Suplementação nutricional para ovelhas em final de gestação: parâmetros nutricionais e
metabólicos
Marco Túlio Santos Siqueira
1
*; Thauane Ariel valadares de Jesus
2
; Adriana Lima Silva
3
; Maria Júlia Pereira de
Araújo
4
; Luciano
Fernandes Sousa
5
; Gilberto de Lima Macedo Júnior
6
DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.24109
Resumo
Objetivou-se avaliar o efeito da suplementação com dois níveis de concentrado na dieta de ovelhas no terço final da gestação
sobre como afetam o consumo de matéria seca e metabólitos sanguíneos. Os experimentos foram realizados em 41 ovelhas com
peso médio de 64,2 kg. Os animais foram alojados em baias onde os tratamentos consistiam em dois níveis de concentrado
como suplemento, distribuídos inteiramente ao acaso com medidas repetidas ao tempo (de acordo com a previsão de parto dos
animais). A dieta foi composta por silagem de milho e concentrado na forma de suplemento, ofertada às 08:00 e 16:00 horas,
sendo fornecidas ao animal de forma a obter 10% de sobras do total ofertado de ração. As médias dos tratamentos foram
avaliadas pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%. Para as avaliações do período utilizou-se estudo de regressão ao
nível de significância de 5%. Dentre as variáveis analisadas, o consumo de matéria seca aumentou ao longo de todo o período
experimental. Com relação aos meta- litos energéticos houve diferença apenas para o período analisado com aumento do
LDL. Em relação às enzimas de atividade hepática, somente a aspartato amino transferase sofreu influência do período de
avaliação. Sobre os metabólitos proteicos, ureia, creatinina e albumina sofreram efeito de redução ao longo do período
experimental. A suplementação de ovelhas gestantes no terço final da gestação foi eficiente em melhorar o consumo no terço
final da prenhez, sem causar danos metabólicos aos animais.
Palavras-chave:
Condição corporal. Ganho de peso. Nutrição. Ovinos. Ruminante.
Nutritional supplementation for ewes in late pregnancy: nutritional and metabolic
parameters
Abstract
The objective was to evaluate the effect of supplementation with two levels of concentrate in the diet of sheep in the
final third
of gestation on how they affect the consumption of dry matter and blood metabolites. The experiments were
carried out on 41
sheep with an average weight of 64.2 kg. The animals were housed in pens where the treatments consisted of two levels of
concentrate as a supplement, distributed entirely at random with repeated measures over time (according to the prediction of
birth of the animals). The diet consisted of corn silage and concentrated in the
1Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-2098-8568
2Universidade Federal de Uberlândia. Uberlandia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-3127-7697
3Universidade Federal de Uberlândia. Uberlandia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-9153-3317
4Universidade Federal de Uberlândia. Uberlandia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-7730-5828 5Universidade
Federal de Tocantins. Araguaína, TO. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-6072-9237
6Universidade Federal de Uberlândia. Uberlandia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-5781-7917
*Autor para correspondência: marcotulio.s.siqueira@gmail.com
CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
2
Siqueira, M. T. S. et al.
form of a supplement, offered at 08:00AM and 04:00PM hours, being provided to the animal in order to obtain 10% of
leftovers of the total offered of feed. The treatment means were evaluated by the Tukey test at a 5% significance level. For the
evaluations of the period, a regression study was used at a significance level of 5%. Among the variables
analyzed, dry matter
consumption increased throughout the experimental period. Regarding energy metabolites, there
was a difference only for the
period analyzed with an increase in LDL. Regarding liver enzymes, only aspartate amino transferase was influenced by the
evaluation period. Regarding protein metabolites, urea, creatinine and albumin underwent a reduction effect throughout the
experimental period. Supplementation of pregnant ewes in the final third of gestation was efficient in improving consumption
in the final third of pregnancy, without causing metabolic damage to the animals.
Keywords:
Body condition. Nutrition. Ruminant. Sheep. Weight gain.
Introdão
Alguns pontos positivos em fornecer suplementa- ção
com concentrado para ovelhas gestantes são frequen- temente
demonstrados, como aumento do peso ao nascer de cordeiros e
aumento na produção de leite, o que afeta
positivamente o
peso à desmama e consequentemente o peso ao abate, além
de redução da duração do anestro pós-parto, tendo impacto
direto no período de serviço e no intervalo de partos
(Ortunho e Marçal, 2014).
e vermifugadas com Zolvix® (Novartis Saúde Animal,
Basileia-Cidade, Basileia, França) na dose de 2,5 mg de
Monepantel por kg de peso vivo.
Realizou-se ultrassonografia para diagnóstico de
gestação, um mês após realização da cobertura, que ocor- reu
mediante sincronização de cio por meio de aplicação de 0,5
mL de hormônio luteolítico à base de Cloprostenol
(Sincrocio® - Ouro Fino Saúde Animal, Cravinhos, São
Paulo, Brasil) intramuscular, e exposição aos machos após
48 horas, permanecendo com os reprodutores por cinco dias.
Após confirmação da prenhez, todas as ma- trizes gestantes
foram mantidas em piquetes (800 m2), com dois animais por
piquete, cultivados com pasto de capim Urochloa brizantha
cultivar Marandu, adubados com 10 kg de ureia cada,
recebendo suplemento protei- co e energético na forma de
proteinado, ajustado para consumo de 0,1% do peso vivo e
com disponibilidade de água e sombra artificial até início
do experimento. Os animais foram mantidos nos piquetes
de março a julho de 2016 (lotação contínua), durante boa
parte do período de estiagem da região, caracterizados por
dias mais curtos, 285,3 mm de precipitação total durante os
cinco meses e umidade relativa do ar média de 71,08%
segundo dados do CLiMA (Laboratório de climatologia e
Meteorologia Ambiental), diminuindo assim a massa de
forragem disponível e a qualidade da forrageira ofertada,
causando restrição alimentar nos animais.
Além dos maiores requerimentos nutricionais
(maior demanda de energia e proteina na dieta) deve-se
considerar dois aspectos que tendem a agravar a situação
das
ovelhas ao final da prenhez: primeiro, o aproveita- mento da
energia dos alimentos é muito reduzido (cerca de 5 a 22%,
comparando com valores de 40 a 60% para uma ovelha não
gestante) decorrente do fato dos teci- dos serem altamente
especializados (Ortunho e Marçal, 2014) e, segundo, há
perda do apetite das ovelhas pela redução do volume do
trato gastrointestinal, devido ao maior espaço ocupado pelo
feto e anexos gestacionais.
Diante disso, por meio da avaliação do perfil
metabólico é possível saber se a nutrição está adequa- da e
atende às exigências dos animais, uma vez que em
algumas situações de desbalanço nutricional podem ocorrer
alterações nas concentrações de alguns meta- litos
sanguíneos, como ureia, proteínas totais e enzimas hepáticas
(Kaneko et al., 2008).
Portanto, objetivou-se avaliar o consumo de ma- téria
seca e metabólitos sanguíneos energéticos, enzimas
hepáticas
e metabólitos proteicos de ovelhas mestiças a partir de 135
dias de gestação até o momento do parto, suplementadas
com duas quantidades de concentrado (300 e 400 gramas)
na dieta.
Para início do experimento esses animais foram
confinados aos 135 dias de gestação com peso médio de
64,2 kg e escore de condição corporal (ECC) igual à 2,6.
Foram mantidos até o momento do parto, em baias
coletivas,
equipadas com bebedouro, comedouro e saleiro
e piso
concretado com utilização de maravalha como cama para
melhor conforto dos animais. As baias locali- zavam-se em
galpão de alvenaria, com telhas de barro. As ovelhas foram
distribuídas em dois tratamentos que se diferenciaram
quanto ao nível de inclusão de concen- trado na dieta, com
21 animais no tratamento com 300 gramas animal-1 dia-1 e 20
animais no tratamento com 400 gramas animal-1 dia-1.
Material e métodos
O experimento foi conduzido na Universidade
Federal de Uberlândia, setor de pequenos ruminantes, em
Uberlândia, Oeste de Minas Gerais, Brasil, durante os
meses de julho e agosto de 2016 com duração de 33 dias.
Foram utilizadas 41 ovelhas com idade superior a dois anos,
gestantes, mestiça Santa x Inês Dorper, va- cinadas
(clostridioses, leptospirose, botulismo e raiva)
As ovelhas foram separadas de acordo com a
previsão de parto, dessa forma o tratamento 300g foi
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0109, https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.24109
3
Suplementação nutricional para ovelhas em final de gestação: parâmetros nutricionais e metabólicos
utilizado em cinco baias, sendo as médias para este tra-
tamento de 63,7kg e ECC 2,7. Enquanto o tratamento
400g
foi utilizado em outras cinco baias com médias para
este
tratamento de 64,7kg e ECC 2,5.
médio. A silagem de milho foi ofertada de modo a suprir o
consumo de 2,5% do peso corporal, sendo dividida em duas
refeições diárias, às 8:00 e 16:00 horas, pesadas logo antes
do fornecimento em balança com precisão de
cinco gramas. O
concentrado utilizado na suplementação
foi preparado em
misturador vertical, em batidas de 200
kg e armazenado em
barris até o momento da utilização.
As porcentagens de cada
ingrediente, bem como análise bromatológica da silagem são
descritas na tabela 1.
O experimento foi dividido em três fases de cinco
dias
cada, até o momento do parto, para avaliação do consumo
de matéria seca (CMS). Os animais foram pe- sados no
início do experimento e no dia do parto, para cálculo do
consumo de alimento e obtenção do peso
Tabela 1 Composição percentual do concentrado e análise bromatológica da silagem de milho
Farelo de
milho
Farelo de
soja
Farelo de glúten de
milho/Promil
Ingrediente
Sal mineral
Ureia protegida
%
60,00
22,00
15,00
2,25
0,75
Silagem de
milho
Matéria
seca
Proteína
bruta
Fibra em detergente
neutro
Fibra em
detergente ácido
Nutrientes
digestíveis totais*
%
30,86
7,89
40,00
23,45
68,39
Houve a inclusão de 200 gramas de adsorvente para cada 100 kg de concentrado batido. *Dado obtido através da equação proposta por Rodrigues
(2010).
Todos os dias foram coletadas amostras de sobras
de
alimento de cada baia e após o final do período de coleta,
estas amostras foram armazenadas em freezers horizontais a
-15°C, para conservação dos nutrientes. As sobras foram
mensuradas e sempre que os valores foram iguais à zero,
aumentou-se a quantidade de silagem for- necida em 10% até
atingir sobra equivalente a 10% do ofertado. Os teores de
matéria seca foram obtidos pelo método INCT-CA G-003/1.
Posteriormente foi realizado o cálculo de consumo de
matéria seca através proposta por Maynard et al., 1984: (Eq.
1)
por 10 minutos, os soros foram separados em alíquotas,
guardados em microtubos e armazenados em freezer a
-5°C para posterior análise laboratorial. Os componentes
bioquímicos utilizados para determinação do metabo- lismo
energético foram: colesterol, triglicerídeos, HDL
(lipoproteína de alta densidade), VLDL (lipoproteína de
muito baixa densidade, calculado dividindo-se o valor de
triglicerídeos por 5) e LDL (lipoproteína de baixa
densidade, calculado através da fórmula proposta por
Friedewald, Levv e Fredrickson (1972): LDL = colesterol total
HDL VLDL); para determinação das enzimas he- páticas
foram: aspartato aminotrasferase, gama glutamil
tranferase e
fosfatase alcalina; e para determinar meta- bolismo proteico
foram: ácido úrico, ureia, creatinina, albumina e proteínas
totais. Todas as amostras foram processadas em analisador
bioquímico automatizado
Bioplus
®
2000 (Bioplus Produtos
para Laboratório Ltda.,
Barueri, São Paulo, Brasil), usando
kit comercial da Lab Test Diagnóstica S. A.® (Lagoa Santa,
Minas Gerais, Bra- sil).
Sendo CN = consumo do nutriente (kg); Cons =
quantidade de alimento consumido (kg); %cons = teor do
nutriente no alimento fornecido (%); Sob = quanti- dade de
sobra retirada (kg); %sob = teor do nutriente nas sobras
(%).
A determinação da concentração de glicose san-
guínea foi realizada aos 135, 140 e 145 dias de gestação,
sendo
repetida no dia do parto. As colheitas foram rea- lizadas por
venopunção da jugular com auxílio de tubos Vacutainer®
(BD, São Paulo, São Paulo, Brasil) contendo fluoreto,
realizadas no período da manhã, antes do for- necimento da
primeira alimentação, com exceção do dia
do parto, que foi
realizada imediatamente após o mesmo,
sem horário definido.
Adotou-se o delineamento inteiramente casuali-
zado
com medidas repetidas ao tempo, sendo um trata-
mento com
21 repetições utilizando 300g de concentrado e outro com 20
repetições utilizando 400g. Para avaliação
do consumo de
matéria seca utilizou-se as baias como
repetição, sendo
assim, para cada tratamento houve cinco baias como unidade de
repetição. Todas as variáveis foram
testadas quanto à
normalidade (Shapiro-Wilk, 1965) e homocedasticidade
(Levene, 1960) das variâncias do
resíduo. Aceitos estes
pressupostos os dados foram subme-
tidos à análise de
variância e as médias dos tratamentos
comparadas pelo teste
de Tukey ao nível de significância
de 5%. Para as avaliações
do período utilizou-se estudo de regressão ao nível de
significância de 5%.
As coletas de sangue para avaliação dos compo-
nentes bioquímicos foram por venopunção jugular com
auxílio de tubos Vacutainer® (BD, São Paulo, São Paulo,
Brasil) sem anti-coagulante realizadas aos 135, 140, 145 e
150 dias de gestação, repetidas no momento do
parto. Todas
foram realizadas nos mesmos dias e horários
das coletas para
determinação da glicose. As amostras de sangue coletadas
foram centrifugadas a 3500 rpm
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0109, https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.24109
4
Siqueira, M. T. S. et al.
Resultados e discussão
dia-1, o que corresponde a um consumo médio de 3,06% do
peso vivo (PV). O NRC (2007) determina que para ovelhas
gestantes o CMS seja de 2,5 a 3,2 % do PV. Por- tanto,
observa-se que neste estudo o CMS esteve dentro do
preconizado pelo comitê.
Não houve diferença estatística (P>0,05) para o
consumo de matéria seca (CMS) entre os tratamentos, como
demonstrado na tabela 2. O CMS foi de 1,850 kg
Tabela 2 Consumo médio de matéria seca por baia e por animal (kg dia-1) no pré-parto em função dos tratamentos
Tratamento (g)
300
400
MG
C
V
P
CMS/baia
CMS/animal
8,05
1,890
7,61
1,811
7,83
1,851
11,37
17,25
0,6551
0,5182
P: valor de 95% de probabilidade (P<0,05); CV: coeficiente de variação (%); MG: média geral.
No entanto, houve diferença ao longo do período
experimental de modo que o CMS aumentou diariamente,
obtendo valor máximo neste estudo de 2,066 kg de ma- ria
seca ingerida por animal por dia (Figura 1). O mesmo ocorreu
para o CMS da baia que se mostrou mais elevado no período
de maior avanço gestacional das ovelhas. Tais
valores
mostram possivelmente a presença de consumo
compensatório realizado pelos animais. Podendo ser uma
explicação para o aumento no consumo durante todo o
período experimental, visto que os animais eram mantidos
a
pasto, com baixa oferta de alimento e qualidade redu- zida da
forrageira (efeito climático relatado no material e método), o
que possivelmente pode caracterizar um período de
restrição alimentar na fase que antecedeu o experimento.
Figura 1 Consumo de matéria seca por baia e por animal ao longo do período experimental
P baia: 0,0500; P animal: 0,0056; P: valor de 5% de probabilidade.
Além disso, a suplementação pode ter estimu- lado
o CMS destes animais, devido a sua palatabilidade e
melhora do ambiente ruminal, uma vez que ela pode
potencializar o crescimento microbiano o que por sua vez
acaba elevando o CMS. Segundo o NRC (2007) este aumento
de CMS após 130 dias de gestação é essencial para o
adequado desenvolvimento fetal, visto que este período
caracteriza-se pela fase de balanço energético negativo
nessa espécie.
O CMS pode afetar positiva ou negativamente os
metabólitos sanguíneos, visto que os mesmos são
mensurados normalmente com o intuito de verificar se
houve ou não falha nutricional nos animais a curto ou em
longo prazo, além disso, a dieta é responsável em sua
maioria pelo aporte energético e proteico do animal. Dessa
forma, não houve efeito da suplementação sobre a glicose
sanguínea entre os tratamentos (tabela 3).
Tabela 3 Efeito da suplementação sobre a glicemia de ovelhas gestantes no pré-parto em função dos tratamentos
Tratamento (g)
300
400
MG
C
V
P
Glicemia (mg dL-1)
49,11
46,07
47,59
20,22
0,3632
CV: coeficiente de variação (%); MG: média geral; P: valor de 5% de probabilidade.
A concentração média de glicose nos animais
(47,6 mg dL-1) ficou dentro do esperado na literatura que
seria de 30,00 a 94,00 mg dL-1 segundo Silva et al.
(2020).
Com relação ao período experimental (Figura 2)
não foram
observadas grandes alterações entre os dias
coletados. A fase final de gestação da ovelha apresenta
elevada demanda deste nutriente em virtude do cresci-
mento fetal. O nível de glicose tende a ser menor neste
período, que o feto demanda a mesma como maior
fonte
de energia, chegando a consumir 70% da produção
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0109, https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.24109
5
Suplementação nutricional para ovelhas em final de gestação: parâmetros nutricionais e metabólicos
de glicose materna (Kaneko et al., 2008). Oliveira et
al. (2014), obtiveram valor médio de 44,29 mg/dL de
glicose para ovelhas suplementadas ao final da gestação.
Figura 2 Nível de glicose sanguínea (mg dL-1) em função do período experimental.
No presente trabalho, o valor de glicose atingiu o
nível máximo (59,41 mg dL-1) aos 150 dias de prenhez
(momento do parto), valor este dentro da faixa de refe-
rência descrita por Silva et al. (2020) (30,00 a 94,00 mg dL-1).
Apesar dos valores não diferirem estatísticamente,
demonstra
bem quanto o metabolismo dos animais sofre
severa
modificação no momento do parto. Este quadro de
hiperglicemia momentânea, que surge em decorrên- cia do
estresse desencadeado no momento do parto, é justificado
pela elevação das concentrações sanguíneas do hormônio
cortisol (Lima et al., 2016).
graxos livres, em ovelhas gestantes, pode ocorrer caso o
suprimento energético seja inadequado, ou quando a
concentração de glicose for reduzida para o crescimento fetal
(Nasciutti, 2011). Esta variável permaneceu dentro da faixa
de referência nos dois tratamentos e durante todo o período
experimental, mas sempre próxima ao limite inferior.
Os teores de colesterol também estiveram den- tro
do esperado em todos os tratamentos e em quase todos os
períodos (aumento numérico ao parto). Balikci et al. (2007)
descreveram que ocorre aumento gradual do colesterol em
ovelhas ao final da gestação, devido às concentrações de
insulina, que atua diretamente do metabolismo do tecido
adiposo durante o período ges- tacional, que acarreta no
aumento das concentrações de colesterol e das lipoproteínas
carreadoras deste, como a LDL, que apresentou efeito linear
positivo durante o período experimental (tabela 4).
Além da glicose, existem outros metabólitos ener-
géticos importantes que devem ser mensurados quando
avaliamos algum tipo de dieta. Assim sendo, não foi
observada diferença entre os tratamentos para as con-
centrações dos metabólitos energéticos, no entanto, para
os
metabólitos lipoproteína de baixa densidade (LDL), relação
entre colesterol total e HDL e relação entre LDL e HDL
(lipoproteína de alta densidade) observou-se di-
ferença
estatística dentro do período experimental como
demonstrado
na tabela 4.
Os valores de HDL e LDL permaneceram dentro da
faixa de referência nos dois tratamentos e durante todo o
período experimental. O HDL é uma lipoproteína
responsável
pelo transporte de colesterol dos tecidos para
o fígado para que
este seja metabolizado, impedindo a deposição dele nas
paredes das artérias (Kaneko et al,
2008). Em contrapartida,
o LDL consiste de uma lipopro-
teína originária do fígado e
responsável pelo transporte de colesterol deste para os
tecidos periféricos. Quando predominância de LDL,
existe a tendência maior de
deposição de colesterol nos
tecidos, porque eles não con-
seguem catabolizar o excesso
de LDL. A LDL teve efeito linear positivo ao longo do
período, o que comprova a mobilização de reservas uma
vez que os ácidos graxos
presentes no fígado oriundos da
mobilização precisam ser
carreados para os tecidos para que
não haja sobrecarga hepática.
Os valores de triglicerídeos encontraram-se de
acordo com a referência, uma vez que a dieta dos animais
foi
constituída basicamente de silagem de milho, e ali-
mentos
volumosos são responsáveis pela maior produção
de ácido
acético no rúmen que é um dos ácidos graxos voláteis
(AGV’s) precursores da síntese de gordura em ruminantes.
Em relação ao período nota-se queda dos
níveis no momento
do parto, o que está relacionado com o fato desses animais
terem mobilizado reservas, uma vez
que estiveram com
glicemia (gráfico 2) sempre próximo
ao limite inferior
preconizado. A VLDL é responsável pelo transporte de
triglicerídeos dos tecidos hepáticos para os
tecidos periféricos,
logo, é esperado que apresentassem comportamentos
semelhantes (Santos et al., 2015). A mobilização de tecido
adiposo, com liberação de ácidos
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0109, https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.24109
6
Siqueira, M. T. S. et al.
Tabela 4 Concentração média dos metabólitos energéticos (mg dL-1) em função dos tratamentos e do período expe- rimental
em dias de gestação e no momento do parto
Tratamento
(g)
Metabólitos
MG
C
V
VR
P
300
400
Colesterol1
Triglicerídeos1
HDL1
LDL1
VLDL2
CT/HDL1
LDL/HDL1
59,58
20,94
24,62
38,92
4,18
2,66
1,86
61,59
23,98
24,70
41,77
4,79
2,97
2,16
60,63
22,53
24,66
40,41
4,50
2,82
2,02
15,36
13,14
11,41
21,91
20,48
34,68
12,11
14 126*
5 71*
7 42**
4,3 95,5**
1 16,4*
-
-
0,3696
0,2589
0,4782
0,1458
0,4364
0,2149
0,8893
Período
(dias de gestação)
Metabólitos
VR
P
Y
R
2
135
140
145
Parto
14
126*
5 71*
10
76,7*
1,2
87*
1
16,4*
Colesterol1
60,65
52,48
63,98
77,53
0,6325
-
-
Triglicerídeos1
18,92
22,68
26,25
23,46
0,3510
-
-
HDL1
23,85
24,36
24,79
27,76
0,2498
-
-
- 133,631520
+ 1,237363x
LDL
1
35,43
35,75
47,42
52,16
0,0152
89,86
VLDL
2
3,78
4,53
5,25
4,69
0,3512
-
-
- 2,368236 +
0,037053x
- 3,041097 +
0,035829x
CT/HDL1
2,77
2,64
2,94
3,29
-
0,0025
72,76
LDL/HDL1
1,76
1,90
2,39
2,19
-
0,0071
65,71
MG: média geral; CV: coeficiente de variação; *VR: valor de referência para ovinos segundo Silva et al. (2020); P: valor de 5% de significância; HDL:
lipoproteína de alta densidade; LDL: lipoproteína de baixa densidade; VLDL: lipoproteína de muito baixa densidade; CT/HDL: relação entre coles- terol e
lipoproteína de alta densidade; LDL/HDL: relação entre lipoproteína de baixa densidade e lipoproteína de alta densidade; 1 mg dL-1; 2 g dL-1.
A relação CT/HDL está inversamente ligada à
quantidade de HDL no sangue, ou seja, quanto mais baixa
esta
relação, maior a quantidade de HDL circulante e melhor é o
carreamento de colesterol para o fígado, por-
tanto, valores
baixos de CT/HDL são desejáveis. Contudo,
durante o período
avaliado, houve aumento desses valo-
res, indicando baixas
taxas de HDL e consequentemente,
maior deposição de
colesterol nos tecidos. Da mesma forma, a relação
LDL/HDL deve ser baixa, uma vez que valores elevados
indicam maior concentração de LDL, que pode estar
relacionado a um maior risco de doença nos animais pela
deposição de colesterol e moléculas lipídicas nos tecidos
(Kaneko et al., 2008). Houve efeito
linear positivo para
relação LDL/HDL durante o estudo, o
que pode significar que
o fígado está recebendo maiores quantidades de ácidos
graxos que são convertidos em
colesterol, triacilglicerol ou corpos cetônicos e, por isso tem
uma necessidade maior de LDL para carrear essas
moléculas para fora do seu tecido. Elevados valores das
relações CT/HDL e LDL/HDL, associados à glicemia baixa ou
limítrofe, indicam a mobilização de tecido adiposo de reserva
para manutenção energética. Apesar de toda essa mobilização,
não foi observado quadro clínico de toxemia
da prenhez.
Como não foi mensurado o beta-hidroxibu- tirato e ou ácidos
graxos não esterificados não podemos inferir sobre possível
toxemia da prenhez subclínica.
Na tabela 5 estão os valores da concentração das
enzimas hepáticas em função dos tratamentos e do período
experimental. Para a enzima aspartato amino- transferase
observou-se diferença estatística dentro do período
experimental.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0109, https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.24109
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Suplementação nutricional para ovelhas em final de gestação: parâmetros nutricionais e metabólicos
Tabela 5 Concentração média das enzimas hepáticas em função dos tratamentos e do período experimental em dias de
gestação e no momento do parto
Tratamento
(g)
Metabólitos
MG
C
V
VR
P
Y
R
2
300
400
AST1
FA1
GGT1
115,0
87,81
47,77
107,2
89,89
49,17
110,94
88,90
48,50
7,07
10,87
7,99
41-298
49-826,9
25-146
0,210
0,3625
0,4712
-
-
-
-
-
-
Período
(dias de gestação)
Metabólitos
VR
P
Y
R
2
135
140
145
Parto
661,839403
3,903828x
-
-
AST1
138,7
117,1
80,29
85,96
41-298
0,0074
84,38
FA1
GGT1
85,62
45,70
104,6
45,02
74,70
52,85
86,38
56,76
49-826,9
25-146
0,8574
0,9234
-
-
MG: média geral; CV: coeficiente de variação; VR: valor de referência para ovinos segundo Silva et al. (2020); P: valor de 5% de significância; AST: aspartato
aminotransferase; FA: fosfatase alcalina; GGT: gama glutamil transferase; 1 U L-1.
A aspartato aminotransferase (AST) é uma enzima
citoplasmática e mitocondrial, presente em vários tecidos
como fígado, músculos esquelético e cardíaco. Obser- vou-
se efeito linear negativo para esta enzima quando se avaliou
o período experimental, no presente estudo, as
concentrações de AST estiveram dentro do intervalo
considerado normal para a espécie (Silva et al., 2020), o que
indica que esses animais não desenvolveram lesão hepática.
ideais na literatura. Tal fato pode estar relacionado com
a
suplementação e aumento do CMS ao longo do período
experimental proporcionando menores chances de casos de
toxemia da prenhez, que foi o caso deste estudo, onde
nenhum
animal apresentou a sintomatologia clínica.
Os metabólitos energéticos são eficientes para
avaliar o status energético do animal e da dieta utilizada,
no
entanto para obtenção de resultados mais complexos faz-se
necessária a avaliação dos metabólitos proteicos, onde em
conjunto, são utilizados para avaliar o animal ou dieta em
questão. Não houve efeito dos tratamentos
sobre os
metabólitos proteicos ao longo do experimento,
no entanto
houve efeito da utilização da suplementação
com concentrado
em diferentes níveis durante o período,
sobre a concentração
dos metabólitos proteicos ureia, creatinina e albumina
(tabela 6).
a fosfatase alcalina é uma enzima sintetiza- da
em vários tecidos, sendo as maiores concentrações no
intestino, rins, ossos e fígado (Kaneko et al., 2008).
Aumento nos níveis de fosfatase alcalina no plasma san-
guíneo indicam diversas condições patológicas, como a
sobrecarga hepática. De forma geral, os valores desta
enzima estiveram dentro da faixa de referência (Silva et
al., 2020), também indicando bom funcionamento hepático
pelos animais.
O ácido úrico representa de forma indireta o
crescimento de microrganismos no rúmen, uma vez que é
utilizado pelos mesmos após a transformação em amônia
como
fator de crescimento microbiano, sendo utilizado
para a
síntese de proteína microbiana, tornando-se assim disponível
para o ruminante (Paula, 2015). Sendo assim,
foi possível
observar que os valores se mostraram equi- librados ao
longo do período experimental, e apesar de
estar próximo ao
limite inferior, não apresentou diferença
estatística.
A GGT deve ser levada em consideração junta-
mente com a AST, que ambas podem indicar se ou
não
ocorrência de injúrias ao tecido hepático. Os níveis de GGT
podem apresentar aumento imediato caso haja lesão hepática
aguda, pois pode ocorrer liberação de fragmentos
da membrana
que contenham a enzima (Paula, 2015). Em ambos os
tratamentos essa enzima está dentro dos valores de
referência descritos por Silva et al. (2020), indicando que o
fígado desses animais encontravam-se em um metabolismo
adequado.
Não houve diferença estatística entre os tratamen- tos
para proteínas totais, que manteve seus valores dentro
do
esperado (Silva et al., 2020). Segundo Kaneko et al.
(2008),
os níveis de proteínas totais tendem a apresentar
queda nos
períodos médio e final da gestação, devido à
maior
necessidade fisiológica que o crescimento do feto e o
desenvolvimento do úbere impõem. No presente estudo
observa-se uma queda numérica sem efeito estatístico.
Apesar da mobilização de tecido gorduroso com-
provada pelos valores da LDL e das relações CT/HDL e
LDL/HDL não ocorreu sobrecarga hepática como demons- tra
as dias dos valores das enzimas hepáticas. Pode-se observar
que todos os metabólitos energéticos e enzimas
hepáticas
ficaram dentro dos valores indicados como
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0109, https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.24109
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Siqueira, M. T. S. et al.
Observou-se queda para as variáveis creatinina e
ureia. A ocorrência de redução desses metabólitos pro- teicos
com o avanço da gestação pode estar associada à
restrição alimentar que estes animais sofreram a pasto antes
do experimento, uma vez que esses metabólitos respondem
rápido ao efeito da ração.
Tabela 6 Concentração média dos metabólitos proteicos em função dos tratamentos e do período experimental em dias de
gestação e no momento do parto (150 dias)
Tratamento
(g)
Metabólitos
MG
C
V
VR
P
Y
R
2
300
400
Ácido úrico1
Ureia1
Creatinina1
Albumina2
Proteínas totais2
0,36
23,59
0,99
3,11
5,64
0,41
21,31
0,99
3,41
5,75
0,38
22,39
0,99
3,27
5,70
42,81
11,24
13,25
8,74
7,69
0-1,7
10-92
1,2-1,9
1,1-5,2
3,1-10,7
0,4853
0,2547
0,6541
0,2014
0,8896
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Período
(dias de gestação)
Metabólitos
VR
P
Y
R
2
135
140
145
Parto
Ácido úrico1
0,36
0,43
0,35
0,38
0-1,7
0,1025
-
85,176495
0,443540x
4,404662
0,024255x
10,746209
0,052822x
-
-
Ureia1
27,90
19,46
20,29
20,23
10-92
0,0487
52,02
Creatinina1
1,13
0,96
0,97
0,72
1,2-1,9
0,0020
85,90
Albumina2
3,94
2,81
3,16
2,95
1,1-5,2
0,0112
45,65
Proteínas totais2
6,08
5,48
5,73
5,13
3,1-10,7
0,8742
-
MG: média geral; CV: coeficiente de variação; VR: valor de referência para ovinos segundo Silva et al. (2020); P: valor de 5% de significância; 1 mg dL-1; 2 g
dL-1.
A ureia apresentou diferença estatística ao longo
do
período experimental, apresentando resposta linear negativa,
apesar de todos os valores se encontrarem dentro dos
valores de referência preconizados. Para o
período 135 dias
observa-se maior concentração de ureia
em relação aos outros
períodos que tendem a diminuir conforme se aumenta o
tempo de gestação. Parte da
proteína que chega ao men é
transformada em amônia,
para ser utilizada pela microbiota
ruminal na produção de proteína microbiana. Quando
falta de carboidra- tos na dieta a amônia é absorvida pela
parede ruminal e levada ao fígado sendo transformada em
ureia. Esta pode ser eliminada na urina ou no leite em caso
de ani- mal em lactação (Rennó et al., 2008). A
concentração sanguínea de ureia possui relação direta com
o aporte proteico da ração, perfil de aminoácidos e
qualidade da proteína ingerida, podendo então indicar o
excesso ou a deficiência do nutriente na dieta (Kaneko et al.,
2008). Deste modo, é possível que tenha havido melhora do
sinergismo com o concentrado fornecido, visto que antes
do
experimento estes animais se alimentavam de pasto de baixa
qualidade e proteinado.
diferença estatística entre tratamentos, já no período houve
resposta linear negativa, o que pode ter sido cau- sado devido
ao fato dos animais estarem confinados, o que resulta em
baixo consumo de energia pelo músculo,
uma vez que a
creatinina tem estreita relação com a mas-
sa muscular que
varia de acordo com grau de exercício realizado pelos
animais.
Houve influência do período sobre o parâmetro
albumina, de modo que os valores diminuíram estatisti-
camente conforme se aumentou o período gestacional,
demonstrando resposta linear negativa. A albumina é uma
proteína transportadora especialmente de lipídeos, que no fim
da gestação foram altamente mobilizados. Comparando
com os dados de Silva et al. (2020), esta variável fica
dentro dos valores propostos pelo autor, visto que os
animais utilizados no estudo se assemelham geneticamente e
são, em sua maioria, endêmicos da
mesma região. Portanto,
presume-se que não houve falha
proteica na dieta, uma vez
que os animais não tiveram divergências no metabolismo
proteico em comparação com a literatura, de modo que a
suplementação conse- guiu corrigir a deficiência proteica
dos animais causada na época que antecedeu o período
experimental.
Os valores de creatinina ficaram abaixo da faixa
normal de acordo com Silva et al. (2020) e não houve
Cad. Ciênc. Agrá., v. 12, p. 0109, https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.24109
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Suplementação nutricional para ovelhas em final de gestação: parâmetros nutricionais e metabólicos
Conclusão
Aprovação do Comitê de Ética
A suplementação de ovelhas no terço final da
gestação com diferentes níveis de concentrado, exerce
influência sobre o consumo de matéria seca, aumentan- do o
mesmo, e estabilizando a mobilização de reservas
corporais,
sem causar distúrbios metabólicos importantes
aos animais.
O protocolo experimental deste trabalho foi apro-
vado pela Comissão de Ética na Utilização de Animais
(CEUA) da Universidade Federal de Uberlândia sob o
número 016/16.
Referências
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