspecto, são
necessárias outras fontes de renda, tal como a utilização
dos bezerros machos para produção de carne.
Em geral, para maioria dos produtores de lei-
te, os machos são indesejáveis, pois necessitam ingerir
quantidades significativas de leite na fase inicial do seu
desenvolvimento. Além disso, a forma como são criados,
geralmente faz com que atinjam condições de abate com
idade avançada, permanecendo mais tempo na proprie-
dade, concorrendo com novilhas e vacas lactantes por
pasto, mão de obra e alimentos (Freitas Neto et al. 2014).
Para que a produção desses mestiços de origem leiteira
se torne uma atividade rentável é necessário um plane-
jamento alimentar adequado em todas as suas fases de
criação, desde o nascimento até o abate.
O uso do concentrado nas dietas está entre as
estratégias para melhorar a eficiência alimentar e possi-
bilitar maior desempenho animal (Arrigoni et al. 2013),
o que resulta em redução da idade de abate, visto que
o os grãos são componentes predominantes nas dietas
de alto concentrado, sendo que e o amido representa
60–80% destes alimentos. Associado ao uso dos concen-
trados, sabe-se que proteína é o nutriente mais caro na
formulação de dietas, com esse intuito, visando substituir
parcialmente fontes de proteína verdadeira, como um
método de economia, tem-se adicionado compostos de
nitrogênio não protéico, sendo a uréia a mais utilizada.
A uréia no rúmen é hidrolisada em nitrogênio amoniacal,
podendo ser incorporada pelos microorganismos ruminais
e transformada em aminoácidos e proteínas microbianas,
que são posteriormente utilizadas pelo animal. Contudo,
a utilização dessa é limitada, devido sua rápida hidrólise
em nitrogênio amoniacal no rúmen. Uma alta taxa de
hidrolise associado a não disponibilização de energia
proporcionará acúmulo e escape de amônia no rúmen.
Com base no apresentado, a uréia será melhor utilizada
como fonte de nitrogênio para síntese protéica, quando
houver sincronismo entre liberação de energia e nitro-
gênio (Azevedo et al. 2015). Nos últimos anos foram
desenvolvidos produtos que visam o controle da libera-
ção de nitrogênio não protéico no rúmen, com intuito
de reduzir os custos das dietas e melhorar a conversão
do nitrogênio em proteína microbiana, caso da ureia de
liberação lenta ou protegida.
A importância econômica do milho é caracteriza-
da pelas diversas formas de sua utilização, que vai desde
a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia.
A alta produção nacional desses grãos e de seus resíduos
deu suporte a esse incremento de maneira econômica
(Galvão et al. 2014) visto que nas principais regiões
produtoras do país o custo por unidade de energia é
menor para os grãos, favorecendo o uso de dietas mais
concentradas, pois torna a mesma de baixo custo e alta
eficiência (Paulino et al. 2013).
A utilização de diferentes formas de milho, (grão
moído e silagem de milho reidratado), com diferentes
formas de ureia (comum e protegida) pode ser alternativa
de baixo custo, dependendo do preço do milho. Além
disto, a conciliação ingredientes proteicos e energéticos,
que são capazes de se metabolizar corretamente entre
as quatro câmaras digestivas do bovino, resulta em um
ótimo índice de ruminação e em posterior comportamento
ingestivo, cujo este, é uma das formas de analisarmos os
diferentes planos alimentares, pois estes parâmetros nos
dão referência quanto à saúde ruminal (Schwartzkopf-
-Genswein et al. 2003).
Com o estudo do comportamento ingestivo
dos ruminantes, pode-se adequar práticas de manejo
que venham a aumentar a produtividade, garantindo,
também, melhor estado sanitário e maior longevidade
aos animais (Fischer et al. 2002).
Com base no exposto acima, o objetivo com
este trabalho foi avaliar o comportamento ingestivo
bovinos machos de origem leiteira, Holandês x Zebu
alimentados com diferentes formas físicas do milho e
uréia.
Material e métodos
O presente experimento foi desenvolvido no mu-
nicípio de Unaí MG, no Setor de Ruminantes da Fazenda
Experimental Santa Paula, pertencente à Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
A região é caracterizada como tendo clima Aw, tropical,
com temperatura média anual de 27°C, precipitação
média anual de 1.200 mm e estações, chuvosas no verão
e seca no inverno, bem definidas (Koppen, 1948).
Oito machos de origem leiteira, Holandês x Zebu,
com peso médio de 476,41 ± 15 kg, e idade média de 36
± 1,5 meses. Os animais foram alojados em um galpão
de alvenaria, em baias individuais com aproximadamente
9m
2
cada, sendo estas providas de comedouros e bebe-
douros de alvenaria, e cama constituída por maravalha.
O trabalho foi aprovado no Comitê de Ética em Uso de
Animais da Universidade Federal dos Vales do Jequiti-
nhonha e Mucuri sob parecer nº 34/2017.
No momento da confecção da silagem de milho,
o qual foi utilizado como volumoso neste experimento,
utilizou-se o aditivo microbiano Silobac 5™ (50 gramas
para 50 toneladas de silagem) e uma fina camada de sal
branco (150g/m
2
) no momento da ensilagem, sendo a
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mesma realizada em recipientes plásticos com capacidade
de 200 litros (L).
A reidratação do milho, bem como seu tempo de
ensilagem seguiram o protocolo de Pereira et al. (2013),
na qual recomendam-se a adição de 35L de água para cada
100 kg de substrato moído e um tempo de fermentação
de 30 dias.
O fornecimento de água e sal mineral aos animais
foi ad libitum, porém, as dietas experimentais foram for-
necidas de maneira gradual até atingir a estabilidade do
consumo de matéria seca, sendo fornecidas duas vezes
ao dia, ofertadas no período matutino (08:00h) 40% do
total recomendado e 60% no vespertino (15:00h).
Os animais foram distribuídos em quadrado latino
4 x 4, com os tratamentos definidos em esquema fatorial
2 x 2 (duas fontes milho: milho moído e reidratado e dois
tipos de ureia: comum e protegida). Os seguintes trata-
mentos analisados foram compostos por: MMUC milho
moído + ureia comum; MMUP milho moído + ureia
protegida; MRUC milho reidratado + ureia comum;
MRUP – milho reidratado + ureia protegida, conforme
apresentado na (Tab. 01) e a composição percentual
dos alimentos (Tab. 02). Destaca-se que o milho moído
e milho reidratado tem a mesma origem.
Tabela 1 – Composição (kg de MS e %) dos alimentos utilizados nas dietas experimentais
Ingredientes/Dietas
MMUC MMUP SMRUC SMRUP
Kg % Kg % kg % Kg %
Milho Moído 2,67 39,56 2,66 39,00 - - - -
Milho Reidratado - - - - 2,63 38,62 2,59 38,77
Farelo de Soja 0,43 6,40 0,68 9,97 0,43 6,31 0,45 6,74
Ureia Comum 0,11 1,63 - - 0,11 1,61 - -
Ureia Protegida - - 0,11 1,61 - - 0,11 1,65
Silagem de Milho 3,56 52,74 3,60 52,79 3,62 53,16 3,54 52,99
MMUC – milho moído + ureia comum; MMUP – milho moído + ureia protegida; MRUC – milho reidratado + ureia comum; MRUP – milho reidra-
tado + ureia protegida.
Tabela 2 – Composição químico-bromatológica dos alimentos utilizados na formulação das dietas experimentais
Ingredientes MS MM PB EE FDN FDA
Silagem 41,66 5,29 7,14 2,64 46,99 21,12
Farelo de Soja 90,06 5,86 44,64 5,23 15,46 8,86
Milho Moído 89,64 3,17 8,82 5,28 13,97 3,89
Milho Reidratado 36,11 2,57 9,04 3,30 8,64 2,17
Uréia Comum 99,75 0,05 280,41 - - -
Uréia Protegida 99,75 0,05 250,10 - - -
Matéria seca (MS), Proteína Bruta (PB), Extrato Etéreo (EE), Matéria Mineral (MM), Fibra em Detergente Neutro (FDN), Fibra em Detergente Ácido
(FDA), Carboidrato Não Fibroso (CNF), Carboidratos Totais (CT)
As dietas totais foram inicialmente formula-
das estimando-se um consumo de matéria seca (CMS)
de 2,5% da massa corporal (animal
dia-1
), na proporção
percentual de 50% de volumoso e 50% de concentrado,
sendo ajustadas de acordo com o monitoramento das
sobras pré-estabelecidas (10%). Visando atender as exi-
gências nutricionais, estimadas de acordo com o (NRC,
2000) formulou-se a ração isopoproteica (15% PB) e
isoenergética (70% NDT).
A mistura do volumoso com o concentrado de
todas as dietas foram realizadas diariamente e indivi-
dualmente em cada dieta experimental visando garantir a
completa homogeneização. A composição bromatológica
das dietas totais e dos ingredientes são apresentadas na
Tab. 3.
Bráulio, R. de C. et al.
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Tabela 3 – Composições químico-bromatológica em percentagem de matéria seca das dietas experimentais
Nutriente MMUC MMUP SMRUC SMRUP
MS (%) 56,28 55,78 51,00 51,15
PB (%) 14,54 14,47 14,64 14,27
EE (%) 3,12 3,79 3,35 3,59
MM (%) 3,96 4,26 3,99 3,99
FDN (%) 30,62 30,45 28,09 28,35
FDA (%) 13,78 13,99 12,40 12,21
CNF (%) 47,75 47,02 49,92 49,72
CT (%) 78,37 77,47 78,01 78,07
NDT (%) 73,37 73,62 74,82 74,96
MMUC – milho moído + uréia comum; MMUP – milho moído + uréia protegida; SMRUC – silagem de milho reidratado + uréia comum; SMRUP
silagem de milho reidratado + uréia protegida. Matéria Seca (MS), Proteína Bruta (PB), Extrato Etéreo (EE), Matéria Mineral (MM), Fibra em
Detergente Neutro (FDN), Fibra em Detergente Ácido (FDA), Carboidrato Não Fibroso (CNF), Carboidratos Totais (CT), Nutrientes Digestíveis
Totais (NDT). NDT estimado pela FDN proposto por Capelle et al. (2001).
Os 8 animais foram submetidos a observação
visual para avaliação do comportamento ingestivo nos
dias 14 e 15; 27 e 28; 41 e 42; 55 e 56, para o 1º, 2º, 3º
e períodos, respectivamente, totalizando um tempo de
48 horas de observação por período. No primeiro dia, o
comportamento de cada animal foi determinado visual-
mente, a intervalos de 10 minutos, durante 24 horas, para
determinar o tempo despendido em alimentação, rumina-
ção, ócio e ingestão de água. No segundo dia, os animais
foram observados por três períodos de duas horas (9 às 11
h; 13 às 15 h e 18 às 20 h), medindo-se 60 observações
(20 observações em cada período de duas horas) para
as variáveis número de mastigações merícicas por bolo
ruminal e a média do tempo despendido de mastigação
merícica por bolo ruminal, sendo posteriormente obtida
a média para cada parâmetro por período experimental.
Os valores foram coletados usando-se cronômetro digital.
Os avaliadores foram previamente treinados ao início
do experimento. As instalações foram mantidas com
iluminação artificial durante a noite.
A determinação do consumo voluntário de maté-
ria seca foi realizada por pesagem tanto das dietas antes
do fornecimento quanto das sobras, no intervalo de 24h,
durante os dois dias de avaliação do comportamento. O
consumo de matéria seca foi calculado pela diferença
entre a quantidade do nutriente presente nos alimentos
fornecidos e a quantidade do nutriente nas sobras, sendo
o resultado expresso em gramas/kg de peso metabólico
(g/Kg
0,75
).
As variáveis referentes ao comportamento inges-
tivo foram: tempo de alimentação (TAL, min/dia); tempo
de ruminação (TRU, min/dia); tempo de ócio (TO, mim/
dia); tempo de ingestão de água (TIA, mim/dia); tempo
de mastigações merícicas por bolo ruminal (TM/bolo,
s/bolo); taxa de ruminação (TARU, %/h); número de
mastigações merícicas por bolo ruminal (NM/bolo, nº/
bolo); número de mastigações merícicas por dia (NM/
dia, nº/dia); número de bolos ruminais (NBR, nº/dia);
tempo de mastigação total (TMT, min/dia); eficiência de
alimentação (kg MS/h); eficiência de ruminação (ER, kg
MS/h; kg FDN/h). O número de mastigações merícicas
(NM/dia, nº/dia) foi obtido a partir da seguinte relação:
NM/dia = NBR*NM/ bolo, enquanto o tempo de mastiga-
ção total (TMT, min/dia) por TMT = TAL+TRU, taxa de
ruminação (TARU, %/h) por TARU = (TRU/TMT)*100;
eficiência de alimentação (kg MS/h) por EAL = CMS/TAL
e eficiência de ruminação (ER, kg MS/h; kg FDN/h) por
ERU = CMS/TRU; ERU = CFDN/TRU. Estas variáveis
determinadas neste experimento foram obtidas conforme
metodologia descrita por Bürger et al. (2000) e Polli et
al. (1996).
Foi utilizado o delineamento experimental em
Quadrado Latino (DQL) 4x4 duplicado, em quatro perío-
dos experimentais de 14 dias cada, totalizando 56 dias
de experimento, sendo colocados 4 animais em cada
QL. Adotou-se o período pré-experimental de 30 dias
para adaptação dos animais ao manejo empregado. Os
resultados foram interpretados por meio de análise de
variância (ANOVA) usando o programa estatístico SPSS
versão 21. Quando detectadas diferenças significativas na
ANOVA, foi aplicado o teste de Tukey para discriminar as
médias. O nível de significância adotado para considerar
as diferenças significativas foi de 5%.
Resultados e discussões
O CMS não apresentou diferenças significativas,
em função da substituição da uréia comum pela prote-
gida, bem como o milho moído pelo milho reidratado.
Esperava-se que os tratamentos com milho reidratado
promovesse significativamente o menor CMS em compa-
ração as dietas que utilizaram milho moído. Silva et al.
(2019) relataram que em relação ao milho moído, zebuí
-
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nos recebendo dietas com silagem de milho reidratado
apresentaram redução no CMS, pois houve decréscimos
na relação acetato/propionato em resposta a elevada
fermentabilidade do amido e com isso, incremento do
aporte energético proporcionado pelo aumento dos pro-
dutos da fermentação ruminal. Apesar do CMS não ter
sido influenciado pelos tratamentos (Tab. 4), o consumo
médio diário de MS durante o experimento (158,07 g/Kg
PV
0,75
) superou os resultados de Newman et al. (2015)
(134 g/Kg PV0,75 ) quando os respectivos autores ava-
liaram o consumo de dietas com silagem de milho mais
concentrados a base de milho e uréia, em proporções
semelhantes ao do presente experimento (50:50) por
novilhos Holandês x Zebu (H x Z).
O tempo de alimentação dos animais não apre-
sentou diferenças significativas, em função da substituição
da uréia comum pela protegida, bem como o milho moído
pelo milho reidratado, tampouco o tempo de ruminação.
Segundo Van Soest (1994), o tempo gasto na rumina-
ção pelos bovinos está diretamente relacionado com a
quantidade de fibra presente na dieta; assim como a re-
dução do tamanho de partícula, exposição de nutrientes
solúveis para fermentação e colonização microbiana são
atividades básicas para o processo de digestão (Tabela 4).
Tal resultado deve-se a grande semelhança de passagem
desses alimentos pelo TGI, independentemente das dife-
rentes formas físicas do milho e uréia. Segundo Galo et
al. (2003), em estudos de consumo, desenvolvimento e
comportamento, não tem sido observadas vantagens no
uso da ureia de liberação lenta se comparada a comum.
Tabela 4 – Médias do tempo despendido em alimentação, ruminação, ócio, ingestão de água e tempo de mastigação
total de bovinos leiteiros alimentados com diferentes fontes de nitrogênio e carboidratos.
Variáveis MMUC MMUP SMRUC SMRUP
P
CMS 160,49 163,10 152,31 156,32 0,873
TAL 199,00 164,00 180,00 163,00 0,377
TRU 523,00 466,00 503,00 481,00 0,866
TO 711,00 804,00 751,00 791,00 0,901
TIA 18,00 16,00 16,00 15,00 0,097
TMT 721,00 630,00 683,00 644,00 0,904
MMUC – milho moído + ureia comum; MMUP – milho moído + ureia protegida; SMRUC – silagem de milho reidratado + ureia comum; SMRUP
silagem de milho reidratado + ureia protegida; CMS – Consumo de matéria seca (g/Kg
0,75
). TAL Tempo de Alimentação (min/dia); TR Tempo de
Ruminação (min/dia); TO – Tempo em ócio (min/dia); TIA – Tempo de ingestão d’água (min/dia); TMT – Tempo de Mastigações Totais (min/dia).
Os tempos de alimentação deste estudo, os quais
obtiveram média de 176,5 mim/dia, foram inferiores aos
encontrados por Oliveira et al. (2012), que avaliando
dietas (relação volumosos concentrado de 65:35) com
diferentes tortas oriundas da produção de biodiesel (den-
dê, amendoim e girassol) em substituição ao farelo de
soja para novilhos Holandês x Zebu encontraram valor
médio de 319,37 mim/dia semelhantes. Possivelmente os
menores valores de tempo de alimentação encontrados
neste trabalho foram devido à maior NDT em nossas
dietas, que foram de 74,18 contra 65,53 de NDT (%MS).
O tempo em ócio, principalmente o tempo de
ingestão de água não sofreram alterações significativas.
A não alteração do TO era esperada, pois, essa variável
está diretamente relacionada com o TA e TR, os quais não
sofreram influência dos tratamentos avaliados. O tempo
médio de ócio encontrado neste estudo foi 724,25 (mim/
dia) foi superior ao encontrado por Oliveira et al. (2012)
que obtiveram média de 594,84 (mim/dia) alimentando
novilhos Holandes x Zebu com diferentes dietas com
relação 65:35 de volumoso concentrado. O TIA dentre
as variáveis tempo analisadas foi claramente a que me-
nos sofreu alterações, mesmo as dietas que continham
milho reidratado apresentarem menores teores de MS,
devido a reidratação do grão não afetou a necessidade
de diferentes ingestões de água ao animal. A utilização
ou ingestão de água pelo animal pode estar diretamente
relacionada a diferentes variáveis, como: peso corporal;
consumo de matéria seca; consumo de energia; efeitos
das estações do ano (temperatura, radiação e umidade);
efeito da privação (disponibilidade e espaço dos bebe-
douros); qualidade da água; espécies; raças e diferentes
estágios fisiológicos do animal: crescimento, gestação e
lactação (Duque et al. 2012).
A variável TMT observada no presente trabalho,
assim como TAL e TRU não apresentaram diferenças
significativas. Segundo Mertens (1994), existem três
mecanismos que estimulam o animal a sentir fome ou
sentir-se saciado, sendo eles: o efeito psicogênico, que
envolve o comportamento do animal diante de fatores
inibidores ou estimuladores relacionados ao alimento ou
ao ambiente; o fisiológico, onde a regulação é dada pelo
balanço nutricional e o físico, o qual está relacionado com
a capacidade de distensão do rúmen do animal. As dietas
avaliadas apesar de terem sido formuladas com diferentes
fontes de ureia e milho, não alteraram nenhum destes
fatores considerados, demostrando que podemos chegar
à implicação que as taxas de fermentação de degradação
das mesmas foram semelhantes.
Bráulio, R. de C. et al.
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Cad. Ciênc. Agrá., v. 11, p. 01–08, 2019. e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 1984-6738
A taxa de ruminação se refere ao percentual de
tempo que o animal ruminou em relação ao tempo de
mastigação total. Pereira et al. (2007) relataram que,
novilhas alimentadas com rações contendo 60% de FDN
despenderam 28,0; 15,8; e 20,2% mais de tempo com
atividades de alimentação, ruminação e mastigação total,
respectivamente, que aquelas alimentadas com dietas con-
tendo 30% de FDN. Diante de exposto, pode-se implicar
que alimentos à base de concentrado não estimulam em
grandes quantidades a taxa de ruminação, por não esti-
mular a ruminação extensa, sendo que, a fibra, alimento
mais lignocelulósico possui maior atividade de ruminação
e mastigação, dispendendo em maior taxa de ruminação.
As variáveis apresentadas na Tab. 05 não apresentaram
resultados significativos entre as diferentes dietas, fato
que, a composição químico-bromatológica do milho moído
e silagem de milho reidratado com teores de ureia comum
e protegida, não se diferem significativamente.
O tempo de mastigações merícias por bolo ru-
minal (TMM) e número de bolos ruminais (NBR), não
sofreram alterações significativas, o que indica coerência
que a quantidade de FDN das dietas foi semelhante.
Missio et al. (2010) encontraram valores médios de 614,8;
649,3; 565,3 e 433,8 bolos ao dia, correspondentes aos
níveis de 22; 40; 59 e 79% de concentrado na dieta,
próximo aos observados no presente estudo que utilizou
teor de 60% de concentrado (Tabela 5),
Tabela 5 – Taxa de ruminação; Tempo de mastigações merícias por bolo ruminal; Número de bolos ruminais; Núme-
ro de mastigações merícias por bolo ruminal e Número de mastigações merícias por dia de bovinos leitei-
ros alimentados com diferentes fontes de nitrogênio e carboidratos
C.I MMUC MMUP SMRUC SMRUP
P
TARU 72,12 74,01 73,55 74,34 0,507
TMM 53,68 54,51 57,2 56,44 0,407
NBR 587,28 523,01 542,2 525,82 0,772
NMM
BOLO
69,78 69,24 74,49 71,21 0,535
NMM
DIA
40884,16 35448,36 39295,4 36466,11 0,92
CI Comportamento Ingestivo; MMUC – milho moído + ureia comum; MMUP – milho moído + ureia protegida; SMRUC silagem de milho reidra-
tado + ureia comum; SMRUP – silagem de milho reidratado + ureia protegida;; TARU – Taxa de ruminação (%/h); TMM
– Tempo de mastigações
merícias por bolo ruminal (segundos/bolo); NBR – Número de bolos ruminais (número/dia); NMM
BOLO
Número de mastigações merícias por bolo
ruminal (número/bolo); NMM
DIA
– Número de mastigações merícias por dia (número/dia)
As formas de uréia e de milho não influenciaram
as dietas experimentais quanto ao número de mastigações
merícicas por dia (NMM
DIA
), e ao número de mastigações
merícicas por bolo ruminal (NMM
BOLO
). Tais resultados
podem estar relacionados ao fato de que ambas as dietas
utilizaram fonte de amido moído ou reidratado, sendo
de fácil digestão e degradação, lembrando que, parte do
amido é previamente degradado na boca do animal, pela
enzima α-amilase salivar.
Os resultados para eficiência de alimentação,
eficiência de ruminação em função do FDN (ERUFDN)
e eficiência de ruminação em função da MS (ERUMS)
demostraram que não houve diferença, no aproveitamento
das frações de MS e FDN, cuja média foi de 1,332 e 0,93
kg/h expressos através da eficiência de ruminação (ERU)
em função da MS (ERU, g/MS/min) e FDN (ERUFDN,
g/FDN/min), e da eficiência de alimentação (EAL g/
MS/min), (Tabela 6). Eficiências em ruminação para
FDN tendem a ser maiores em relação à MS devido ao
tamanho de partículas, tempo gasto com degradação e
passagem do alimento. Diante desse argumento, pode-se
dizer que dietas à base de concentrado, mesmo que con-
tenham pouco incremento em fibra são tendenciadas a
possuir menor eficiência de ruminação em relação àquelas
constituídas com mais teores em fibra.
Tabela 06 – Eficiência de Ruminação em Kg de Fibra em Detergente Neutro e Matéria Seca e Eficiência de Alimentação
de bovinos leiteiros alimentados com diferentes fontes de nitrogênio e carboidratos
C.I MMUC MMUP SMRUC SMRUP
P
ERU
KG/FDN
1,293 1,349 1,285 1,401 0,102
ERU
KG/MS
0,91 0,97 0,91 0,92 0,457
EAL 2,34 2,84 2,63 2,74 0,374
CI – Comportamento Ingestivo; MMUC – milho moído + ureia comum; MMUP – milho moído + ureia protegida; SMRUC – silagem de milho
reidratado + ureia comum; SMRUP – silagem de milho reidratado + ureia protegida; ERU
KG/FDN
– Eficiência de ruminação em Kg de Fibra em
Detergente Neutro por hora; ERU
KG/MS/H
– Eficiência de ruminação em Kg de Matéria Seca por hora; EAL
KG/MS/H
– Eficiência de alimentação em Kg
de Matéria Seca por hora
Comportamento ingestivo de bovinos holandeses x zebu alimentados com diferentes formas físicas do milho e uréia
7
Cad. Ciênc. Agrá., v. 11, p. 01–08, 2019. e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 1984-6738
Bürger et al. (2000) observaram aumento linear
da eficiência de ruminação da MS com a inclusão de
concentrado (30, 45, 60, 75 e 90%) na dieta de bezerros
holandeses, contudo, quando expressa em g de FDN/h
o comportamento foi inverso, enquanto que, Bispo et al.
(2010) ao avaliarem a inclusão de palma forrageira (0,
14, 42 e 56%) na dieta de ovinos verificaram aumento
linear na eficiência de ruminação de FDN com a inclusão
deste ingrediente devido a diminuição do teor de FDN
da dieta (58 para 30,94%).
A inclusão de concentrado na dieta frequente-
mente eleva os níveis de eficiência em ruminação, entre-
tanto, Fontenele et al. (2011) também não encontraram
diferenças significativas para as variáveis eficiência de
alimentação e ruminação, em cordeiros da raça Santa Inês
alimentados com rações com diferentes níveis de energia
metabolizável, mas segundo os autores a eficiência de
ruminação ou mastigação pode ser reduzida em dietas
com maiores proporções de concentrado e a redução na
eficiência de ruminação não pode ser compensada pelo
prolongamento da atividade de ruminação.
Para se promover a racional manipulação nutricio-
nal das dietas zootécnicas é necessário que o nutricionista
detenha o conceito do balanço ou sincronia temporal
entre a degradação de carboidratos e proteínas (Piao et
al. 2012; Seo et al. 2012). Os resultados obtidos nesta
avaliação implicam que os diferentes tratamentos ava-
liados não favoreceram interações digestivas diferentes
quando usamos dietas com milho reidratado ou moído,
associadas com uréia comum ou protegida.
Conclusão
O uso de dietas em diferentes formas físicas de
milho (moído e reidratado) bem como o acréscimo de
uréia (comum e protegida) na dieta, não alteraram o
comportamento ingestivo bovinos machos de origem
leiteira, Holandês x Zebu.
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