A espécie E. humilis destacou-se com 42 espécimes
coletados, representando 7,37% do total da coleoptero- fauna
no povoamento de P. taeda. Corroborando com o resultado
obtido nesse trabalho, Bernardi et al. (2010) identificou E.
humilis como espécie mais abundante, re-
presentando 21,5%
dos coleópteros coletados em plantio
de Eucalyptus spp., na
região sul do Rio Grande do Sul. É importante destacar
ainda que, E. humilis apresentou
distribuição em todas as
alturas avaliadas nesse trabalho,
com destaque para 3,0, 4,5,
5,0 e 6,0 m, conforme é apresentado na Figura 3. Assim,
embora com um baixo
coeficiente de determinação
(R²=0,4381), a abundância desta espécie tende a ser um pouco
maior com a elevação
da altura.
Assim, conforme se observa na Figura 3, apenas
E. humilis apresentou uma relação entre a altura de voo e a
abundância (R²=0,4381), assim pelo coeficiente de
determinação identificado, existe uma baixa relação entre a
altura de instalação das armadilhas e a abundância, nos
quais a
captura de E. humilis tende a ser maior quanto maior a
altura de instalação da armadilha.
Para as demais espécies mais abundantes não foi
encontrada uma relação entre altura de voo e abundân- cia.
Tal fato pode estar relacionado ao fato de insetos,
especificamente os da Ordem Coleoptera, terem elevada
abundância de espécies, com preferências diferentes, não sendo
possível identificar nesse estudo um padrão de voo
comum
entre elas.
Neoclytus pusillus teve 12 indivíduos coletados e
não se verificou preferência por nenhuma das alturas
estudadas (R²=0,0128), conforme pode ser observado na
Figura 3. Temnoscheila sp.2 foi encontrada em todas as
alturas analisadas, destacando a altura de 4,5 m, com 10
espécimes (Figura 4). Porém, não foi possível deter- minar
um comportamento em relação a altura de voo, ou seja, não
foi identificado um padrão que relacione a altura de voo
com a respectiva abundância da espécie (R²=0,0410).
As famílias Cerambycidae, Curculionidae, Tro-
gossitidae e Scarabaeidae foram as mais abundantes e não
possuem preferência por uma única altura de voo, sendo
encontradas em todas as alturas da armadilha de
interceptação. A abundância total de coleópteros não varia
entre as alturas de 0,5 m a 6,0 em povoamento de Pinus
taeda na região central do Estado do Rio Grande do Sul.
Com relação ao gênero Tenebroides, foram en-
contrados 45 espécimes, distribuídos em três espécies. A
espécie Tenebroides sp. 1 apresentou abundância de 22
indivíduos, com destaque para a altura de 5,0 m, com dez
espécimes coletados (Figura 3). Porém, não foi possível
determinar um comportamento em relação à altura de
voo,
ou seja, não foi identificado um padrão que relacione
a altura
de voo com a respectiva abundância da espécie (R²=0,1282).
Os autores agradecem ao Dr. Pedro Giovâni da
Silva, pesquisador do Laboratório de Ecologia de Insetos,
Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de
Minas Gerais, pela identificação das espécies de co-
leópteros.
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