CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
Aminoácidos protegidos na ração de borregas sobre o consumo, desempenho e
comportamento ingestivo
Carolina Moreira Araújo
1
*, Karla Alves Oliveira
2
, Gilberto de Lima Macedo Junior
3
, Adriana Lima Silva
4
,
Débora Adriana de Paula Silva
5
, Marco Tulio Santos Siqueira
6
Resumo
Objetivou-se avaliar o consumo, desempenho e comportamento ingestivo de borregas suplementadas com lisina e
metionina protegidas da degradação ruminal. Utilizou-se 20 borregas com peso e idade média de 38±5 kg e seis me-
ses, respectivamente, divididas em quatro baias coletivas, durante 105 dias de período experimental (sendo 15 dias
de adaptação e 90 de coleta de dados). As dietas eram compostas por silagem de milho e concentrado: com inclusão
de 4% de MicroPEARLS
®
, sendo este composto por lisina e metionina protegidos, caracterizando os tratamentos:sem
a inclusão do produto (Tratamento controle) e com a inclusão (Tratamento Lis+Met), no concentrado. O consumo
de matéria seca (CMS) foi avaliado diariamente, as medidas biométricas, escore de condição corporal (ECC) e peso
foram obtidos a cada 15 dias. O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso com dez repetições (animais) por
tratamento para as variáveis biométricas e comportamento ingestivo. O delineamento experimental foi inteiramente
ao acaso, com medidas repetidas ao tempo com dez repetições (animais) por tratamento para as variáveis biométricas
e comportamento ingestivo. Na parcela ficou a inclusão ou não do aminoácido e como medida repetida ao tempo o
período (sendo este avaliado por estudo de regressão a 5% de probabilidade por se tratar de variáveis quantitativas).
O consumo de matéria seca em função dos tratamentos foi comparado utilizando-se estatística descritiva. As medidas
biométricas não foram influenciadas pelos tratamentos, e aumentaram de forma linear no período avaliado. Houve
interação entre tratamento e período para altura de posterior e comprimento corporal. O ganho médio diário e com-
portamento ingestivo não foram influenciados. A inclusão de aminoácidos (lisina e metionina) protegidos em até 4%
não altera o CMS, ganho de peso, desenvolvimento corporal e o comportamento ingestivo de borregas.
Palavras-chave: Lisina. Medidas biométricas. Metionina. Ovis aries.
Protected amino acids in control of consumption, performance and ingested behavior
Abstract
The objective of this study was to evaluate the intake, performance and ingestive behavior of lambs supplemented
with lysine and methionine protected from ruminal degradation. Twenty lambs with average weight and age of 38
± 5 kg and six months, respectively, were divided into four collective stalls during 105 days of experimental period
(15 days of adaptation and 90 days of data collection). The diets were composed of corn silage and concentrate:
with 4% MicroPEARLS
®
inclusion, which is protected lysine and methionine, characterizing the treatments: without
the inclusion of the product (Control treatment) and with the inclusion (Lis + Met treatment) in the concentrate.
Dry matter intake (DMI) was evaluated daily, biometric measurements, body condition score (BCS) and weight were
1
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-4648-4971
2
Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, SP. Brasil.
http://orcid.org/0000-0002-7792-2615
3
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG. Brasil.
http://orcid.org/0000-0001-5781-7917
4
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG. Brasil.
http://orcid.org/0000-0002-9153-3317
5
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG. Brasil.
http://orcid.org/0000-0003-3052-0544
6
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG. Brasil.
http://orcid.org/0000-0002-2098-8568
*Autor para correspondência: carolina.am@hotmail.com
Recebido para publicação em 02 de novembro de 2019. Aceito para publicação em 11 de dezembro de 2019
e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 2447-6218 / © 2009, Universidade Federal de Minas Gerais, Todos os direitos reservados.
Araújo, C. M. et al.
2
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obtained every 15 days. The experimental design was completely randomized with ten replications (animals) per
treatment for biometric variables and ingestive behavior. The experimental design was completely randomized, with
measurements repeated over time with ten replications (animals) per treatment for biometric variables and ingestive
behavior. In the plot was the inclusion or not of the amino acid and as a measure repeated over time the period (this
being evaluated by regression study at 5% probability because they are quantitative variables). Dry matter intake as
a function of treatments was compared using descriptive statistics. Biometric measurements were not influenced by
treatments and increased linearly over the period evaluated. There was interaction between treatment and period
for posterior height and body length. Average daily gain and ingestive behavior were not influenced. Inclusion of
protected amino acids (lysine and methionine) by up to 4% does not alter DMI, weight gain, body development and
ingestive behavior of lambs.
Keywords: Lysine. Biometric measurements. Methionine. Ovis aries.
Introdução
A qualidade da proteína absorvida pelos rumi-
nantes é dependente do perfil de aminoácidos que chega
ao intestino delgado, e não dos aminoácidos ingeridos,
tendo em vista que aqueles que são fornecidos, via dieta,
são intensamente metabolizados no ambiente ruminal e
convertidos em proteína microbiana (Alves et al., 2010).
A proteína microbiana juntamente com aquela
que escapada degradação ruminal e chegam ao intestino
delgado serão utilizadas para atender as exigências de
proteína metabolizável, sendo este termo aplicado ao
total de aminoácidos absorvidos pelo animal (Van Soest,
1994). Neste sentido, atender as exigências de proteí-
na metabolizável dos ruminantes torna-se um processo
complexo, tendo em vista que o perfil de aminoácidos
que chega ao intestino delgado nem sempre é aquele
requerido pelos animais.
Além disso, os alimentos utilizados na alimen-
tação de animais ruminantes apresentam deficiência
em lisina e metionina, sendo estes os aminoácidos mais
limitantes para sua produção (Stieven et al. 2011).
Segundo Macedo Junior et al., (2019) quando
a proteína metabolizável possui alto valor biológico, ou
seja, possui perfil de aminoácidos essenciais adequado,
o teor de proteína bruta da dieta pode ser reduzido, a
eficiência de utilização da proteína metabolizável é me-
lhorada, consequentemente, a exceção de ureia e demais
compostos nitrogenados é reduzida, maximizando o
desempenho dos animais.
Lisina e metionina são considerados importantes
para o crescimento microbiano, fermentação ruminal,
produção de leite e crescimento de (NRC, 2007). Os
requisitos de lisina e metionina digestíveis que permite
maximizar o uso da proteína metabolizável na síntese
de proteína é de 2,4 e 7,2% na proteína metabolizável,
respectivamente, resultando em uma relação de 3:1.
Esta relação foi obtida levando-se em consideração as
proporções destes dois aminoácidos presentes no leite e
tecido muscular (NRC, 2007).
O fornecimento de lisina e metionina encapsula-
dos podem reduzir os gastos energéticos no metabolismo
animal, uma vez que um maior aporte de aminoácidos
essenciais para o intestino delgado e menor excreção de
compostos nitrogenados para o ambiente.
Com o crescente aumento no consumo de pro-
dutos de origem animal torna-se fundamental a busca
por uma alimentação mais eficiente, que proporcione
maiores ganhos de peso. Por isso, a avaliação do desem-
penho animal através do estudo da biometria corporal e
comportamento ingestivo são parâmetros que auxiliam
na tomada de decisões. Além disso, ainda são escassos os
trabalhos avaliando o efeito da inclusão de aminoácidos
na dieta de borregas.
Neste sentido, objetivou-se avaliar a inclusão
de lisina e metionina sobre o consumo, desempenho e
comportamento ingestivo de borregas.
Material e métodos
O experimento foi conduzido na Fazenda Experi-
mental Capim Branco da Universidade Federal de Uber-
lândia, no setor de ovinos e caprinos, durante os meses
de junho a agosto de 2016, com 105 dias de duração,
sendo 15 dias para adaptação dos animais e 90 dias para
coleta de dados.O projeto foi aprovado pelo Comitê de
ética em experimentação animal da Universidade Federal
de Uberlândia, sob protocolo número 149/16
Foram utilizadas vinte borregas mestiças ¾ Dor-
per x ¼ Santa Inês, não gestantes, com aproximadamente
cinco meses de idade, peso corporal médio de 38±5 kg
e escore de condição corporal médio de 2,77, as quais
foram distribuídas aleatoriamente em quatro baias de
piso ripado, sendo cinco animais para cada baia, sendo
duas baias para cada tratamento, totalizando dez repe-
tições (animais) por tratamento. O número de baias foi
utilizado como repetição para a avaliação do consumo de
matéria seca (sendo então, duas repetições), e o número
de animais foi utilizado como repetição para as demais
avaliações. As baias continham saleiro, bebedouro e cocho
coletivo, com separação tipo canzil com capacidade para
alocar seis animais por baia.
Antes do período experimental os animais eram
mantidos em quatro baias coletivas com cinco animais
cada, em grupos diferentes dos formados no presente
Aminoácidos protegidos na ração de borregas sobre o consumo, desempenho e comportamento ingestivo
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estudo. Os animais eram identificados com brincos com
numeração diferenciada, permitindo a identificação de
cada animal. As baias eram de piso ripado, dispostas de
bebedouros, comedouro e saleiros. A alimentação era
composta por volumoso e concentrado extrusados, na
relação 50V:50C. Para o início do experimento, as borre-
gas foram mantidas em jejum alimentar por 12 horas e,
posteriormente, pesadas com o auxílio de balança manual
da marca João Trivelato
®
(Rolândia/PR)com capacidade
para 300 kg e precisão de 20 gramas, e vermifugadas
com monepantel, via oral, (1mL/ 10kg de peso corporal).
Os animais receberam diferentes dietas de acordo
com os seguintes tratamentos: concentrado com inclusão
de 4% do produto MicroPEARLS LM
®
, sendo este um
suplemento de aminoácidos (lisina e metionina; Trata-
mento Lis+Met) encapsulados e concentrado sem inclu-
são do produto (Controle). O produto foi adicionado ao
concentrado no momento de sua fabricação, na fazenda
experimental, promovendo homogeneidade na mistura.
As dietas eram compostas por silagem de milho e con-
centrado (Tabela 1) e balanceadas para ganhos de 200g/
dia segundo NRC (2007), na relação 30V:70C.
Tabela 1 – Composição centesimal dos concentrados nos tratamentos e composição bromatológica do concentrado,
silagem de milho, MicroPEARLS e ração total.
Ingredientes Controle (%) Lis+Met (%)
Milho moído 60,50 60,00
Farelo de soja 36,00 32,50
Ureia 1,00 1,00
MicroPEARLS 0,00 4,00
Sal mineral
1
2,50 2,50
Nutrientes Concentrado
2
(%) Silagem de milho
2
MicroPEARLS
®3
Ração total
2
MS 90,20 32,20 99,00 43,56
PB 24,90 6,30 43,75 19,39
FDN 24,80 54,60 - 33,74
FDA 7,00 32,60 - 14,68
NDT 80,94 62,63 65,05
1
Calcário calcítico, cloreto de sódio, enxofre ventilado, fosfato bicálcio, óxido de magnésio, melaço, transquelato de cobre, sulfato de cobalto, sulfato
de manganês, selenito de sódio, iodato de cálcio, tranquelato de zinco, óxido de zinco, tranquelato de selênio.
2
Informações obtidas no laboratório
de nutrição animal da UFU.
3
Informações cedidas pelo fabricante; Produto composto por 75% lisina e 25% metionina. MS matéria seca; PB
proteína bruta; NDT – nitrogênio digestível total; FDN – fibra em detergente neutro; FDA – fibra em detergente ácido; EE – extrato etéreo. NDT =
87,84 – (0,779 x %FDA) (Rodrigues, 2010)
A oferta da ração foi realizada duas vezes ao
dia (8 e 16h), sendo ofertada a mesma quantidade nos
dois horários. Todos os dias, as quantidades ofertadas e
as sobras de alimento foram pesados com o auxílio de
balança eletrônica com precisão de cinco gramas para
acompanhamento do consumo pelos animais. As rações
foram fornecidas de forma que houvesse sobra de 10%
do total fornecido. As sobras de alimento foram colhidas
e armazenadas em sacos plásticos, devidamente identifi-
cados, e mantidas em congelador a -10°C. Após o período
de coleta (a cada sete dias) as amostras eram homoge-
neizadas individualmente e uma alíquota representativa
era separada para realização das análises bromatológicas,
conforme proposto por Silva e Queiroz (2002).
Posteriormente, foi feita a primeira secagem das
amostras de sobras em estufa de circulação forçada de ar,
a 55 ºC por 72 horas, até obter peso constante. Feito isto,
as amostras foram moídas, em moinho de facas do tipo
Willey dotados com peneiras com crivos de diâmetro de 1
mm. Logo após, as amostras foram levadas ao laboratório
onde foi realizada a matéria seca, permitindo calcular
o consumo de matéria seca (CMS) pelos animais através
da fórmula: CMS = (ofertado de alimento x % matéria
seca do ofertado) (sobras de alimento x % matéria seca
das sobras). Como o alimento ofertado e as sobras eram
relativos à baia, o CMS também foi calculado em relação
às baias, sendo assim, os resultados referem-se ao con-
sumo dos cinco animais de cada baia, assemelhando-se
ao que ocorre na prática nas propriedades.
As mensurações para a determinação das medidas
biométricas foram realizadas a cada 15 dias, totalizando
sete avaliações, no período da manhã, antes da primeira
oferta de alimento. As mensurações foram realizadas
com os animais com as quatro patas apoiadas no chão,
em local plano, com auxílio de fita métrica e bastões de
madeiras adaptados para tal função, de acordo com a
metodologia proposta por Cezar e Souza (2007). Foram
mensurados:
Araújo, C. M. et al.
4
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•
Altura do posterior (AP): distância entre o ponto
dorsal da tuberosidade coxal e o ponto mais distal
do membro posterior, tomada na posição vertical e
paralelamente a face lateral do membro;
• Altura do anterior (AA): distância vertical entre
o ponto mais alto (no sentido da escápula) e o solo;
•
Circunferência torácica (CT): é obtida contor-
nando-se a caixa torácica, passando pelo dorso, ci-
lhadouro e costado;
•
Circunferência do barril (CB): obtida contornan-
do-se a região do vazio;
•
Largura de peito (LP): distância entre as faces
laterais das articulações escápulo-umerais do lado
direito e esquerdo;
• Comprimento corporal (CC):distância regional
do corpo que vai do ponto de encontro entre o pes-
coço e a cernelha até o ponto de encontro entre a
garupa e a cauda.
• Escore de condição corporal (ECC):obtido pal-
pando-se a região lombar dos animais e atribuindo-se
notas de 1 a 5 (Kenyon et al., 2014).
Para a mensuração do comportamento ingestivo,
os animais foram submetidos à observação visual por
pessoas treinadas, em sistema de revezamento, dispostas
de maneira a não incomodar os animais, por 24 horas.
No período noturno, o ambiente recebeu iluminação
artificial, e as luzes foram mantidas acessas cinco dias
antes da avaliação para promover a adaptação dos ani-
mais. Foram verificados, a cada cinco minutos, se os
animais estavam realizando ingestão do alimento e água
(ING), ruminação (RUM) ou ócio (ÓCIO), de acordo
com a metodologia proposta por Fischer et al., (1998).
Os cálculos das atividades foram feitos em minutos por
dia, admitindo que, nos cinco minutos subsequentes a
cada observação, o animal permaneceu na mesma ativi-
dade. Já o tempo total gasto em mastigação (MAST) foi
determinado somando-se os tempos gastos em ingestão
(ING) e ruminação (RUM). Estas avaliações ocorreram
nos dias 1, 45 e 90 dias de experimento, objetivando
verificar possíveis alterações no comporto ingetivo dos
animais ao longo de todo o período experimental, além
de auxiliar na avaliação da qualidade da dieta.
O delineamento experimental foi inteiramente
ao acaso, com medidas repetidas ao tempo com dez
repetições (animais) por tratamento para as variáveis
biométricas e comportamento ingestivo. Na parcela ficou
a inclusão ou não do aminoácido e como medida repetida
ao tempo o período (sendo este avaliado por estudo de
regressão a 5% de probabilidade por se tratar de variáveis
quantitativas).O consumo de matéria seca em função dos
tratamentos foi comparado utilizando-se estatística descri-
tiva (por não haver repetição suficiente, tinha apenas duas
baias como repetição) e o escore de condição corporal
por estatística não paramétrica (Kruskal e Wallis, 1952),
por se tratar de uma variável de avaliação subjetiva.As
variáveis normais e com variâncias homogêneas foram
submetidas análise de regressão linear observando-se a
significância dos efeitos linear, quadrático e de desvio da
linearidade, sendo a significância utilizada para tomada
de decisão 5% de probabilidade de erro tipo I pelo teste
F. Os dados foram submetidos aos testes de normalidade
(Shapiro e Wilk, 1965) e homocedasticidade (Cochran,
1941).
em que com: i = 1,2, ..., I níveis da parcela; j = 1,2, ...,
J repetiçoes; k = 1,2, ..., K níveis de medidas repetidas
no tempo;
yijk é o valor observado na medida repetida no tempo
correspondente ao k-ésimonivel, dentro do i-ésimo nível
de parcela, no j-ésimarepetiçao;
é a média geral;
é o efeito do i-ésimo nível da parcela;
é o erro associado do i-ésimo nível de parcela, no
j-ésima repetição
é o efeito do k-ésimo nível da medida repetida no
tempo;
é o efeito de interação entre o i-ésimo nível da parcela
e o k-ésimo nível de medida repetida no tempo;
é o erro aleatório atribuído a observação yijk , con-
siderado como o componente do resíduo.
Resultados e discussão
O consumo de matéria seca (CMS) (kg/dia) foi
avaliado de forma descritiva, pois não havia repetições
de baias suficientes para comparar os tratamentos. De
acordo com o NRC (2007), o CMS recomendado para esta
categoria animal é de 1,57 kg/dia. Os animais alimenta-
dos com o tratamento controle consumiram em média
1,42 kg/animal/dia (10,56% abaixo do recomendado),
enquanto aqueles que receberam o tratamento Lis +
Met consumiram 1,50 kg/animal/dia (4,6% abaixo do
recomendado). Estes valores são obtidos dividindo o
CMS referente a cada baia pelo número de animais,
que era cinco. Neste sentido, podemos concluir que os
animais suplementados com aminoácidos encapsulados
consumiram numericamente 5,96% a mais que aqueles
que não receberam o produto (controle).Entretanto,
vale ressaltar que ambos os tratamentos proporcionaram
um CMS bem próximo ao recomendado pela literatu-
ra, indicando o atendimento às exigências nutricionais
desta categoria. Araújo et al., (2019) testaram níveis de
inclusão de lisina e metionina protegidos da degradação
ruminal (de 0 a 32 g/animal/dia) na ração de borregas
mestiças e observaram aumento no CMS a medida em que
aumentaram os níveis de inclusão de lisina e metionina
protegidos na ração. Segundo estes autores, o aumento
Aminoácidos protegidos na ração de borregas sobre o consumo, desempenho e comportamento ingestivo
5
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na inclusão de aminoácidos protegidos associados aos
ingredientes da ração (farelo de soja, farelo de milho,
ureia), proporcionaram melhor atendimento às exigências
de proteína metabolizável e maior produção de proteína
microbiana no rúmen, respectivamente. Este equilíbrio
entre as fontes de proteína pode ter resultado nos in-
crementos numéricos observados para CMS (Tabela 2).
Tabela 2 – Consumo de matéria seca (CMS) em kg/dia
referente a cada baia em função dos trata-
mentos Controle e Lis + Met de borregas
mestiças.
Tratamento CMS
Controle 7,11
Lis + Met 7,49
No período avaliado observou-se efeito quadrá-
tico no CMS (kd/dia) apresentando queda a partir da
oitava semana (Figura1).O aumento no CMS na fase
inicial do experimento está relacionado ao aumento nas
exigências nutricionais dos animais, por estarem em fase
de crescimento, momento este onde priorização para
o crescimento ósseo e músculos (Gois et al., 2018). Já a
diminuição no consumo pode estar relacionada com o
fato dos animais estarem entrando na fase de puberdade
a partir da semana de experimento, ou seja, em média
sete meses de idade, sendo este momento caracterizado
por uma alteração na composição do crescimento do
animal, priorizando a deposição de gordura, e não mais
de ossos e músculos, como mencionado anteriormente.
Segundo Gois et al., (2018), após o nascimento, o cresci-
mento apresenta um comportamento lento na fase inicial,
aumentando rapidamente logo a seguir, e desacelerando
a partir da puberdade. Monteiro et al., (2010), relataram
que a puberdade em fêmeas ovinas ocorre entre 4 e 14
meses de idade, sendo influenciada pela genética, manejo
alimentar, entre outros. Sendo assim, o CMS observado
no presente estudo está diretamente relacionado a estes
fatores, uma vez que sua queda ocorreu quando os animais
apresentavam aproximadamente sete meses de idade.
Figura 1 – Consumo de matéria seca em função do período avaliado, em semanas.
¹Y= 5,383934 + 0,524512x – 0,027786x² R² = 77,72%; P = 0,0003; Coeficiente de variação = 11,00%.
Ao final do experimento mesmo com a redução
no CMS os animais estavam consumindo 7,88 kg/dia/
baia, ou seja,em média 1,58 kg/dia/animal, exatamente
o proposto pelo NRC (2007). Sendo assim, podemos con-
cluir que as dietas foram eficientes em atender a demanda
nutricional dos animais, como pode ser visto pelo ganho
de peso linear dos animais na Tabela 3.Os parâmetros
avaliados na análise de biometria corporal não foram
influenciados (p<0,05) pelos tratamentos e apresenta-
ram equação linear positiva para todas as características
avaliadas nos diferentes períodos. Sendo assim, pode-se
inferir que ambos os tratamentos se mostraram eficazes
para promover desenvolvimento corporal adequado dos
animais, corroborando com os dados visto no Figura 1.
Pode-se observar que a partir dos 60 dias de
experimento alguns parâmetros avaliados começaram
a apresentar estabilização, como alturas do anterior e
posterior e largura de peito. Estes resultados podem
estar relacionados com o avanço na idade dos animais,
vindo a atingir a puberdade, momento este onde uma
desaceleração no crescimento dos animais (Gois et al.,
2018), como mencionado anteriormente. A maturidade
da carcaça de ovinos pode ser determinada, entre outros
fatores, através da observação da estrutura óssea, uma
vez atingido os tamanhos ideais para raça e sexo uma
estabilização no crescimento ósseo, podendo então haver
variações apenas em variáveis relacionadas ao peso dos
animais. Isso explica a redução no consumo de matéria
seca pelos animais. Costa Júnior et al., (2006), encon-
trou valores semelhantes ao do presente estudo, sendo
Araújo, C. M. et al.
6
Cad. Ciênc. Agrá., v. 11, p. 01–10, 2019. e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 1984-6738
de 68,2 ± 5,1 e 75,9 ± 8,3 cm respectivamente para AA
e CT, para ovinos Santa Inês, com idade caracterizada
pela presença de “dentes de leite”, indicando que eram
animais jovens, mantidos em sistemas de médio nível
tecnológico (criação em pastagem nativa e cultivada,
com suplementação alimentar na entressafra).
Tabela 3 – Altura do anterior (AA), circunferência torácica (CT), circunferência do barril (CB), largura de peito (LP),
escore de condição corporal (ECC) e peso de borregas mestiças em função dos tratamentos e períodos
avaliados e interação para altura do posterior (AP) e comprimento corporal (CC).
Tratamento AA CT CB LP ECC Peso
Controle 63,42 84,22 95,38 21,24 3,29 47,54
Lis + Met 62,18 83,72 96,08 20,75 3,22 46,82
Período AA
1
CT
2
CB
3
LP
4
ECC
5
Peso
6
0 58,30 77,95 88,35 18,75 2,77 C 37,11
15 58,65 78,70 89,45 18,15 3,12 B 40,61
30 62,75 81,25 91,65 19,95 3,10 B 43,21
45 63,65 83,75 94,45 21,45 3,37 AB 47,02
60 64,85 86,45 99,05 22,10 3,42 A 51,24
75 65,60 88,45 101,90 23,05 3,47 A 54,00
90 65,85 91,30 105,30 23,55 3,52 A 57,07
MG 62,80 83,97 95,73 21,00 3,25 47,18
CV 6,77 2,21 2,57 4,71 - 3,78
Interação entre tratamento x período
Período
AP CC
Lis + Met
7
Controle
8
Lis + Met
9
Controle
10
0 59,50 59,70 66,30 63,10
15 61,40 62,60 66,00 64,70
30 62,80 64,30 68,30 67,10
45 64,80 65,30 70,10 69,60
60 65,90 66,50 71,10 72,10
75 66,70 66,60 72,80 72,70
90 67,00 66,80 72,90 73,90
MG 64,27 69,33
CV 1,43 2,99
1
Y= 58,666071 + 0,092024x R
2
= 89,60%;
2
Y= 77,52610 + 0,115357x + 0,000431x
2
R
2
= 99,42%;
3
Y= 87,919048 + 0,110595x + 0,000971x
2
R
2
=
99,24%;
4
Y= 18,176786 + 0,062738x R
2
= 93,91%;
5
Não paramétrica;
6
Y = 37,040536 + 0,225417x R
2
= 99,71%;
7
Y= 59,997619 + 0,165476x –
0,001021x
2
R
2
= 98,87%;
8
Y= 59,288095 + 0,157143x + 0,000772x
2
R
2
= 98,73%;
9
Y= 63,307143 + 0,127143x R
2
= 97,39%; 10 Y= 65,764286
+ 0,086190x R
2
= 95,21%; MG – média geral; CV – coeficiente de variação.
Segundo Grandis et al., (2018) as medidas biomé-
tricas apresentam alta correlação com peso e as medidas
de carcaça dos animais, sendo este último considerado
o elemento mais importante do animal, pois é nele que
está contida a porção comestível de maior valor comer-
cial. Gois et al. (2018) sugere que cordeiros devem ser
abatidos com idade entre 90 e 100 dias, e peso vivo de
28 a 30 kg, garantindo que haja maior proporção de
músculos, menor proporção óssea e quantidade suficiente
de gordura, preservando as propriedades de conservação
e sensoriais da carcaça, parâmetros estes exigidos pelo
mercado consumidor. Segundo experimento conduzido
por Siqueira (2000), animais abatidos com 40 kg resulta-
ram em carcaças com teores de gordura muito elevados,
sendo menos apreciados pelos consumidores. Por outro
lado, outros autores demonstram que o rendimento de
carcaça em ovinos está entre 40 a 50% do peso vivo do
animal (Osório et al., 1997; Alves et al., 2003). Sendo
assim, o peso dos animais do presente estudo (> 40 kg),
associado a idade avançada (> 100 dias) podem indi-
car que o produto final apresentaria maior rendimento
de carcaça, porém com maior quantidade de gordura
muscular, podendo não agradar o mercado consumi-
dor.Oliveira et al. (2019) trabalharam com borregas em
condições semelhantes ao do presente estudo recebendo
ração extrusada na relação 30V:70C e encontraram uma
espessura de gordura 1,75 mm em animais com escore
de condição corporal de 3,34 e 8,10 cm² de área de olho
de lombo e 40 kg. Pérez em et., (1998) abateram
cordeiros da raça Santa Inês e Bergamácia com 53,43
Aminoácidos protegidos na ração de borregas sobre o consumo, desempenho e comportamento ingestivo
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Cad. Ciênc. Agrá., v. 11, p. 01–10, 2019. e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 1984-6738
kg e encontraram 2,74 mm de espessura de gordura na
carcaça. Neste sentido, esperava-se que os animais do
presente estudo apresentassem resultados semelhantes
aos citados na literatura.
Houve efeito do período sobre o ECC, sendo que
a partir dos 15 dias de experimento os animais tiveram
aumento no ECC, estabilizando-se a partir do 60° dia.
Essas mudanças mais uma vez estão relacionadas com
o início da puberdade dos animais, momento este em
que há redução no CMS, e estabilização no desenvolvi-
mento corporal, como observado anteriormente. O ECC
manteve-se dentro do desejável para reprodução (3,0 a
4,0), e também para o abate (2,5 3,5) para cordeiros
Santa Inês e mestiços Dorper x Santa Inês (SOUSA et al.,
2011). Tais resultados demonstram que tanto a utilização
de aminoácidos protegidos, quanto o uso de fonte de
proteína degradável no rúmen utilizada no tratamento
controle foram capazes de manter os animais dentro do
padrão de escore de condição corporal (ECC) indicado,
gerando benefícios para o sistema de produção, princi-
palmente no que se refere ao peso para abate, que está
diretamente relacionado ao rendimento de carcaça. De
acordo com Albuquerque et al., (2007) ovelhas com ECC
acima ou igual a 2,5 apresentam melhor desempenho re-
produtivo quando comparado com animais com ECC mais
baixo. Sendo assim, ao final do experimento os animais
encontravam-se aptos para entrarem na fase reprodutiva
e para serem abatidos. Assim como no presente estudo,
Zundt et al., (2003) também não observaram efeito de
níveis de proteína no ECC de borregas.
O peso dos animais não foi influenciado pelos
tratamentos e apresentou equação linear positiva durante
o período avaliado. Podemos observar que mesmo ha-
vendo redução no CMS, o peso dos animais continuou
aumentando. Observa-se que houve aumento de 35%
no peso vivo dos animais comparando o início do perío-
do experimental ao final. Este aumento foi o suficiente
para resultar nos bons valores de ECC obtidos e estão
relacionados ao efeito linear positivo encontrado para
o comprimento corporal. Este fato está relacionado ao
potencial genético dos animais, uma vez que o mesmo era
constituído por um cruzamento entre duas raças especia-
lizadas para a produção de carne (Madruga et al., 2005).
Sendo assim, mesmo atingindo a idade de puberdade o
ganho de peso não foi afetado negativamente, ponto este
importante para sistemas de produção animal destinados
ao corte.
Houve efeito de interação entre os tratamentos e
o período avaliado para as medidas de altura do posterior
(AP) e comprimento corporal(CC), apresentando aumento
linear durante o experimento. Resultados semelhantes
foram encontrados por Costa Júnior et al., (2006), sendo
de 67,6±6,0 cm e 68,1±4,9 cm respectivamente, para AP
e CC, para borregas mantidas em sistemas de médio nível
tecnológico. Este aumento pode estar relacionado com a
idade dos animais, pois os mesmos encontravam-se em
plena fase de desenvolvimento até o 60° dia, momento
este onde ocorre estabilização das medidas avaliadas.
Assim como mencionado para altura do anterior (AA),
largura de peito(LP) e ECC, esta estabilização explica a
redução no CMS (Figura1).
O ganho médio diário (GMD) dos animais não
foi influenciado pelos tratamentos e nem pelos períodos
avaliados (Tabela 4). Os ganhos médios superaram as
expectativas, visto que a dieta foi formulada para obten-
ção de ganhos de 200g/animal/dia e todas as médias
observadas apresentaram valores superiores a este.
Zundt et al. (2003) encontraram aumento linear
no GMD para cordeiros e borregas de cinco meses e
30kg em média recebendo níveis crescentes de proteína
bruta na dieta, variando de 0,149 a 0,169 g/dia para
fêmeas. Segundo este mesmo autor, o baixo ganho de
peso pode ser atribuído à idade fisiológica dos animais,
pois a capacidade máxima para esta variável ocorre até
as 20 semanas de idade. No presente estudo, o ganho
médio diário permaneceu 10,5% acima do esperado
fato este que contribuiu para os incrementos no peso
vivo dos animais até a fase final do experimento, quan-
do os mesmos se encontravam com aproximadamente
oito meses de idade. Isso mostra que os animais foram
mais eficientes, tendo em vista que o CMS ficou dentro
do recomendado pela literatura (Tabela 2) e os ganhos
foram superiores. Podemos atribuir estes resultados ao
genótipo dos animais que eram provenientes do cruza-
mento de raças especializadas para a produção de carne
e a qualidade nutricional das dietas experimentais.
A inclusão de aminoácidos encapsulados não
influenciou (p<0,05) o comportamento ingestivo pelos
animais (Tabela 5). O principal motivo para este resultado
pode ser o fato das dietas não apresentarem diferenças
nos teores de fibra, ou seja, as dietas continham a mesma
relação V:C (Tabela 1). Araújo et al., (2019), trabalhando
com borregas suplementadas com níveis crescentes de
lisina e metionina protegidos da degradação ruminal em
até 32g/animal/dia também não observaram efeito no
comportamento ingestivo dos animais. Segundo Van Soest
(1994) o tempo dispendido para ruminação deve ser em
torno de 8 horas por dia, podendo apresentar variações
entre 4 a 9 horas, dependendo do teor de parede celular
dos alimentos volumosos. No presente estudo os animais
permaneceram em média 6 horas em ruminação, valor
este dentro do recomendado na literatura e indicando
bom funcionamento das funções ruminais.
O tempo dispendido em ócio pelos animais do
presente estudo representou 57,12% do total avaliado
em 24 horas, enquanto para ingestão e ruminação este
valor foi de 17,20% e 25,62%, respectivamente. Araújo et
al., (2019) encontrou valores de 69,66, 12,57 e 17,62%,
respectivamente para tempo gasto em ócio, ingestão e
ruminação.
Araújo, C. M. et al.
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Tabela 4 – Ganho médio diário (GMD) em g/animal/dia em função dos tratamentos, durante todo o período avaliado
e em função dos períodos avaliados em dias e tratamentos.
Tratamento 0 – 90 dias
Controle 226,22
Lis+Met 217,22
MG 221,72
CV 18,03
Tratamento 0 - 15 15 - 30 0 - 30 30 - 45 0 – 45
Controle 274,00 201,99 231,00 247,33 230,88
Lis + Met 258,33 196,00 217,75 277,33 230,22
MG 266,16 198,99 224,37 262,33 230,55
CV 24,28 33,06 19,36 35,45 17,60
Tratamento 45 - 60 0 - 60 60 - 75 0 - 75 75 – 90
Controle 282,66 243,83 212,50 231,59 199,33
Lis + Met 279,99 227,16 209,55 218,79 209,33
MG 281,33 235,50 211,02 225,19 204,33
CV 28,11 18,14 40,60 20,50 26,41
MG – Média geral; CV – Coeficiente de variação.
o tempo gasto com mastigação apresentou
média de 10 horas durante o período avaliado, sendo
este a somatório do tempo despendido em ingestão e
ruminação. Este processo de mastigação é fundamental
para a manutenção da saúde ruminal, tendo em vista
que é neste momento em que ocorre a maior produção
de saliva que é a responsável pelo tamponamento do
ambiente ruminal, evitando possíveis problemas, como
a acidose (Van Soest, 1994).Estes resultando indicam a
capacidade dos animais em ingerir, ruminar e mastigar
o alimento. Sendo assim, a inclusão de aminoácidos en-
capsulados não prejudicou e nem melhorou a eficiências
dos parâmetros de comportamento ingestivo dos animais.
Tabela 5– Efeito da inclusão de aminoácidos encapsulados sobre o comportamento ingestivo (minutos/dia) de borregas
durante 24 horas.
Tratamento ING RUM Ócio MAST
Controle 264,00 360,33 815,66 624,33
Lis + Met 232,00 378,00 830,00 610,00
Período ING RUM Ócio MAST
1 259,75 354,50 825,75 614,25
45 255,50 346,50 838,00 602,00
90 228,75 406,50 804,75 635,25
MG 248,00 369,16 822,83 617,16
CV 11,50 18,56 8,65 11,53
Ing – ingestão; Rum – ruminação; Mast – mastigação; MG – média geral; CV – coeficiente de variação.
Conclusão
A inclusão de aminoácidos (lisina e metionina)
encapsulados em até 4% na matéria seca do concen-
tradonão altera o consumo de matéria, ganho de peso,
desenvolvimento corporal e o comportamento ingestivo
de borregas.
Aminoácidos protegidos na ração de borregas sobre o consumo, desempenho e comportamento ingestivo
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Aprovação do Comitê de Ética
O projeto foi aprovado pelo Comitê de ética em experimentação animal da Universidade Federal de Uberlândia,
sob protocolo número 149/16.
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