Consumo, comportamento ingestivo e perfil metabólico de ovinos alimentados com ração
extrusada com
diferentes relações volumoso: concentrado
Paulo Arthur Cardoso Ruela
1
; Karla Alves Oliveira
2
; Luciana Melo Sousa
3
*; Simone Pedro da Silva
4
; Luciano
Fernandes Sousa5;
Gilberto de Lima Macedo Júnior6
DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20412
Resumo
Objetivou-se avaliar o efeito da utilização de ração extrusada com diferentes relações volumoso:concentrado (V:C) sob
o
consumo, comportamento ingestivo e parâmetros sanguíneos em ovinos. Foram utilizados cinco machos ½ Dorper e
½ Santa Inês, não castrados, com peso corporal médio de 34,5±4,10 kg e idade média de sete meses. O delineamento
experimental utilizado foi o Quadrado Latino 5x5. Os tratamentos utilizados foram diferentes relações V:C (%) de ração
extrusada, sendo as seguintes 30:70, 40:60, 50:50, 60:40 e 70:30. As variáveis mensuradas foram consumo de matéria seca
(CMS), tempo em ingestão, ruminação, ócio e mastigação e as relações destes com o CMS dos animais. Os metabólitos
energéticos e hepáticos analisados foram frutosamina, colesterol total, triglicerídeos, lipoproteína de baixíssima densidade
(VLDL), fosfatase alcalina, gama-glutamiltransferase e aspartato-aminotransferase. Os metabó- litos proteicos e minerais
analisados foram ureia, ácido úrico, albumina, creatinina, proteínas totais, cálcio, fósforo e magnésio. Não houve efeito da
utilização da ração extrusada nas diferentes relações V:C sobre a concentração dos metabólitos estudados, com exceção do
ácido úrico. Também não se verificou efeito sobre CMS e comportamento ingestivo. Conclui-se que ovinos alimentados com
ração extrusada nas relações V:C estudadas conseguem manter estável o metabolismo energético, proteico e mineral sem
desenvolvimento de problemas no fígado e rins.
Palavras-chave:
Nutrição. Ruminantes. Metabolismo. Ovis aries.
Intake, feeding behavior and metabolic profile of sheep fed extruded ration with different
roughage:
concentrate ratios
Abstract
The objective was to evaluate the effect of feeding extruded ration with different roughage: concentrate (R:C) ratios on
consumption, ingestive behavior and blood parameters on sheep. Five ½ Dorper and ½ Santa Inês males, uncas- trated, with
an average body weight of 34.5 ± 4.10 kg and an average age of seven months were used. The experi- mental design used was
the Latin Square 5x5. The treatments used were different R:C ratios (%) of extruded ration, witch were 30:70, 40:60, 50:50,
60:40 and 70:30. The assessed variables were dry matter intake (DMI), intake time, rumination, idleness, chewing and their
relationship with the DMI of animals. The energetic and hepatic metabolites
1Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-9136-3920
2Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Jaboticabal, SP. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-7792-2615
3Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Jaboticabal, SP. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-1016-8248
4Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-6391-1122
5Universidade Federal do Tocantins. Araguaína, TO. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-6072-9237
6Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-5781-7917
*Autor para correspondência: lumelosousa@gmail.com
CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
2
Ruela, P. A. C. et al.
analyzed were fructosamine, total cholesterol, triglycerides, very low density lipoprotein (VLDL), alkaline phosphata- se,
gamma-glutamyltransferase and aspartate-aminotransferase. The protein and mineral metabolites analyzed were urea, uric
acid, albumin, creatinine, total proteins, calcium, phosphorus and magnesium. There was no effect on feeding extruded ration
with different R:C ratios on the concentration of metabolites, except for uric acid. There was also no effect on DMI and
ingestive behavior. It is concluded that sheep fed with extruded ration in the studied R:C ratios are able to keep energy, protein
and mineral metabolism stable without developing liver and kidney problems.
Key-words:
Nutrition. Metabolism. Ovis aries. Ruminants.
Introdução
A busca por eficiência nos sistemas de produ- ção
de ovinos tem culminado no aperfeiçoamento de várias
práticas de manejo, como raças mais produtivas e melhorias
nos aspectos nutricionais visando a aumen- tar a
produtividade. No entanto, os índices produtivos desses
rebanhos ainda são considerados baixos, o que está
associado, principalmente, ao manejo nutricional
inadequado (Santos et al., 2011). Nesse sentido, a utili-
zação de processamentos aplicados ao alimento com o
objetivo de melhorar o aproveitamento dos nutrientes é de
grande importância. Diversos tratamentos podem ser
aplicados no volumoso ou concentrados, no sentido de
melhorar a digestibilidade dos nutrientes, como por
exemplo,
a extrusão, que consiste em aplicar alta tempe-
ratura (130 a
150°C), pressão (30 a 60 atm) e umidade no alimento, o que
promove expansão dos ingredientes da ração (Vieira et al.,
2005), gelatinização do amido, desnaturação da proteína
(Salman, 2008) e redução de fatores antinutricionais.
podem ser utilizados na dieta de ovinos para melhorar os
parâmetros nutricionais sem promover disfunções
metabólicas.
Com o desenvolvimento de tecnologia no manejo
alimentar e surgimento de novos alimentos processados,
a
avaliação do consumo, comportamento ingestivo, bem como
do perfil metabólico são necessários para enten- dimento
das vantagens e desvantagens do uso dos ali- mentos
extrusados. Portanto, é importante determinar quais níveis
de inclusão desses alimentos irão otimizar os parâmetros
nutricionais. Objetivou-se avaliar o efeito da utilização de
ração extrusada com diferentes relações
volumoso:concentrado (V:C) sobre o consumo, compor-
tamento ingestivo e parâmetros sanguíneos em ovinos.
Material e métodos
O experimento foi realizado na Fazenda Experi-
mental Capim Branco da Universidade Federal de Uber-
lândia, no município de Uberlândia MG, com latitude
18º52’41” S e longitude 48º20’38” W. O experimento foi
aprovado pelo Comitê de Ética na utilização de animais
(CEUA) sob protocolo 140/16, e foi realizado nos meses
de
julho a setembro de 2015, com duração de 75 dias, sendo
dividido em cinco períodos de 15 dias, dos quais dez dias
foram utilizados para adaptação dos animais
aos tratamentos
e cinco dias para coleta de dados. Foram utilizados cinco
ovinos machos ½ Dorper e ½ Santa Inês,
não castrados, com
peso corporal médio de 34,5±4,10 kg e idade média de
sete meses, que foram alojados em gaiolas metabólicas,
com dispositivos para coleta de fezes e urina, durante todo o
período experimental. O fornecimento da ração foi feito
duas vezes ao dia (08:00
e 15:30). As sobras foram coletadas
diariamente e foram
feitos ajustes diários no fornecimento da
dieta de forma a permitir 10% de sobras.
Um dos principais fatores que influencia o con-
sumo em ruminantes é a relação volumoso:concentrado da
dieta. O fornecimento de dieta muito fibrosa pode
diminuir a
digestibilidade, reduzindo assim o consumo e
ganho de peso,
em função do alto conteúdo de celulose
e baixo valor
nutritivo, o que não atende as necessidades
de nutrientes para
mantença dos animais (Beigh et al., 2017). O uso de dietas
ricas em concentrados pode ter efeitos negativos sobre a
fermentação ruminal e ocasio- nar distúrbios metabólicos
nos animais (Oetzel, 2017). No entanto, pouco se conhece
sobre o uso de diferentes relações volumoso:concentrado na
dieta quando esses alimentos são extrusados, devido a
possibilidade desse processamento alterar a digestibilidade
e consumo dos nutrientes, bem como o comportamento
ingestivo e pa- râmetros metabólicos.
Oliveira et al. (2018) avaliaram duas dietas, uma
com
100% de silagem de milho e outra com 100% de
volumoso
extrusado (Foragge
®
) e verificaram que ovinos
alimentados
com volumoso extrusado em substituição à
silagem de milho
apresentaram melhorias nos parâmetros
nutricionais, como
aumento no consumo e digestibilida- de da matéria seca,
redução no tempo em mastigação e ruminação sem
ocasionar disfunções no metabolismo energético e proteico.
No entanto, não se conhece quais níveis de inclusão de
volumoso e concentrado extrusado
A ração era composta por dois tipos de pellets,
sendo um de concentrado (Beef Total
®
, Nutratta, Brasil) e outro
de volumoso (Nutratta Foragge
®
, Nutratta, Brasil).
O produto
veio misturada pelo fabricante em único pro-
duto, contendo
os dois pellets, sendo formulado de forma
a atender as
relações V:C testadas no presente estudo. Contudo, no
momento do fornecimento aos animais, foi
realizada nova
homogeneização para evitar discrepâncias
no arraçoamento.
Os animais tinham acesso ad libitum
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0108, https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20412
3
Consumo, comportamento ingestivo e perfil metabólico de ovinos alimentados com ração extrusada com diferentes relações volumoso: concentrado
à água e recebiam sal mineral, cujos recipientes ficaram
anexos lateralmente às gaiolas metabólicas.
proporções de volumoso e concentrado (V:C), sendo as
seguintes: 30:70; 40:60; 50:50; 60:40 e 70:30, expressas na
matéria seca. A composição químico-bromatológica da
ração
extrusada fornecida aos animais está apresentada na Tabela
1.
Os tratamentos utilizados no experimento foram a ração
total extrusada descrita anteriormente em diferentes
Tabela 1 Composição química-bromatológica das dietas com diferentes relações volumoso: concentrado.
Nutrientes (%MS)
Relação Volumoso:Concentrado (V:C)
30 V: 70 C
93,72
16,07
18,73
12,31
5,98
57,76
77,73
2,05
40 V: 60 C
92,14
15,17
20,68
13,56
6,06
56,63
76,29
2,04
50 V: 50 C
94,55
14,29
22,61
14,76
6,14
55,50
75,47
2,04
60 V: 40 C
94,65
13,38
24,53
16,02
6,21
54,37
74,65
2,03
70 V: 30 C
95,38
12,50
26,46
17,27
6,29
53,26
73,81
2,02
MS
PB
FDN
FDA
MM
CNF
ND
T
EE
MS - matéria seca; FDN - fibra insolúvel em detergente neutro; FDA fibra insolúvel em detergente ácido; MM matéria mineral; CNF - carboidratos não
fibrosos; NDT - nutrientes digestíveis totais; EE extrato etéreo.
Para determinação do consumo de matéria seca
(CMS), foi realizada a pesagem individual do alimento
fornecido e das sobras, sendo o consumo obtido por
diferença. Nas amostras dos ingredientes da ração e das
sobras foram determinados os teores de matéria seca por
secagem em estufa a 105°C por 24h (Association of Oficial
Analytical Chemists - AOAC, 1995). O CMS foi
expresso
em kg.dia
-1
, em relação ao peso corporal (%PC)
e peso
metabólico (PC0.75).
foram processadas em analisador semiautomático (es-
pectrofotômetro) Bioplus® 2000.
Os metabólitos energéticos analisados foram
frutosamina, colesterol total, triglicerídeos, lipoproteína de
baixíssima densidade (VLDL) e os metabólitos hepá- ticos
foram fosfatase alcalina (FA), gama-glutamiltrans- ferase
(GGT) e aspartato-aminotransferase (AST). Os metabólitos
proteicos avaliados foram proteínas totais, ureia, ácido
úrico, creatinina e albumina, enquanto os metabólitos
minerais avaliados foram magnésio, cálcio e fósforo. Para
determinação dos metabólitos utilizou-se Kits comerciais da
LabTest® (específico para cada meta- bólito) com aparelho
automático PKL (MHLab®)
A avaliação do comportamento ingestivo dos
animais foi feita no último dia de cada período experi-
mental. Os animais foram observados a cada cinco mi-
nutos durante 24 horas, por avaliadores treinados para não
causar nenhum tipo de perturbação aos animais, e foi
identificado se os animais se encontravam em inges- tão,
ruminação ou ócio, em que ócio se caracteriza por ausência
de movimentos mandibulares, de acordo com Johnson e
Combs (1991). O tempo em mastigação foi calculado pela
soma da ingestão e da ruminação como citado por Bürger et
al. (2000) e Bal e Büyükünal Bal (2010). No período
noturno, as luzes ficaram sempre acessas, durante todo o
período experimental, para não
causar qualquer tipo de
alteração nas avaliações do com-
portamento ingestivo dos
animais.
O delineamento experimental adotado foi o Qua-
drado Latino 5x5, sendo cinco os tratamentos (relação
volumo:concentrado) e períodos. Cada tratamento com
cinco
repetições. Os dados foram submetidos aos testes de
normalidade (Shapiro e Wilk, 1965) e homocedasticidade
(Cochran, 1941). As variáveis normais e com variâncias
homogêneas foram submetidas a análise de regressão
observando-se a significância dos efeitos linear, quadrático
e
não significância da falta de ajuste do modelo, sendo a
significância utilizada para tomada de decisão 5% de
probabilidade de erro tipo I. Utilizou-se o pacote estatís- tico
Statistical Analysis System - SAS (2012). Os efeitos de
animais e períodos foram considerados nos modelos de
regressão, mas somente os valores do fator regressor foram
usados na obtenção dos coeficientes. Apesar da
estimativa
do erro experimental (variância experimental)
ser obtida com
base em todos os elementos do modelo o efeito linear e
quadrático se referem aos coeficientes
Para determinação dos metabólitos sanguíneos,
foram realizadas coletas de sangue no primeiro e último dia
de cada período experimental (para análise estatís- tica foi
considerada a média desses dois dias), antes da primeira
alimentação, através de venopunção jugular com auxílio de
Vacuntainer® acoplado a tubo sem anti- coagulante. Logo
após a colheita do sangue, as amostras
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0108, https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20412
4
Ruela, P. A. C. et al.
únicos relacionados. A variável explicativa foi o percen- tual
de volumoso.
e peso metabólico (PC0,75) em ovinos alimentados com
volumoso extrusado em comparação à silagem de milho.
Resultados e discussão
As diferentes relações V:C não comprometeram o
tempo gasto em ingestão, ruminação e mastigação (P>0,05;
Tabela 2), provavelmente em decorrência da
ausência de
efeito dos tratamentos sobre o CMS e possível
seleção de
alimentos realizada por ovinos, uma maneira de
compensarem a reduzida capacidade fermentativa. Quando
permitido, esses animais escolhem partes da forrageira que
são mais nutritivas, como caules, folhas e brotos de boa
qualidade, realizando maior seleção por apresentarem
focinho estreito e alta mobilidade de língua e lábios
(Tedeschi et al., 2019). Nesse sentido, os
ovinos podem ter
selecionado a favor do concentrado ou
do volumoso,
disponibilizados em dois tipos de pellets, não permitindo
identificar diferenças da relação volu-
moso:concentrado
sobre as variáveis do comportamento
ingestivo.
Não houve efeito da utilização da ração extrusada
nas
diferentes relações V:C sobre o consumo de matéria
seca
(CMS) e em relação ao peso corporal (%PC; P>0,05;
Tabela
2). Os animais do presente estudo apresentaram CMS médio
de 1,63 kg.dia-1. O CMS médio expresso em relação ao peso
corporal ficou acima do proposto pelo
National Research
Council - NRC (2007) para ovinos nesta categoria (3,4% do
PC). O maior CMS obtido nos animais
do presente estudo
ocorreu em consequência da maior facilidade de apreensão
e ingestão da ração extrusada.
O processo de extrusão
promove redução no tamanho da partícula (TP) do alimento,
ocasionando aumento na taxa de passagem e no consumo (Seo
et al., 2009; Moharrery,
2010). Oliveira et al. (2018)
verificaram, maior CMS
expresso em kg.dia
-1
, em relação ao
peso corporal (%PC)
Tabela 2 Efeito da utilização de ração extrusada em diferentes relações V:C sobre o consumo de matéria seca e com-
portamento ingestivo de ovinos.
Tratamentos
Valor P
(L)
Valor P
(Q)
MG
C
V
30V:70C
40V:60C
50V:50C
60V:40C
70V:30C
CMS (kg.dia-1)
CMSPC (%)
CMSPM(g.kg-0,75)
1,50
3,36
44,53
1,59
3,44
44,37
1,66
3,70
44,99
1,66
3,86
45,45
1,73
3,86
44,56
1,63
3,64
44,78
17,26
17,83
3,41
0,369
0,389
0,378
0,387
0,421
0,472
Ing. (min.dia-1)
Ócio (min.dia-1)
Rum. (min.dia-1)
Mast. (min.dia-1)
CMS/Ing.(g.min-1)
CMS/Rum(g.min-1)
CMS/Mast(g.min-1)
240,0
919,0
281,0
521,0
7,30
5,99
3,20
173,0
958,0
309,0
482,0
10,41
5,47
3,44
240,0
866,0
334,0
574,0
7,37
5,47
3,10
230,0
965,0
245,0
475,0
7,03
6,92
3,34
257,0
858,0
325,0
582,0
6,71
5,13
2,82
228,0
913,2
298,80
526,8
7,76
5,80
3,18
25,03
8,62
26,34
14,94
32,21
36,07
18,24
0,589
0,679
0,237
0,448
0,748
0,759
0,874
0,258
0,367
0,521
0,896
0,889
0,796
0,712
CMS Consumo de matéria seca; CMSPC CMS em relação ao peso corporal; CMSPM CMS em relação ao peso metabólico; Ing ingestão; Rum
ruminação; Mast mastigação; CMS/ing - relação entre CMS e Ing; CMS/Rum relação entre CMS e Rum; CMS/Mast relação entre CMS e Mast;
MG média geral; CV coeficiente de variação;
ração extrusada acontece pela redução do tamanho de
partícula do alimento, que resulta em menor efetividade da
fibra. O comprimento do volumoso extrusado era de
aproximadamente 2mm. Gomes et al. (2012) relataram
redução no tempo em ruminação em consequência do
menor tamanho de partícula do volumoso. Correlação
positiva significativa foi verificada entre porcentagem de
FDN
fisicamente efetivo da dieta e tempo em ruminação
nos
trabalhos conduzidos por Byskov et al. (2015) e White
et al.
(2017). Em estudo conduzido por Oliveira et al. (2018),
ovinos recebendo volumoso extrusado apresen- taram menor
tempo de ruminação e mastigação total e,
O tempo gasto em alimentação e ruminação por
ovinos recebendo rações não extrusada são maiores devido à
forma física do alimento, visto que os animais gastam mais
tempo no processo de apreensão, como também
manipulando o alimento na boca para realizar a deglutição.
De fato, no presente estudo, os animais
recebendo a relação
V:C (60:40) apresentaram tempo em
ingestão e ruminação de
230 e 245 min.dia-1, respecti- vamente. Figueiredo et al.
(2013) verificaram os tempos
em ingestão e ruminação por
ovinos recebendo ração não extrusada na mesma proporção
V:C de 60:40 e relataram
260 e 515 min.dia-1,
respectivamente. O menor tempo em ingestão e ruminação
nos animais alimentados com
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0108, https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20412
5
Consumo, comportamento ingestivo e perfil metabólico de ovinos alimentados com ração extrusada com diferentes relações volumoso: concentrado
consequentemente, maior tempo em ócio quando com-
parados aos animais alimentados com silagem de milho.
manter estável o metabolismo energético, favorecendo o
desempenho.
Não houve alteração no metabolismo energético
e
hepáticos dos ovinos alimentados com ração extru- sada
nas diferentes relações V:C (P>0,05; Tabela 3). As
concentrações séricas de colesterol, triglicerídeos,
VLDL e
frutosamina ficaram dentro da faixa de referência
preconizados por Silva et al. (2020). Em relação a estes
resultados obtidos, infere-se que os animais conseguiram
Não houve efeito da utilização de ração extrusa-
da
em diferentes relações V:C na alimentação de ovinos
(P>0,05; Tabela 3) sobre as enzimas hepáticas fosfatase
alcalina (FA), gama-glutamiltransferase (GGT) e aspar- tato-
aminotransferase (AST) e as mensurações destas enzimas
encontram-se dentro dos valores de referência (Silva et al.,
2020).
Tabela 3 Efeito da utilização de ração extrusada nas diferentes relações V:C sobre a concentração sanguínea dos
metabólitos energéticos e hepáticos em ovinos.
Tratamentos
Valor
P (L)
Valor P
(Q)
MG
C
V
VR¹
30V:70C
40V:60C
50V:50C
60V:40C
70V:30C
Frutos.
(mg.dL-1)
Colest.
(mg.dL-1)
Trigl. (mg.
dL-1)
VLDL
(mg. dL-1)
FA
(U/L)
GGT
(U/L)
AST
(µg.dL-1)
241,90
244,50
245,10
247,90
250,40
245,96
3,27
119 a 451
0,985
0,856
43,40
39,90
42,50
41,20
38,40
41,08
32,99
14 a 126
0,589
0,632
21,70
19,10
18,30
19,20
21,90
20,04
24,92
5 a 71
0,698
0,489
4,34
3,82
3,66
3,84
4,38
4,00
24,92
1 a 16,4
0,369
0,256
104,10
107,50
104,40
100,30
117,10
106,68
22,78
68 a 387
0,225
0,421
60,70
74,00
73,80
78,50
71,70
71,74
32,46
25 a 146
0,478
0,758
118,60
125,10
127,10
107,20
81,40
111,8
35,59
41 a 298
0,891
0,888
*Ração extrusada em diferentes relações volumoso:concentrado. Frutos frutosamina; Colest. colesterol; Trigl. triglicerídeos; VLDL lipopro- teínas de
baixíssima densidade; FA fosfatase alcalina; GGT gama-glutamiltransferase; AST aspartato-aminotransferase; MG média geral; CV coeficiente de
variação; 1VR = Valores de referência segundo Silva et al. (2020);
A medida da enzima aspartato-aminotransferase
(AST) é utilizada para indicar algum tipo de lesão he- pato-
celular secundária oriunda de mobilização lipídica excessiva
(Santos et al., 2015), quando encontrada em altas
quantidades. A fosfatase alcalina (FA) é uma enzi- ma com
alta atividade em lulas do fígado, ossos, rins e mucosa
intestinal e, assim como a enzima AST, alta atividade é
indicativa de danos no fígado. No presente trabalho, as
enzimas AST e FA ficaram dentro da faixa proposta por
Silva et al. (2020) para a espécie ovina, o
que nos leva a
concluir que a utilização de ração extrusada
nas diferentes
relações V:C não ocasionou problemas no fígado dos
animais.
lização de níveis mais altos de concentrado, como nas
dietas com inclusão de 70 e 60%, não foram verificadas
alterações no perfil das enzimas hepáticas, o que pode ser
um indicativo da não ocorrência de acidose ruminal
subaguda (SARA; Kleen et al., 2003). Essa síndrome
compromete o equilíbrio ácido-básico e o funcionamento
dos
órgãos, como fígado (Dokovic e Jasovic, 2010).
As concentrações dos metabólitos minerais não
foram alteradas com a utilização da ração extrusada nas
diferentes relações V:C (Tabela 4). A faixa de variação do
magnésio proposta por Varanis (2018) é 1,07 a 4,66 mg.dL-1,
e a média encontrada neste experimento foi de 3,11 mg.dL-1,
ficando dentro do valor preconizado. Não existe controle
homeostático para este mineral, sendo a concentração
sanguínea resposta direta da quantidade ingerida via dieta.
O magnésio é mais disponível em concentrados e forragens
secas (González e Scheffer, 2003).
A enzima gama-glutamiltransferase (GGT) é
amplamente encontrada em ovinos, caprinos, bovinos e
equinos e a alta quantidade dessa enzima no sangue pode
indicar desenvolvimento de colestase ou lesão he- pática
generalizada (Kaneko et al., 2008). No presente
experimento, a GGT encontra-se dentro dos valores de
referência, como as enzimas AST e FA. Apesar da uti-
A concentração de cálcio média foi 7,86 mg.dL
-1
,
ficando dentro da faixa de referência (4,6 a 14,22 mg.dL
-1
;
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0108, https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20412
6
Ruela, P. A. C. et al.
Varanis, 2018). Cerca de 45% do cálcio presente no san-
gue
está associado a moléculas orgânicas, principalmente
à
albumina, de forma que os níveis sanguíneos delcio
estão
diretamente relacionados aos de albumina (Tabela
4). Dietas
com maior teor de concentrado apresentam maior
porcentagem de proteína bruta, o que poderia ter causado
aumento nos níveis de cálcio, mas isso não ocorreu.
sim ficou dentro dos valores de referência proposto por
Varanis (2018). Dietas com altas inclusões de cereais
possuem alto teor de fósforo, ao contrário de dietas com
predominância de pastagens (González e Scheffer, 2003).
Mesmo com o aumento na inclusão de concentrado, os
animais foram capazes de se adaptar e compensar as
mudanças nas relações entre Ca:P. As concentrações dos
metabólitos minerais obtidos no presente estudo não
sofreram alterações em função das diferentes relações V:C.
O fósforo é variável devido à reciclagem pela
saliva e absorção no rúmen e intestino, mas mesmo as-
Tabela 4 Efeito da utilização de ração extrusada em diferentes relações V:C sobre a concentração sanguínea dos
metabólitos proteicos e minerais em ovinos mestiços.
Tratamentos
Valor P
(L)
Valor P
(Q)
MG
C
V
VR
1
30V:70C
40V:60C
50V:50C
60V:40C
70V:30C
Ureia
(mg.dL-1)
Creat.
(mg.dL-1)
Album.
(g.dL-1)
Prot. T.
(g.dL-1)
AU (mg.
dL-1)
Ca (mg.
dL-1)
P (mg.
dL-1)
Mg (mg.
dL-1)
30,47
28,31
23,42
30,59
28,38
28,23
34,67
10 a 92
0,325
0,625
1,17
1,02
1,12
1,20
1,12
1,12
21,26
0,4 a 1,7
0,745
0,560
2,23
2,12
2,22
2,17
2,20
2,19
9,50
1,1 a 5,2
0,897
0,326
5,68
5,51
5,30
5,65
5,77
5,58
4,50
3,1 a 10,7
0,921
0,951
0,47
0,51
0,42
0,54
0,79
0,54
32,97
0 a 1,7
0,258
0,045
8,03
8,22
7,54
7,88
7,63
7,86
15,94
4,6 a 14,22*
0,879
0,702
6,24
6,05
5,21
5,58
6,35
5,88
18,54
4,21 a 16,6*
0,888
0,792
3,42
3,20
3,11
2,79
3,06
3,11
16,77
1,07 a 4,66*
0,978
0,885
Creat creatinina; Album albumina; Prot. T. proteínas totais; AU ácido úrico; Ca cálcio; P fósforo; Mg magnésio; MG - média geral; CV
- coeficiente de variação; 1VR = Valores de referência segundo Silva et al. (2020); *Valores de referência segundo Varanis (2018);
Não houve efeito da utilização da ração extrusa-
da
nas diferentes relações V:C sobre a concentração dos
metabólitos proteicos (P>0,05; Tabela 4). A concentração
média de proteínas totais encontrada no presente estudo
foi
5,58 g.dL-1, estando dentro dos valores de referência
propostos por Silva et al. (2020).
No presente trabalho, a concentração de albumi-
na
sérica ficou dentro dos valores de referência (Silva et al.,
2020), não apresentando problemas no fígado e rins dos
animais quando alimentados com a ração extrusada em
diferentes relações V:C. A albumina é uma proteína
sérica
que regula a pressão osmótica coloidal do sangue e funciona
como importante transportador de substâncias,
como ácidos
graxos livres, ácidos biliares, bilirrubina, cátions, alguns
fármacos e minerais como ferro, cobre,
cobalto, manganês e
zinco (Dukes, 2006). Concentrações
muito baixas de
albumina podem indicar danos severos ao fígado ou aos rins.
A concentração média de ureia e creatinina san-
guínea ficaram dentro dos valores propostos por Silva et al.
(2020). A quantidade de creatinina produzida no
organismo
animal é relativamente constante, sendo pouco
comprometida
pela alimentação (Kaneko et al., 2008). Além disso, alta
concentração de creatinina sanguínea pode significar algum
dano ou alteração no funciona- mento dos rins, não ocorrido
neste trabalho, indicando que a ração extrusada nas
diferentes relações V:C não ocasionou alterações nos rins
dos animais.
Observa-se que, apesar de não apresentar efeito
significativo, as concentrações de ureia tiveram resposta
numérica contrária à do ácido úrico. Quanto maior a
concentração de ácido úrico, maior é a síntese de pro- teína
microbiana e, consequentemente, ocorre melhor
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0108, https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20412
7
Consumo, comportamento ingestivo e perfil metabólico de ovinos alimentados com ração extrusada com diferentes relações volumoso: concentrado
utilização da amônia no ambiente ruminal, reduzindo o
escape da mesma e promovendo queda nas concentra- ções
plasmáticas e renal deste metabólito. Esta melhor utilização
ocorreu quando os animais foram alimenta- dos com
maiores níveis de volumoso, indicando melhor sincronismo
na degradação de carboidratos e proteínas. Os derivados de
purina são comumente utilizados para estimar a produção de
proteína microbiana (Saeed et
al., 2018). Alguns trabalhos
confirmaram a relação entre
produção de proteína microbiana
e excreção urinária de derivados de purinas (Aguiar et al.,
2015; Rennó et al., 2008).
Conclusão
A utilização de ração extrusada na alimentação de
ovinos em diferentes relações V:C não compromete o
consumo, comportamento ingestivo e perfil metabó- lico
dos animais. Ovinos alimentados com estas dietas
conseguem manter estáveis o metabolismo energético,
proteico e mineral, sem desenvolvimento de problemas no
fígado e rins.
Aprovação do Comitê de Ética
O projeto foi aprovado pela Comissão de Ética na
Utilização de Animais (CEUA) da UFU sob o me- ro
140/16.
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