Ocorrência de oocistos de protozoários gastrointestinais em Passeriformes, Psitaciformes e
Galiformes
comercializadas em pet shops de Salinas, Minas Gerais
Geraldo Rodrigues Gomes Neto*
1
; Maria Tereza Ribeiro Silva Nogueira
2
; Isabela Aquino Pereira
3
; Vanessa
Paulino da Cruz
Vieira4
DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2021.35359
Resumo
As parasitoses gastrointestinais, incluindo as causadas por protozoários coccídios, são doenças que podem causar alterações
subclínicas ou mesmo morte de aves submetidas ao estresse, mantidas em gaiolas de alta densidade po- pulacional. Assim,
objetivou-se detectar a presença de oocistos de protozoários gastrointestinais em amostras fecais oriundas de recintos de aves
das ordens Passeriformes, Psitaciformes e Galiformes comercializadas em pet shops de Salinas, Minas Gerais, Brasil.
Amostras de fezes foram coletadas de 15 recintos de três espécies de Psittaciformes, duas espécies de Galiformes e uma
espécie de Passeriformes. Dentre os recintos avaliados, haviam Passeriformes da espécie Serinus canaria (canário-belga),
Psitaciformes das espécies Nymphicus hollandicus (calopsita), Melopsittacus undulates (periquito-australiano) e Agapornis
personatus (Agapornis) e Galiformes das espécies Coturnix Coturnix japonica (codorna japonesa) e Gallus gallus domesticus
(galinha doméstica). As amostras foram processadas usando a técnica de flutuação com solução saturada de cloreto dedio
(Willis-Mollay) e as amostras positivas para oocistos de protozoários coccídios foram submetidas à esporulação em dicromato
de potássio 1,0% à temperatura ambiente. Ovos de helmintos não foram detectados, entretanto oocistos de protozoários foram
observados em dois recintos de codorna japonesa e um recinto de canário-belga. O presente trabalho expõe a presença de
coccídios de aves comer- cializadas no município de Salinas, no estado de Minas Gerais. O conhecimento parasitológico obtido
pode contribuir para a decisão de medidas preventivas, visando a melhoria da saúde e bem-estar das aves comercializadas.
Palavras-chave:
. Aves exóticas. Coprologia. Endoparasitos. Saúde animal.
Occurrence of gastrointestinal protozoan oocysts in Passeriformes, Psittaciformes and
Galliformes sold in
pet shops in Salinas, Minas Gerais
Abstract
Gastrointestinal parasitoses, including those caused by coccidial protozoa, are diseases that can cause subclinical
changes or
even death in birds submitted to stress, kept in cages with high population density. Thus, we aimed to detect
the presence of
gastrointestinal protozoan oocysts in fecal samples from bird enclosures of the orders Passeriformes, Psittaciformes and
Galiformes sold in pet shops in Salinas, Minas Gerais, Brazil. Fecal samples were collected from 15 enclosures of three
Psittaciformes species, two Galliformes species and one Passeriformes species. Among the
enclosures evaluated were
Passeriformes of the species Serinus canaria (canary), Psittaciformes of the species Nymphicus
hollandicus (cockatiel),
Melopsittacus undulates (budgerigar) and Agapornis personatus (lovebird) and Galiformes of the species Coturnix coturnix
japonica (japanese quail) and Gallus gallus domesticus (domestic chicken). Samples
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais. Salinas, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-2903-957
2Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais. Salinas, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-2965-5812
3Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais. Salinas, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-3671-3104
4Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais. Salinas, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-2276-2623
*Autor para correspondência: geraldorodrigues179@gmail.com
CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
2
Gomes Neto, G. R. et al.
were processed using the sodium chloride saturated solution floatage technique (Willis-Mollay) and samples positive for
coccidial protozoan oocysts were subjected to sporulation in 1.0% potassium dichromate at room temperature. Helminth eggs
were not detected, but oocysts of protozoa were observed in two enclosures of Japanese quail and one enclosure of canary. The
present work exposes the presence of coccidia in birds commercialized in the municipality of Salinas, in the state of Minas
Gerais. The parasitological knowledge obtained can contribute to the decision of preventive measures, aiming at improving
the health and welfare of commercialized birds.
Keywords:
Animal health. Coprology. Endoparasites. Exotic birds.
Introdão
A utilização de aves como pets é uma prática ex-
tensamente difundida, principalmente as espécies dóceis,
atraentes e de fácil manejo (Reis, 2015). O conhecimento
das
doenças que acometem as aves que permanecem mantidas
em cativeiro se faz importante, que técnicas adequadas de
manejo, em conjunto com o tratamento adequado, podem
contribuir de forma positiva, para a
manutenção e o
restabelecimento da saúde desses animais
(Ayres et al., 2016).
Os exames coproparasitológicos apresentam baixo
custo, possuem importância clínica, indicam a população
de
endoparasitos e os tratamentos terapêuticos mais
adequados, sendo a técnica de flutuação a preferida, pela
menor presença de sujidades, sendo possível fazer uma
melhor visualização dos oocistos. Nessas técnicas
são
utilizadas soluções saturadas com elevada densidade
promovendo a flutuação dos oocistos presentes nas fezes,
fazendo com que eles permaneçam na superfície do so-
brenadante. Entre elas está a Técnica de Willis Mollay
(Flutuação e solução salina): esta é muito utilizada para ver se
há ou não presença de oocistos de protozoários
(Sousa et al.,
2020). Adicionalmente, a utilização de com- postos químicos
ricos em oxigênio tais como o dicromato de potássio
(K2Cr2O7) 1%, estimulam a esporulação dos
oocistos em
laboratório (Bowman, 2010).
As doenças parasitárias estão entre os principais
problemas de saúde que afetam as aves. Tais doenças
podem causar alterações subclínicas ou mesmo morte de
aves submetidas ao estresse, quando mantidas em
gaiolas de
alta densidade populacional. Embora pouco se
saiba sobre as
taxas de infecções parasitárias de aves em diferentes regiões
do Brasil, sabe-se que as coccidioses são prevalentes em
aves em cativeiro. As aves podem ser parasitadas por
diversos gêneros, com destaque para Eimeria sp. e Isospora
sp., que apresentam geralmente ciclo de vida intestinal, mas
também podem apresentar o ciclo extra intestinal (Berto et
al., 2014).
Sabe-se que a criação de aves tem aumentado
significativamente e pouco se analisa sobre os parasitos que
as acometem. Diante disso, objetivou-se com este trabalho
detectar a presença de oocistos de protozoários
gastrointestinais em amostras de fezes de aves das ordens
Passeriformes, Psitaciformes e Galiformes comercializadas
em
pet shops de Salinas, Minas Gerais.
Aves parasitadas por Eimeria spp. podem reduzir
o
desempenho no crescimento através do comprometi- mento
da função intestinal (Kim et al., 2017; Lu et al., 2019). na
infecção por Isospora spp., os sinais clínicos incluem apatia,
redução do apetite e penas arrepiadas, o que resulta em alta
mortalidade (Oliveira et al., 2017).
Material e métodos
Coleta das amostras
Em outubro de 2019, foram coletadas amostras
fecais de quinze recintos de aves das ordens Psittaciformes,
Galiformes e Passeriformes. As coletas foram realizadas em
três pet shops localizados no centro do município de Salinas,
norte de Minas Gerais.
Aves de todas as idades podem ser acometidas
por
esses parasitos, que causam importantes modificações
na
estrutura das vilosidades intestinais, acarretando a
diminuição da absorção de nutrientes, podendo causar
diarreias sanguinolentas ou não, ocasionando prejuízos
econômicos em pequenas e grandes criações (Balthazar,
2011). As aves mais frequentemente parasitadas por este
grupo são algumas espécies de Passeriformes, Psi-
taciformes, Falconiformes, Galiformes e Columbiformes
(Samour, 2010).
Dentre os recintos avaliados, cinco continham
Passeriformes da espécie Serinus canaria (canário-belga).
Seis
recintos continham Psitaciformes, onde três perten- ciam a
espécie Nymphicus hollandicus (calopsita), dois a espécie
Melopsittacus undulates (periquito-australiano) e um a
Agapornis personatus (Agapornis). E, os quatro recintos
restantes, continham Galiformes, com dois da espécie
Coturnix Coturnix japonica (codorna japonesa) e dois da
espécie Gallus gallus domesticus (galinha do- méstica).
Os oocistos são as estruturas de resistência dos
coccídios pois protegem os esporozoítos, que são as for- mas
infectantes. Geralmente são liberados junto com as fezes do
hospedeiro e por esta razão são utilizados para diagnóstico,
descrições e estudos sistemáticos desde os primórdios da
parasitologia (Berto et al., 2014).
Foram coletadas uma amostra de cada recinto
(gaiolas ou viveiros) depositadas nas bandejas inferiores
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Ocorrência de oocistos de protozoários gastrointestinais em Passeriformes, Psitaciformes e Galiformes comercializadas em pet shops de Salinas, Minas Gerais
dos mesmos (Figura 1), com auxílio de uma espátula,
sendo armazendas em recipientes de plástico limpos e
identificados, totalizando 15 amostras fecais analisadas.
Figura 1 Coleta de amostras de fezes depositadas na bandeja inferior do recinto de indivíduos da espécie Serinus canaria
comercializados em pet shop de Salinas, Minas Gerais. (Fonte: arquivo da pesquisa).
Processamento das amostras
O fato da presença de oocistos de coccídios ter sido
detectada em três dos 15 recintos estudados, pode ser
explicado pelo fato dos recintos que eram suspensos, onde as
aves não tinham acesso direto às fezes e seus comedouros e
bebedouros estavam isolados dos locais
contaminados. Cabe
ressaltar também que esses recintos
não estavam acessíveis à
animais externos, nos quais as chances de infecção
parasitária são maiores, que eles vivem em um ambiente
aberto em que a contaminação se manifesta na forma pouco
higiênica dos hábitos ali- mentares e por não serem
submetidos à tratamentos antiparasitários.
As amostras foram acondicionadas em caixa
térmica e encaminhadas ao laboratório, mantidas em
refrigeração à C e processadas em até 24 horas. O
processamento e análise das amostras foram realizados
no
Laboratório de Parasitologia Veterinária (LPV) do Ins- tituto
Federal do Norte de Minas Gerais, Campus Salinas. As
amostras foram processadas pela técnica de flutuação com
solução saturada de cloreto de sódio (Willis-Mollay)
descritos
por Hendrix e Robinson (2014).
As amostras positivas para oocistos de protozoá-
rios
coccídios foram colocadas em placas de Petri com solução
de dicromato de potássio a 1% (K2Cr2O7) para
esporulação à
temperatura ambiente, para diferenc-los
entre os gêneros
Isospora ou Eimeria de acordo com a descrição de Bowman
(2010). Para visualização e iden- tificação dos oocistos, as
lâminas foram submetidas à microscopia óptica, nas
objetivas de 10x e 40x.
Na região Sudeste, outros trabalhos envolvendo o
levantamento do parasitismos em aves de cativeiro. Dentre
eles, Vasconcelos et al. (2012), relataram óbito devido ao
intenso parasitismo por coccídios em dois bicudos
(Oryzoborus maximiliani) atendidos no setor de
animais
selvagens do Departamento de Patologia Clínica
Veterinária
da Universidade Federal Fluminense.
Resultados e discussão
Ainda, ao avaliar os parasitos em pássaros sil-
vestres e exóticos de criatórios particulares no município
de
Alegre, ES, Carneiro et al. (2011) observaram que 50% das
amostras coletadas estavam positivas para a presença de
oocistos de coccídios. Silva et al. (2014) detectaram
oocistos de coccídeos em fezes de bicudos criados em
cativeiro, relatando não terem encontrado sintomatologia
clínica aparente nas aves.
Não foi detectada a presença de ovos e/ou larvas
de
helmintos, entretanto na Tabela 1 podem ser obser- vados os
resultados referentes à presença de oocistos de protozoários
coccídios em amostras de dois recintos de codorna japonesa
(Fig. 2) e em um recinto de canário-
-belga (Fig. 3).
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Gomes Neto, G. R. et al.
Tabela 1 Presença de oocistos de protozoários coccídios observados na técnica coproparasitológica de flutuação com solução
saturada de cloreto de sódio (Willis-Mollay), de acordo com Hendrix e Robinson (2014), em espé- cies das ordens
Passeriformes, Psittaciformes e Galiformes comercializadas em pet shops de Salinas, Minas Gerais, Brasil, no mês
de outubro de 2019.
Oocistos de protozoários coccídios em amostras fecais de recintos de aves
Espécie
Recinto
Presença de oocistos
Ordem Passeriformes
1
2
3
4
5
Serinus canaria
Serinus canaria
Serinus canaria
Serinus canaria
Serinus canaria
Negativo
Negativo
Negativo
Negativo
Positivo7
Ordem Galiformes
6
7
8
9
Cortunix cortunix japonica
Cortunix cortunix japonica
Gallus gallus domesticus
Gallus gallus domesticus
Positivo
Positivo
Negativo
Negativo
Ordem Psittaciformes
10
11
12
13
14
15
Nymphicus hollandicus
Nymphicus hollandicus
Nymphicus hollandicus
Melopsttacus undulates
Melopsttacus undulates
Agapornis personatus
Negativo
Negativo
Negativo
Negativo
Negativo
Negativo
Figura 2 Oocistos de protozoários coccídios observados através da técnica de flutuação com solução saturada de clo- reto de
sódio (Willis-Mollay), de acordo com Hendrix e Robinson (2014), nas fezes de indivíduo da espécie Coturnix
Coturnix japonica (Objetiva 10X), comercializados em pet shop de Salinas, Minas Gerais. (Fonte: arquivo da
pesquisa).
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Ocorrência de oocistos de protozoários gastrointestinais em Passeriformes, Psitaciformes e Galiformes comercializadas em pet shops de Salinas, Minas Gerais
Figura 3 Oocistos de coccídios observados através da técnica de flutuação com solução saturada de cloreto de sódio
(Willis-
Mollay), de acordo com Hendrix e Robinson (2014), nas fezes de indivíduo da espécie Serinus canaria
(Objetiva 40X),
comercializados em pet shop de Salinas, Minas Gerais. (Fonte: arquivo da pesquisa).
Na região Sul, Zardo et al. (2014), realizando um
levantamento das espécies de aves mais encontra- das em
cativeiro no bairro Camobi, município de Santa Maria - RS,
detectaram a presença de coccídios em 15 das 49 amostras
de fezes analisadas através da técnica de Willis-Mollay
modificada. Os autores supõem que se uma ave está
infectada por determinado parasito, as demais aves
presentes no mesmo recinto provavelmen- te também
estarão. Adicionalmente, Boll et al., (2017) também
relataram a presença de coccídios em fezes de
passeriformes
alojados no centro de triagem do zoológico
de Sapucaia do
Sul, Rio Grande do Sul.
dos oocistos, tornando-os inférteis ou prejudicando a
esporogonia, considerando que os oocistos precisam de
condições ideais de umidade, temperatura e oxigenação para
que ocorra a esporulação. Em estudo realizado por Toledo et
al. (2011) foi observado que a esporulação de
oocistos em
camas que possuem umidade elevada é maior. As fezes contidas
nas bandejas inferiores dos recintos das aves do presente
estudo não eram recolhidas diariamente,
havendo fezes recém
expelidas, com aspecto úmido e brilhante, juntamente com
fezes ressecadas.
Segundo Carneiro et al. (2011) em aves exóticas
e
silvestres a prevenção de parasitoses está relacionada aos
cuidados gerais de higiene na criação, alimentação
adequada, água de boa qualidade, regras de manejo
instituídos corretamente ao tipo de criação, treinamento dos
tratadores nos cuidados com o manuseio das aves doentes,
exames periódicos de fezes nas aves do plantel.
Lopes et al. (2021), na região Norte, ao realizar a
identificação qualitativa dos endoparasitos que acometem
codornas de duas granjas na cidade de Porto Velho - RO,
através do método de Willis-Mollay, encontrou oocistos de
coccídios esporulados e não esporulados.
Os resultados encontrados são de relevância, uma vez
que, de acordo com Balthazar (2011), as coccidioses,
que
podem ser causadas por protozoários dos gêneros Eimeria e
Isospora, m a ser direta ou indiretamente
responsável por
mais da metade dos problemas de saúde
das aves de gaiola.
Mesmo sem ter sido possível determinar por quais
espécies de coccídios as aves estavam parasitadas, é possível
promover o direcionamento à um tratamento mais
específico, uma vez que a terapêutica indicada é a
mesma
para ambas as espécies de protozoário, evitando-se
o uso
indiscriminado de medicamentos antiparasitários, sem
diagnóstico prévio.
A realização da técnica de esporulação através da
adição de solução com dicromato de potássio a 1%
(K2Cr2O7) nas amostras fecais positivas para oocistos foi
realizada no intuito de identificar se o parasitismo era em
decorrência da infecção por Eimeria ou Isospora.
No entanto,
não ocorreu a esporulação em nenhuma das
três amostras
fecais positivas submetidas a essa técnica, o que pode ter
sido causado por condições climáticas adversas no período
em que as fezes permaneceram nos recintos, tendo
possivelmente inviabilizado a fertilidade
Os resultados obtidos com a realização do presen-
te
trabalho, tem sua relevância balizada em sua função de
alertar os comerciantes e criadores desses animais, para os
riscos aos quais os animais estão expostos, per- mitindo o
controle e profilaxia pertinenetes. É sabido que as
coccidioses estão presentes em grande parte das aves, no
entanto, este trabalho se faz importante, que é a primeira
vez que é realizado um levantamento como este na cidade de
Salinas, Norte de Minas Gerais.
Cad. Ciênc. Ag., v. 13, p. 0106, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2021.35359
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Gomes Neto, G. R. et al.
Sugere-se a realização de mais estudos nesse
âmbito, não unicamente em animais de cativeiro, mas
também em granjas, criações extensivas e em aves de vida
livre,
no intuito de que o conhecimento do parasitismo
por
protozoários, como neste caso, possa fomentar o pla-
nejamento e adoção de medidas de controle e prevenção
mais
efetivas, visando o bem-estar e a qualidade de vida dessas
aves.
Conclusão
Conclui-se então, que as espécies Serinus canaria da
ordem dos Passeriformes e Coturnix Coturnix japonica
da
ordem dos Galiformes comercializadas em pet shops da
cidade de Salinas apresentaram parasitismo por pro-
tozoários coccídios.
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