CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
Desempenho zootécnico e parâmetros somáticos de carpa comum alimentada com Azolla
caroliniana
Guilherme Masteloto da Rosa
1
, Antonio Cleber da Silva Camargo
2
, Alexandra Pretto
3
*, Fernanda Rodrigues
Goulart Ferrigolo
4
, Caroline Naomi Kuroda
5
, Cristiano Miguel Stefanello
6
, Ana Betine Beutinger Bender
7
Resumo
Macrófitas aquáticas como a Azolla caroliniana podem ser incluídas na dieta de peixes pois constituem fonte de nu-
trientes (proteínas, aminoácidos, minerais, lipídios, frações da parede celular e polifenóis) que podem atuar como
suplemento alimentar. Assim, objetivou-se avaliar dois níveis de inclusão de A. caroliniana em dietas para carpa
comum avaliando parâmetros de desempenho zootécnico e índices somáticos nos peixes. Foram utilizados 72 juvenis
de carpa comum distribuídos aleatoriamente em 9 tanques-rede de 0,227 m
3
. Os juvenis foram alimentados duran-
te cinco semanas com as dietas controle (sem inclusão de A. caroliniana) e dietas com inclusão de 5 ou 10% de A.
caroliniana. Ao final deste período, o peso final, comprimento total final, fator de condição e conversão alimentar
aparente dos juvenis não diferiram entre os tratamentos. Porém, o ganho médio diário (P=0,048), ganho em peso
relativo (P=0,012) e taxa de crescimento específico (P=0,011) foram superiores nos tratamentos controle (26,2; 31,3
e 24,5%, respectivamente) e com inclusão de 5% de A. caroliniana (44,8; 49,5 e 37,7%, respectivamente) em relação
àqueles alimentados com 10% de A. caroliniana na dieta. Em relação aos índices somáticos não foram observadas
diferenças significativas entre os tratamentos, para nenhum dos parâmetros avaliados. Assim, devido ao alto teor de
fibra insolúvel presente nesta macrófita, recomenda-se que seja incluída em no máximo 5% da dieta de carpa comum
para não prejudicar o desempenho animal.
Palavras-chave: Macrófita. Ingrediente alternativo. Nutrientes. Cyprinus carpio. Crescimento.
Zootechnical performance and somatic parameters of common carp fed with Azolla
caroliniana
Abstract
Aquatic macrophytes like Azolla caroliniana can be included in the fish diet as they are a source of nutrients (pro-
teins, amino acids, minerals, lipids, cell wall fractions and polyphenols) that can act as a dietary supplement. Thus,
the objective was to evaluate two levels of A. caroliniana inclusion in common carp diets by evaluating zootechnical
performance parameters and somatic indices in fish. Seventy-two common carp juveniles were randomly distributed
in nine 0.227 m
3
net cages. The juveniles were fed for five weeks with the control diets (without inclusion of A. ca-
roliniana) and diets with inclusion of 5 or 10% A. caroliniana. At the end of this period, the final weight, final total
1
Universidade Federal do Pampa. Uruguaiana, RS. Brasil.
http://orcid.org/0000-0003-3167-4561
2
Universidade Federal do Pampa. Uruguaiana, RS. Brasil.
http://orcid.org/0000-0003-0114-0702
3
Universidade Federal do Pampa. Uruguaiana, RS. Brasil.
http://orcid.org/0000-0002-5874-9108
4
Universidade Federal do Pampa. Uruguaiana, RS. Brasil.
http://orcid.org/0000-0001-6096-0132
5
Universidade Federal do Pampa. Uruguaiana, RS. Brasil.
http://orcid.org/0000-0003-1684-4729
6
Universidade Federal do Pampa. Uruguaiana, RS. Brasil.
http://orcid.org/0000-0002-3977-3700
7
Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, RS. Brasil.
http://orcid.org/0000-0001-6973-9127
*Autor para correspondência: ale.pretto@yahoo.com.br
Recebido para publicação em 31 de outubro de 2019. Aceito para publicação em 20 de novembro de 2019.
e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 2447-6218 / © 2009, Universidade Federal de Minas Gerais, Todos os direitos reservados.
Rosa, G. M. et al.
2
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length, condition factor and apparent feed conversion of juveniles did not differ between treatments. However, the
average daily gain (P=0.048), relative weight gain (P=0.012) and specific growth rate (P=0.011) were higher in
the control treatments (26.2, 31.3 and 24.5%, respectively) and with inclusion of 5% A. caroliniana (44.8, 49.5 and
37.7%, respectively) in relation to those fed with 10% A. caroliniana in the diet. Regarding the somatic indices, no
significant differences were observed between treatments for any of the evaluated parameters. Thus, due to the high
content of insoluble fiber present in this macrophyte, it is recommended that it be included in a maximum of 5% of
the common carp diet so as not to impair animal performance.
Keywords: Macrophyte. Alternative ingredient. Nutrients. Cyprinus carpio. Growth.
Introdução
Características favoráveis para a criação como
adaptação ao clima, tolerância a baixos níveis de oxi-
gênio dissolvido na água, facilidade de reprodução e as
práticas de manejo fazem da carpa comum (Cyprinus
carpio) uma das espécies mais criadas no Sul do Brasil.
Além disso, devido ao hábito alimentar onívoro, esta
espécie aceita e converte bem diversos tipos de alimento
(Cyrino et al., 2004). Dentre os aspectos relacionados à
piscicultura, os que envolvem a alimentação vêm sendo
amplamente discutidos. Um dos desafios neste campo
é desenvolver dietas que proporcionem crescimento e
eficiência alimentar aos peixes e que contribuam para
manter a qualidade da água do viveiro, a um custo que
possibilite rentabilidade à criação. Tal relevância ocorre
em razão da ração ser responsável por grande parte dos
custos de produção, de 70 a 80% (EMBRAPA, 2016).
Como alternativa para redução dos custos de
produção, temos a possibilidade de inclusão de ingre-
dientes alternativos na dieta como algas e macrófitas
aquáticas (Hasan e Chakrabarti, 2009). As macrófitas
são extremamente importantes para a preservação da
diversidade biológica, pois apresentam alta produtividade
e elevada biomassa, contribuindo de forma significativa
para o ciclo de nutrientes no meio aquático (Hasan e
Chakrabarti, 2009; Trindade et al., 2010). A biomassa
destas macrófitas contém muitos nutrientes como proteí-
nas, aminoácidos, minerais, lipídios, frações da parede
celular e polifenóis que podem atuar como suplemento
alimentar para peixes (Henry-Silva e Camargo, 2006;
Hasan e Chakrabarti, 2009; Mosha, 2009). Por exemplo
as macrófitas do gênero Azolla contém de 19 a 30% de
proteína bruta; 14 a 20% de matéria mineral, 3 a 6% de
gordura e teor de carboidratos fibrosos que pode ser su-
perior a 50% (Hasan e Chakrabarti, 2009). A inclusão de
ingredientes alternativos deve ser realizada após estudo
detalhado de sua composição nutricional pois, ingredien-
tes de origem vegetal podem conter, além de nutrientes,
elevada quantidade de compostos antinutricionais como,
inibidores de proteínas, oxalatos, taninos, fibras, entre
outros, e levar a prejuízos na absorção de nutrientes
quando ingeridos em níveis elevados (Benevides et al.,
2011).
As macrófitas apresentam expressiva quantidade
de fibras, as quais, quando incluídas em níveis elevados
na dieta de animais não ruminantes, promovem aumento
da viscosidade da digesta, reduzindo a digestibilidade
dos nutrientes em função da limitação da interação entre
substratos e enzimas na mucosa intestinal (Montagne et
al., 2003). No entanto, em quantidades adequadas po-
dem gerar vários benefícios aos animais (Adorian et al.,
2016; Goulart et al., 2018). A fibra alimentar tem grande
importância nesse aspecto, uma vez que sua ação pode
ser comparada àquela proporcionada pelos prebióticos
comerciais (Rodrigues et al., 2010). Com isso, objetivou-
-se avaliar dois níveis de inclusão de Azolla caroliniana
em dietas para carpa comum avaliando parâmetros de
desempenho zootécnico e índices somáticos nos peixes.
Material e métodos
O experimento foi realizado no Centro de Tec-
nologia em Pesca e Aquicultura (CTPA) da Universidade
Federal do Pampa, Campus Uruguaiana. Amostras de
macrófita aquática foram coletadas pela parte da manhã
em viveiros no CTPA, mantidas durante três horas no sol
para redução de umidade e depois mantidas em estufa de
circulação ar forçado a 50°C por 48 horas. Transcorrido
o tempo de secagem o material foi moído, peneirado
(600 µm), embalado e armazenado até o preparo das
dietas (-18°C). Esta metodologia permitiu obter secagem
e granulometria satisfatória do material.
A composição da planta A. caroliniana, foi ava-
liada para matéria parcialmente seca (60°C durante 12
horas), matéria seca (105°C durante 24 horas), cinzas
(550°C durante 4 horas) e proteína bruta (método de
micro Kjeldahl, N × 6,25) de acordo com metodologias
propostas pela AOAC (1995). A gordura foi extraída e
quantificada pelo método de Bligh e Dyer (1959). A fibra
insolúvel, total e solúvel (obtida por diferença entre a
concentração de fibra total menos insolúvel) dos ingre-
dientes foi determinada de acordo com AOAC (1995).
A digestibilidade proteica in vitro foi avaliada de acordo
com a metodologia proposta por Dias et al. (2010). O
método é baseado na digestão da proteína da amostra
pelas enzimas pepsina e pancreatina e a digestibilidade
é calculada através da relação entre o nitrogênio total da
amostra, nitrogênio digerido, nitrogênio produzido pela
autodigestão das enzimas e nitrogênio solúvel presente
originalmente na amostra, quantificado pelo método
micro Kjeldahl (N × 6,25).
O delineamento experimental utilizado no estudo
foi o inteiramente casualizado com três tratamentos e
Desempenho zootécnico e parâmetros somáticos de carpa comum alimentada com Azolla caroliniana
3
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três repetições cada. As seguintes dietas experimentais
representaram os tratamentos: CONT = sem adição de
A. caroliniana; AZ5 = adição de 5% de A. caroliniana;
AZ10 = adição de 10% de A. caroliniana (Tabela 1). As
dietas foram formuladas a partir dos ingredientes secos e
moídos, pesados e misturados manualmente, onde foram
adicionados óleo de soja e água e a mistura homogênea
foi peletizada em moedor de carne. As rações foram se-
cas em estufa de circulação de ar forçada a 50°C por 24
horas e mantidas refrigeradas até o uso. As rações foram
analisadas para matéria seca, matéria mineral, proteína
bruta e gordura de acordo com as metodologias citadas
acima. Teores de fibras (total, insolúvel e solúvel) dos
ingredientes também foram analisados de acordo com
AOAC (1995).
Tabela 1 – Formulação e composição das dietas para carpa comum alimentadas com Azolla caroliniana
Ingredientes
Formulação da dieta (%)
CONT AZ5 AZ10
Farelo de soja 20 20 20
CPS
1
5 5 5
Milho moído 16 17 17
Farelo de trigo 9 - -
Farinha de peixe 31,7 32,5 31
Azolla caroliniana
- 5 10
Óleo de soja 8 8 8
Vitaminas/minerais
2
1 1 1
Fosfato bicálcico 1 1 1
Sal 1 1 1
Amido de milho 3 6 6
Inerte – Areia 4,3 3,5 -
Composição da dieta
Matéria seca
3
95,44 95,52 96,37
Proteína bruta
3
29,86 29,75 31,02
Energia digestível
5
2882,3 3017,18 3149,12
Gordura
3
10,31 11,04 11,89
Cinzas
3
24,75 22,16 17,83
Fibra solúvel
4
0,86 0,61 0,86
Fibra insolúvel
4
4,52 4,18 6,69
Fibra total
4
5,38 4,79 7,56
Carboidratos
6
25,33 26,48 26,55
CONT = dieta controle, sem adição de Azolla caroliniana; AZ5 ou AZ10= dieta contendo 5% ou 10% de Azolla caroliniana, respectivamente.
1
CPS
= concentrado proteico de soja.
2
Composição do suplemento vitamínico-mineral por Kg de produto: ác. Fólico: 250 mg; ác. Pantotênico: 5000 mg;
antioxidante: 0,06 g; biotina: 125 mg; cobalto: 25 mg; cobre: 2000 mg; ferro: 820 mg; iodo: 100 mg; manganês: 3750 mg; niacina: 5000 mg;
selênio: 75 mg; vit. A: 1000000 UI; vit. B1: 1250 mg; vit. B2: 2500 mg; vit. B6: 2485 mg; vit. B12: 3750 mg; vit. C: 28000 mg; vit. D3: 500000 UI;
vit. E: 20000UI; vit. 5000 mg; zinco: 1750 mg.
3
Composição analisada;
4
Composição calculada a partir da análise dos ingredientes;
5
Calculado a
partir da fórmula: (proteína*5,64*0,83) + (gordura*9,44*0,88) + (carboidrato*4,11*0,65) (Meyer et al., 2004).
6
Obtido por diferença através da
fórmula: 100 – (proteína bruta+matéria mineral+gordura+fibra detergente neutro+umidade).
Neste estudo foram utilizados 72 juvenis de carpa
comum (peso inicial: 138,59 ± 8,32 g e comprimento
total: 21,00 ± 0,37 cm), distribuídos aleatoriamente em
9 tanques-rede de 0,227 m
3
(0,54x 0,54x0,78 m). Os
tanques-rede foram distribuídos em um viveiro de 200
m
3
, distantes 0,5 m cada um. Os peixes foram alimenta-
dos com as dietas experimentais durante cinco semanas,
recebendo 3% da biomassa total do tanque, dividido em
duas alimentações diárias (9 e 16 hs). A quantidade de
alimento foi ajustada através de biometrias quinzenais.
Rosa, G. M. et al.
4
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Quanto a qualidade da água, diariamente foram verifi-
cados a temperatura e o oxigênio dissolvido (oxímetro
digital POLITERM POL 60) e semanalmente a trans-
parência (Disco de Secchi), turbidez (turbidímetro digi-
tal HANNA H198703), alcalinidade (por titulometria
Boyd e Tucker, 1992), pH (pHmetro digital GEHAKA
PG 1800) e condutividade (condutivímetro digital - MCA
150P). Os seguintes valores foram obtidos: temperatura
23,39 ± 1,53°C (manhã) e 27,35 ± 2,14°C (tarde); oxi-
gênio dissolvido 3,50 ± 1,25 mg/L (manhã) e 6,92 ±
1,85 mg/L (tarde); transparência 103,33 ± 24,58 cm;
turbidez 5,18 ± 3,51 NTU; alcalinidade 34,02 ± 2,40
mg/L CaCO
3
; pH 7,37 ± 0,11 unidades; condutividade
117,97 ± 21,20 µs/cm. Os parâmetros de qualidade de
água mantiveram-se dentro de faixa adequada para a
criação de carpa comum (Arana, 2010).
Ao final do período experimental, os peixes foram
mantidos em jejum por 24 horas, anestesiados com euge
-
nol na concentração de 80 µL/L de água (Bittencourt et
al., 2013), pesados individualmente em balança analítica
de precisão (0,01 g Bel Marck M5202) e medidos com
paquímetro digital (Starret 797B-8/200). A partir dos
dados de peso, comprimento total e ração consumida
foram calculados o ganho médio diário (GMD) = (peso
final peso inicial)/ dias; fator de condição (FC) = peso x
100/(comprimento total
3
); ganho em peso relativo (GPR)
= [(peso final - peso inicial)/peso inicial] x 100; taxa de
crescimento específico (TCE) = [(ln (peso final) - ln (peso
inicial)) /dias x 100 e conversão alimentar aparente (CAA)
= alimento consumido/ganho em peso. Foram abatidos
aleatoriamente dois peixes de cada tanque-rede ao final
do experimento para avaliação dos seguintes índices so-
máticos: índice hepatossomático (IHS) = (peso fígado/
peso total peixe)*100; índice gonadossomático (IGS) =
(peso gônada/peso total peixe)*100; quociente intestinal
(QI) = (comprimento do trato digestório/comprimento
total peixe); índice digestivossomático (IDS) = (peso
trato digestório/peso total peixe)*100; rendimento de
carcaça (RC) = (peso do peixe sem as vísceras/peso total
peixe)*100.
Os dados obtidos foram submetidos à análise de
variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey
(p<0,05) através do programa estatístico SPSS 21.0.
Correlações de Pearson também foram realizadas através
deste programa estatístico.
Resultados e discussão
A composição centesimal e digestibilidade pro-
teica in vitro da planta aquática A. caroliniana estão
apresentadas na Tabela 2. A macrófita apresenta alto
teor de umidade na matéria natural e seu rendimento
após passar por secagem é de 8%. Em relação aos de-
mais constituintes nutricionais, o teor de fibras permite
classificar como um ingrediente fibroso, pois esta fração
chega a 55%. Grande parte da fibra é insolúvel, composta
principalmente de hemicelulose insolúvel, celulose e lig-
nina. O teor de fibra solúvel, que inclui pectinas, gomas,
mucilagens e algumas hemiceluloses, corresponde a 5%
do valor de fibra total.
Tabela 2 – Composição centesimal e digestibilidade proteica in vitro da Azolla caroliniana
Parâmetros (%)
Umidade
1
93,06 ± 0,06
Matéria mineral
2
13,36 ± 0,11
Proteína bruta
2
19,21 ± 0,10
Gordura
2
3,45 ± 0,86
Fibra solúvel
2
5,08
Fibra insolúvel
2
50,25 ± 0,56
Fibra total
2
55,33 ± 2,50
Digestibilidade proteica in vitro
25,00 ± 2,93
1
Dados expressos como média ± desvio padrão (n=3) na matéria natural e
2
dados expressos na matéria seca.
Além disso, observa-se que a composição centesi-
mal de amostras de A. caroliniana avaliadas no presente
estudo é semelhante ao relatado por Hasan e Chakrabarti
(2009) e Mosha (2018) para macrófitas do gênero Azolla
(19 a 30% de proteína bruta; 14 a 20% de cinzas; 3 a 6%
de gordura; 5 a 15% de celulose; 9 a 17% de hemicelu-
lose e 9 a 34% de lignina). Da mesma forma, amostras
de Azolla filiculoides foram avaliadas e apresentaram
valores de 21,7% de proteína bruta, 5,1% de gordura,
16,2% de cinzas e 13,7% de fibra bruta. Os valores são
próximos em relação à proteína bruta, gordura e cinzas
mas distintos em relação a fibra, a qual é apresentada
como fibra bruta, o que pode ser a razão para tal dife-
rença (Souza et al., 2008). Outras macrófitas aquáticas,
também avaliadas nutricionalmente para posterior in-
clusão em dietas piscícolas, foram Eichhornia crassipes
(aguapé) e Pistia stratiotes (alface d’água), sendo que
E. crassipes apresentou 12,45% de proteína bruta; 17%
de cinzas, 4,73% de lipídeos e 53,45% de fibras; e P.
stratiotes apresentou 15% de proteína bruta; 18,95% de
Desempenho zootécnico e parâmetros somáticos de carpa comum alimentada com Azolla caroliniana
5
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cinzas; 4,4% de lipídeos e 56,9% de fibras (Henry-Silva
e Camargo, 2006). Estas macrófitas apresentam valores
semelhantes à A. carolinana em relação à gordura, cinzas
e fibras, porém menores em termos de proteína bruta.
Já, a digestibilidade proteica realizada in vitro
revelou teor de 25% (Tabela 2). O baixo valor encontrado
para A. caroliniana possivelmente está relacionada ao
elevado conteúdo de fibras. De forma semelhante, diges-
tibilidade proteica in vitro de 42% foi observada no farelo
de tungue (Aleurites fordii), outro ingrediente de origem
vegetal com alto teor de fibras (52,2% de fibra em deter-
gente neutro). Após retirada de parte dos antinutrientes
(-62% de ácido fítico e -28% de taninos condensados)
houve melhora na digestibilidade deste ingrediente, ele-
vada para 48% (Pretto, 2013). Já, Enry-Silva et al. (2006)
avaliando a digestibilidade proteica in vivo em juvenis de
Oreochromis niloticus para as macrófitas E. crassipes e P.
stratiotes verificaram coeficientes de digestibilidade da
proteína bruta de 59,2 e 52,2%, respectivamente. Assim,
a composição centesimal e a digestibilidade proteica in
vitro da A. caroliniana, revelam que este ingrediente não
deve ser utilizado em níveis elevados na dieta de peixes
para não comprometer o desempenho zootécnico.
A resposta nutricional de juvenis de carpa comum
à inclusão de A. caroliniana foi observada através de pa-
râmetros de desempenho zootécnico e índices somáticos,
cujos dados estão apresentados na Tabela 3.
Tabela 3 Parâmetros de crescimento e índices somáticos em juvenis de carpa comum alimentados com Azolla caroliniana
Tratamentos
Variáveis
CONT AZ5 AZ10
Parâmetros de crescimento
PI (g) 137,29 ± 6,33 137,92 ± 10,33 142,04 ± 9,38
CTI (cm) 20,98 ± 0,16 21,28 ± 0,40 20,80 ± 0,41
PF (g) 218,26 ± 10,94 230,57 ± 22,44 206,05 ± 20,12
CTF (cm) 24,19 ± 0,53 24,78 ± 0,80 23,76 ± 0,24
GMD (g) 2,31 ± 0,16
ab
2,65 ± 0,43
a
1,83 ± 0,33
b
FC 1,54 ± 0,02 1,51 ± 0,03 1,53 ± 0,11
GPR (%) 58,97± 2,95
ab
67,14 ± 8,98
a
44,90 ± 5,60
b
TCE (%/dia) 1,32 ± 0,05
ab
1,46 ± 0,16
a
1,06 ± 0,11
b
CAA 2,01 ± 0,46 1,58 ± 0,22 2,27 ± 0,03
Índices somáticos
IHS (%) 1,88 ± 0,22 2,05 ± 0,41 2,06 ± 0,32
IGS 3,33 ± 1,40 3,10 ± 0,85 3,36 ± 2,26
QI 2,01 ± 0,23 1,94 ± 0,23 1,84 ± 0,11
IDS (%) 4,26 ± 0,23 3,80 ± 0,61 3,75 ± 0,20
RC (%) 83,97 ± 6,12 86,49 ± 4,56 89,41 ± 4,54
Dados expressos como média ± desvio padrão (n=3 para dados zootécnicos e n=6 para índices somáticos).
1
Tratamentos: CONT = dieta controle,
sem adição de Azolla caroliniana; AZ5 ou AZ10= dieta contendo 5% ou 10% de Azolla caroliniana, respectivamente. Letras indicam diferença esta-
tística entre os tratamentos pelo teste de Tukey (p<0,05). PI = peso inicial; CTI = comprimento total inicial; PF = peso final; CTF = comprimento
total final; GMD = ganho médio diário; FC = fator de condição; GPR = ganho em peso relativo; TCE = taxa de crescimento específico; CAA =
conversão alimentar aparente. IHS = índice hepatossomático; IGS = índice gonadossomático; QI = quociente intestinal; IDS = índice digestivos-
somático; RC = rendimento de carcaça.
Observou-se que o peso final, comprimento total
final, fator de condição e conversão alimentar aparente
dos peixes não diferiram entre os tratamentos avalia-
dos. Mas o ganho médio diário (P=0,048), ganho em
peso relativo (P=0,012) e taxa de crescimento específico
(P=0,011) foram superiores nos animais alimentados
com as dietas AZ5 (44,8; 49,5 e 37,7%, respectivamen-
te) e CONT (26,2; 31,3 e 24,5%, respectivamente) em
relação aos valores observados nos peixes alimentados
com a dieta AZ10. A inclusão da A. caroliniana no nível
de 10% na ração (AZ10) afetou negativamente (P<0,05)
estes parâmetros nos juvenis de carpa comum. Sugere-se
que estes resultados estejam relacionados ao maior nível
de fibra insolúvel (6,69%) na dieta AZ10. Correlações
significativas foram encontradas entre os teores de fibra
insolúvel das dietas e os parâmetros de desempenho
como ganho médio diário (-0,752, P=0,019); ganho em
peso relativo (-0,845, P=0,04) e taxa de crescimento
específico (-0,853, P=0,003). A fibra insolúvel tem como
principais efeitos negativos o aumento do bolo alimentar
Rosa, G. M. et al.
6
Cad. Ciênc. Agrá., v. 11, p. 01–07, 2019. e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 1984-6738
e diluição de nutrientes (Leão, 2013; Fabregat et al.,
2011), promovendo, consequentemente, prejuízo sobre
o desempenho do animal. Ainda, o aumento de fibras
na dieta diminui o tempo de trânsito gastrointestinal, ou
seja, proporciona menor tempo de retenção do alimento
no trato digestório, o que reduz o tempo de contato do
alimento com as enzimas digestivas e células de absorção
(Meurer et al., 2003; Henry-Silva et al., 2006).
Em outros estudos, também foram observados
redução no crescimento de peixes quando alimentados
com elevados níveis de macrófitas na dieta. Para exem-
plares de Labeo rohita a dieta com inclusão de 20% de
azolla proporcionou maior ganho em peso, taxa de cres-
cimento específico e conversão alimentar comparado a
dieta com 40% de inclusão da macrófita (Kumari et al.,
2017). Ainda, de acordo com Das et al. (2018) a substi-
tuição de 25% da ração comercial por A. pinnata fresca
para alevinos de Barbonymus gonionotus não alterou o
ganho de peso médio e taxa de crescimento específico
em relação aos peixes alimentado somente com ração.
Porém substituição superior a este nível causou piora
no desempenho dos peixes. Entre as causas para piora
no desempenho podem ser elencados principalmente o
alto teor de fibras indigestíveis e insuficiência de alguns
aminoácidos essenciais, o que causa efeitos adversos na
digestão, absorção e utilização de nutrientes quando
macrófitas são incluídas em níveis elevados em dietas
de peixes (Das et al., 2018). Assim, o alto teor de fibra
insolúvel presente na A. caroliniana e a baixa digestibi-
lidade proteica verificada in vitro podem ser sugeridos
como os principais fatores que prejudicam o desempenho
zootécnico de carpas comum ao inserir este ingrediente
no nível de 10% na dieta.
Em relação aos índices hepatossomático, gona-
dossomático, digestivossomático e quociente intestinal
avaliados em juvenis de carpa comum, estes não foram
alterados nos tratamentos avaliados, seja na dieta con-
trole ou nas dietas contendo 5 ou 10% de A. caroliniana
(Tabela 3). O índice hepatossomático é considerado um
indicador sensível para a disponibilidade de energia em
peixes. O excesso de energia digestível leva à deposição
de glicogênio ou lipídios (Das et al., 2018). Variações nos
índices digestivossomático e o no quociente intestinal re-
fletem adaptações do trato digestivo ao tipo de alimento
ingerido. Variações no tamanho e peso do trato gastroin-
testinal podem ocorrer como forma de aumentar a área
de contato com o alimento e melhorar a digestibilidade
(Leenhouwers et al., 2006; Pedron et al., 2008). Assim
como no presente estudo, juvenis de jundiá alimentados
com dietas contendo casca de soja ou de algodão e em
níveis de 4; 7 ou 10% de fibra bruta, durante 120 dias, não
alteraram os índices hepatossomático, digestivossomático,
quociente intestinal e de gordura visceral (Pedron et al.,
2008). Da mesma forma, o consumo de dietas com até
10% de A. caroliniana por menor tempo de alimentação
(cinco semanas) não alterou o peso e volume do trato
digestivo e fígado. Porém em dietas fornecidas para juve-
nis de Pangasianodon hypophthalmus que apresentavam
alto teor de substituição de farinha de peixe por farelo
de soja (acima de 75% a 100%) ocorreu aumento do
índice hepatossomático e digestivossomático nos peixes,
o que tem relação com o alimento e o nível de inclusão
na dieta (Phumee et al., 2011; Da et al., 2016).
Nenhuma diferença foi encontrada para o rendi-
mento de carcaça (RC) nos exemplares de carpa comum
alimentados com A. caroliniana. Os valores de rendimen-
tos de carcaça obtidos no presente estudo são semelhantes
aos valores encontrados para juvenis de carpa comum
alimentadas com fontes proteicas de origem vegetal na
dieta (Bergamin et al., 2010).
Conclusão
A inclusão de A. caroliniana na dieta de juvenis
de carpa comum proporcionou crescimento satisfatório e
sem afetar os índices somáticos nos peixes. No entanto,
em razão dessa macrófita possuir alto teor de fibra in-
solúvel, recomenda-se, que seja incluída em no máximo
5% da dieta de carpa comum a fim de não prejudicar o
ganho de peso e a taxa de crescimento dos animais.
Agradecimentos
À Universidade Federal do Pampa pela concessão
de auxílio financeiro (Bolsa de Desenvolvimento Acadê-
mico) ao discente Guilherme M. da Rosa.
Aprovação do Comitê de Ética
O projeto foi aprovado pelo Comitê de ética
em experimentação animal da Universidade Federal do
Pampa, sob protocolo nº 036/2019.
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