CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
Produção de forragem e eficiência no uso do nitrogênio em Capim-corrente
Maikom Bruno Gonçalves1, Ingrid Souza Silva2, Alessandro José da Silva3, André Felipe Ferreira dos Santos4,
Henrique Junio Soares Santos5, Mário Henrique França Mourthé6, Thiago Gomes dos Santos Braz7*
DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.38750
Resumo
Objetivou-se testar o efeito de doses de nitrogênio (N) sobre a produção, composição morfológica, estrutura e eficiên-
cia no uso do N (EUN) em capim-corrente (Urochloa mosambicensis). Foi utilizado delineamento em blocos ao acaso
com seis repetições e seis tratamentos referentes às doses de 0, 25, 50, 75, 100 e 125 mg/dm³ de N. O experimento
foi conduzido em casa de vegetação e o N foi aplicado por solução nutritiva. Houve efeito significativo do N sobre
as variáveis de produção, composição morfológica e características estruturais, exceto para porcentagem de folhas.
As doses de N estimularam linearmente a massa seca total (MST), que aumentou 224,11% com a aplicação de 125
mg/dm3. Também houve efeito positivo sobre o número de perfilhos, que aumentou 82,60%. O uso de 125 mg/dm³
de N aumentou o número de inflorescências em 712,29%. Houve aumento significativo da proporção de colmos e
inflorescência nas plantas adubadas com N. O Kd, valor estimado que corresponde a dose de N necessária para a
obtenção da metade da produção máxima teórica de MST (13.157,8 mg/vaso), correspondeu a 27,72 mg/dm3 de
N. Para essa dose, a eficiência aproximada no uso do N foi de 40,5 mg de MST para cada mg de N. O N aumenta
linearmente a produção de massa seca total e de folhas, mas o aumento está associado a maior proporção de colmos
e inflorescências na forragem. O aumento da dose de N reduz a EUN, sendo recomendadas doses de 27,72 mg/dm³
e 23,03 mg/dm³ para se otimizar a produção de massa seca total e de folhas do capim-corrente, respectivamente.
Palavras-chave: Composição morfológica. Constante de Michaelis-Menten. Massa seca de forragem. Parâmetros
cinéticos. Urochloa mosambicensis.
Forage production and nitrogen use efficiency in afrincan liverseed grass
Abstract
The objective was to teste the effect of nitrogen (N) doses in the forage production, plant-part composition and
structure of African liverseed grass (Urochloa mosambicensis) and to estimate the plant nitrogen use efficiency (NUE).
The experimental design was in randomized block with six nitrogen doses 0, 25, 50, 75, 100 e 125 mg/dm3 and six
replicates. The experiment was carried in greenhouse and the nutrients were applied in nutrient solution. There was
N effect in all productive, morphological and structural characteristics studied in exception to leaves percentage.
1Universidade Federal de Minas Gerais. Montes Claros, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-2306-7614
2Universidade Federal de Minas Gerais. Montes Claros, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-7769-5849
3
Universidade Federal de Minas Gerais. Montes Claros, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-3132-1248
4Universidade Federal de Minas Gerais. Montes Claros, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-4164-7698
5
Universidade Federal de Minas Gerais. Montes Claros, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-9950-4871
6Universidade Federal de Minas Gerais. Montes Claros, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-3043-358X
7
Universidade Federal de Minas Gerais. Montes Claros, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-1840-7901
*Autor para correspondência: thiagogsbz@gmail.com
Recebido para publicação em 17 de março de 2022. Aceito para publicação em 14 de julho de 2022.
e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 2447-6218. Atribuição CC BY.
Gonçalves, M. B. et al.
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The N stimulated linearly the forage dry mass production (DMP), with an increase of 224.11% using 125 mg/dm³.
There was also a positive effect of N in the number of tillers, which increased 82.60%. The number of inflorescences
increased 712.29% with the maximum N application. Kd, estimated value that corresponds to the dose of N neces-
sary to obtain half of the theoretical maximum production of MST (13,157.8 mg/vase) was 27.72 mg/dm3 of N. For
this concentration, the NUE was of 40.5 mg of DMP for each mg of N Applied. The N increases linearly the total and
leaves dry mass production, but it is associated to higher proportion of stems and inflorescences in the forage. The
use of high nitrogen doses reduces the NUE and it is recommended to use 27.72 mg/dm³ and 23.03 mg/dm³ of N to
optimizes the total and leaves mass of African liverseed grass, respectively.
Keywords: Forage dry mass. Kinetic parameters. Michaelis-Menten constant. Plant-part composition. Urochloa mo-
sambicensis.
Introdução
A produção animal a pasto na região semiárida
enfrenta uma série de dificuldades devido a fatores como
a baixa precipitação, o período seco prolongado e a ir-
regularidade na distribuição de chuvas. Estas condições
acentuam a estacionalidade produtiva e contribuem para
a diminuição da capacidade de suporte das pastagens
(Éder-Silva et al., 2009). Somando a isso, o baixo número
de opções de plantas adaptadas compromete a oferta de
forragem e tornam pouco sustentável a criação de animais
a pasto nessa região.
O capim-corrente [Urochloa mosambicensis
(Hack). Dandy], também conhecido como capim-uro-
cloa, é uma opção para alimentação de ruminantes no
semiárido brasileiro. A espécie tolera pastejo intenso,
possui bom valor nutritivo, alta aceitabilidade pelos ani-
mais, apresenta baixa exigência em fertilidade do solo
e é capaz de produzir forragem em regiões cuja precipi-
tação mínima varia entre 300 e 800 mm/ano (Cook et
al., 2020). Apesar do seu potencial, essa planta é pouco
estudada e seu uso e comercialização estão associados à
informalidade. Nesse sentido, estudos sobre as exigências
nutricionais e as doses mais indicadas para adubações
podem contribuir para a melhoria do rendimento, manejo
e difusão dessa variedade.
O nitrogênio (N), por sua vez, é um nutriente
importante para as plantas forrageiras, pois está direta-
mente associado a fatores como o alongamento de folhas,
perfilhamento e acúmulo de biomassa (Martuscello et
al., 2018). Esse nutriente é extraído do solo em grandes
quantidades por plantas forrageiras de metabolismo C4,
como o capim-corrente, e proporciona aumentos signi-
ficativos na produção e capacidade de suporte do pasto,
sobretudo no período chuvoso. No entanto, o manejo
do N é muito complexo devido à sua alta volatilidade,
fácil dissipação e rápida mobilidade, o que na maioria
das vezes compromete a disponibilidade do elemento no
solo (Zheng et al., 2015).
Dessa forma, o manejo da adubação nitroge-
nada no cultivo do capim-corrente deve considerar os
impactos da adubação na produção e eficiência do uso do
nutriente pela planta para otimizar a resposta produtiva
e melhorar a eficiência da planta, dada a sua inserção em
sistemas de produção com baixo nível tecnológico que
estão associados à poucos ou nenhum uso de insumos
(Braz; Martuscello; Silva, 2022).
Portanto, para melhorar a resposta do capim-
-corrente, torna-se importante conhecer os efeitos da
adubação sobre a produção de biomassa e de componentes
morfológicos da forragem e, assim, analisar a eficiência
do uso desse nutriente pela planta. A definição da dose
pode melhorar a produção de forragem e a capacidade
de suporte das pastagens cultivadas no semiárido.
Objetivou-se avaliar os efeitos de doses de nitro-
gênio sobre a produção de massa seca total e de folhas
e aspectos morfológicos do capim-corrente, bem como
determinar a eficiência no uso desse nutriente pela for-
rageira.
Material e Métodos
O experimento foi realizado em casa de vegeta-
ção no município de Montes Claros - MG, entre os meses
de janeiro a abril de 2021. Segundo a classificação de
Köppen, o clima da região é do tipo Aw, tropical, mega-
térmico, com verão chuvoso e inverno seco. Os dados
de temperatura e umidade foram registrados durante o
período experimental, sendo que a temperatura média
foi de 25,8 ºC e a umidade relativa foi de 68,50% (Figura
1).
Foi utilizado delineamento em blocos ao acaso
com seis repetições e seis tratamentos referentes às doses
de 0, 25, 50, 75, 100 e 125 mg/dm³ de N. Para a instala-
ção, elaborou-se um substrato composto por oito partes
de solo e três partes de areia para reduzir a proporção
de argila e silte e elevar a proporção de areia, tornando
a textura mais leve, conforme necessidade da espécie.
Em seguida, o substrato foi caracterizado quanto a sua
composição química e física, no qual foram encontrados
os seguintes valores: pH (H2O) 5,4; P Mehlich (mg/dm3)
2,77; P remanescente (mg/L) 29,46; K (mg/dm
3
) 48; Ca
(cmolc/dm³) 1,80; Mg (cmolc/dm³) 0,67; Al (cmolc/dm³)
0,42; H+Al (cmolc/dm³) 1,96; SB (cmolc/dm³) 2,59; t
(cmol
c
/dm³) 3,01; m (%) 14; T (cmol
c
/dm³) 4,56; V
(%) 56,90; M.O (dag/kg) 1,19; carbono orgânico (dag/
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kg) 0,69; areia grossa (dag/kg) 45,30; areia fina (dag/
kg) 2,70; silte (dag/kg) 8,00; e argila (dag/kg) 44,00.
A recomendação para adubação fosfatada foi realizada
considerando-se o nível mais alto de exigência em ferti-
lidade para forrageiras tropicais, que é de 240 kg/ha de
P2O5 (Souza e Lobato, 2004), correspondendo a aplicação
de 120 mg/dm³ de P2O5, foi aplicado ainda o equivalente
a 75 mg/dm³ de K2O na forma de cloreto de potássio.
Figura 1 – Temperaturas máxima (TMAX), média (TMED) e mínima (TMIN) e umidade relativa do ar durante o período
de condução do trabalho
As plantas foram cultivadas em vasos plásticos
com seis litros de substrato dotados de manta de dre-
nagem para evitar perda de solo. Em seguida, os vasos
foram colocados em capacidade de campo. A semeadura
ocorreu diretamente nos vasos no dia 8 de janeiro de
2021. Após a germinação, procedeu-se o desbaste com
o objetivo de manter quatro plântulas mais vigorosas
em cada vaso. Depois do desbaste, foram realizados dois
cortes de uniformização na altura de 10 cm acima do
solo. O primeiro corte aconteceu no dia 5 de fevereiro,
no qual também foi realizada a separação dos indivíduos
em blocos mais vigorosos e menos vigorosos, seguido do
transplante e substituição de mudas raquíticas por mudas
de melhor qualidade. O segundo corte foi efetuado no
dia 15 de fevereiro e teve como objetivo a uniformização
do experimento para o início do período de avaliação.
A adubação fosfatada foi realizada com o su-
perfosfato simples durante o preparo do substrato, e a
aplicação do nitrogênio e do potássio ocorreu por meio
de solução nutritiva. O nitrogênio foi aplicado em dose
única de acordo com os tratamentos, nas concentrações
de 0, 25, 50, 75, 100 e 125 mg/dm³ de substrato, uti-
lizando-se ureia. Foram preparadas soluções nutritivas
nas concentrações de 9 g/L de K2O e 3 g/L de N, ambas
aplicadas na superfície do substrato nas proporções des-
critas na Tabela 1. Durante a aplicação das soluções, foi
acrescentada água destilada para padronizar o volume de
solução aplicado. Portanto, a soma das soluções nutritivas
com a quantidade de água atingiu volume total de 300
mL por vaso.
Tabela 1 – Volume aplicado de solução nutritiva a base de nitrogênio (N) e potássio (K) de acordo com os tratamentos
Solução Tratamento
T0 T25 T50 T75 T100 T125
Solução de N (mL) 0 50 100 150 200 250
Solução de K (mL) 50 50 50 50 50 50
Água (mL) 250 200 150 100 50 0
Tratamentos: T0 = 0 mg/dm³ de N; T25 = 25 mg/dm³ de N; T50 =50 mg/dm³ de N; T75 = 75 mg/dm³ de N; T100 = 100 mg/dm³ de N; T125
= 125 mg/dm³ de N.
Gonçalves, M. B. et al.
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Os vasos foram mantidos na capacidade de cam-
po ao longo de todo período de avaliação por meio de
pesagens realizadas duas vezes por semana para verificar
a diferença do peso atual do vaso e o seu peso na capaci-
dade de campo. Para determinação do peso na capacidade
de campo, o solo do vaso foi saturado e passou por um
período de repouso e drenagem de 24 horas.
O experimento foi avaliado por período de 60
dias, divididos em 2 cortes com intervalo de 30 dias
cada. O primeiro corte de avaliação foi realizado no
dia 17 de março de 2021, a 10 cm de altura do solo, e
o segundo corte ocorreu no dia 17 de abril de 2021, no
nível do solo. No dia anterior ao corte foram avaliados
o número de perfilhos (NPERF) e o número de inflo-
rescências por planta (NINFL) por meio da contagem
desses componentes morfológicos. O material fresco foi
colhido, acondicionado em sacos plásticos e direcionado
para o laboratório. Em seguida, a forragem foi pesada e
separada nos componentes morfológicos lâminas foliares,
colmos + bainhas, material morto e inflorescências. Após
isso, as amostras dos componentes morfológicos foram
acondicionadas em sacos de papel para secagem em
estufa de circulação forçada a 65 ºC durante 72 horas.
Após pré-secagem em estufa, as amostras foram moídas
em moinho de facas com peneira de 1 mm e direciona-
das para secagem definitiva em estufa a 105° C por 24
horas. No final desse procedimento foi possível estimar
o peso seco de cada variável. A massa seca produzida
no corte foi determinada pela soma dos valores de cada
componente morfológico.
Para obter a massa seca total (MST), os dados
do primeiro e segundo cortes foram somados. A massa
seca de folhas também foi obtida pela soma da massa de
folhas verdes obtida em cada corte. O peso médio dos
perfilhos foi estimado dividindo-se a massa seca total de
cada corte pelo número de perfilhos do vaso. Para definir
as variáveis de composição morfológica, contagem de
perfilhos e inflorescências, realizou-se a média das duas
colheitas.
Na análise do experimento, foram consideradas
as seguintes variáveis: massa seca total (MST g/vaso),
número médio de perfilhos/planta (NPERF), número
médio de inflorescências/planta (NINFL), massa seca de
folhas (MSF g/vaso), porcentagem de lâminas foliares
(%FOL), colmos + bainhas (%COL), material morto
(%MOR), inflorescências (%INFL), relação folha:colmo
(RFC) e peso médio dos perfilhos (PMPERF mg/perfilho).
Os resultados obtidos passaram pela análise de
variância considerando-se 5% como nível crítico de sig-
nificância. Em caso de efeito significativo de tratamento,
os dados foram analisados por meio de regressão, em
que a escolha do modelo se baseou na significância dos
parâmetros, explicação biológica e coeficiente de deter-
minação. Todas as análises foram realizadas por meio
do pacote estatístico Genes, versão 1990.2019.89 (Cruz,
2016).
Os dados de massa seca total e massa seca de
folhas também foram analisados conforme o princípio de
Michaelis-Menten de cinética enzimática. Nesse modelo,
o Vmáx (Km) representa a velocidade máxima de reação
nunca alcançada, mas para qual o sistema inclina-se
quando o nível de nutriente tende a infinito. Neste estu-
do, o parâmetro Km representou o máximo desempenho
possível em termos de massa seca, esse ponto indica a
saturação enzimática do sistema. o Kd, conhecido como
constante de Michaelis-Menten, corresponde o nível de
nitrogênio aplicado cuja resposta produtiva foi metade
do Km, ou a quantidade do nutriente que proporciona
produção equivalente a metade da produção máxima teó-
rica. Para a obtenção dos parâmetros acima, foi realizada
a transformação de Lineweaver-Burk, em que os dados
foram inicialmente transformados para a obtenção dos
valores da sua inversa. Em seguida procedeu-se a análise
de regressão linear da inversa dos valores da resposta
produtiva (1/Y) em função da inversa dos valores das
doses de nitrogênio (1/X), conforme a equação (1/Y) =
a + b*(1/X) descrita em Lana et al. (2005) e Fernandes
et al. (2015).
Os parâmetros cinéticos foram estimados da
seguinte forma:
Km = 1 / a
Kd = b / a
No qual: Km = Máximo desempenho teórico pos-
sível; Kd = Capacidade de aproveitamento do nitrogênio
para o crescimento; e “a” e “b” = Parâmetros matemáticos
da equação de dupla inversa de Lineweawer-Burk.
Uma vez estimados os parâmetros cinéticos, a
curva de resposta marginal ao N (EFmi) ou Eficiência no
uso do N (EUN) foi estruturada a partir das eficiências
marginais observadas a cada intervalo de 5 mg de N,
utilizando-se dados de resposta produtiva estimados com
o modelo. A resposta foi obtida em função da quantidade
de nitrogênio adicionada ao substrato (concentração
estudada em mg/dm³ x 6 dm³).
Em que,
EFmi = Eficiência marginal no nível de adubação nitro-
genada i; Pi = produção de forragem projetada a partir
da equação de Lineweaver-Burk para o nível de adubação
i; P(i 5) = produção de forragem projetada à partir da
equação de Lineweaver-Burk para o nível de adubação
i – 5 mg de N.
Resultados e Discussão
Houve efeito significativo do nitrogênio (N) sobre
todas as variáveis de produção, composição morfológica
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e estrutura analisadas, exceto sobre a porcentagem de
folhas e relação folha:colmo (Tabela 2).
A adubação nitrogenada promoveu resposta linear
positiva na massa seca total (MST) com incremento de
224,11% após a aplicação de 125 mg/dm3 em comparação
com a doze zero de N (Tabela 2). Esse aumento se deve ao
efeito positivo do N na produção de biomassa das plantas
forrageiras. O N é o nutriente mais limitante para o cres-
cimento de gramíneas de metabolismo C4 (Mathews et
al., 2004) e desempenha papel importante na fotossíntese
e acúmulo de biomassa por exercer função estrutural na
constituição de aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos
(Marschner, 1995). Esse nutriente também participa de
processos como a síntese de clorofila, respiração e dife-
renciação celular. Todos esses compostos desempenham
papel bioquímico e estrutural, portanto o N tem relação
direta com o aumento da biomassa vegetal por meio da
emissão e alongamento de folhas e de perfilhamento
(Paciullo et al., 2011; Martuscello et al., 2015). De fato,
ao desempenhar função estrutural importante no aparato
bioquímico das células vegetais, haverá grande demanda
desse nutriente em locais de divisão e expansão celular
em razão da intensa atividade metabólica e da necessi-
dade de síntese de novos compostos para a divisão das
células.
Bezerra et al. (2019) observaram maior resposta
do capim-corrente a adubação com N, uma vez que os
autores reportaram incremento de 376% na produção de
massa seca com a aplicação de 100 kg/ha de N (50 mg/
dm³). A adubação na Urochloa decumbens cv. Basilisk com
doses de 0 a 400 kg/ha de N aumentou linearmente a
área foliar das plantas (Vitor et al., 2014), o que tornou
a variedade mais eficiente na captação de luz e produção
de biomassa. A observação de resposta linear à adubação
com N indica que é possível se obter maiores níveis de
produção com doses mais altas.
A utilização do N também teve efeito linear posi-
tivo sobre o número de perfilhos (NPERF), que aumentou
82,60% entre as doses de 0 e 125 mg/dm3 (Tabela 3). O N
estimula o perfilhamento em várias espécies de gramíneas,
entre elas as principais plantas do gênero Urochloa (Silva
et al., 2009). Esse incremento no número de perfilhos
ocorre devido ao aumento na taxa de aparecimento de
folhas e, consequentemente, no aumento do número de
gemas axilares responsáveis pelo surgimento de novos
perfilhos (Martuscello et al., 2015). Em termos percen-
tuais, o NPERF apresentou menor incremento do que a
MST, isso pode ter ocorrido em função do aumento da
massa dos perfilhos individuais que encontraram melhores
condições para o desenvolvimento diante de ambiente
rico em nitrogêni.
Santos et al. (2009) obtiveram aumento de 145%
no número de perfilhos da Urochloa decumbens cv. Basilisk
adubada com doses entre 0 a 120 kg/ha de N, durante
73 dias de diferimento. Para os autores, o aumento do
perfilhamento em gramíneas contribui para a plasticidade
fenotípica das plantas. Esse processo é importante por
auxiliar a adaptação das forrageiras à maior diversidade
de ambientes.
Tabela 2 Características produtivas e estruturais do capim-corrente (Urochloa mosambicensis) adubado com o nitrogênio
Variável Dose de nitrogênio (mg/dm³) Equação de regressão
0 25 50 75 100 125
MST 5,6 13,6 14,7 20,4 21,8 24,3 ŷ= 7,8827 + 0,1413**x 91,92
NPERF 5,6 9,5 8,8 10,7 11,5 12,0 ŷ= 6,8476 + 0,0452**x 79,07
NINFL 0,4 0,9 1,2 2,1 2,4 2,9 ŷ= 0,358 + 0,0204**x 98,28
MSF 1,5 3,7 4,1 5,3 5,9 6,1 ŷ= 2,193 + 0,0354**x 95,95
%FOL 27,93 26,50 26,92 25,08 25,25 24,85 ŷ= 26,09 -
%COL 25,47 35,08 33,43 32,93 36,88 38,18 ŷ= 0,0783 + 28,772**x 58,26
%MOR 44,40 32,70 33,97 33,90 29,47 27,57 ŷ= 40,376 - 0,1074**x 67,06
%INFL 2,20 5,72 5,75 8,08 8,38 9,40 ŷ= 0,053 + 3,2794**x 87,47
RFC 0,78 0,83 0,80 0,70 0,67 0,78 ŷ = 0,87 -
PMPERF 150,0 216,7 233,3 266,7 250,0 266,7 ŷ = -1E-05*x2 + 0,0022**x + 0,1566 89,81
MST: Massa seca total (g); NPERF: Número médio de perfilhos/planta; NINFL: Número médio de inflorescências/planta; MSF: Massa seca de folhas
(g); %FOL: Porcentagem de folhas; %COL: Porcentagem de Colmo; %MOR: Porcentagem de material morto; %INFL: Porcentagem de inflorescências;
RFC: Relação folhas-colmo; PMPERF: Peso médio dos perfilhos (mg); R²: coeficiente de determinação; *, **: significativo a 5 e 1%, respectivamente.
O N influenciou de forma linear o número de
inflorescências (NINFL). A quantidade de inflorescên-
cias emitidas entre as doses 0 e 125 mg/dm³ de N foi
aumentada em 712,29% (Tabela 2). O N promove o
perfilhamento em gramíneas e, quanto mais se eleva a
produção de perfilhos, maior é a possibilidade de emissão
Gonçalves, M. B. et al.
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de inflorescências, sobretudo em plantas de U. mosam-
bicensis que apresentam florescimento precoce (Cook et
al., 2020). Na emissão das inflorescências o N atua em
dois momentos distintos. Durante a pré-indução do flo-
rescimento, o nutriente maximiza a produção de perfilhos
reprodutivos. no alongamento das inflorescências,
o N auxilia na formação de estruturas vigorosas que
suportam o preenchimento de sementes (Jornada et al.,
2008; Loeppky e Couman, 2002).
Houve efeito do N na massa seca de folhas (MSF)
do capim-corrente, com resposta linear positiva (Tabela 2).
O aumento proporcionado com a aplicação de 125 mg/
dm³ em relação à ausência de adubação foi de 201,78%.
Nesse sentido, o aumento da adubação potencializa a
produção de folhas do capim-corrente, o que melhora a
qualidade da forragem, uma vez que a maior parte dos
nutrientes das forrageiras se depositam nesse componente
morfológico. Conforme Freitas et al. (2012), as folhas
apresentam maior teor de proteína e digestibilidade e
menor teor de fibras que os colmos.
A aplicação do N não alterou a porcentagem de
folhas (%FOL) das plantas do capim-corrente (Tabela
2), que apresentaram valor médio de 26,09%. Isso pode
ser explicado pelo estímulo do N ao desenvolvimento de
perfilhos reprodutivos observados no presente estudo.
Nesse sentido, o aumento no florescimento observado nas
plantas com maiores doses de adubo elevou as proporções
de colmos e inflorescências, que fizeram com que não
fossem notados aumentos na participação das folhas na
composição morfológica da forragem.
A aplicação de N incrementou a porcentagem
de colmos (%COL) linearmente em 34,26% (Tabela 2).
Da mesma forma que o N estimula a produção de folhas,
também há estímulo no desenvolvimento de colmos,
que esse nutriente é o maior fator de aumento na bio-
massa das forrageiras. Conforme verificado em outras
variáveis, o N promove o desenvolvimento de novos
tecidos nas forrageiras. Segundo Iwamoto et al. (2014),
o N possibilita o aumento na produção de colmos, prin-
cipalmente nos períodos de verão e outono, onde se tem
uma condição ambiental favorável. Nesse momento,
as plantas emitem mais folhas e perfilhos e passam da
fase vegetativa para a fase reprodutiva, o que resulta no
maior alongamento de colmos. Contudo, é importante
salientar que o aumento na proporção de colmos não é
interessante para o manejo e eficiência de pastejo, uma
vez que pode ocorrer a diminuição da RFC e a queda do
valor nutricional da forrageira (Rodrigues et al., 2008).
A porcentagem de material morto (%MOR) foi
reduzida de modo linear pela adubação nitrogenada,
sendo que a dose 125 mg/dm
3
levou à redução de 33,24%
na %MOR em relação à ausência de adubação (Tabela
2). Em momentos anteriores ao período de entressafra,
gramíneas forrageiras perenes remobilizam parte dos
nutrientes presentes em folhas senescentes e em reservas
energéticas para o desenvolvimento de perfilhos reprodu-
tivos e para o sistema radicular (Yang et al., 2009; Yang
et al., 2014). Isso pode acarretar aumento da senescência
diante do surgimento de perfilhos reprodutivos. Contudo,
a adubação nitrogenada e o estímulo ao desenvolvi-
mento tanto de partes vegetativas quanto reprodutivas
fez com que a planta demandasse menos nutrientes via
remobilização. Dessa forma, o processo de senescência
foi minimizado, bem como a participação do material
morto na forragem. Os relatos da literatura apontam
para ausência de efeito da adubação nitrogenada sobre
a %MOR de espécies do gênero Urochloa (Fagundes et
al. 2005; Moreira et al., 2009). Por outro lado, Bezerra
et al. (2019) relataram aumento no número de folhas
senescentes em capim-corrente adubado com N, fator
que pode elevar a %MOR na composição morfológica
da forragem.
A adubação com o N elevou linearmente a por-
centagem de inflorescências (%INFL) no capim-corrente,
que apresentou valor 327,27% superior com a aplicação
de 125 mg/dm³ em relação à ausência de adubação (Ta-
bela 2). O aumento no perfilhamento observado nesse
estudo e ocorrência de intenso florescimento resultou
em maior participação de inflorescências na composição
morfológica da forragem. O vigor vegetativo das plantas
adubadas pode favorecer a produção de inflorescências.
Nesse sentido, ao estimular o perfilhamento do capim-
-corrente, automaticamente haverá maior quantidade de
perfilhos vegetativos com potencial para se diferenciarem
em perfilhos reprodutivos. Simeão et al. (2016) obser-
varam correlação positiva entre a produção de biomassa
e o número de inflorescências em híbridos de Urochloa
ruziziensis. Isso indica que o vigor vegetativo das plantas
está positivamente associado a aspectos do florescimento.
Não houve efeito da adubação sobre a relação
folha:colmo (RFC), que apresentou valor médio de 0,87
(Tabela 2). O ideal é que essa relação apresente valor
superior a 1, pois indica maior proporção de folha na
biomassa de forragem. A oferta de N em grandes quan-
tidades pode acelerar o crescimento e desenvolvimento
do dossel, fazendo com que haja aumento no tamanho
e proporção de colmos das gramíneas (Braz et al., 2011;
Freitas et al., 2012). Nesse caso, pode haver produção
exagerada de colmos e aumento das inflorescências,
principalmente em condições ruins de manejo, onde as
plantas ultrapassam o ponto de colheita.
Rodrigues et al. (2008) avaliaram 3 cortes da Uro-
chloa brizantha cv. Xaraés adubada com doses de N (0,75,
150 e 225 mg/dm3) e potássio (0, 50 e 100 mg/dm3).
Segundo os autores, nas doses mais elevadas de N houve
a diminuição da RFC, devido ao maior crescimento de
plantas e alongamento de colmos. É importante ressaltar
que a RFC é utilizada como indicativo de características
nutricionais das forrageiras. Nesse sentido, a baixa RFC,
além de representar maior proporção de tecidos mais
fibrosos, ainda pode limitar o consumo de forragem por
animais em pastejo. Fonseca et al. (2012) observaram
aumento na participação de colmos com o aumento da
Produção de forragem e eficiência no uso do nitrogênio em Capim-corrente
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altura do dossel de plantas de sorgo em pastejo. Neste
estudo, foi evidenciada redução no consumo de forragem
em dosséis mais elevados e com maior participação de
colmos.
A adubação nitrogenada elevou o peso médio
dos perfilhos (PMPERF) de forma quadrática (Tabela 2).
O ponto de máximo PMPERF foi estimado para a dose
equivalente a 110 mg/dm³ de N, onde o PMPERF atingiu
o valor de 277,6 mg, representando um incremento de
77,23% em comparação com dose zero. O N participa
de processos metabólicos, como a síntese de clorofila
e de rubisco, que são importantes para o aumento da
fotossíntese e divisão celular das plantas. Esses fatores
estimulam o alongamento de folhas e colmos, que, por
sua vez, contribuem para o maior desenvolvimento dos
perfilhos.
Nesse sentido, a disponibilidade de N interfere
no incremento de produção de biomassa nas forrageiras,
incluindo a massa dos perfilhos individuais (Santos et
al., 2009). Além disso, o peso dos perfilhos tende a ser
aumentado devido o florescimento, estádio em que as
plantas consomem as reservas energéticas na produção
de estruturas morfológicas mais vigorosas. Os perfilhos
reprodutivos são mais robustos, uma vez que são res-
ponsáveis pela sustentação das inflorescências, racemos
e sementes (Santos et al., 2009).
Os parâmetros cinéticos da resposta do capim-
-corrente em termos de produção de massa seca total e
massa seca de folhas foram estudados por meio do modelo
de Michaelis-Menten (Tabela 3). Nesse modelo, foram
estimados os parâmetros da resposta cinética com base
na regressão da inversa dos dados de massa em função
da inversa dos dados de quantidade de nitrogênio apli-
cado por vaso. Assim, os coeficientes “a” e “b” estimados
permitiram o cálculo do Km, que é a resposta produtiva
máxima teórica e o Kd, que corresponde a quantidade
do nutriente que proporciona resposta equivalente à
metade da resposta máxima teórica ou a capacidade de
aproveitamento do nutriente.
Tabela 3 – Parâmetros cinéticos da resposta produtiva do capim-corrente a adubação nitrogenada
Variável b a Km Kd
MST (mg/vaso) 0,006322 0,000038 26315,8 166,4
MSF (mg/vaso) 0,021139 0,000153 6535,9 138,2
a e b: Parâmetros matemáticos da equação de dupla inversa de Lineweawer-Burk; Km: Máximo desempenho teórico; Kd: Capacidade de aprovei-
tamento do nitrogênio para o crescimento.
Nota-se que a resposta máxima teórica para MST
apresentou valor absoluto elevado e superior ao da MSF.
Nesse sentido, o aumento de produção se manifestou
principalmente por meio do aumento de massa total,
independente do componente morfológico avaliado. Por
outro lado, a produção de folhas teve aumento menos
expressivo, indicando que maiores doses de N, no ca-
pim-corrente, aumentam a proporção de componentes
menos desejáveis para a qualidade da forragem, como é
o caso de colmos e inflorescências.
O valor de Kd estimado equivale à quantidade
total de nitrogênio adicionado ao vaso (Tabela 3). Assim,
para se obter a dose equivalente, divide-se o valor por
6 (quantidade de decímetros cúbicos de solo por vaso).
Portanto, o Kd da MST foi de 27,72 mg/dm3 de N, valor
equivalente à 55,46 kg/ha de N. Já para a MSF, o Kd foi
de 23,03 mg/dm3 de N, que se equipara a 46,05 kg/ha
de N. Percebe-se que o valor obtido para MSF é inferior
ao da MST. Isso significa que a produção de folhas no
capim-corrente pode ser maximizada em doses menores
em relação a MST.
Foi possível verificar que a eficiência no uso do
nitrogênio (EUN) diminuiu consideravelmente com o au-
mento das doses desse elemento (Figura 2). Assim, para
a dose 166,4 mg/vaso (27,72 mg/dm3), a eficiência no
uso do nitrogênio aproximada é de 40,5 mg de MST para
cada mg de N adicionado, valor que, por extrapolação,
equivale à produção de 40,5 kg de MST para cada kg de N
aplicado. para a MSF, a dose de 138,2 mg/vaso (23,03
mg/dm3) proporcionou EUN de aproximadamente 12 mg
de MSF para cada mg de N. A diferença entre os valores
evidencia que a biomassa do capim-corrente apresenta
maior porcentagem de inflorescências, colmos e material
morto, componentes morfológicos desfavoráveis para a
qualidade das forrageiras. No presente estudo, o aumento
da produção de biomassa obtido com doses elevadas de
N foi associado a composição morfológica com maior
porcentagem de como, material morto e inflorescências,
componentes indesejáveis quando comparados às lâminas
foliares.
Martuscello et al. (2018) observaram redução no
índice de eficiência agronômica do N com aumento da
dose de adubo em Megathyrsus maximus ‘BRS Quênia’.
De acordo com os autores, o índice caiu de 22,67% para
14,72% com o aumento de 50 mg/dm³ para 200 mg/
dm³ de N na dose de N aplicada. Segundo os autores
alguns fatores podem influenciar a eficiência do uso do
N, entre eles a lei dos incrementos decrescentes, no qual
os aumentos na produção de biomassa podem ser mais
expressivos em doses menores do que em doses elevadas
de N.
Gonçalves, M. B. et al.
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Figura 2 – Eficiência no uso do nitrogênio (EUN) no capim-corrente para a produção de massa seca total (MST) e
massa seca de folhas (MSF)
Conclusão
A adubação com N aumenta linearmente a pro-
dução total e produção de folhas do capim-corrente, mas
o aumento está associado à maior proporção de colmos
e inflorescências. No entanto, o aumento da dose de N
reduz a eficiência do uso do nutriente para a produção
de massa seca total e de folhas em capim-corrente.
A dose de N que proporciona produção equiva-
lente a 50% da produção máxima teórica é de 27,72 mg/
dm³ de N para massa seca total e de 23,03 mg/dm³ para
massa de folhas. O uso destas doses resulta em eficiência
de 40,5 mg de massa seca por mg de N e de 12 mg de
massa seca de folhas por mg de N, sendo, portanto, va-
lores recomendados para a adubação do capim-corrente.
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