Parâmetros de metabólitos bioquímicos em ovinos criados no Brasil
Débora Adriana de Paula Silva
1
; Laura Ferrari Monteiro Varanis
2
; Karla Alves Oliveira
3
*; Luciana Melo Sousa
4
; Marco Tulio Santos Siqueira
5
; Gilberto de Lima Macedo Júnior
6
DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20404
Resumo
O trabalho teve como objetivo definir intervalos de referência para valores de metabólitos energéticos, proteicos e
enzimáticos em ovinos. Os dados utilizados foram oriundos de vários experimentos realizados entre 2006 e 2018, em diversas
instituições de ensino superior e pesquisa. Foi utilizado banco de dados diversificado com observações de
ovinos de diferentes
raças, genótipos, idades e categorias fisiológicas, criados em diferentes sistemas de manejo. Todos
os animais utilizados eram
saudáveis e dados de animais que apresentaram quaisquer manifestações clínicas foram descartados. Para determinar o perfil
metabólico energético foram obtidos dados de glicose, colesterol, triglicerídeos, frutosamina, HDL (lipoproteína de alta
densidade), LDL (lipoproteína de baixa densidade) e VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade); para o perfil proteico,
dados de proteínas totais, ácido úrico, ureia, albumina e creatinina; e para o enzimático, dados de AST (aspartato
aminotransferase), GGT (gama glutamil transferase) e FA (fosfatase alcalina). As análises laboratoriais foram realizadas nos
aparelhos Analisador bioquímico semiautomático modelo BIO - 2000 da marca Bioplus© e Analisador automático de
bioquímica modelo PKL-125 da marca MHLab®. Para a estimativa e determinação dos valores de referência, foi utilizado
programa RefVal 4.11, sendo os valores outliers removidos da avaliação. Após a determinação dos valores de referência
comparou-se os dados obtidos com tabelas internacionais estabelecidas na literatura, sendo possível observar que os intervalos
encontrados neste trabalho foram mais amplos, abrangendo melhor resultados obtidos em experimentos realizados no Brasil.
Palavras-chave:
Ovis aries. Parâmetros sanguíneos. Perfil energético. Perfil proteico.
Biochemical Metabolite Parameters for Sheep in Brazil
Abstract
The objective was to define reference intervals for values of energetic, protein, and enzymatic metabolites in sheep. The data
used came from several experiments carried out between 2006 and 2018, in several higher education and research institutions.
A diversified database was used with observations of sheep of different breeds, genotypes, ages and physiological categories,
created in different management systems. All animals used were healthy and data from animals that showed any clinical
manifestations were discarded. In order to determine the metabolic energy profile, glucose, cholesterol, triglycerides,
fructosamine, HDL (high density lipoprotein), LDL (low density lipoprotein) and VLDL (very low density lipoprotein) data
were obtained; for the protein profile, data on total proteins, uric acid, urea,
1Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-3052-0544
2Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-1562-4505
3Universidade Estadual Paulista - UNESP campus Jaboticabal. Jaboticabal, SP. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-7792-2615
4Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-1016-8248
5Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-2098-8568
6Universidade Federal de Uberlândia. Uberlandia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-5781-7917
*Autor para correspondência: karla.alves.oliveira@hotmail.com
CADERNO DE CIÊNCIAS AGRIAS
Agrarian Sciences Journal
2
Silva, D. A. P. et al.
albumin and creatinine; and for the enzymatic profile, AST (aspartate aminotransferase), GGT (gamma glutamyl transferase)
and AP (alkaline phosphatase) data. Laboratory analyzes were carried out on the Bioplus© semiauto- matic biochemical
analyzer model, Bioplus©, and automatic biochemistry analyzer, model PKL-125, MHLab®. For the estimation and
determination of the reference values, the RefVal 4.11 program was used, and the outliers values were removed from the
evaluation. After determining the reference values, the data obtained were compared with international tables established in
the literature, and it is possible to observe that the intervals found in this work were broader, covering better results obtained
in experiments carried out in Brazil.
Keywords:
Blood parameters. Energetic profile. Ovis aries. Proteic profile.
Introdução
Na década de 1970, Payne et al. (1970) ela-
boraram o termo perfil metabólico, isto é, a análise de
componentes hemato-bioquímicos do plasma sanguíneo
aplicada a populações, a fim de diagnosticar, avaliar e
prevenir transtornos metabólicos, além de indicar o status
nutricional do rebanho.
gadas na avaliação metabólica de ovinos, possibilitando a
proposição de uma tabela de valores de referência que
melhor
reflita a atual condição dos animais em nosso país,
sendo
confeccionada com dados obtidos nas diferentes regiões do
país abrangendo as variações encontradas na ovinocultura
nacional, e também respeitando as normas propostas para a
determinação de tais valores.
Apesar de uma ferramenta muito útil, uma das
maiores dificuldades da aplicação correta do perfil meta-
bólico é a interpretação dos dados, que se torna complica- da,
tanto pela complexidade dos mecanismos fisiológicos
que
regulam os níveis sanguíneos dos metabólitos que também
podem sofrer influência de fatores ambientais
quanto pela
falta de valores de referência que se adequem à situação
analisada. Para que seja feita uma interpretação
correta, é
necessário conhecer os valores de referência adequados
para cada região, espécie e população em questão (Varanis,
2018; Libardi et al., 2018)
Diante disso, o objetivo do trabalho foi determinar
intervalos de referência para os valores de metabólitos
energéticos, proteicos, minerais e enzimáticos para ovinos
e
compará-los com os valores de referência obtidos na
literatura internacional.
Material e métodos
Para a estimativa dos valores de referência com- pôs-
se um banco de dados bastante diversificado, com
observações obtidas de experimentos conduzidos em
diversas instituições, fazendas comerciais, sistemas de ma- nejo,
genótipos e categorias fisiológicas. Foram coletados
dados da
Universidade Federal de Uberlândia, Universi- dade Federal
de Minas Gerais, Universidade Federal de Lavras e
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Na região
norte foram obtidos dados da Universidade Federal do
Tocantins e de duas propriedades comerciais. Essa
diversificação nos dados obtidos permite observar
com maior
acurácia a amplitude nos valores metabólicos.
Até porque
usamos dados internacionais onde não são descritos como
foram obtidos em grande parte da litera- tura. Os
experimentos foram conduzidos no período de
2006 à 2018
com ovinos criados em diferentes sistemas de manejo: a pasto,
confinamento total, semi confinamento,
confinamento
coletivo e/ou individual. Esses manejos são utilizados em
criações por todo o Brasil. Os dados
aqui apresentados
retratam com amplitude os diferentes tipos de manejos
(alimentar, nutricional e manejo geral).
Todos os dados
apresentados nesse trabalho tiveram as
devidas autorizações
de seus autores. O mero amostral
está nas tabelas que
apresentam os valores referenciais obtidos.
na literatura uma variedade de trabalhos
internacionais e também alguns nacionais estimando
valores de referência para ovinos, sendo um exemplo o de
Varanis (2018) que preconizou intervalos de refe- rência
para metabólitos energéticos, proteicos, enzimá- ticos e
minerais para ovinos em diferentes categorias fisiológicas.
Entretanto, dentre os vários intervalos de
referência
encontrados na literatura, os mais comumente adotados ainda
são internacionais, como os preconizados
por Kaneko et al.,
(2008) no livro Clinical Biochemistry of Domestic Animals,
um dos mais citados na literatura com cerca de 5.000
citações (Google Scholar, 2019)
Os rebanhos brasileiros possuem diversas particu-
laridades, desde a nutrição, onde é comum a utilização de
produtos e subprodutos de ingredientes encontrados ape- nas
em determinadas regiões, a utilização de raças nacio- nais
frutos de cruzamentos o especificados, diferenças de manejo
e ambientação, onde os animais se adaptam a
clima,
temperatura, pluviosidade, características de solo e
instalações únicas para cada região. Logo, a avaliação
desses
rebanhos com base em tabelas internacionais, obti- das a partir
de dados de animais criados muitas vezes em sistemas que nem
seriam possíveis de se aplicar no Brasil pode não ser
adequada, podendo ocasionar diagnósticos
e avaliações
equivocadas. Isso evidencia uma lacuna de informações de
origem nacional que possam ser empre-
Para a realização destes experimentos foram
utilizados animais de diferentes raças e genótipos, como
Lacaune, Santa Inês, Dorper, White Dorper, Morada Nova,
Texel, Somalis e também cruzamentos entre essas raças.
Cad. Ciênc. Ag., v. 12, p. 0108, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20404
3
Parâmetros de metabólitos bioquímicos em ovinos criados no Brasil
Utilizaram-se também machos e fêmeas de diversas cate-
gorias fisiológicas: cordeiros, borregos, machos castrados
e
inteiros, fêmeas vazias, prenhas e lactantes. Todos os
animais eram saudáveis, não passaram por condições de
desnutrição forçada e dados de animais que apresentaram
quaisquer manifestações clínicas foram descartados. Os
dados foram coletados, agrupados, e um banco de dados
foi
confeccionado para cada metabólito.
Para o perfil proteico foram utilizados dados de
proteínas totais, ácido úrico, ureia, albumina e creatinina; e para
o perfil enzimático, dados de AST (aspartato amino-
transferase), GGT (gama glutamil transferase), fosfatase
alcalina. As análises laboratoriais foram realizadas nos
aparelhos Analisador bioquímico semiautomático modelo
BIO
- 2000 da marca Bioplus© e Analisador automático de
bioquímica modelo PKL-125 da marca MHLab®, uti-
lizando kits de diferentes marcas (Labtest Diagnóstica S. A.,
Biotecnica©, GT Group©).
Para determinar o perfil metabólico energético,
foram obtidos dados de glicose, colesterol, triglicerídeos,
frutosamina, HDL (lipoproteína de alta densidade), LDL
(lipoproteína de baixa densidade) e VLDL (lipoproteína de
muito baixa densidade). Os valores de VLDL e LDL foram
obtidos por cálculos propostos por Friedewald, Lew e
Fredrickson (1972) a partir dos valores de coles- terol total,
HDL-colesterol e triglicerídeos, conforme as equações (Eq.
1) e (Eq. 2):
Para a estimativa e determinação dos valores de
referência, foi utilizado programa RefVal 4.11 (Solberg,
2006). Os valores outliers foram removidos, utilizando o teste
de Dixon, e os percentis, assim como seus intervalos
de
confiança, estimados pelo método de boostraping não
paramétrico, quando os dados não apresentaram
distribuição normal. O intervalo de confiança definido foi
de 95%.
VLDL = TG/5
(Eq. 1)
Resultados e discussão
LDL = CT HDL
VLDL
(Eq. 2)
Perfil energético
Onde: VLDL = lipoproteína de muito baixa densidade; TG = triglice-
rídeos; LDL = lipoproteína de baixa densidade; CT = colesterol total; HDL
= lipoproteína de alta densidade.
Para estabelecer o perfil energético, coletaram-se
dados de glicose, colesterol, triglicerídeos, e frutosamina,
HDL, LDL e VLDL (Tabela 1).
Tabela 1 Intervalos de referência para metabólitos energéticos de ovinos
Intervalos definidos nes-
te
estudo
Intervalos definidos por Ka-
neko
et al.
, (2008)
Metabólito
Unidade
Glicose
Colesterol
Triglicerídeos
Frutosamina
HDL¹
LDL ²
VLDL³
3005
4486
3936
1883
1656
1242
3424
30 94
14 126
5 71
119 451
10 76,7
1,2 87
1 16,4
50 80
52 76
9 30
170 174
SIL
4
SIL
4
SIL
4
mg dL-1
mg dL-1
mg dL-1
μmol L-1
mg dL-1
mg dL-1
mg dL-1
¹ - HDL Lipoproteína de alta densidade; ² - LDL Lipoproteína de baixa densidade; ³ - VLDL Lipoproteína de muito baixa densidade; 4SIL Sem
informações na literatura. N¹ - número amostral
A amplitude obtida para o intervalo de glicose foi
de 64 mg dL-1 enquanto a amplitude do intervalo de Kaneko
e al. (2008) é de 30 mg dL-1, sendo menos da
metade. Nos
ruminantes, a manutenção da concentração de glicose
plasmática se relaciona a estabilidade glicêmica,
visto que os
carboidratos da dieta são quase totalmente utilizados no
rúmen (Gressler et al., 2015). Alterações fisiológicas como
a prenhez também influenciam na concentração sanguínea
de glicose, assim como fatores ambientais como o estresse,
que por sua vez é capaz de
alterar a dinâmica hormonal que
regula a gliconeogênese e a utilização celular da glicose,
podendo elevar os níveis
na corrente (Kozloski, 2017).
Diversos trabalhos nacionais apresentam resulta- dos
condizentes com os intervalos definidos, por exemplo,
Oliveira
et al., (2014) em estudo com ovelhas Santa Inês gestantes
criadas em sistema semi-intensivo, encontrou valores entre
38,58 e 44,29 mg dL-1 em diferentes fases gestacionais, esses
resultados estão abaixo dos valores de referência definidos
por Kaneko et al., (2008), entre- tanto se encontram dentro
do intervalo definido neste estudo. Ribeiro et al., (2003)
trabalhando com borregas Corriedale de 4 meses de idade
em um estudo compa- rativo entre diferentes estações do
ano no Rio Grande do Sul, encontrou uma média de glicose
sanguínea de 52,18 mg dL-1. Rabassa et al., (2009)
trabalhando com
ovelhas Corriedale a pasto encontrou um
valor médio de
Cad. Ciênc. Ag., v. 12, p. 0108, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20404
4
Silva, D. A. P. et al.
glicose de 38,91 mg dL-1. Alvarenga (2011) trabalhando
com
carneiros adultos de seis espécies diferentes, criados
em
sistema semi-intensivo no Distrito Federal encontrou valores
de glicose variando entre 50,5 e 53,5 mg dL-1.
se enquadram no intervalo de normalidade definido neste
estudo.
O intervalo definido para o metabólito Frutosa-
mina apresentou maior diferença de amplitude entre os
metabólitos energéticos, sendo 332 μmol L-1 enquanto a
amplitude do intervalo de Kaneko et al., (2008) é de apenas
4 μmol L-1. Os níveis de frutosamina sofrem in-
fluência
tanto do metabolismo energético quanto proteico,
visto que ela
é formada por uma molécula de glicose conjugada a uma
proteína, geralmente a albumina. Em contrapartida à
instabilidade da glicose, a albumina tem um turnover de cerca
de 30 dias, conferindo maior es- tabilidade a molécula de
frutosamina, ou seja, fazendo com que ela permaneça na
corrente por um período de tempo maior. Por depender da
concentração sanguínea de glicose, a frutosamina sofre
alterações advindas dos
mesmos fatores, portanto é possível
relacionar a variação
do intervalo de frutosamina a variação
do intervalo de glicose, considerando o tempo maior de
permanência desta na corrente sanguínea (Varanis, 2018;
Kaneko et al., 2008). Na literatura é possível encontrar
experimen- tos realizados no Brasil com animais saudáveis
onde os
níveis de frutosamina ficaram além do intervalo
definido
por Kaneko et al., (2008), por exemplo o de Soares
et al., (2014) que trabalhando com ovelhas Dorper antes e
após o parto em sistema semiextensivo em Pernambuco
obtiveram médias de 143,79 a 191,3 μmol L-1, e Santos et al.,
(2017) em experimento com ovelhas Santa Inês gestantes
suplementadas com propilenoglicol em Minas Gerais
encontraram média de 328,2 μmol L-1 para este metabólito.
Para os dados de colesterol obtivemos amplitude de
112 mg dL
-1
, enquanto o de Kaneko et al., (2008) possui
amplitude de 24 mg dL
-1
, 4,6 vezes menor. De acordo com
Silva
(2019) os níveis de colesterol plasmático são uma boa
ferramenta de avaliação do balanço energético. Nos
ruminantes a biossíntese do colesterol acontece principal-
mente no intestino delgado e no tecido adiposo, a partir
do
acetil-CoA originado do ácido acético, que é produzido no
rúmen através da fermentação da fibra (Kaneko et al.,
2008).
Logo, sugere-se que a maior amplitude obtida neste
trabalho pode estar relacionada a predominância de
forragens na dieta dos animais utilizados.
Na literatura encontra-se trabalhos cujos resul-
tados condizem com os intervalos encontrados neste estudo,
como o de Paula (2015) que utilizando ovelhas adultas sem
padrão racial definido, alimentadas com níveis crescentes
de melaço de soja, encontrou valores de colesterol entre
51,72 e 61,0 mg dL-1 Rabassa et al.,
(2009) em estudo com
ovelhas adultas da raça Corriedale
criadas a pasto no Rio
Grande do Sul obtiveram uma
média de 37,25 mg dL
-1
entre
os animais. Balaro, Cardoso
e Peneiras (2012) trabalhando
com cordeiros Santa Inês a pasto no estado do Rio de Janeiro
obtiveram média de 70,05 mg dL-1. Homem Junior et al.,
(2010) trabalhando
também com cordeiros Santa Inês no estado
de São Paulo, encontraram dias de colesterol entre 42,9 e
108,6 mg dL
-1
. Com isso, é possível observar que todos os
resultados
apresentados estariam fora do intervalo de
normalidade sugerido por Kaneko et al., (2008), entretanto se
enqua- dram nos resultados obtidos no presente trabalho.
Kaneko et al., (2008) não preconiza intervalos de
referência para lipoproteínas, não havendo valores de
comparação para os resultados obtidos neste estudo. Para o
metabólito HDL (Lipoproteína de alta densidade) o intervalo
de referência obtido foi de 10 a 76,7 mg dL
enquanto que
para LDL (Lipoproteína de baixa densidade) o intervalo obtido
foi de 1,2 a 87 mg dL. Os níveis de HDL
e LDL variam muito
de acordo com o aporte energético
da dieta, principalmente a
concentração de ácidos graxos não esterificados. Comumente
dietas com teores elevados
de gordura resultam em maiores
concentrações destes metabólitos (Varanis et al., 2018;
Gressler et al., 2015). Santos et al., (2017) avaliando
ovelhas Santa Inês ges- tantes suplementadas com
propilenoglicol obteve média de 37,43 mg dL-1 para HDL e
19,84 mg dL-1 para LDL.
Gressler et al., (2015) trabalhando
com ovelhas mestiças
no Mato Grosso do Sul obtiveram
valores entre 29,79 a 34,93 mg dL-1 para HDL e 18,5 a 22,29
mg dL-1 para LDL. Borburema et al., (2012) utilizando
borregos Santa Inês
encontraram média de 64,8 mg dL
-1
em seu
experimento. Todos os resultados encontrados na literatura
foram coe-
rentes com o intervalo de referência determinado
neste estudo.
A partir dos dados de triglicerídeos obtivemos um
intervalo de 66 mg dL-1 de amplitude enquanto o intervalo
de Kaneko et al., (2008) possui amplitude de
21 mg dL
-1
,
3,14 vezes menor. Os triglicerídeos são a prin- cipal forma de
armazenamento de energia no organismo
animal. São
sintetizados em quase todos os tecidos, se destacando no
fígado e no tecido adiposo. A biossíntese dos triglicerídeos é
feita a partir da glicose circulante e
do glicerol, logo suas
concentrações se relacionam com as de glicose (Angeli, 2014).
Brito et al., (2006) trabalhando
com ovelhas Lacaune no Rio
Grande do Sul obtiveram médias de triglicerídeos entre 28,7
e 52,2 mg dL-1. et al., (2014) em estudo com borregos
sem padrão racial
definido, confinados no estado do
Tocantins, encontraram dias entre 30,51 e 40,28 mg dL
-1
.
Santos et al., (2015)
trabalhando em Minas Gerais com
cordeiros Santa Inês de até 90 dias de idade encontrou
média de 34,72 mg dL-1. É possível observar que os
resultados encontrados
advêm de animais de raças e idades
distintas, criados em diferentes estados, em condições
ambientais condizentes
com a localidade dos experimentos,
havendo variações entre essas respostas e a maioria sendo
acima do limite preconizado por Kaneko et al (2008), porém,
todos eles
Para VLDL (Lipoproteína de muito baixa densi-
dade) o intervalo de referência foi de 1 a 16,4 mg dL-1.
Nasciutti et al., (2012) trabalhando com ovelhas Santa
Cad. Ciênc. Ag., v. 12, p. 0108, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20404
5
Parâmetros de metabólitos bioquímicos em ovinos criados no Brasil
Inês nos períodos pré e pós parto encontraram médias entre
4,87 e 9,63 mg dL-1 para este metabólito. Santos et al.,
(2015) em experimento com cordeiros Santa Inês avaliados
do nascimento ao desmame obtiveram média de 6,94 mg dL-
1, ambos os experimentos foram conduzi- dos em Uberlândia,
Minas Gerais. A VLDL é responsável
pelo transporte de triglicerídeos na corrente sanguínea,
portanto é esperado que se comportem de maneira se-
melhante (Santos et al., 2015).
Para definir o perfil proteico foram obtidos da- dos
de proteínas totais, ácido úrico, ureia, albumina e creatinina
(Tabela 2).
Tabela 2 Intervalos de referência para metabólitos proteicos de ovinos
Intervalos definidos
neste
estudo
Intervalos definidos por Kaneko
et al.
, (2008)
Metabólito
Unidade
Proteínas totais
Acido úrico
Ureia Albumina
Creatinina
4235
4043
4134
4359
4178
3,1 10,7
0 1,7
10 92
1,1 5,2
0,4 1,7
6 7,9
0 1,9
17 43
2,4 3,0
1,2 1,9
g dL-1
mg dL-1
mg dL-1
g dL-1
mg dL-1
N¹ - número amostral
Para os dados de proteínas totais, a amplitude do
intervalo de referência foi de 7,6 g dL-1, enquanto o de
Kaneko et al (2018) é de 1,9 g dL-1. A concentração de
proteínas totais no sangue reflete o status nutricional proteico
de maneira muito confiável. Em animais não lactantes uma
diminuição dos níveis deste metabólito pode indicar
deficiência proteica na dieta (Rodrigues et al., 2017). Já no
pós-parto Silva et al., (2013) afirmam
que uma diminuição
nos valores de proteínas totais nos
primeiros 30 dias de
lactação, devido à maior produção de leite nesta fase.
Gressler et al., (2015) trabalhando com ovelhas Santa Inês
adultas em Mato Grosso do Sul encontraram médias entre
6,62 a 7,01 g dL-1. Brito et al., (2006) trabalhando com
ovelhas Lacaune gestantes confinadas no Rio Gande do Sul,
obteve média de 6,46 g
dL
-1
. Lima et al., (2016) 7,06 g dL
-1
.
Cardoso et al., (2010)
observaram média de 6,75 g dL-1 em
ovelhas Santa Inês no pós parto.
A amplitude do intervalo para ureia foi de 82 mg
dL-1,
enquanto o preconizado por Kaneko et al., (2008) é
de 29 mg
dL
-1
, 2,8 vezes menor. Cerca de 70% da proteína
ingerida é
transformada em amônia no rumen, para ser utilizada como
fonte de nitrogênio na síntese de ami- noácidos e proteína
microbiana, e, a fração da amônia não utilizada no rúmen é
absorvida e direcionada ao fígado para ser transformada em
ureia, que circula na
corrente sanguínea. Sendo assim, a
concentração de ureia
plasmática tem relação direta com o
aporte proteico e a proporção de proteína degradável no
rumen contida na ração (Neto et al., 2017; Gressler, 2015).
Rabassa et al., (2009) obtiveram média de 30,68
mg
dL-1 para meas Corriedale criadas a pasto no Rio Grande
do Sul. Gressler et al., (2015) trabalhando com ovelhas
mestiças Santa Inês relataram valores de 43,69 a 52,57 mg
dL-1, enquanto Balaro, Cardoso e Peneiras (2012) em estudo
conduzido no Rio de Janeiro com animais de
aproximadamente 90 dias, encontraram o valor médio de
38,75 mg dL-1. Dados encontrados na
literatura de trabalhos
conduzidos com ovelhas gestantes
apresentam, em sua
maioria, níveis de ureia acima do
limite preconizado por
Kaneko et al., (2008). Para ovelhas
da raça Santa Inês Araújo
(2009) observou valores entre 13,33 a 32,85 mg dL-1, Cardoso
et al., (2010) obtiveram nível médio de 40,48 mg dL-1, Lima
et al., (2016) média de 45,75 mg dL-1 e Oliveira et al., (2014)
média de 49,8 mg dL-1. Ao final da gestação espera-se que as
fêmeas diminuam a ingestão de alimentos, que pode levar
ao aumento de proteólise endógena para uso como fonte
energética, causando aumento nas concentrações de ureia
(Feijó et al., 2014). Os níveis de ureia aumentados no fim
da gestação tendem a diminuir com o avanço da fase de
lactação, sendo possível associar essa diminuição ao
balanço
proteico negativo que o animal enfrenta nessa fase
(Varanis,
2018; Silva et al., 2013) Cardoso et al., (2010) e Lima et al.,
(2016) avaliando ovelhas da raça Santa
Para o metabólito ácido úrico, foi observada am-
plitude de 1,7 mg dL-1, 0,2 mg dL-1 menor que o intervalo de
Kaneko et al (2008). O ácido úrico é utilizado pelos
microrganismos ruminais como fator de crescimento mi-
crobiano, sendo transformado em amônia e usado para
sintetizar proteína microbiana (Paula, 2015). Variações na
concentração sanguínea deste metabólito entre animais de
idades diferentes podem ser atribuídas à diferenças na
alimentação, e aumentam de acordo com a qualidade
nutricional do alimento, indicando atividade ruminal
recente (Neto et al., 2017). Na literatura encontram-se
trabalhos como o de et al., (2014), que trabalhando com
borregos sem padrão racial definido no estado do Tocantins
observaram concentração média de 0,26 mg dL-1para este
metabólito enquanto Araújo et al., (2012) relataram, para
carneiros adultos sem padrão racial de- finido, níveis entre
0,11 a 0,16 mg dL-1.
Cad. Ciênc. Ag., v. 12, p. 0108, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20404
6
Silva, D. A. P. et al.
Inês observaram, aos 30 dias pós parto, valores médios de
26,48 mg dL-1 e 41,82 mg dL-1, respectivamente.
O intervalo de creatinina teve amplitude de 1,3 mg
dL-1 enquanto o de Kaneko et al (2008) é de 0,7 mg dL-1. A
creatinina é excretada exclusivamente por via renal,
portanto sua concentração plasmática reflete a
taxa de
filtração glomerular. Altos veis deste metabólito podem
indicar deficiência na função renal (Varanis, 2018;
Satake et
al., 2018). Trabalhando com borregos Santa
Inês, Marques
(2007) obteve média de 1,86 mg dL
-1
para
este metabólito.
Araújo (2009) relatou valores variando entre 0,9 a 1,3 mg
dL-1 para ovelhas Santa Inês vazias e gestantes enquanto
Santos et al., (2014) observaram avaliando ovelhas Morada
Nova, média de 0,87 mg dL-1
aos 15 dias de lactação.
Para os níveis de albumina foi obtida amplitude de
4,1 g dL-1, 6,8 vezes maior que o de Kaneko et al (2008). A
albumina é a proteína mais abundante no plasma e seus
níveis indicam, por meio de alterações lentas, o aporte
proteico da dieta fornecida ao animal. Para que sejam
observadas alterações significativas na
sua concentração, é
necessário um período de observação
de pelo menos 30 dias
(Varanis, 2018; Silva, 2019). Na literatura trabalhos
nacionais como o de Gouveia et al., (2015) que observaram
o valor médio de 3,13 g dL-1 para albumina em animais sem
padrão racial definido com idade média de seis meses. Para
ovinos Santa Inês Araújo (2009) observou valores entre 2,9
e 3,8 g dL-1 para ovelhas prenhes e vazias criadas no estado
de São Paulo, Borburema et al., (2012) obtiveram média de
3,02 g dL-1 para borregos inteiros confinados e Marques
(2007) obteve 2,78 g dL-1 para borregos castrados.
Para definir o perfil metalico enzimático foram
coletados dados de aspartato aminotransferase (AST), gama
glutamil transferase (GGT), e fosfatase alcalina (ALP)
(Tabela 3). As enzimas AST, GGT e ALP são ana- lisadas
para determinar função hepática.
Tabela 4 Intervalos de referência para metabólitos enzimáticos de ovinos.
Intervalos definidos
neste
estudo
Intervalos definidos por
Kaneko
et al.
, (2008)
Metabólito
Unidade
AST
GGT
ALP
3513
3523
3167
41 298
25 146
49 826,9
60 280
20 52
68 387
U L-1
U L-1
U L-1
- número amostral. AST: aspartato aminotransferase; GGT: gama glutamiltransferase; ALP: fosfatase alcalina.
A partir dos dados de AST, a amplitude do in-
tervalo obtido foi de 257 U L-1 enquanto o de Kaneko et al
(2008) teve amplitude de 220 U L-1. A aspartato
aminotransferase (AST) apresenta correlação positiva com
as atividades da glândula mamária, produção de leite,
problemas hepáticos e cardíacos, sendo dosada na
avaliação principalmente de doenças hepáticas. Sua
concentração pode ser elevada nos primeiros dias de vida
devido ao maior consumo de colostro rico em gorduras
(Feijó et al.,; 2014; Santos et al., 2015; Varanis, 2018). Para
ovinos com idade média de seis meses, sem padrão racial
definido, Gouveia et al., (2015) observaram valor
médio de
106,34 U L
-1
. Trabalhando com fêmeas mestiças Corriedale x
Texel, Rabassa et al., (2009) observou média
de 73,2 U L-1.
Para animais da raça Morada Nova aos 15
dias de lactação,
Santos et al., (2014) observaram média
de 101,45 U L-1.
o valor de 51,79 U L-1. Araújo (2009) observou média de
56,39 U L-1 para ovelhas Santa Inês no início do terço
final de
gestação, enquanto Nascimento (2015) relataram
valores
médios de 54,53 e 57,4 U L-1 para ovelhas aos 30 dias de
lactação.
Finalmente, para fosfatase alcalina, a amplitude
obtida no intervalo foi de 777,9 U L-1, enquanto a de Ka-
neko
et al., (2008) é de 319 U L
-1
, 2,4 vezes menor. Assim como as
enzimas anteriores, a fosfatase alcalina também
reflete o
funcionamento hepático, portanto valores altos podem
indicar a ocorrência de hepatopatias. Seus níveis séricos
podem sofrer alterações e se apresentar elevados em situações
que envolvam reabsorção óssea (Araújo et
al., 2012). Santos
et al., (2015) trabalhando com cordeiros
Santa Inês entre 9 e 90
dias de idade observaram média
de 449, 95 U L
-1
. Trabalhando
com ovelhas Morada Nova,
no período de 60 a 7 dias antes do
parto, Santos et al., (2014) observaram média de 109,13 U
L-1. Nasciutti et al. (2012) relatou a concentração média de
66,67 U L-1, 28 dias após o parto em ovelhas Santa Inês.
A amplitude do intervalo de GGT foi de 121 U L -1
enquanto o de Kaneko et al (2008) é de 32 U L-1, 3,7 vezes
menor. O aumento nos níveis de GGT podem indicar, assim
como a AST, desordens hepáticas. Uma mobilização
intensa de reservas lipídicas também pode causar aumento
nos níveis de GGT, fazendo com que sejam um bom
critério de avaliação para desordens no pós-parto, como
esteatose hepática e toxemia (Araújo et al., 2012). Para
cordeiros da raça Santa Inês com idade
média de 100 dias,
Borburema et al., (2012) observaram
De modo geral, os resultados obtidos neste es-
tudo foram mais amplos que os valores preconizados por
Kaneko et al., (2008), com destaque para o meta- bólito
frutosamina que teve um intervalo 83 vezes mais amplo. A
concentração sanguínea dos metabólitos sofre alterações por
influencia de vários fatores intrínsecos
Cad. Ciênc. Ag., v. 12, p. 0108, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20404
7
Parâmetros de metabólitos bioquímicos em ovinos criados no Brasil
ao animal e ao ambiente, principalmente da dieta. A
adaptação do organismo animal a uma determinada
configuração ambiental influencia no funcionamento das vias
metabólicas, podendo ocasionar variações nos níveis
considerados normais, entretanto não necessariamente essas
variações são sinônimos de doenças ou desordens
metabólicas, devendo ser analisadas levando em consi-
deração o ambiente no qual o animal se encontra (Neto et al.,
2017; Varanis, 2018).
dos neste estudo. Levando em consideração apenas tais
valores, isso poderia conduzir o pesquisador a equívocos na
interpretação dos resultados, entretanto, após avalia-
ção
cuidadosa, os animais foram considerados saudáveis
mesmo
diferindo do intervalo referêncial utilizado, evi- denciando
assim a necessidade de uma tabela nacional,
que proporcione
maior acurácia na interpretação de dados
de perfis metabólicos.
Conclusão
Os dados encontrados na literatura nacional
corroboram a hipótese de que os valores definidos por
Kaneko et al (2008) não refletem apropriadamente a
realidade dos ovinos brasileiros, visto que a maior parte
dos
dados apresentados encontrou-se fora dos intervalos
preconizados pelo mesmo e dentro dos intervalos defini-
Foram definidos intervalos de referência de va-
lores de metabólitos energéticos, proteicos, minerais e
enzimáticos para ovinos, sendo estes mais amplos que os
valores internacionais comumente utilizados, abrangendo
melhor resultados obtidos exclusivamente no Brasil.
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