CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
Caracterização de consumidores de alimentos orgânicos: uma pesquisa quantitativa
realizada em rede social
Bernardo Rodrigues Porto
1
*;
Wiolene Montanari Nordi
2
Resumo
O consumo de alimentos orgânicos está em pleno crescimento no mundo. A busca por alimentos mais próximos ao
natural, a preocupação com o meio ambiente no processo de produção e segurança alimentar, são os impulsionadores
do crescimento deste mercado. São realizadas pesquisas em diversos locais do mundo que buscam conhecer melhor
este público consumidor, para traçar as melhores estratégias de venda e fidelização destes. O objetivo deste trabalho foi
identificar o comportamento e perfil dos consumidores de produtos orgânicos através de um questionário elaborado em
uma plataforma digital e divulgado através de uma rede social. Para tal, foram coletadas informações de renda, idade,
motivação de compra, principais alimentos adquiridos, locais de compra de alimentos orgânicos. O questionário foi
respondido por 259 pessoas, em setembro de 2018. Os resultados demonstraram que os alimentos orgânicos possuem
uma ótima aceitação da população, confirmado pelos 91% de entrevistados substituiriam produtos convencionais por
orgânicos, desconsiderando fatores como disponibilidade e preço. Os principais alimentos orgânicos adquiridos são:
legumes; verdura e frutas. É possível perceber com este estudo que os principais fatores motivacionais na compra de
alimentos orgânicos são aqueles ligados a segurança alimentar e a saúde que esse alimento pode promover. Conclui-se
que ainda existe um mercado inexplorado para a comercialização de alimentos orgânicos e que fatores como altos
preços e baixa disponibilidade dos alimentos atrapalham o maior crescimento de vendas.
Palavras-chave: Agroecologia. Verduras. Aceitação. Custo.
Characterization of organic food consumers: a quantitave social media research
Abstract
Organic food consumption is growing fast in the world. The search natural food, the concern with the environment in
the production process and food safety promote market growth. Surveys are carried out in several places around the
world that seek to understand the habits of those consumers in order to outline the best sales strategies and custo-
mer loyalty. The objective of this research paper was to identify the behavior and the profile of consumers of organic
products through a questionnaire prepared on a digital platform and disseminated through social network. For this
purpose, information on income, age, purchase motivation, main foods purchased, places of purchase of organic foods
were collected. The questionnaire was answered by 259 people in September 2018. The results showed that organic
foods have a great acceptance. 91% of respondents stated they would replace conventional products with organic,
disregarding factors such as availability and price. The main organic foods purchased are vegetables and fruits. It
can be stated from this study that the main motivational factors in the purchase of organic foods are those related to
food safety and health promotion. It is concluded that there is still an unexplored market for the commercialization
of organic foods and that factors such as high prices and low availability of food hinder the higher sales growth.
Keywords: Agroecology. Vegetables. Acceptance. Cost.
1
Zootecnista, especialista em MBA Gestão de Negócios pela Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Piracicaba,
SP, Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-2424-6625
2
Research Scientit, Agriculture and Agri-Food Canada. Research Scientit, Agriculture and Agri-Food Canada. Universidade de São Paulo Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Piracicaba, SP, Brasil
https://orcid.org/0000-0003-3666-6245.
*Autor para correspondência: bernardoporto@live.com
Recebido para publicação em 18 de outubro de 2019. Aceito para publicação 20 de novembro de 2019
e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 2447-6218 / © 2009, Universidade Federal de Minas Gerais, Todos os direitos reservados.
Porto, B. R.; Nordi, W. M.
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Introdução
O sistema orgânico de produção agropecuária
caracteriza-se pela utilização de técnicas específicas,
buscando a otimização do uso dos recursos naturais e
socioeconômicos disponíveis. O respeito à integridade
cultural das comunidades rurais é um princípio da pro-
dução orgânica, visando a sustentabilidade econômica e
ecológica, a maximização dos benefícios sociais e mini-
mização da dependência de energia não-renovável além
de proteção do meio ambiente. Emprega-se, sempre que
possível, métodos culturais, biológicos e mecânicos, em
contraposição ao uso de materiais sintéticos. Da mesma
forma, a utilização de organismos geneticamente mo-
dificados e radiações ionizantes, em qualquer fase do
processo de produção, processamento, armazenamento,
distribuição e comercialização não são aceitáveis neste
sistema. A cultura e comercialização dos produtos orgâni-
cos no Brasil foram aprovadas pela Lei 10.831, de 23 de
dezembro de 2003 (Brasil, 2003). Sua regulamentação,
no entanto, ocorreu apenas em 27 de dezembro de 2007
com a publicação do Decreto Nº 6.323 (Brasil, 2007) e
outros dispositivos regulam a produção, sendo o último
regulamento em 2015 que estabelece a Estrutura, a Com-
posição e as Atribuições da Subcomissão Temática de
Produção Orgânica (STPOrg), a Estrutura, a Composição
e as Atribuições das Comissões da Produção Orgânica
nas Unidades da Federação (CPOrg-UF), e as diretrizes
para a elaboração dos respectivos regimentos internos
(Brasil, 2015).
Nos últimos anos, a comercialização de produtos
orgânicos no Brasil apresentou expressivo crescimento e
as expectativas é de que no ano de 2019 tenha uma ala-
vancagem nesta atividade com as iniciativas do Governo
Federal. Segundo relatório do Ministério da Agricultura
Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2019), atualmente
estão cadastrados 20.440 produtores orgânicos ativos
em levantamento realizado por Galhardo et al. (2018),
o Brasil possuia aproximadamente 16.700 produtores
inscritos. Este número poderia ser maior, no entanto,
a maior parte da produção orgânica no Brasil é realiza-
da pela agricultura familiar e encontra dificuldades de
adequação à legislação dificultando a certificação das
propriedades e ou dos produtos (Batista et al., 2019).
Ainda que a produção seja expressiva, ainda
existem lacunas a serem solucionadas na produção de
alimentos orgânicos no Brasil. Gomes e Frinhani (2017)
apresentam uma ampla discussão jurídica relacionando
o direito à saúde ao direito a uma alimentação saudável
no contexto de alimentos orgânicos, bem como os viézes
decorrentes de políticas públicas, do fomento e fiscali-
zação da produção de alimentos orgânicos, bem como o
controle e fiscalização no uso de agrotóxicos e defensivos
agrícolas.
Movidos pelo aumento da demanda de produ-
tos orgânicos, estudos vem sendo realizados nesta área,
inclusive sobre comportamento do consumidor (Castelo
Branco et al., 2019; Silva, et al., 2019, Iwaya e Steil, 2019;
Pinho et al., 2018; Medeiros et al., 2017; Meireles et al.,
2016, Santos e Silva Junior, 2015). Com estes estudos
verifica-se que o consumidor está preocupado com fatores
que vão além do produto terminado, e a promoção de
qualidade de vida é uma constante entre os trabalhos
As pesquisas acima citadas coletam dados de
consumidores em ambientes específicos como entrevistas
direcionadas em cidades populosas , (Santos e Silva Ju-
nior, 2015), restaurantes (Meireles et al., 2016) pessoas
que tem hábito de adquirir produtos orgânicos (Castelo
Branco et al., 2019, Pinho et al., 2018) universitários
(Silva, et al., 2019) ou estudos bibliométricos (Medeiros
et al., 2017, Iwaya e Steil, 2019).
Nota-se que algumas pesquisas são realizadas com
uma população definida e que tenha perfil relacionado
com alimentação. Uma avaliação mais ampla de poten-
cias consumidores ou mesmo de consumidores em uma
abordagem em outros mecanismos de comunicação como
ambientes de internet são escassos na literatura, sendo
observado apenas no estudo de (Castelo Branco et al.,
2019). Pesquisas em métricas alternativas baseadas em
registros de atividades que ocorrem exclusivamente no
ambiente online, se tornaram conhecidas como altmetrics
(PRIEM et al., 2012) e são validadas cientificamente (Park,
et al., 2019). Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi
caracterizar consumidores de alimentos consumidores de
alimentos orgânicos com abordagem realizada em redes
sociais.
Material e Métodos
O estudo foi realizado adotando-se metodologia
etnográfica qualitativa virtual , conforme recomendações
de Mattos (2011) e Polivanov (2013) .
População amostrada
O questionário utilizado para a pesquisa foi dis-
ponibilizado via aplicativo “WhatsApp®”, entre os dias
11 e 13 de setembro de 2018, para diferentes grupos que
o primeiro autor participa, incluindo amigos, trabalho,
familiares, igreja, ex-colegas de faculdade, não houve
limitação para resposta aos questionários, sem restrição
de gênero, escolaridade, idade e localidade.
Caracterização de consumidores de alimentos orgânicos: uma pesquisa quantitativa realizada em rede social
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Definição da quantidade necessária de questionários
Para a definição do número necessário de questio-
nários preenchidos, foi utilizada a eq. (1), que determina
o tamanho de uma amostra com base na estimativa da
proporção populacional infinita (Fontelles et al., 2010).
(1)
onde, n: é número de questionários aplicados;
α/2: é o valor de z na curva normal segundo o valor de α;
p: é a proporção populacional de indivíduos que pertence a categoria
que estamos interessados em estudar;
q: é a p proporção populacional de indivíduos que não pertence à
categoria que estamos interessados em estudar (q = 1 – p);
E: é a margem de erro ou erro máximo de estimativa.
A escolha da fração populacional de uma amos-
tra implica que o pesquisador assuma uma margem de
erro, que é inversamente proporcional ao tamanho da
amostra, com possibilidade de quantificá-lo (Azevedo,
2008). Quando os valores de p e q são desconhecidos,
substituímos p e q por 0,5, característica de uma distri-
buição de população heterogênea (Levine et al., 2000).
Para este trabalho, foi necessário a aplicação de 245
questionários. O número foi obtido utilizando as se-
guintes variáveis: 6% de margem de erro; 94% de nível
de confiança; utilizando uma distribuição de população
heterogênea, considerando para p e q o valor de 0,5.
Instrumento de Coleta de dados
A coleta de dados foi realizada através da apli-
cação de questionário desenvolvido por meio da plata-
forma digital Formulários do “Google®”. O questionário,
contendo 13 perguntas, relacionadas à caracterização
do participante e motivação ou não, para o consumo de
alimentos orgânicos.
O preenchimento do questionário foi realizado
pelo próprio participante, que recebeu um termo de
consentimento livre e escarecido assegurando o uso dos
dados com princípios éticos e com único fim de pesquisa
e sem identificação pessoal.
Análise de dados
Os dados coletados foram tratados de forma
quantitativa. As informações obtidas através dos questio-
nários foram comparadas com as adquiridas e publicadas
por outros autores. A apresentação de um questionário
padronizado e formulado por opções prévias de verdade,
foi utilizado a fim de substituir as opiniões genéricas por
alternativas articuladas (Chizzotti, 2018).
Análise de Confiabilidade
Avaliar a confiabilidade dos dados coletados é
fundamental para observar se o resultado medido confir-
ma o verdadeiro (Hayes, 1997). Segundo o mesmo autor,
a confiabilidade pode ser definida como o grau que as
medições não são interferidas por erros aleatórios. Para
a análise de confiabilidade, foi utilizado o coeficiente
Alfa de Cronbach conforme eq. (2).
(2)
onde, k: corresponde ao número de itens (perguntas) do questionário;
S²i: é a variância de cada item;
S²t: corresponde à variância total do questionário (soma das variâncias
dos avaliadores).
Os valores desta medida variam entre zero e um,
sendo que, quanto maior o valor, maior a confiabilidade
da pesquisa. Hayes (1997) apontam os seguintes fatores
positivos para a utilização deste teste: desnecessidade de
repetição de aplicação de formas paralelas em função
de fornecer uma métrica razoável de confiabilidade em
um único teste; facilidade de calcular seguindo princí-
pios estatísticos e pode ser aplicado em questionários de
múltiplas escolhas.
Resultados e Discussão
Após a disponibilização e divulgação do ques-
tionário em rede social, foram obtidas 259 respostas em
dois dias (11 a 13 de setembro), indicando o poder de
capilarização desta modalidade de pesquisa (Polivanov,
2013). Ao analisar a confiabilidade por meio do cálculo
de Alfa de Cronbach obteve-se o resultado de 0,634. Em-
bora geralmente o limite inferior de confiabilidade seja de
0,700 , para pesquisas exploratórias pode ser considerado
valores acima de 0,600, indicando a confiabilidade da
pesquisa (Hair Jr et al., 2005).
Em relação ao público participante do estudo,
52% afirmaram que tem o hábito de adquirir alimen
-
tos orgânicos. Entre os adquiriam alimentos orgânicos,
analisando por gênero, 53% era composto por mulheres
e 47% por homens, corroborando com os resultados
observados por Santos e Silva Junior (2015) e Medeiros
et al., (2017). A maior participação do gênero feminino
pode estar associada ao fato da mulher estar mais aten-
da à questões de saúde da família, bem estar e hábitos
saudáveis (Medeiros et al., 2017) e até mesmo por que
a mulher continua sendo a responsável pela alimentação
de todos os moradores da casa, desde a compra, escolha
ou preparo dos alimentos consumidos pela família (Ber-
nardes et al. 2016).
Com relação a faixa etária dos entrevistados,
79% apresentou entre 18 a 35 anos (Tabela 1), seme-
lhante aos relatos de Silva et al., (2019). Como essa
pesquisa foi realizada em grupos de contatos de redes
sociais, a faixa etária do pesquisador responsável por
coletar os dados pode explicar faixas etárias mais jovens
com maior percentual de resposta e Silva et al.,(2019)
coletaram dados em uma universidade, o que também
pode ter influenciado na maior prevalência de jovens .
Os resultados citados divergem de resultados descritos na
literatura que identificaram população em média acima
Porto, B. R.; Nordi, W. M.
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de 40 anos como principal consumidora de alimentos
orgânicos. Porém, população de estudo e a metodologia
pode explicar estes resultados. Santos e Silva Junior
(2019) aplicaram questionários nas dez maiores e mais
importantes cidades do Agreste de Pernambuco e Me-
deiros et al., (2017) apresenta resultados bibliométricos
dos anos 2009-2015 pesquisas em diferentes populações.
Tabela 1 Idade (anos) dos participantes da pesquisa sobre comportamento e perfil do consumidor de alimentos orgânicos
Faixa Etária Número de Respostas % Acumulado (%)
18 a 25 anos 45 34 34
26 a 35 anos 60 45 79
36 a 45 anos 14 10 89
46 a 55 anos 10 7 96
Acima de 56 anos 5 4 100
Total 134 100 100
Meireles et al.(2016) que estudou perfil de
consumidores de restaurante de uma rede de supermer-
cados, associa o perfil de consumidores em idade superior
a 40 anos ao maior poder de compra considerando que
teoricamente seriam pessoas com vida econômica mais
estável.
Diferente da percepção dos autores citados acima,
ao analisar a renda familiar dos participantes que afirma-
ram adquirir alimentos orgânicos (Tabela 2), verificou-se
que 67 % das pessoas possuem renda inferior a cinco
salários mínimos. Este resultado mostra-se interessante,
podendo ser um indicativo de mudança de atitude com
relação ao consumo de orgânicos, devido a maior preo-
cupação com a saúde ou mesmo pelos produtos estarem
mais acessíveis à população. Eberle et al., (2019) também
observaram que o consumo de alimentos orgânicos não
se limita apenas às classes altas, uma vez que o fator
saúde influi diretamente na intenção de compra destes
produtos, tornando-os consumidores que não buscam
apenas preço, mas a qualidade dos produtos adquiridos
e consumidos.
Tabela 2 Renda mensal dos participantes da pesquisa sobre comportamento e perfil do consumidor de alimentos
orgânicos
Faixa de Renda Número de Respostas % Acumulado (%)
Até 2 salários mínimos (até R$1874,00) 58 43 43
De 2 a 4 salários mínimos (R$1874,01 a R$3748,00) 32 24 67
De 4 a 10 salários mínimos (R$3768,01 a R$9370,00 32 24 91
Acima de 10 salários mínimos (R$9370,01 ou mais) 12 9 100
Total 134 100 100
Pinho et al. (2018) observaram renda mensal
superior a 5 salarios mininos e Santos e Silva Junior
(2019) também observaram perfil de consumidores com
maior renda e atribuem as escolhas de acordo com sua
restrição orçamental. Meireles et al (2016) não observa-
ram influência da faixa salarial na aquisição de alimentos
orgânicos na população, a partir de renda mensal de três
salarios mínimos . Os resultados expostos indicam que
nem sempre o poder aquisitivo é uma motivador da aqui-
sição de alimentos orgânicos, como pode ser observado
a seguir.
Os principais fatores motivacionais para a com-
pra de alimentos orgânicos neste trabalho foram fatores
ligados a saúde e segurança alimentar do produto (Tabela
3). Uma possível explicação para este resultado seria a
correlação que os entrevistados fazem entre a utilização
de agrotóxicos e os danos à saúde humana.
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Tabela 3 – Fator motivacional na compra de alimentos orgânicos em pesquisa sobre Comportamento e perfil do con-
sumidor de alimentos orgânicos
Motivo Número de Respostas % Acumulado (%)
Ser livre de agrotóxicos/pesticidas 51 39 39
Sabor 12 9 48
Acredita ser mais saudável 38 28 76
Não utilizar fertilizantes químicos nos processos de
produção
8 6 82
Preservação do meio ambiente no processo de produ-
ção
13 10 92
Estilo de vida 11 8 100
Total 134 100 100
Pinho et al., (2018) e Silva et al, (2019) também
observaram que por serem livres de agrotóxicos e por
serem mais saudáveis os consumidores são motivados à
aquisição de alimentos orgânicos.
Iwaya e Steil, (2019) e Castelo Branco et al.
(2019) avaliaram o aplicação da teoria do comporta
-
mento planejado na compra de alimentos orgânicos e
observaram resultados divergentes. Castelo Branco et
al. (2019) concluem que as normas subjetivas sociais
relacionadas com a expectativa social percebida pelo
respondente em relação à sua compra de alimentos or-
gânicos e a consciência saudável impactou a intenção
de compra, mas de forma pouco expressiva . Já Iwaya e
Steil, (2019) avaliando publicaçãos por metodologia de
revisão sistemática, observaram que o construto atitudes
morais positivas foi considerado o melhor preditor da
intenção de compra de alimentos orgânicos. As atitudes/
normas morais estão relacionadas a normas e valores
internalizados por indivíduo. São convicções subjetivas
aprendidas durante a vida sobre o que é certo ou errado,
que levam o indivíduo a agir de determinada maneira
independentemente de possíveis consequências.
Ainda neste enfoque motivacional, percebeu-se
que a preservação do meio ambiente no processo de
produção obteve apenas 10% das repostas, contudo,
foi verificado a importância que os mais jovens dão ao
tema (Figura 1). Percebe-se a participação de popula-
ção jovem em temas atuais como sustentabilidade, por
exemplo, afirmando o amadurecimento, independência
e comportamentos que cada vez mais expressam a sua
personalidade e posicionamentos compatíveis com cons-
ciência ecológica e ambiental (Dos Santos et al., 2018)
Figura 1 – Faixa etária de entrevistados que consideram
preservação do meio ambiente no processo de
produção como principal fator motivacional
para consumir produtos orgânicos
Na tabela 4 estão apresentados os principais locais
para aquisição de alimentos orgânicos. Dentre estes, as
feiras foram os estabelecimentos mais escolhidos para a
compra de alimentos orgânicos, seguido dos supermer-
cados e compra direta do produtor.
Tabela 4 – Local de compra de alimentos orgânicos em pesquisa sobre Comportamento e perfil do consumidor de ali-
mentos orgânicos
Local Número de Respostas % Acumulado (%)
Supermercado 42 31 31
Feiras 46 34 65
Lojas de produtos naturais 13 10 75
Direto do produtor 33 25 100
Total 134 100 100
Porto, B. R.; Nordi, W. M.
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O fortalecimento do comercio de alimentos or-
gânicos no Brasil ainda carece de políticas de incentivo
ao consumo de produtos orgânicos. Atualmente algumas
políticas públicas se materializam através das compras
governamentais, no Programa de Aquisição de Alimentos
e no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Santos
et al., 2017), que também estimulam a produção pela
agricultura familiar, o que pode explicar maior acesso
aos alimentos em feiras livres .
Shultz et al., (2017) estudando dados da Ser-
ra Gaucha, citam que os supermercados e as feiras são
os principais canais de comercialização, sendo que os
supermercados apresentam-se como uma forma de co-
mercialização mais recente. Os autores concluem que
com a demanda crescente por estes alimentos os canais
de comercialização precisam ser fortalecidos
Ao avaliar os principais alimentos orgânicos
adquiridos pelos participantes da pesquisa (Tabela 5),
verificou-se que frutas, verduras e legumes representaram
a maior parte dos produtos comercializados, indo de
encontro ao fato de a maioria de produtores certificados
pelo Ministerio da Agricultura Pecuária e Abastecimento
(Brasil, 2019) apresentrem escopo de produção vegetal e
também pela agricultura familiar se caracterizar princi-
palmente como produtora de verduras, legumes e frutase
é a principal fornecedora de alimentos orgânicos.
Tabela 5 – Principais alimentos orgânicos adquiridos em pesquisa sobre comportamento e perfil do consumidor de
alimentos orgânicos
Opção Número de Respostas % Acumulado (%)
Legumes 111 28 28
Verduras 102 26 54
Frutas 99 25 79
Lácteos 40 10 89
Sementes 24 7 96
Cereais 17 4 100
Total 393 100 100
Quando questionados como os consumidores
garantiam que estavam adquirindo um produto orgânico,
a maioria informou que as informações fornecidas pelo
vendedor e embalagem são a garantia de que o produto é
orgânico (Tabela 6). Apenas 25% dos participantes neste
estudo informaram que adquirem produtos com o selo de
certificação do produto. Esta porcentagem é superior ao
encontrado por Andrade e Bertoldi (2012) com apenas
7,5% dos entrevistados garantiam a origem do alimento
pelo selo de produto orgânico. O melhor resultado obtido
no presente trabalho pode ser atribuído a consolidação
da obrigatoriedade do uso do selo oficial do Sistema
Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica que
entrou em vigor em 2014 (BRASIL, 2014).
Tabela 6 – Como o consumidor garante que está adquirindo um alimento orgânico em pesquisa sobre comportamento
e perfil do consumidor de alimentos orgânicos
Opção Número de Respostas % Acumulado (%)
Informação na gôndola ou setor do supermercado 23 18 18
Selo de certificação de produto orgânico 34 25 43
Informação do vendedor / embalagem 73 55 98
Produção própria 3 2 100
Total 134 100 100
Um fato preocupante verificado durante este
estudo é que do total de entrevistados, a grande maioria
(73%) confiam em informações passadas pelo vendedor/
embalagem, gôndolas e setor do supermercado. Estes, não
garantem que o produto comercializado seja realmente
orgânico. Eberle et al., (2019) também observaram que
os consumidores de alimentos orgânicos visualizam de
forma melhor os alimentos orgânicos em relação às carac-
terísticas de produto do que precisamente aos atributos
da marca e suas adjacências.
No entanto, a legislação brasileira estabelece
três instrumentos de certificação para que os produtores
possam ser reconhecidos como produtores orgânicos:
certificação por auditoria (CA), organização participa-
tiva de avaliação da conformidade orgânica (OPAC) e
organização de controle social (OCS) (Brasil, 2011), no
entanto, ainda é necessário uma maior conscientização
do consumidor sobre os direitos ao adquirir um alimento
orgânico, como por exemplo, o de certificação de qualida-
de, entre outros direitos assegurados pelo direito à saúde
Caracterização de consumidores de alimentos orgânicos: uma pesquisa quantitativa realizada em rede social
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e à alimentação saudável (Gomes e Frinhani (2017). É
eminente a necessidade de adoção de procedimentos
regulamentares para produção de alimentos orgânicos
para atender um nicho crescente no mercado nacional e
internacional(Galhardo et al., 2019). A adoção de praticas
que assegurem a transparência nos processos de produção
e comercialização, agregarão valores aos produtos orgâ
-
nicos frente aos convencionais, culminando, na garantia
de qualidade e consequentemente a certificação (Scalco
e Servi (2017).
De acordo com as informações obtidas neste es-
tudo, 86% dos consumidores estariam dispostos a pagar
a mais por um produto orgânico em relação ao mesmo
produto convencional (Tabela 7), contudo quanto maior a
diferença de valor entre os dois produtos, menor a dispo-
sição de compra. Estudos apresentados por Eberle et al.,
(2019) também evidenciaram que o fator preço interfere
negativamente na intenção de compra dos mesmos. Com
a maior oferta de produtos orgânicos, o preço de mercado
nem sempre é superior aos produtos convencionais. Na
prática, os preços podem ser comparativamente iguais
ou até mesmo mais baratos do que os preços de alimen-
tos cultivados pela agricultura convencional conforme
observado por SÁ et al (2018) em Pernanbuco.
Tabela 7 – Quanto o consumidor pagaria a mais por um produto orgânico em relação a um convencional em pesquisa
sobre comportamento e perfil do consumidor de alimentos orgânicos
Opção Número de Respostas % Acumulado (%)
1 a 20 % do valor do convencional 91 68 68
21 a 50 % do valor do convencional 20 15 83
51 a 80 % do valor do convencional 3 2 85
Acima de 81% do valor do convencional 1 1 86
Não pagaria nenhum valor a mais 19 14 100
Total 134 100 100
Ao questionar os participantes, inclusive aos
que não tem o hábito de adquirir alimentos orgânicos,
se substituiriam alimentos convencionais por orgânicos,
não levando em consideração disponibilidade e preço
dos produtos, verificou-se ótima aceitação por alimentos
orgânicos. Dos entrevistados, 91% substituiria alimentos
convencionais por orgânicos. Estes dados mostram a
grande aceitação do mercado consumidor aos alimentos
de origem orgânica. Ficando claro que, com uma maior
disponibilidade de alimentos e, consequentemente, uma
redução no preço de venda destes, influenciariam no
maior consumo de alimentos orgânicos pela população.
Conclusões
A realização da pesquisa por meio de uma pla-
taforma digital possibilitou em um tempo curto a parti-
cipação de um elevado número de pessoas, e da mesma
forma, melhor heterogeneidade dos participantes quando
comparado a pesquisas realizadas em estabelecimentos
físicos, ainda que limitações poderá ter ocorrido no estudo
ao enviar os questionários para grupos de relacionamento
de um dos autores do estudo. A compra de alimentos
orgânicos é realizada por mulheres mais jovens com
poder aquisitivo de até dez salários mínimos, adqui-
rindo principalmente legumes, frutas e verduras, com
disponibilidade de pagar maior valor por estes produtos.
Nota-se um grande potencial para a comercialização de
alimentos orgânicos em função da aceitação dos consu-
midores. Apesar disso, existe demanda ainda reprimida,
que pode ser explicada pelo preço de comercialização e
disponibilidade de produtos. Com isso, a busca por al-
ternativas que promovam maior produtividade no setor
de alimentos orgânicos e melhor distribuição destes nos
locais comerciais como supermercados, feiras e lojas de
produtos naturais deve ser alvo deste mercado em um
futuro próximo. As estratégias de marketing poderão
ajudar os consumidores na decisão por aquisição de ali-
mentos orgânicos baseadas nos benefícios para a saúde
e o meio ambiente, além de promover a sustentabilidade
alimentar.
Agradecimentos
À USP-ESALQ pela oportunidade de cursar Pós-
-graduação MBA em Gestão de Negócio e apresentação
desse trabalho para obtenção do título de especialista.
Porto, B. R.; Nordi, W. M.
8
Cad. Ciênc. Agrá., v. 11, p. 01–09, 2019. e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 1984-6738
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