CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
Uso e ocupação do solo de duas sub-bacias hidrográficas no município de Domingos
Martins, estado do Espírito Santo
Tiago Oliveira de Aguilar
1
, Caio Henrique Ungarato Fiorese
2
*
Resumo
O objetivo do trabalho foi estudar o uso e ocupação das terras das bacias hidrográficas do Córrego dos Cavalos (BHCC)
e do Córrego São Floriano (BHCSF), bem como propor sugestões para melhorias locais. Os procedimentos ocorreram no
programa ArcMap, utilizando o GEOBASES/ES como base de dados cartográfica. Foram delimitadas as bacias gerando
inicialmente o Modelo Digital de Elevação, obtendo a rede hidrográfica local. No GEOBASES/ES, foram adquiridos
dois arquivos (shp) de uso de solo para o estado do Espírito Santo nos mapeamentos dos anos 2007-2008 e 2012-
2015 para, posteriormente, delimitar as Áreas de Preservação Permanente (APP) e o estudo dessas bacias conforme
a literatura. Há maior predominância de vegetação nativa, que apresentou redução na BHCC, sendo um fator preo-
cupante. As culturas temporárias tiveram boa representatividade, e a macega apresentou crescimento, constituindo
um problema quanto ao manejo do uso de solo. A silvicultura (eucalipto; pinus) apresentou crescimento, inclusive
nas APPs, que sofreram redução da vegetação nativa, mas tiveram redução de pastagem. Medidas como implantação
de agroflorestas em detrimento a monocultura, manejo adequado da silvicultura, agricultura e pastagem e educação
ambiental são fundamentais. Para futuros estudos, analisar a evolução da silvicultura e monitorar os cursos hídricos.
Palavras-chave: Área de preservação permanente. Cobertura da terra. Geoprocessamento. Gestão territorial. Impactos
ambientais.
Land use and occupation of two hydrographic sub-basins in the municipality of Domingos
Martins, state of Espírito Santo
Abstract
The objective of this work was to study the use and occupation of the lands of the Cavalos Stream (BHCC) and São
Floriano Stream (BHCSF) watersheds, as well as to suggest suggestions for local improvements. The procedures were
performed in the ArcMap program, using GEOBASES/ES as a cartographic base. The basins were delimited, initially
generating the Digital Elevation Model, obtaining the local hydrographic network. In GEOBASES/ES, they were
acquired in two land use files (shp) for the state of Espírito Santo in the mappings of the years 2007-2008 and 2012-
2015, to later define the Areas of Permanent Preservation (PPA) and study of these basins according to the literature.
There is a greater predominance of native vegetation, which presented a reduction in BHCC, being a worrying factor.
Temporal crops presented good representativeness and the macega presented growth, constituting a problem in the
land use management. The silviculture (eucalyptus; pinus) presented growth, even in PPAs, which suffered reduction
of native vegetation, but presented pasture reduction. Measures such as the implementation of agroforestry systems to
the detriment of monoculture, proper management of forestry, agriculture and pasture, and environmental education
are fundamental. For future studies, analyze the evolution of forestry and monitor watercourses.
Keywords: Permanent preservation area. Earth coverage. Geoprocessing. Territorial management. Environmental
impacts.
1
Instituto Federal do Espírito Santo, Alegre - ES. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-2341-3556
2
Centro Universitário São Camilo, Cachoeiro de Itapemirim - ES. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-6866-0361
*Autor para correspondência: caiofiorese@hotmail.com
Recebido para publicação em 02 de novembro de 2019. Aceito para publicação em 10 de dezembro de 2019.
e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 2447-6218 / © 2009, Universidade Federal de Minas Gerais, Todos os direitos reservados.
de Aguilar, T. O.; Fiorese, C. H. U.
2
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Introdução
Através do crescimento demográfico e da evo-
lução tecnológica, foram intensificadas várias atividades
antrópicas, causando modificações no espaço geográfico,
resultadas de atitudes irracionais no que tange à ocupação
de terras, gerando um processo de desequilíbrio ambiental
(Lopes et al., 2016).
O uso e ocupação dos solos podem afetar di-
retamente a qualidade e disponibilidade dos recursos
hídricos, em função da acelerada urbanização, supressão
da vegetação nativa ou da agropecuária, sendo que os
impactos ambientais negativos variam conforme o solo,
nutrientes, contaminantes metálicos e transporte de se-
dimentos, por exemplo (Cornelli et al., 2016). Assim,
alteram sensivelmente os processos físico-químicos e
biológicos dos espaços naturais (Menezes et al., 2016).
Os impactos ambientais em bacias hidrográficas
podem ser mitigados por meio do monitoramento do uso
e cobertura do solo considerando informações espaço-
-temporais acerca das alterações na paisagem (Coelho
et al., 2014). Dessa forma, estudos que objetivam diag-
nosticar as condições do ambiente natural e analisar a
sua dinâmica, podem contribuir na gestão sustentável
dessas regiões (Moraes et al., 2018).
De acordo com Chuerubim e Pavanin (2013), as
bacias hidrográficas podem ser adotadas como unidades
de planejamento, permitindo tomadas de ações conjuntas
entre instituições de ensino, pesquisa e governos, bene-
ficiando diretamente a população e o meio ambiente
locais. Leal (2012) enfatiza a relevância dos estudos em
nível de bacias hidrográficas na compatibilização do uso
e ocupação de solo nessas regiões com a disponibilidade
hídrica, sendo um meio de atingir a sustentabilidade
econômica, social e ambiental. a adoção de unidades
menores da bacia hidrográfica (as chamadas sub-bacias)
facilita, por razões técnicas e estratégicas, o seu planeja-
mento (Lopes et al., 2016).
O geoprocessamento é um importante conjunto
de ferramentas capaz de reunir a cartografia e o arma-
zenamento de dados, permitindo tratar e analisar as
informações, de maneira integrada, por meio de pro-
gramas computacionais relacionados a um Sistema de
Informações Geográficas (SIG) (Sebusiani e Bettine,
2011) que, por sua vez, auxilia na produção de mapas
para melhor compreensão da realidade e na divulgação
dos resultados alcançados, podendo contribuir na reso-
lução de problemas (Criado e Piroli, 2012). Pessoa et al.
(2013) destacam que os mapas de uso de solo podem
ser usados pelos órgãos públicos fiscalizadores, a fim de
identificar áreas em conflito com uso de solo.
Diante da relevância da temática discutida e,
com auxílio de geotecnologias, o objetivo deste estudo
foi avaliar o uso e ocupação das terras das sub-bacias
hidrográficas dos Córregos São Floriano e dos Cavalos,
afluentes do rio Jucu Braço Sul (ES), como forma de
subsidiar melhorias nas áreas estudadas em termos de
conservação dos solos e gestão territorial.
Materiais e Métodos
Os locais de estudo foram a sub-bacia hidrográ-
fica do Córrego dos Cavalos (sigla BHCC) e a sub-bacia
hidrográfica do Córrego São Floriano (sigla BHCSF).
Ambas são localizadas no município de Domingos Martins,
na região Serrana do estado do Espírito Santo, e fazem
parte da bacia hidrográfica do rio Jucu Braço Sul e são
de grande importância para a região do referido estado,
pois é um dos principais mananciais que abastecem a
Região Metropolitana da Grande Vitória, além de garantir
boa parte da energia elétrica produzida no estado do
Espírito Santo. O clima na região é Aw, de acordo com
a classificação de Köppen, ou seja, tropical úmido com
estação seca no inverno e chuvosa no verão (Alvares et
al., 2013). A Figura 1 mostra a localização da região
estudada.
A base de dados utilizada foi o Sistema Integrado
de Bases Geoespaciais do Estado do Espírito Santo (GEO-
BASES), que forneceu arquivos, em formato shapefile
(shp), acerca das curvas de nível da região em estudo. Os
procedimentos foram executados no programa ArcMap, na
versão 10.2.2, para delimitação das bacias hidrográficas.
Tendo adicionados os arquivos adquiridos no GEOBASES,
foi gerado um Modelo Digital de Elevação (MDE) da área.
Com auxílio do Arc ToolBox, foi, a princípio, corrigido
o MDE gerado, a fim de preencher as depressões que
podem “interromper” o fluxo d’água da drenagem local
e preparar o banco de dados necessário para as etapas
posteriores. Em seguida, foram delimitados, respectiva-
mente, a direção (flow direction) e o acumulado (flow
accumulation) da drenagem da região. Para vetorizar
os canais de drenagem traçados, foi utilizado o recurso
com, da tabela de ferramentas, utilizando um valor com
boa precisão para o fluxo de drenagem. Valores muito ou
pouco precisos trazem resultados exorbitantes, fugindo,
assim, da realidade mais próxima. Assim, foi possível
gerar a rede hidrográfica da região.
Para delimitar as sub-bacias hidrográficas estu-
dadas, foram demarcados dois pontos (para cada bacia)
mais próximos aos exutórios, no rio Jucu Braço Sul para,
adiante, o uso da ferramenta watershed. Com isso, foram
geradas as duas sub-bacias hidrográficas, convertidas,
posteriormente, em polígono (formato shapefile).
Ainda com auxílio do GEOBASES, foram adqui-
ridos dois arquivos acerca do uso e ocupação de solo
para todo o estado do Espírito Santo, em mapeamentos
realizados nos anos de 2007 a 2008 e 2012 a 2015,
ambos feitos em escala igual a 1:25000 e resolução es-
pacial de 0,25 m e 1 m, respectivamente. Em layout do
ArcMap, com auxílio do recurso clip, os arquivos de uso
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de solo foram recortados, delimitando, assim, o uso e
ocupação de solo apenas para cada sub-bacia estudada.
A identificação e quantificação das classes foram feitas
através do recurso summarize, da tabela de atributos dos
arquivos gerados e da aba symbology, além da conversão
dos dados numéricos do ArcMap para formato aceito pelo
Microsoft Excel. Assim, foi possível estimar o percentual
e a área de cada classe de uso de solo. Para auxiliar na
interpretação dos resultados, em consonância com a
literatura considerada, foram elaborados quatro mapas
(sendo dois para cada sub-bacia hidrográfica e um para
cada período do mapeamento feito pelo GEOBASES),
permitindo a realização de estudos relacionados à distri-
buição das classes de uso e ocupação das terras.
Figura 1 – Localização das sub-bacias hidrográficas do Córrego São Floriano e do Córrego dos Cavalos
Fonte: Adaptado de GEOBASES
Foram feitos também estudos acerca do uso e
ocupação de solo nas Áreas de Preservação Permanente
(APP) dos cursos hídricos de cada sub-bacia hidrográ-
fica. Com auxílio da ferramenta buffer, do ArcMap, foi
delimitada a largura das APPs adotando valor igual a
30 metros, segundo as características dos cursos d’água
e de acordo com o Código Florestal Brasileiro (Brasil,
2012). No início de cada fluxo d’água, foram demarcados
os pontos de nascentes por meio da criação e edição de
um arquivo shapefile. Na delimitação das APPs das nas-
centes, para cada uma delas, foi traçado um raio de 50
metros, conforme dados também consultados no Código
Florestal Brasileiro (Brasil, 2012). Após a delimitação,
considerando os arquivos de uso de solo adquiridos junto
ao GEOBASES, foi feito um recorte através do recurso
clip, delimitando, assim, o uso de solo para as Áreas
de Preservação Permanente de cada bacia hidrográfica.
As classes de uso do solo das APPs consideradas foram
identificadas e, posteriormente, quantificadas (em per-
centual).
Resultados e Discussão
O mapeamento dos dados é um recurso muito
considerado para tornar mais evidentes as formas de
uso e ocupação dos espaços. A visualização dos fatos no
espaço melhora o entendimento das interações existentes
e direciona as ações necessárias, ou seja, sintetiza a reali-
dade (Sebusiani e Bettine, 2011). A Tabela 1 apresenta a
descrição e quantificação das classes de uso de solo para
as bacias hidrográficas do Córrego dos Cavalos (BHCC) e
do Córrego São Floriano (BHCSF) para os mapeamentos
dos anos de 2007-2008 e 2012-2015.
de Aguilar, T. O.; Fiorese, C. H. U.
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Tabela 1 – Uso de solo para as sub-bacias hidrográficas do Córrego São Floriano (BHCSF) e do Córrego dos Cavalos
(BHCC)
Classes
BHCC BHCSF
2007-2008 (%) 2012-2015 (%) 2007-2008 (%) 2012-2015 (%)
Afloramento rochoso 6,38 6,12 5,37 4,80
Brejo 0,04 0,06 0,00 0,00
Café 0,02 0,02 0,21 0,16
Cultivos permanentes 0,16 0,08 0,06 0,48
Cultivos temporários 11,53 8,33 7,59 7,08
Extração mineral 0,00 0,00 0,06 0,00
Macega 7,55 9,03 4,91 5,16
Massa d’água 0,12 0,19 0,11 0,14
Mata nativa 42,43 42,05 52,61 52,90
Floresta em regeneração 9,41 9,06 10,25 9,59
Pastagem 11,54 10,74 8,54 5,01
Eucalipto 6,36 8,61 6,91 8,91
Pinus 0,00 0,13 0,61 0,76
Solo exposto 0,36 0,17 0,34 0,38
Outros 4,10 5,40 2,36 4,63
Em ambas as bacias hidrográficas, maior pre-
dominância de mata nativa, atingindo índices superiores
a 40%. Representa valores bons, comparado a outras
bacias hidrográficas como, por exemplo, a bacia hidro-
gráfica do Ribeirão Estrela do Norte (inferior a 13,5%, de
acordo com Fiorese e Leite (2018) e a bacia hidrográfica
do rio Formiga (números inferiores a 33,1%, segundo
Leite e Rosa (2012). A BHCSF apresentou crescimento
da vegetação nativa em torno de 0,3%, porém, a BHCC
apresentou uma redução dessa mesma classe com um
percentual também muito próximo de 0,3%. Rodrigues
et al. (2004) atribuem à redução de florestas nativas à
expansão da fronteira agrícola, causando danos irrepa-
ráveis à biodiversidade e também ao ser humano. Fato
este que pode ser evidenciado na BHCC, atribuído não
somente à agricultura, como também pelo crescimento
de outras formas de uso dos solos locais.
Quando somadas as áreas de mata nativa das
duas bacias para os anos 2007-2008 e 2012-2015, os
valores permanecem estáveis, com queda inferior a 0,1%,
ou seja, pode-se afirmar que praticamente não houve
redução nem aumento dessa classe, sendo um fator po-
sitivo para o contexto da macrobacia hidrográfica, pois
a manutenção e o equilíbrio de um ecossistema saudável
culminam em qualidade de vida para os organismos
presentes (Rodrigues et al., 2004), além de vários bene-
fícios para solo, água e ar. Mas, maior preocupação
com a qualidade ambiental da sub-bacia do Córrego dos
Cavalos que, mesmo não apresentando predominância
do processo de urbanização, apresentou queda nos ín
-
dices de vegetação nativa e em estágio de regeneração.
Thomaz (2010) afirma que a Mata Atlântica, bioma que
abrange as duas sub-bacias hidrográficas estudadas, vem
sofrendo forte degradação, sendo considerado um dos
biomas mais ameaçados do país. Por isso, a devastação
dessa formação florestal é preocupante quando se analisa
o contexto de microbacia, como a do BHCC.
As áreas de macega aumentaram significati-
vamente na BHCC e na BHCSF. Os percentuais de área
estimados para essa classe foram superiores à de outras
bacias hidrográficas, como a bacia do ribeirão Estrela do
Norte (Fiorese e Leite, 2018). Esse fato indica que pro-
blemas quanto ao manejo do uso de solo, principalmente
na sub-bacia do Córrego dos Cavalos, pois as áreas de
macega poderiam ser aproveitadas para outras finalida-
des, como, por exemplo, na restauração florestal ou, até
mesmo, na implantação de agroflorestas, aumentando,
assim, a biodiversidade animal e vegetal e melhorando
a qualidade ambiental dessas áreas. Os sistemas agro-
florestais, de acordo com Schembergue et al. (2017),
têm potencial de aumentar a lucratividade agrícola das
propriedades, além de tornar a produção mais sustentável
e proporcionar ganhos ambientais.
A pastagem, classe predominante em outras ba-
cias hidrográficas, apresentou índices considerados baixos.
Na BHCSF, houve uma redução drástica, ao passo que na
BHCC, a redução foi menor, o que pode ser atribuído ao
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crescimento de outras classes, como o eucalipto. De Zen et
al. (2008) destacam impactos ambientais decorrentes da
pecuária, caracterizada por ser extensiva, no Brasil, que
são: destruição de ecossistemas naturais, compactação e
erosão do solo e poluição dos recursos hídricos. Impactos
estes que não são muito agravantes no que diz respeito a
áreas de pasto em ambas as bacias hidrográficas, porém,
é importante destacar o manejo correto da pecuária para
maior sustentabilidade desse segmento econômico.
O cultivo de café, destaque em bacias hidrográ-
ficas, como a sub-bacia hidrográfica do ribeirão Estrela
do Norte (Fiorese e Leite, 2018), apresentou índices
extremamente baixos (inferiores a 0,5%). No tocante à
qualidade ambiental, é um fator positivo, consideran-
do os impactos ambientais negativos que a cafeicultura
proporciona quando manejada indevidamente como, por
exemplo, danos aos recursos hídricos e ao solo devido ao
uso de agrotóxicos e fertilizantes e desequilíbrio ambiental
atrelado ao aparecimento de pragas e doenças danosas
às lavouras, além de prejuízos à biodiversidade (Lopes et
al., 2014). Na região, destacam-se os chamados cultivos
temporários, apesar de ter havido redução considerável
das áreas na BHCSF. Assim como a cafeicultura, esses
cultivos precisam de um correto manejo, pois a retirada
de vegetação nativa para o plantio de culturas proporciona
várias alterações no solo, sobretudo no que diz respeito
à redução da matéria orgânica e de nutrientes (Nunes
et al., 2009).
A silvicultura do eucalipto vem ganhando desta-
que nas duas bacias hidrográficas, atingindo índices supe-
riores a 8,5%. As chamadas florestas plantadas, incluindo
o eucalipto, passaram a suprir de maneira crescente a
demanda da indústria da celulose e do papel, além de
áreas importantes como a siderurgia e secagem de grãos
(Moreira et al., 2017). Os impactos benéficos desse ramo
da silvicultura são relacionados ao aumento de emprego,
renda, constituindo benefícios socioeconômicos (Moledo
et al., 2016). Porém, De Vechi e Magalhães Junior (2018)
alertam para os impactos ambientais provocados pela
eucaliptocultura como, por exemplo, alteração da quali-
dade da água devido à presença de substâncias químicas
presentes nas folhas do vegetal quando levadas para um
curso hídrico, evitar a ocorrência de biodiversidade por ser
uma espécie dominante e exótica e grande consumo de
água. Assim como as demais culturas, o eucalipto precisa
de um manejo correto para haver maior produtividade
atrelada à minimização de danos ambientais.
Outra classe com boa representatividade é a for-
mação rochosa, com índices próximos a 5%. As demais
classes (brejo, pinus, extração mineral, solo exposto)
apresentaram percentual muito baixo e, portanto, não
foram discutidos com grande veemência neste trabalho.
Nas Figuras 2 a 5 estão apresentados, respectivamente,
a distribuição das classes de uso e ocupação das terras
para as bacias hidrográficas do Córrego dos Cavalos e do
Córrego São Floriano, nos mapeamentos considerados.
Figura 2 – Uso de solo para a sub-bacia hidrográfica do Córrego dos Cavalos no mapeamento dos anos 2007-2008
de Aguilar, T. O.; Fiorese, C. H. U.
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Figura 3 – Uso de solo para a sub-bacia hidrográfica do Córrego dos Cavalos no mapeamento dos anos 2012-2015
Figura 4 – Uso de solo para a sub-bacia hidrográfica do Córrego São Floriano no mapeamento dos anos 2007-2008
Uso e ocupação do solo de duas sub-bacias hidrográficas no município de Domingos Martins, estado do Espírito Santo
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Figura 5 – Uso de solo para a sub-bacia hidrográfica do Córrego São Floriano no mapeamento dos anos 2012-2015
Na BHCC, houve um aumento considerável do
cultivo de eucalipto, atrelado à redução de áreas de mata
nativa que, por sua vez, estão mais concentradas próximas
ao limite da referida bacia, exceto na parte leste e sudeste.
A sustentabilidade não é sinônimo exclusivo de proteção
à natureza, mas também da produção. O uso sustentável
pode ser a maior garantia para um sistema continuar,
contrapondo a exclusiva proteção da natureza, além de
manter a dimensão econômica para o desenvolvimento
sustentável (Andrae et al., 2018). Por isso, na BHCC, a
redução da vegetação nativa precisa estar associada a
uma produção mais limpa e rentável, visto que os cres-
cimentos de cultivos temporários e da eucaliptocultura,
quando manejados de forma incorreta, acarretam im
-
pactos ambientais negativos que podem interferir, por
exemplo, na disponibilidade de água para abastecimento
humano. Além disso, as áreas de macega estavam um
tanto fragmentadas e, muitas delas, próximas a florestas
nativas e em regeneração. Dessa forma, ações do poder
público em relação a essa situação se fazem necessárias
para um melhor aproveitamento dessas áreas.
Na BHCSF, houve um nítido aumento da vege-
tação nativa, contrapondo a outra bacia hidrográfica
estudada. Esse fato pode ser atribuído a programas de
reflorestamento ambiental, como o Reflorestar, segundo o
Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(Iema, 2019), além da influência do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Jucu, mostrando, assim, que ações
para o aumento da cobertura florestal estão sendo implan
-
tadas corretamente nesta região. Contudo, o crescimento
do eucalipto na BHCSF se constitui numa preocupação,
principalmente estando em forma de monocultivos, devido
aos impactos ambientais que essa cultura proporciona.
Apesar disso, o aumento das áreas de vegetação nativa
foi largamente maior que o crescimento do eucalipto,
aferindo, assim, um bom manejo do uso de solo nesta
região.
Em ambas as bacias hidrográficas, não houve
uma fragmentação excessiva da mata nativa, ou seja,
a mesma ocupa áreas de maneira mais uniforme. Isso
significa maiores benefícios ambientais, pois, de acordo
com Silva et al. (2013), a fragmentação é consequência
da exploração e depredação antrópica sobre os recursos
naturais provocando, assim, danos à fauna e flora. Fato
este que não é um agravante em ambas as bacias estu-
dadas, pois muitos locais com vegetação nativa estão
aglomerados. A Tabela 2 mostra o percentual de uso
de solo para as sub-bacias hidrográficas do Córrego dos
Cavalos e do Córrego São Floriano, nos anos 2007-2008
e 2012-2015.
de Aguilar, T. O.; Fiorese, C. H. U.
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Tabela 2 – Uso de solo para as Áreas de Preservação Permanentes das duas sub-bacias nos mapeamentos considerados
Classes
BHCC
1
BHCSF
2
2007-2008 (%) 2012-2015 (%) 2007-2008 (%) 2012-2015 (%)
Afloramento rochoso 2,44 2,19 0,86 0,64
Brejo 0,14 0,23 0,00 0,00
Cultivos permanentes 0,00 0,08 0,04 0,08
Cultivos temporários 12,69 11,12 11,28 11,94
Macega 7,02 6,96 4,67 4,73
Massa d’água 0,56 0,59 0,52 0,72
Mata nativa 35,79 33,83 44,29 43,95
Floresta em regeneração 11,31 13,34 13,32 13,01
Pastagem 15,74 13,45 16,08 9,01
Eucalipto 2,51 3,28 2,42 3,71
Pinus 0,00 0,19 0,92 0,91
Solo exposto 0,17 0,01 0,36 0,88
Outros 11,62 14,71 5,25 10,42
1
BHCC = sub-bacia do Córrego dos Cavalos
2
BHCSF = sub-bacia do Córrego São Floriano
Em ambas as bacias hidrográficas, houve re-
dução da vegetação nativa, constituindo um motivo de
preocupação no que tange a qualidade e quantidade dos
recursos hídricos. As APPs, segundo Soares et al. (2017),
proporcionam a sobrevivência de corpos d’água, bem
como a manutenção da biodiversidade local, sendo de
grande a manutenção de sua vegetação. No entanto, os
mesmos autores alertam que a falta de políticas públi-
cas e planejamento ambiental resultam na degradação
destes ambientes. Como exemplos, podem ser citados:
assoreamento dos cursos hídricos, erosão dos solos e
aumento do escoamento superficial em detrimento ao
subterrâneo. Fatos estes que podem trazer prejuízos à
qualidade ambiental próximas aos cursos hídricos das
referidas bacias.
Contudo, é importante ressaltar que os índices
de mata nativa foram superiores à APPs de outras bacias
hidrográficas, como a estudada por Fiorese e Leite (2018),
que apresentou valores inferiores a 13,5%. Portanto, os
percentuais de floresta nativa na BHCC e na BHCSF são
considerados bons em comparação com outras bacias,
mesmo com a sua redução no período considerado, sendo
este o fator preocupante nas APPs locais. Além disso, a
redução da pastagem, sobretudo na APP da sub-bacia
do Córrego São Floriano, indica um fenômeno positivo
perante a qualidade ambiental, sabendo-se dos riscos
que as pastagens provocam quando manejadas incorre-
tamente e associadas a cursos hídricos. Alguns dos danos
são: assoreamento de mananciais, danos à qualidade da
água, aumento do escoamento pluvial e intensificação
de processos erosivos.
As áreas de macega, que representaram pouco
mais de 4%, indicaram que existem problemas de mane-
jo do uso de solo nas APPs no tocante a essa classe. No
entanto, a pecuária (pastagem) nas APPs diminuiu, ao
passo que o cultivo de eucalipto aumentou. Ribeiro et al.
(2014) ressaltam a identificação, em vários estudos, de
conflitos entre APPs e uso e ocupação de terras, fato que
pode ser percebido nas Áreas de Preservação Permanente
nas bacias hidrográficas estudadas.
A predominância de cultivos temporários nas
APPs também é evidente, o que também significa riscos
à sustentabilidade do ambiente natural como, por exem-
plo, uso de agroquímicos nas lavouras e a consequente
lixiviação das substâncias ali presentes, além de danos à
biodiversidade terrestre e aquática e degradação do solo.
Portanto, esses cultivos necessitam de um manejo ade-
quado, e poderiam estar associados a uma agrofloresta,
por exemplo. Trazendo, assim, vários ganhos ambientais
e econômicos. Carmo (2015) destaca fatores que interfe-
rem na variação e implantação dos cultivos temporários
como, por exemplo, a terra e sua influência, duração dos
ciclos produtivos, trabalho demandado por cada cultura,
dependência climática e a heterogeneidade da produção.
as APPs constituem aproximadamente 16,75% da
BHCSF e 16,21% da BHCC, enfatizando a necessidade
de ações prioritárias nessas áreas quanto à preservação
da qualidade do meio natural.
Uso e ocupação do solo de duas sub-bacias hidrográficas no município de Domingos Martins, estado do Espírito Santo
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Conclusão
Os valores de vegetação nativa foram conside-
rados excepcionais para ambas as bacias hidrográficas,
além de não estarem fragmentadas na maior parte, porém,
apresentaram redução na BHCC. As áreas de cafeicultura
e pastagem representaram percentual baixo, sendo um
fator positivo quanto à manutenção da qualidade biótica
e abiótica. A silvicultura (eucalipto e pinus) apresentou
crescimento no período considerado, principalmente em
relação ao eucalipto. Cultivos temporários também têm
destaque em ambas as bacias hidrográficas, mas, assim
como as demais culturas, necessitam de cuidados. A
representatividade da macega é um fator preocupante
quanto ao planejamento correto do uso e ocupação de
solos.
Nas APPs, a redução da mata nativa foi o maior
problema visto, contudo, a queda nas áreas de pastagem,
mesmo com o aumento da silvicultura e a predominância
de cultivos temporários, indica que o meio físico (solo e
água) provavelmente tenha melhorado. Medidas podem
ser propostas para melhorar a qualidade ambiental de
ambas as sub-bacias, tais como: implantação de sistemas
agroflorestais em monocultivos temporários e em áreas de
macega, manejo correto da pastagem e das silviculturas
do pinus e eucalipto (trazendo benefícios, como o controle
da erosão dos solos locais, minimização do assoreamento
dos córregos e maior rentabilidade aos produtores locais)
e trabalhos de educação ambiental com os produtores
rurais da região, a fim de orientá-los sobre os métodos
de conservação ambiental e sua importância no nível de
cada sub-bacia hidrográfica.
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