Influência do espaçamento em primeira e segunda rotação de eucalipto manejado sob
regime de curta
rotação
Vitor Moreira Guimarães
1
, Thelma Shirlen Soares
2
, Edmilson Santos Cruz
3
DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.19247
Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar características dendrométricas e propriedades da madeira do clone 1277 (E. grandis x
E. camaldulensis), em duas rotações, manejado em curta rotação em Jataí-GO. Utilizou-se o delineamento em blocos
casualizados com seis espaçamentos (3,0 m x 0,5 m; 3,0 m x 1,0 m; 3,0 m x 1,5 m; 3,0 m x 2,0 m; 3,0 m x 2,5 m e 3,0 m x 3,0
m) e três repetições. Em cada rotação, avaliou-se: diâmetro a 1,30 m de altura do solo (DAP), altura total (HT), volume total
(VT), densidade básica (DB), poder calorífico superior (PCS) e teores de carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O) presentes
na madeira. Os dados foram analisados por meio da análise de variância e para efeitos significativos realizou-se o teste de Scott-
Knott ( = 5%). O teste t pareado ( = 5%) foi empregado para comparação entre a primeira e a segunda rotação, avaliando-se
as características em cada espaçamento. Na primeira rotação, apenas o DAP e VT foram influenciados pelos espaçamentos
enquanto que, na segunda rotação, os espaça- mentos influenciaram o DAP, o VT e os teores de C, O e H. Em ambas rotações,
o DAP foi maior nos espaçamentos
mais amplos com maior produção volumétrica ocorreu no espaçamento mais adensado.
Comparando as duas rotações,
verificou-se, que para grande parte das características avaliadas, houve diferença significativa
em todos os espaça- mentos, com decréscimos em todas as variáveis dendrométricas e teores de C e H e acréscimo na DB, PCS
e teor de O.
Palavras-chave:
Alto fuste. Talhadia. Características dendrométricas. Propriedades da madeira.
Influence of spacing in first and second rotation of eucalyptus managed under system of
short rotation
Abstract
This study aimed to evaluate the dendrometric characteristics and wood properties of a two-rotation of the 1277 eucalypt
clone (E. grandis x E. camaldulensis) in Jataí-GO, Brazil, with short rotation system. The experiment design used was
randomized blocks with six planting density (3.0 x 0.5 m, 3.0 x 1.0 m; 3.0 x 1.5 m; 3.0 x 2.0 m; 3.0 x 2.5 m 3.0 x 3.0 m) and
three replications. At each rotation, diameter at 1.30m above ground level (DBH), total height (HT), total volume (VT), basic
density (DB), higher heating value (HHC) and carbon (C), hydrogen (H) and oxygen
(O) contents in wood were evaluated. The data obtained were analyzed using analisys of variance and for significant effects the
Scott-Knott (α = 5%) test was performed. The paired t-test (α = 5%) was used for comparison between the first and second
rotation, evaluating the characteristics at each spacing. In the first rotation, the spacing affect
significantly the DBH and VT,
while in the second rotation, the DBH, VT, and C, O and H contents were influenced by
the spacing. In both rotations, the DBH
showed the largest values in greater spacing while the VT showed the largest values in smaller spacings. Comparing the two
rotations, it was verified that for most of the evaluated characteristics,
Recebido para publicação em 10 de fevereiro de 2020. Aceito para publicação em 25 de julho de 2020.
e-ISSN: 2447-6218 /
ISSN: 2447-6218. Atribuição CC BY.
CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
2
Guimarães, V. M. et al.
there was a significant difference in all spacing, with decreases in all dendrometric variables and C and H contents and
increase in DB, PCS and O content.
Key words:
High forest regime. Coppice regime. Dendrometric characteristics. Wood properties.
Introdução
Com uma área de 7,83 milhões de hectares de
reflorestamento, o setor brasileiro de árvores plantadas é
responsável por 91% de toda a madeira produzida para fins
industriais e 6,9% do PIB Industrial no País (Ibá, 2017).
Ademais, é considerado como um dos segmentos com maior
potencial de contribuição para a construção de uma
economia verde (Ibá, 2019).
de condução de povoamentos florestais, denominado
talhadia, é adequado à maioria das espécies do gênero
Eucalyptus, que apresentam a capacidade de lançar brotos
em
razão das gemas adventícias presentes no tronco. Tal
característica é desejável, pois a partir de um único
plantio
pode-se obter uma ou mais colheitas, com redução significativa
de gastos com reforma (Barros et al., 2002).
Segundo Guedes
et al. (2011), em algumas situações, a talhadia se torna uma
opção que gera maior lucro, mas em alguns casos a
regeneração de substituição pode ser a solução, em
decorrência ao aumento do potencial de produção por meio
do melhoramento genético.
O cultivo de espécies florestais de rápido cresci-
mento tem aumentado no Brasil devido à diversificação do
uso de sua madeira e pela facilidade de adaptação às
diferentes condições edafoclimáticas (Prevedello et al.,
2013). Com isso, as florestas de eucalipto têm tomado
espaços cada vez maiores no território nacional e tem sido
usada como fonte energética, gerando energia lim- pa e
renovável, evitando que seja extraída madeira de
florestas
nativas (Vechi e Magalhães Júnior, 2018). Além disso, essas
espécies contribuem no sequestro de carbono, auxiliando na
melhoria da qualidade do ar (Paixão et al.,
2006).
A talhadia é o sistema silvicultural predominante nos
países em desenvolvimento da África, América e Ásia para
produção de lenha para uso social ou industrial, com tendência
de ser de empregado nos países desenvolvidos
para produção
de biomassa para processos industriais (Evans e Turnbull,
2004). A talhadia apresenta a vanta- gem de reduzir os custos
de produção, podendo ser uma alternativa viável para a
silvicultura comercial (Crous e
Burger, 2014), principalmente
pra a produção de madeira
para energia.
O eucalipto é uma espécie que pode ser cultivada
em
quase todos os tipos de clima, possui crescimento rápido,
alta capacidade de regeneração permitindo a condução de
até três rotações (Scolforo, 2008) e colhei- ta a partir de 2
anos quando o objetivo é produção de biomassa para
geração de energia. Devido a sua grande plasticidade
ambiental, altos índices de produtividade,
ampla diversidade
de espécies e características energéticas
(densidade da madeira
e poder calorífico), é o gênero mais utilizado para a
implantação de florestamento e reflorestamentos com fins
energéticos (Couto e Müller, 2008).
Considerando que no Brasil estudos que avaliam
talhadia em curta rotação ainda são escassos e que a correta
definição do espaçamento de plantio é um dos principais
fatores envolvidos no manejo das florestas energéticas por
influenciar o crescimento das árvores e a propriedade da
madeira, este estudo teve como obje- tivo avaliar a
influência de diferentes espaçamentos nas características
dendrométricas e nas propriedades da madeira de um
povoamento de eucalipto manejado em curta rotação, em
primeira e em segunda rotação.
O termo florestas energéticas define os plantios
florestais com a finalidade de produzir maior volume de
biomassa por área em menor espaço de tempo contribuin-
do,
seja pela produção de carvão vegetal ou pela queima
direta da
lenha, para o aumento de alternativas renováveis
e sustentáveis
que contribuem para diversificação da matriz energética
brasileira. Estas florestas implantadas
em sistemas adensados
aproveitam melhor o uso do solo
e produzem, relativamente,
mais matéria seca do que os plantios convencionais (Macedo,
2003; Müller, 2005a).
No manejo de florestas energéticas,
têm-se adotado o uso
de espaçamentos adensados, curta
rotação (2 a 3 anos) e condução de rebrota.
Material e Métodos
Os dados analisados pertencem a um experimen-
to
implantado na Regional Jataí (REJ) da Universidade Federal
de Goiás (UFG), em Jataí-GO, localizada nas coordenadas
17°56’S e 51°43’O. O clima da região é do tipo Aw
classificado como mesotérmico, com estação seca e
chuvosa (tipo Aw (Alvarez et al., 2013). O solo é
classificado como Latossolo Vermelho-Escuro distroférrico
(Embrapa, 2018).
O delineamento utilizado para o plantio foi o de
blocos casualizados, com três repetições, considerando
seis
densidades de plantio (3,0 m x 0,5 m, 3,0 m x 1,0 m; 3,0 m x
1,5 m; 3,0 m x 2,0 m; 3,0 m x 2,5 m e 3,0 m x 3,0
m) distribuídos em parcelas de área variável (27 m², 54
A condução da brotação de cepas, após o corte raso
da floresta, é aplicável a espécies florestais que têm
capacidade de regenerar vegetativamente. Esse sistema
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0110. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.19247
3
Guimarães, V. M. et al.
m², 81 m², 108 m², 135 e 162 m², respectivamente).
Foram
utilizadas mudas clonais do híbrido E. grandis x E.
camaldulensis (clone 1277), o qual é bastante utilizado na
região Sudoeste do Estado de Goiás e caracteriza-se por
ser tolerante a ambientes com deficiências hídricas. Na
Figura 1 é apresentada a localização da área de estudo e o
croqui experimental com o esquema da distribuição dos
tratamentos em cada bloco.
Figura 1 Localização da área de estudo e arranjo das parcelas com seus respectivos tratamentos, sendo: 1 = 3,0 x 0,5 m; 2 =
3,0 x 1,0 m; 3 = 3,0 x 1,5 m; 4 = 3,0 x 2,0 m; 5 = 3,0 x 2,5 m e 6 = 3,0 x 3,0 m.
Na primeira rotação, o corte das árvores foi
realizado deixando as cepas com 0,15 m de altura. Em
seguida, iniciou-se a remoção dos galhos da área e início dos
tratos silviculturais para a condução dos brotos. Seis meses
após o início da condução dos brotos, foi realiza- da a
desbrota em todas as árvores deixando um broto por cepa
para condução da talhadia. As avaliações na primeira e na
segunda rotação foram efetuadas quando o povoamento
tinha 24 meses de idade.
75% e 100% da altura comercial, considerada até um
diâmetro mínimo de 5 cm com casca. A partir destes discos,
foram retiradas amostras para a determinação da densidade
básica pelo método de imersão segundo a NBR 11941
(ABNT, 2003). A densidade básica média da árvore foi
considerada como sendo a média aritmética dos pontos de
amostragem longitudinal no tronco das árvores, sem
considerar a posição do DAP. A determina- ção da densidade
básica foi realizada no Laboratório de Madeira e Materiais
da REJ-UFG.
Para cada árvore, foram mensurados o diâmetro
a
1,30 m de altura do solo (DAP) e a altura total (HT).
Assim
também, em cada rotação, foi realizado o abate de uma árvore
por parcela totalizando 18 árvores. A seleção
das árvores que
foram abatidas foi baseada na metodo- logia da árvore-
modelo, a qual é definida em função do
diâmetro médio
quadrático segundo metodologia descrita
por Campos e Leite
(2017).
As quantificações do poder calorífico superior e
teores de componentes elementares da madeira foram rea-
lizadas no Laboratório de Energia da Biomassa Florestal da
Universidade Federal de Lavras. Para a determinação do
poder calorífico superior, foram retiradas amostras
nos
discos visando a formação de uma amostra composta
por
árvore. O poder calorífico superior foi determinado
em um
calorímetro digital IKA C-200, conforme a norma
NBR 8633
(ABNT, 1984).
O volume total foi obtido por meio da cubagem
das
árvores-amostra as quais foram cubadas pelo todo
de
Smalian medindo-se nas diferentes alturas 2,0; 4,0; 6,0 m, e
assim sucessivamente, até 5 cm de diâmetro do fuste com
casca.
Para a determinação dos componentes elemen- tares
(Carbono - C, Hidrogênio - H e Nitrogênio - N) da madeira
foram retiradas amostras nos discos visando à
formação de
uma amostra composta por árvore-amostra.
As amostras
compostas foram trituradas e peneiradas, sendo utilizada a
fração que passou pela peneira de 60 mesh e ficou retida
pela peneira de 270 mesh conforme
Para a obtenção da densidade básica e do poder
calorífico superior, em cada árvore-amostra, foram reti-
rados discos de 2,5 cm de espessura a 0%, 25%, 50%,
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0110. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.19247
4
Guimarães, V. M. et al.
realizado no trabalho de Protásio et al. (2014). A quan-
tificação dos teores de carbono e hidrogênio em relação à
massa seca da madeira foi realizada em um analisa- dor
universal da marca Elementar (modelo Vario Micro Cube).
O teor de oxigênio foi obtido por diferença em
relação aos demais componentes elementares conforme Bech
et al. (2019).
Informações sumarizadas sobre estatísticas des-
critivas das características avaliadas em cada rotação são
apresentadas na Tabela 1.
Tabela 1 Valores mínimo, médio, máximo e desvio padrão das características diâmetro a 1,30 m de altura do solo (DAP),
altura total (HT), volume total (VT), densidade básica (DB), poder calorífico superior (PCS), teor de carbono (C), teor
de hidrogênio (H) e teor de oxigênio (O) para o clone 1277 em função do espaçamento em primeira (R1) e segunda
rotação (R2).
DAP
HT
VT
DB
PCS
C
H
O
R1
R2
R1
R2
R1
R2
R1
R2
R1
R2
R1
R2
R1
R2
R1
R2
Mínimo
Médio
Máximo
Desvio
8,1
10,8
13,1
1,3
4,5
7,4
10,8
2,0
11,9
13,2
16,4
1,0
6,9
11,4
15,7
2,5
80,1
157,8
323,4
78,5
39,6
102,8
184,8
45,4
0,4
0,5
0,5
0,0
0,5
0,5
0,5
0,0
4416,0
4598,2
4804,5
101,6
4533,0
4678,5
4827,0
78,2
48,1
48,6
49,4
0,4
40,8
45,0
49,1
2,6
6,5
6,6
6,8
0,1
4,9
5,6
6,3
0,5
40,7
42,1
43,0
0,6
43,9
48,6
53,5
3,0
Para determinar possíveis diferenças entre os
espaçamentos, após terem atendidos os pressupostos es-
tatísticos (homogeneidade das variâncias e normalidade) os
dados obtidos foram analisados por meio da análise de
variância e para efeitos significativos realizou-se o teste de
Scott-Knott, a 5% de probabilidade de significância. O teste
t pareado ( = 5%) foi empregado para compa-
ração entre a
primeira e a segunda rotação, avaliando-se
as características
em cada espaçamento.
Resultados e Discussão
Primeira rotão
Verificou-se (Tabela 2) que apenas DAP e VT foram
influenciados pelos espaçamentos avaliados (p<0,05).
Tabela 2 Resumo da análise de variância das características diâmetro a 1,30 m de altura do solo (DAP), altura total (HT),
volume total (VT), densidade básica (DB), poder calorífico superior (PCS), teor de carbono (C), teor
de hidrogênio
(H) e teor de oxigênio (O) para o clone 1277 em função do espaçamento em primeira rotação.
Quadrados
Médios
Fontes de
Variação
Graus de
Liberdade
DAP
HT
VT
DB
PCS
C
H
O
Bloco
Espamento
Erro
2
5
10
1,711
4,503*
0,246
1,376
0,692ns
0,964
566,610
19743,320*
479,882
0,002
0,001ns
0,001
472,889
18012,047ns
8445,606
0,133
0,055ns
0,280
0,008
0,002ns
0,004
0,247
0,209ns
0,422
Coeficiente de Variação (%)
4,6
7,5
13,9
4,8
2,0
1,1
1,0
1,5
Em que: *= significativo e ns = não significativo ( = 0,05) pelo teste F.
Os resultados do teste de Scott-Knott para essas
características são apresentados na Tabela 3. Os maiores
valores de DAP foram observados nos maiores espaça-
mentos (3,0 m x 2,0 m; 3,0 m x 2,5 m e 3,0 x 3,0 m) o que
corrobora com os estudos realizados por Müller et
al.
(2005b), Kirongo et al. (2012) e que verificaram uma
tendência de aumento de DAP com o aumento da área útil
por planta.
mesmo em povoamentos jovens a concorrência entre as
plantas em espaçamentos adensados é capaz de afetar o
crescimento em DAP.
De acordo com Stape et al. (2010), nos espa-
çamentos mais adensados a proximidade dos sistemas
radiculares aumentam sensivelmente a competição por água,
afetando diretamente o crescimento diamétrico das plantas.
O menor crescimento diamétrico nos menos espa-
çamentos por ser explicado pelo fato da competição por
água,
luz e nutrientes ser mais intensa nos espaçamentos
mais
adensados. De acordo com Lopes et al. (2017),
A altura total média obtida foi de 13,2 m. Os
resultados obtidos corroboram com Reiner et al. (2011) que
ao avaliar o crescimento em altura de eucalipto na
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0110. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.19247
5
Guimarães, V. M. et al.
região sudoeste do Paraná, não constataram influência do
espaçamento no crescimento em altura.
característica altamente responsiva aos espaçamentos,
enquanto que os efeitos sobre a altura apresentam resul- tados
controversos. Ocorrem casos onde a altura média das plantas
aumenta com o aumento dos espaçamentos, e outros onde o
resultado é inverso (Botelho, 1998).
De modo geral, os resultados das pesquisas e
plantios comerciais m mostrado que o diâmetro é uma
Tabela 3 Diâmetro a 1,30 m de altura do solo (DAP) e volume total (VT) para o clone 1277 em função do espaçamento
em primeira
rotação.
Espaçamento
DAP (cm)
VT (m³.ha
-1
)
3,0 m x 0,5 m
3,0 m x 1,0 m
3,0 m x 1,5 m
3,0 m x 2,0 m
3,0 m x 2,5 m
3,0 m x 3,0 m
8,8 c
10,1 b
10,6 b
11,1 a
11,9 a
12,1 a
299,2 a
208,6 b
129,6 c
120,8 c
100,5 c
87,9 c
*Em que: médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre ao nível de 5% pelo teste de Scott-Knott.
Em relação ao volume total, o maior volume foi
obtido no espaçamento mais adensado (3,0 m x 0,5 m), uma
vez que espaçamentos adensados propiciam menor
diâmetro
nas árvores, mas apresentam maior volume por
área, em
função do maior número de indivíduos (maior densidade).
Nos espaçamentos mais amplos (3,0 m x 2,0 m; 3,0 m x 2,5
m; 3,0 m x 3,0 m) verificou-se com- portamento invertido,
ou seja, diâmetros com maiores dimensões e volumes
individuais maiores para cada ár-
vore, apresentando menor
número de indivíduos. Guerra
et al (2014) relatam que
espaçamentos mais adensados atingem maiores volumes por
área baseado no fato de que um maior número de plantas
resulta em maior área basal e consequentemente maior
volume por área.
a 0,45 g.cm-3. Sereghetti et al. (2015), avaliando nove
espaçamentos de plantio também não encontraram dife- renças
significativas entre o aumento do espaçamento e a densidade
básica da madeira de E. urophylla x E. grandis.
Embora o
presente estudo e o estudo de Sereghetti et al.
(2015) não
tenham verificado a influência do espaçamen-
to de plantio na
densidade básica da madeira, Scolforo (1998) relata que o
espaçamento influencia aspectos qualidade da madeira,
como tamanho dos nós, retidão do tronco, conicidade e
densidade básica.
Os espaçamentos não influenciaram o poder
calorífico superior cujo valor médio foi 4598,2 Kcal.Kg-
1. Embora Couto et al. (2004) relatem que existe uma
tendência de aumento do poder calorífico com o aumento
da
densidade de plantio, os resultados obtidos neste es- tudo
corroboram com Rocha et al. (2012), que também
verificaram que o espaçamento entre árvores não afetou o PCS
da madeira e obtiveram resultados médios similares
aos
obtidos neste estudo.
Sereguetti et al. (2015), avaliando o efeito de nove
espaçamentos em relação ao volume, observaram que em
espaçamentos menores, mesmo proporcionando menor
volume por planta, representaram volumes por área
superiores, quando comparados aos espaçamentos
mais
amplos. Resultados semelhantes foram encontrados por Leite
et al. (1997) que, ao avaliarem as características
de
crescimento de E. grandis aos 31 e 39 meses de idade em sete
diferentes espaçamentos, verificaram que nas menores
densidades de plantio ocorreram os maiores acréscimos no
volume por hectare.
Também não ocorreu efeito dos espaçamentos nos
teores de C, H e O na madeira, cujos valores médios foram de
48,6%, 6,6% e 42,1%, respectivamente. Os valores obtidos
estão próximos aos obtidos por Klock et al. (2005) que
relatam valores de 49-50% para C, 6% para H e 44-45%
para O.
De acordo com Leles et al. (2001), um contínuo
decréscimo no volume por hectare de madeira em espécies
de
eucalipto com o aumento do espaçamento. O fator está
relacionado ao maior volume individual fornecido por
maior espaçamento de plantio, o que, consequente- mente,
diminui o número de indivíduos por unidade de
área,
resultando na diminuição da produção volumétrica
total.
Geralmente, o rendimento médio em carbono
para
clones de eucalipto, segundo Trugilho et al. (2005),
é em
torno de 26%, valores inferiores aos encontrados nesse
estudo. Segundo Paula et al. (2011) e Protásio et al. (2011),
um acréscimo no teor de oxigênio e uma re- dução do teor de
hidrogênio tendem a diminuir o poder calorífico de
combustíveis de biomassa vegetal.
A densidade básica da madeira, independente-
mente do espaçamento utilizado, não apresentou dife-
renças significativas entre si, tendo o valor médio igual
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0110. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.19247
6
Guimarães, V. M. et al.
Segunda rotão
Na segunda rotação, foi observado efeito signi-
ficativo dos espaçamentos para DAP, VT e teores de O, C e H
(Tabelas 4 e 5).
Tabela 4 Resumo da análise de variância das características diâmetro a 1,30 m de altura do solo (DAP), altura total (HT),
volume total (VT), densidade básica (DB), poder calorífico superior (PCS), teor de carbono (C), teor
de hidrogênio
(H) e teor de oxigênio (O) para o clone 1277 em função do espaçamento em segunda rotação.
Quadrados
Médios
Fontes de
Variação
Graus de
Liberdade
DAP
HT
VT
DB
PCS
C
H
O
Bloco
Espamento
Erro
2
5
10
11,274
7,048*
1,259
15,2
14,541
7,021ns
3,872
17,2
2078,616
5562,809*
266,472
15,9
3,9.10-5
2,2.10-5 ns
4,6.10-5
1,4
562,065
1251,689ns
9667,690
2,1
8,011
13,633*
2,677
3,6
0,239
0,615*
0,098
5,6
10,364
19,326*
3,357
3,8
Coeficiente de Variação (%)
Em que: *= significativo e ns = não significativo ( = 0,05) pelo teste F.
Tabela 5 Diâmetro a 1,30 m de altura do solo (DAP) e teor de oxigênio (O), carbono (C) e hidrogênio (H) na madeira para o
clone 1277 em função do espaçamento em segunda rotação.
Espaçamento
DAP (cm)
VT (m³.ha
-1
)
C (%)
H (%)
O (%)
3,0 m x 0,5 m
3,0 m x 1,0 m
3,0 m x 1,5 m
3,0 m x 2,0 m
3,0 m x 2,5 m
3,0 m x 3,0 m
5,0 b
6,5 b
7,0 b
8,0 a
8,7 a
9,1 a
172,7 a
135,2 b
81,8 c
98,6 c
69,9 c
58,7 c
44,3 b
46,8 a
46,5 a
41,7 b
47,0 a
43,7 b
5,5 b
5,9 a
6,0 a
5,0 b
6,1 a
5,3 b
49,3 a
46,5 b
46,8 b
52,5 a
46,2 b
50,3 a
* Em que: médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre ao nível de 5% pelo teste de Scott-Knott.
Assim como na primeira rotação, o DAP foi in-
fluenciado pelos espaçamentos, apresentando maiores
valores nos espaçamentos menos adensados (3,0 m x 2,0 m;
3,0 m x 2,5 m e 3,0 x 3,0 m), corroborando com
Müller et al.
(2005b), que observaram uma tendência de
aumento do DAP
com o aumento da área útil por planta.
produção de energia, sendo um dos principais critérios para
seleção de espécies/clones para a queima direta. Entretanto,
Lopes (2017) ressalta que deve-se observar que esse não é o
único parâmetro de avaliação do po- tencial de um
determinado clone para uso energético.
O poder calorífico superior cujo valor médio foi
4478,5 Kcal.Kg
-1
não foi influenciado pelos espaçamentos.
Melo (2016), avaliando o poder calorífico superior de E.
grandis em segunda rotação, obteve valor médio de 17,62
MJ,
o que equivale a 4208,5 Kcal.Kg-1.
A altura total das árvores também não foi in-
fluenciada pelos espaçamentos na segunda rotação, sen- do a
altura média igual a 11,4 m. Para volume total, o resultado
foi similar ao obtido para a primeira rotação, ou seja, o
maior valor foi encontrado no espaçamento mais adensado
(3,0 m x 0,5 m).
Os teores de carbono, hidrogênio e oxigênio na
madeira foram influenciados pelos espaçamentos na se-
gunda rotação, não sendo possível observar uma tendência
entre
os espaçamentos e os teores desses componentes
elementares da madeira.
Os espaçamentos também não influenciaram a
densidade média da madeira na segunda rotação cujo valor
médio foi de 0,47 g.cm-3. Valores similares foram
encontrados por Valle (2009) ao avaliar plantações co-
merciais de E. urophylla, obtendo densidade média de 0,48
g.cm-3na segunda rotação. De acordo com Carneiro et al.
(2014), altos valores de densidade básica são dese- jáveis para
a utilização energética da madeira uma vez que esta
característica relaciona-se diretamente com a
Os teores de C e H foram maiores nos espaça-
mentos 3,0 m x 1,0 m; 3,0 m x 1,5 m e 3,0 m x 2,5 m.
Santos et al. (2012) ressaltam que maiores teores de
carbono são desejáveis quando se objetiva a produção de
carvão vegetal ou a queima direta da madeira uma
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0110. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.19247
7
Guimarães, V. M. et al.
vez os maiores teores de carbono propiciam uma maior
capacidade térmica em função da maior energia liberada.
que é indesejável quando se busca a produção de energia,
visto
que pequenos acréscimos no teor de hidrogênio
promovem
um elevado ganho no valor calórico dos com-
bustíveis de
biomassa.
Segundo Behling et al. (2014), a influência cau-
sada pelo espaçamento em relação ao teor de carbono
entre
as árvores está associada ao diferente tamanho que as árvores
apresentam, característica que sofre influência
pelo
espaçamento entre plantas e, também, associada às
condições
de crescimento que são impostas por esse fator.
De acordo
com Stape et al. (2001), árvores cultivadas em
espaçamentos adensados podem maximizar a inter- cepção
da radiação solar, o armazenamento de carbono e aumentar a
produção de biomassa para energia.
Observou que os espaçamentos 3,0 m x 0,5 m;
3,0
m x 2,0 m e 3,0 m x 3,0 m foram os que apresentaram
maiores
teores de O na madeira. Ragland et al. (1991) relatam que o
teor de O na madeira é da ordem de 40 a 44%, sendo que os
valores obtidos neste estudo foram superiores ao relatado.
Comparação entre as duas rotões
Em relação ao hidrogênio, Protásio et al. (2011)
relatam que, na composição da madeira, baixos valores de
hidrogênio resultam em uma alta relação C/H, fator
Os resultados da comparação das características
analisadas entre os espaçamentos nas duas rotações são
apresentados nas Tabelas 6, 7 e 8.
Tabela 6 Valores médios para as variáveis dendrométricas para o clone 1277, em função do espaçamento, em primeira
(R1) e
segunda (R2) rotação, e resultado do teste t para comparação entre as duas rotações*.
DAP
HT
VT
Espaçamento
R1
R2
t
R1
R2
t
R1
R2
t
3,0 m x 0,5 m
3,0 m x 1,0 m
3,0 m x 1,5 m
3,0 m x 2,0 m
3,0 m x 2,5 m
3,0 m x 3,0 m
8,8
10,1
10,6
11,1
11,9
12,1
5,0
6,5
7,0
9,1
8,7
8,0
3,16*
2,79*
2,85*
1,72*
2,15*
2,20*
12,7
13,2
12,9
12,7
13,3
14,0
9,8
10,3
11,1
14,2
11,6
11,6
1,83ns
1,42*
0,86*
1,22*
1,28*
1,37*
299,2
208,6
129,6
120,8
100,5
87,9
172,7
135,2
98,6
81,8
69,9
58,7
3,03*
3,57*
4,79*
1,60*
2,64*
2,27*
* Em que: DAP = diâmetro 1,30 m do solo (cm), HT = altura total (m), VT = volume total (m3.ha-1), * = significativo, ns = não significativo pelo teste t ( =
0,05).
O DAP e o VT diferiram, em todos os espaçamen-
tos, nas duas rotações, sendo que a HT não foi similar nas
duas rotações apenas no espaçamento 3,0 m x 0,5 m (Tabela
6). Verificou-se que houve redução nas variáveis
dendrométricas da primeira para a segunda rotação. Em
termos médios, os valores foram de 31,5%, 13,6%, e
34,8%, respectivamente, para DAP, HT e VT.
Analisando a densidade básica da madeira, apenas
nos
espaçamentos 3,0 m x 1,5 m e 3,0 m x 2,5 m não ocorreram
diferenças da primeira para a segunda rota-
ção, sendo
observado, para os demais espaçamentos, um
acréscimo no
valor da densidade observada na segunda
rotação. Valle
(2009) também observou acréscimo na DB
na segunda
rotação em comparação à primeira.
A queda de produtividade da primeira para a
segunda rotação tem sido frequentemente observada em
povoamentos de eucalipto (Faria et al., 2002). Fatores
relacionados a qualidade do material genético, altura e época
de corte das cepas, características edafoclimáticas do local e
tratos silviculturais, entre outros influenciam na capacidade
de rebroto e desenvolvimento de novos fustes afetando a
produtividade (Silva e Angeli, 2006).
O PCS foi similar nas duas rotações apenas no
espaçamento mais adensado, ou seja, 3,0 m x 0,5 m, sendo
que, em termos médios, ocorreu um aumento de 1,8% na
segunda rotação.
Comportamento similar ao obtido para PCS foi
verificado para os teores de C, H e O, ou seja, apenas no
espaçamento mais adensado os valores foram similares nas
duas rotações. Verificou-se que houve queda nos teores de
carbono e hidrogênio. Para o oxigênio, houve um acréscimo
no seu teor, sendo os valores médios de 7,4%, 15,1% e
15,4% respectivamente.
Ressalta-se que, em algumas situações, de acordo
com
Gonçalves et al. (2014), obtêm-se produção seme- lhante ou
até mesmo superiores na segunda rotação. No povoamento
em estudo, provavelmente, a redução da
produtividade pode
estar atrelada ao fato do adensamento que provou uma maior
competitividade entre as árvores.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0110. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.19247
8
Guimarães, V. M. et al.
Tabela 7 Valores médios para as características da madeira para o clone 1277, em função do espaçamento, em pri- meira (R1)
e segunda (R2) rotação, e resultado do teste t para comparação entre as duas rotações*.
DB
PCS
Espaçamento
R1
R2
t
R1
R2
t
3,0 m x 0,5 m
3,0 m x 1,0 m
3,0 m x 1,5 m
3,0 m x 2,0 m
3,0 m x 2,5 m
3,0 m x 3,0 m
0,44
0,44
0,47
0,44
0,47
0,45
0,47
0,47
0,47
0,47
0,47
0,48
3,49*
1,04*
0,12ns
1,40*
0,10ns
1,18*
4713,7
4552,3
4679,2
4541,3
4565,5
4537,2
4687,5
4657,1
4714,2
4663,8
4677,3
4670,9
0,47ns
1,84*
2,22*
0,91*
1,27*
7,05*
* Em que: DA = densidade sica (g.cm
-3
), PCS = poder calorífico superior (Kcal.Kg
-1
), * = significativo, ns = o significativo pelo teste t (
= 0,05).
Tabela 8 Valores médios para os componentes elementares da madeira para o clone 1277, em função do espaçamento,
em
primeira (R1) e segunda (R2) rotação, e resultado do teste t para comparação entre as duas rotações*.
C
H
O
Espaçamento
R1
R2
t
R1
R2
t
R1
R2
t
3,0 m x 0,5 m
3,0 m x 1,0 m
3,0 m x 1,5 m
3,0 m x 2,0 m
3,0 m x 2,5 m
3,0 m x 3,0 m
48,6
48,4
48,6
48,8
48,5
48,6
44,4
46,8
46,5
41,7
47,0
43,7
1,66ns
0,85*
1,79*
3,55*
1,33*
4,31*
6,7
6,6
6,6
6,6
6,6
6,6
5,5
6,0
6,0
5,0
6,1
5,3
2,0ns
1,63*
2,64*
4,57*
2,39*
5,49*
41,8
42,4
42,3
41,8
42,1
42,3
49,3
46,5
46,8
52,6
46,2
50,3
2,12ns
1,77*
2,92*
3,73*
2,43*
5,40*
* Em que: C = teor de carbono (%), H = teor de hidrogênio (%), O = teor de oxigênio (%), * = significativo, ns = não significativo pelo teste t ( = 0,05).
Segundo Demirbas (2004), a avaliação do per-
centual de carbono é um parâmetro importante para analisar
o potencial energético da biomassa vegetal, sendo que
pequenas mudanças nessa característica, po-
dem contribuir
para um acréscimo considerável do poder
calorífico.
Verificou-se, portanto, com exceção para o espaçamento
mais adensado, que em relação aos teores dos componentes
elementares (C e H) da madeira, a segunda rotação
apresentou menor potencial para uso energético quando
comparada com a primeira rotação.
Ressalta-se que, na maioria dos casos, o sistema
talhadia é viável tecnicamente, porém, faz-se necessária a
avaliação econômica para a decisão final da condução do
povoamento em talhadia ou reforma do mesmo.
Considerando como objetivo a produção energéti- ca e
as condições edafoclimáticas de Jataí-GO assim como
a
produção volumétrica e o poder calorífico superior, o
manejo em duas rotações com uso do espaçamento 3,0 m x
0,5 m em curta rotação apresenta-se como o mais indicado.
De acordo com Reis et al. (2012), identifica-se
uma tendência entre hidrogênio e carbono, a diminuição do
rendimento em carbono está associada com o aumen-
to no
teor de hidrogênio presente na biomassa vegetal. Quando o
objetivo é a produção energética, devem ser
escolhidas
madeiras com baixos teores de hidrogênio.
o teor de
oxigênio, segundo Nordin (1994) e Demirbas (1997), expõe
relação negativa com o poder calorífico, o aumento no teor
de oxigênio da biomassa possui a tendência de reduzir o
valor calórico.
Conclusões
Na primeira rotação, apenas o DAP e o VT fo- ram
influenciados pelos espaçamentos enquanto que na segunda
rotação, os espaçamentos influenciaram o DAP, o VT e os
teores de C, H e O.
As características dendrométricas apresenta- ram
decréscimo na segunda rotação enquanto DB e PCS
apresentaram acréscimos. Os teores de C, H e O não
apresentaram tendência entre os espaçamentos.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0110. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.19247
9
Guimarães, V. M. et al.
Referências
Alvarez, C. A.; Stape, J. L.; Sentelhas, P. C.; Gonçalves, J. L. M.; Sparovek,
G. 2013. Köppen’s climate classification map for Brazil. Metorologische
Zeitschrift, 22: 711-728. Doi: https://doi.org/10.1127/0941-
2948/2013/0507.
Faria, G. E.; Barros, N. F.; Novais, R. F.; Lima, J. C.; Teixeira, J. L. 2002.
Produção e estado nutricional de povoamentos de Eucalyptus grandis,
em
segunda rotação, em resposta à adubação potássica. Revista Árvore,
26: 577-
584.
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. 1984. NBR 8633:
carvão vegetal - determinação do poder calorífico. ABNT, Rio de Janeiro.
Gonçalves, J. L. M.; Alvares, C. A.; Behling, M.; Alves, J. M.; Pizzi, G. T.;
Angeli, A. 2014. Produtividade de plantações de eucalipto manejadas nos
sistemas de alto fuste e talhadia, em função de fatores edafoclimáticos.
Scientia Florestalis, 42: 411-419.
Associação Brasileira de Normas cnicas - ABNT. 2003. NBR 11941:
madeira - determinação da densidade básica. ABNT, Rio de Janeiro.
Guedes, I. C. L.; Coelho Júnior, L. M.; Oliveira, A. D.; Mello, J. M.;
Rezende, J. L. P.; Silva, C. P. C. 2011. Economic analysis of replacement
regeneration and coppice regeneration in eucalyptus stands under risk
conditions. Cerne, 17: 393-401. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/ S0104-
77602011000300014.
Barros, N. F.; Faria, G. E.; Novaes, R. F.; Lima, J. C.; Teixeira, J. L. 2002.
Produção e estado nutricional de povoamentos de Eucalyptus grandis,
em
segunda rotação, em resposta à adubação potássica. Revista Árvore,
26: 577-
584.
Guerra, S. P. S.; Garcia, E. A.; Lanças, K. P.; Rezende, M. A.; Spinelli,
R. 2014. Heating value of eucalypt wood grown on SRC for energy
production. Fuel, 137: 360-363. Doi: https://doi.org/10.1016/j.
fuel.2014.07.103.
Bech, N.; Jensen, P. A.; Dam-Johansen, K. 2009. Determining the
elemental composition of fuels by bomb calorimetry and the inverse
correlation of HHV with elemental composition. Biomass and Bioenergy,
33:
534-537. Doi: https://doi.org/10.1016/j.biombioe.2008.08.015.
Indústria Brasileira de Árvores IBÁ. 2017. Relatório 2017. Disponível em:
https://www.iba.org/publicacoes/relatorios.
Behling, A.; Sanquetta, C. R.; Caron, B. O.; Schmidt, D.; Elli, E. F.; Corte,
A. P. D. 2014. Teores de carbono orgânico de três espécies arbóreas em
diferentes espaçamentos. Pesquisa Florestal Brasileira, 34: 13-19. Doi:
https://doi.org/10.4336/2014.pfb.34.77.562.
Indústria Brasileira de Árvores IBÁ. 2019. Relatório 2019. Disponível em:
https://www.iba.org/publicacoes/relatorios.
Botelho, S. A. 1998. Espaçamento. p. 381-405. In: Scolforo, J. R. S.
Manejo florestal. UFLA/FAEPE, Lavras.
Kirongo, B. B.; Mbelase, A. S.; Senelwa, K.; Hitimana, J.; Etiegni, L.
2012. Spacing and genotype on height and diameter growth of four
eucalyptus under short rotation. Jurnal Manajemen Hutan Tropika, 18: 1-9.
Doi: https://doi.org/10.7226/jtfm.18.1.1.
Campos, J. C. C.; Leite, H. G. 2017. Mensuração florestal: perguntas e
respostas. 5.ed. UFV, Viçosa.
Klock, V.; Muñiz, G. I. B.; Hernandez, J. A.; Andrade, A. S. 2005.
Química da madeira. 3.ed. UFPR, Curitiba. Disponível em: https://
bit.ly/2SqOS0p.
Carneiro, A. C. O.; Castro, A. F. N. M.; Castro, R. V. O.; Santos, R. C.;
Ferreira, L. P.; Damásio, R. A. P.; Vital, B. R. 2014. Potencial energético da
madeira de Eucalyptus sp. em função da idade e de diferentes materiais
genéticos. Revista Árvore, 38: 375-381. Doi: http://dx.doi.
org/10.1590/S0100-67622014000200019.
Leite, F. P.; Barros, N. F.; Novais, R. F.; Sans, L. M. A.; Fabres, A. S.
1997. Crescimento de Eucalyptus grandis em diferentes densidades
populacionais. Revista Árvore, 21: 313-321.
Couto, L.; Müller, M. D.; Tsukamoto, A. A.; Barcellos, D. C.; Fonseca, Ê.
M. B.; Corrêa, M. R. 2004. Programa de pesquisa para avaliação de
densidades de plantio e rotação de plantações de rápido crescimento para
produção de biomassa. Biomassa & Energia, 1:107-112.
Leles, P. S. S.; Reis, G. G.; Reis, M. G. F.; Morais, E. J. 2001. Crescimento,
produção e alocação de matéria seca de Eucalyptus camaldulensis e
Eucalyptus pellita sob diferentes espaçamentos na região de cerrado, MG.
Scientia Forestalis, 59: 77-87.
Couto, L.; Müller, M. D. 2008. Florestas energéticas no Brasil. p. 93-
111. In: Cortez, L. A. B.; Lora, E. E. S.; Gómez, E. O. Biomassa para
energia. Unicamp, Campinas.
Lopes, E. D. 2017. Avaliação de clones de Eucalyptus spp e Corymbia spp
em diferentes espaçamentos visando à produção de bioenergia.
Diamantina:
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri,
120f. Tese
Doutorado. Disponível em: https://bit.ly/2CykXPL.
Crous, J. W.; Burger, L. 2014. A comparison of planting and coppice
regeneration of Eucalyptus grandis × Eucalyptus urophylla clones in
South Africa. Southern Forests, 77: 277-285. Doi: https://doi.org/10
.2989/20702620.2015.1063031.
Lopes, E. D.; Laia, M. L.; Santos, A. S.; Soares, G. M.; Leite, R. W. P.;
Martins, N. S. 2017. Influência do espaçamento de plantio na produção
energética de clones de Corymbia e Eucalyptus. Floresta, 47: 95-104. Doi:
http://dx.doi.org/10.5380/rf.v47i1.47141.
Demirbas, A. 1997. Calculation of higher heating values of biomass fuels.
Fuel, 76: 431-434. Doi: https://doi.org/10.1016/S0016-
2361(97)85520-2.
Macedo, I. C. 2003. Estado da arte e tendências tecnológicas para
energia CTEnerg, Brasília. Disponível em: https://bit.ly/2S9ayiM.
Demirbas, A. 2004. Combustion characteristics of different biomass fuels.
Progress in Energy and Combustion Science, 30: 219-230. Doi:
https://doi.org/10.1016/j.pecs.2003.10.004.
Melo, R. X. 2016. Avaliação de um sistema florestal de curta rotação de
Eucalyptus spp. em função da desbrota e adubação. Botucatu:
Universidade Estadual Paulista, 52f. Dissertação Mestrado. Disponível em:
http://hdl.handle.net/11449/138336.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa. 2018. Sistema
brasileiro de classificação de solos. 5 ed. EMBRAPA-SPI, Brasília.
Müller, M. D.; Couto, L.; Neves, J. C. L. 2005a. Produção de biomassa e
balanço nutricional de plantações de eucalipto clonal em diferentes
densidades de plantio no município de Itamarandiba-MG. Biomassa &
Energia, 2: 91-101.
Evans, J.; Turnbull, J. W. 2004. Plantation forestry in the tropics: the
role, silviculture, and use of planted forest for industrial, social,
environmental, and agroforestry. 3.rd. Oxford University Press, Oxford.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0110. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.19247
10
Guimarães, V. M. et al.
Müller, M. D.; Couto, L.; Leite, H. G.; Brito, J. O. 2005b. Avaliação de
um
clone de eucalipto estabelecido em diferentes densidades de plantio para
produção de biomassa e energia. Biomassa & Energia, 2: 177-186.
Santos, L. C.; Carvalho, A. M. M. L.; Pereira, B. L. C.; Oliveira, A. C.;
Carneiro, A. C. O.; Trugilho, P. F. 2012. Propriedades da madeira e
estimativas de massa, carbono e energia de clones de Eucalyptus plantados
em diferentes locais. Revista Árvore, 36: 971-980. Doi:
https://doi.org/10.1590/S0100-67622012000500019.
Nordin, A. 1994. Chemical elemental characteristics of biomass fuels.
Biomass and Bioenergy, 6: 339-347. Doi: https://doi.org/10.1016/0961-
9534(94)E0031-M.
Scolforo, J. R. S. 1998. Manejo florestal. UFLA/FAEPE, Lavras.
Paixão, F. A.; Soares, C. P. B.; Jacovine, L. A. G.; Silva, M. L.; Leite, H. G.;
Silva, G. F. 2006. Quantificação do estoque de carbono e avaliação
econômica de diferentes alternativas de manejo em um plantio de
eucalipto. Revista Árvore, 30: 411-420.
Scolforo, J. R. S. 2008. O mundo eucalipto: os fatos e mitos de sua
cultura. Mar de Ideias, Rio de Janeiro.
Sereghetti, G. C.; Lanças, K. P.; Sartori, M. S.; Rezende, M. A.; Soler, R.
R. 2015. Efeito do espaçamento no crescimento e na densidade básica da
madeira de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis em florestas de
ciclo curto. Energia na Agricultura, 30: 257-262. Doi: https://doi.
org/10.17224/EnergAgric.2015v30n3p257-262.
Paula, L. E. R.; Trugilho, P. F.; Napoli, A.; Bianchi, M. L. 2011.
Characterization of residues from plant biomass for use in energy
generation. Cerne, 17: 237-246. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/ S0104-
77602011000200012.
Silva, P. H. M.; Angeli, A. 2006. Implantação e manejo de florestas
comerciais. Disponível em: https://bit.ly/3791LBm.
Prevedello, J.; Kaiser, D. R.; Reinert, D. J.; Vogelmann, E. S.; Fontanela, E.;
Reichert, J. M. 2013. Manejo do solo e crescimento inicial de Eucalyptus
grandis Hill ex Maiden em argissolo. Ciência Florestal, 23: 129-138. Doi:
http://dx.doi.org/10.5902/198050988447.
Stape, J. L.; Binkley, D.; Ryan, M. G.; Fonseca, R. A.; Loos; R. A.;
Takahashi, E. N.; Silva, C. R.; Silva, S. R.; Hakamada, R. E.; Ferreira,
J. M. A.; Lima, A. M. N.; Gava, J. L.; Leite, F. P.; Andrade, H. B.; Alves,
J. M.; Silva, G. G. C.; Azevedo, M. R. 2010. The Brazil eucalyptus
potential productivity project: influence of water, nutrients and stand
uniformity on wood production. Forest Ecology and Management, 259:
1684-1694. Doi: https://doi.org/10.1016/j.foreco.2010.01.012.
Protásio, T. P.; Bufalino, L.; Tonoli, G. H. D.; Couto, A. M.; Trugilho, P. F.;
Guimarães Júnior, M. 2011. Relação entre o poder calorífico superior e os
componentes elementares e minerais da biomassa vegetal. Pesquisa
Florestal
Brasileira, 31: 122-133. Doi: http://dx.doi.org/10.4336/2011.
pfb.31.66.113.
Stape, J. L.; Gonçalves, J. L. M.; Gonçalves, A. N. 2001. Relationships
between nursery practices and field performance for Eucalyptus
plantations in Brazil. New Forests, 22: 19-41. Doi: https://doi.
org/10.1023/A:1012271616115.
Protásio, T. P.; Neves, T. A.; Reis, A. A.; Trugilho, P. F. 2014. Efeito da
idade e clone na qualidade da madeira de Eucalyptus spp. visando à
produção de bioenergia. Ciência Florestal, 24: 465-477. Doi: http://
dx.doi.org/10.5902/1980509814587.
Trugilho, P. F.; Silva, J. R. M.; Mori, F. A.; Lima, J. T.; Mendes, L. M.;
Mendes, L. F. B. 2005. Rendimentos e características do carvão vegetal em
função da posição radial de amostragem em clones de Eucalyptus. Cerne,
11: 178-186.
Ragland, K. W.; Aerts, D. J.; Baker, A. J. 1991. Properties of wood for
combustion analysis. Bioresource Technology, 37: 161-168. Doi: https://
doi.org/10.1016/0960-8524(91)90205-X.
Reiner, D. A.; Silveira, E. R.; Szabo, M. S. 2011. O uso do eucalipto em
diferentes espaçamentos como alternativa de renda e suprimento da
pequena propriedade na região do sudeste do Paraná. Synergismus
Scyentífica, 6: 1-7.
Valle, M. L. A. 2009. Propriedades da madeira de eucalipto de primeira
e
segunda rotação, visando a sua utilização como madeira preservada. Viçosa:
Universidade Federal de Viçosa. 80f. Dissertação Mestrado em Ciência
Floresta. Disponível em: https://bit.ly/39h6AtV.
Reis, A. A.; Protásio, T. P.; Melo, I. C. N. A.; Trugilho, P. F.; Carneiro, A.
C. O. 2012. Composição da madeira e do carvão vegetal de Eucalyptus
urophylla em diferentes locais de plantio. Pesquisa Florestal Brasileira, 32:
277-290. Doi: https://doi.org/10.4336/2012.pfb.32.71.277.
Vechi, A.; Magalhães Júnior, C. A. O. 2018. Aspectos positivos e negativos
da
cultura do eucalipto e os efeitos ambientais do seu cultivo. Revista
Valore, 3:
495-507. Doi: https://doi.org/10.22408/reva312018101495-
507.
Rocha, M. F. V.; Vital, B. R.; Carneiro, A. C. O.; Carvalho, A. M. M. L.;
Nogueira, G. S.; Couto, L. 2012. Efeito da idade e do espaçamento nas
propriedades da madeira para energia. Biomassa & Energia, 5: 27-33.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0110. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.19247