Caracterização de um Latossolo Vermelho distroférrico no município de Tangará da Serra, Mato
Grosso
Diego Fernando Daniel1*; Rivanildo Dallacort2; João Danilo Barbieri3; Paulo Sérgio Lourenço de Freitas4;
Marco Antonio Camillo de Carvalho5; Alcir José Modolo6; Oscar Mitsuo Yamashita7
DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.39613
Resumo
O objetivo desse trabalho foi caracterizar um Latossolo Vermelho distroférrico quanto às suas propriedades físico-hídri-
cas. A amostragem do solo foi efetuada em uma área de cultivo agrícola no campo experimental da Universidade do
Estado de Mato Grosso (UNEMAT) em Tangará da Serra - MT. Foram coletadas amostras deformadas e indeformadas de
solo nas camadas de 0-10, 10-20, 20-30, 30-40 e 40-50 cm. Os atributos do solo analisados foram textura, densidade
do solo, umidade volumétrica, macroporosidade, microporosidade, porosidade total, capacidade de campo, ponto de
murcha permanente, resistência do solo à penetração, capacidade de água disponível, disponibilidade total de água
e velocidade de infiltração básica. Para cada variável avaliada, foi realizada a análise de variância e a comparação de
médias (Tukey p<0,05). O Latossolo Vermelho distroférrico do local de estudo possui textura muito argilosa. Para o
teor de argila encontrado, a densidade crítica é de 1,34 kg dm-3. A capacidade de campo do solo é de 0,3490 m3 m-3,
o ponto de murcha permanente é de 0,2083 m3 m-3, com capacidade de água disponível de 82,45 mm. A resistência
do solo à penetração encontrada classifica-o com resistência moderada. A velocidade de infiltração sica do solo
(VIB) foi de 25,91 mm h-1, classificada como VIB alta.
Palavras-chave: CAD. Capacidade de campo. Densidade do solo. Ponto de murcha permanente. Velocidade de infiltração.
Characterization of a dystroferric Red Latosol in the municipality of Tangará da Serra, Mato Grosso
Abstract
The aim of this work was to characterize a dystroferric Red Latosol in terms of its physical-hydric properties. Soil
sampling was carried out in an agricultural cultivation area in the experimental field of the State University of Mato
Grosso (UNEMAT) in Tangará da Serra - MT. Deformed and undisturbed soil samples were collected in the 0-10,
10-20, 20-30, 30-40 and 40-50 cm layers. The soil attributes analyzed were texture, soil density, volumetric moistu-
re, macroporosity, microporosity, total porosity, field capacity, permanent wilting point, soil penetration resistance,
available water capacity, total water availability and basic infiltration velocity. Analysis of variance and comparison
of means were performed for each variable evaluated (Tukey p<0.05). The dystroferric Red Latosol at the study site
has a very clayey texture. For the clay content found, the critical density is 1.34 kg dm-3. The field capacity of the soil
1Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT, Tangará da Serra MT. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-1743-5089
2Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT, Tangará da Serra MT. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-7634-8973
3Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT, Tangará da Serra MT. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-8251-1255
4Universidade Estadual de Maringá UEM, Maringá PR. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-6663-2797
5Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT, Alta Floresta MT. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-4966-1013
6Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR, Pato Branco PR. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-4796-8743
7Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT, Alta Floresta MT. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-6715-626X
*Autor para correspondência: diegodaniel.agro@gmail.com
Recebido para publicação em 07 de maio de 2022. Aceito para publicação em 13 de
agosto
de
2022 .
e-
ISSN: 2447-6218 / ISSN: 2447-6218. Atribuição CC BY.
CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
2
Daniel, D. F. et al.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0110, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.39613
is 0.3490 m3 m-3, the permanent wilting point is 0.2083 m3 m-3, and the available water capacity is 82.45 mm. The
penetration resistance of the soil found classifies it as having moderate resistance. The soil basic infiltration velocity
(BIV) was 25.91 mm h-1, classified as high BIV.
Keywords: AWC. Field capability. Infiltration rate. Soil density. Permanent wilting point.
Introdução
A região sudoeste do estado de Mato Grosso é
constituída principalmente de grandes áreas com solos
latossólicos (Santos et al., 2011). Os Latossolos são solos
bem desenvolvidos, são solos profundos, porosos e bem
drenados, apresentando relevo suave ondulado a plano,
que podem ser mecanizados. Portanto, culturas agríco-
las de altos valores econômicos podem ser exploradas,
desde que estes solos sejam bem manejados (Santos et
al., 2018).
O município de Tangará da Serra, local da pes-
quisa, fica localizado no sudoeste do estado de Mato
Grosso, nas coordenadas geográficas latitude 14°37’10”
S, longitude 57°29’09” O, com altitude média de 423
metros. Tangará da Serra é considerada cidade-polo da
região politicamente denominada de Médio Norte do
estado de Mato Grosso, com o relevo pertencente ao
Planalto dos Parecis, sendo que o município possui uma
área total de 11.636,98 km2, predominantemente com
Latossolos Vermelhos e Vermelho-Amarelos (Moreira e
Vasconcelos, 2007).
A caracterização das propriedades físico-hídricas
do solo é de fundamental importância para um manejo
adequado, principalmente para solucionar problemas
relacionados à irrigação, drenagem, conservação do solo
e da água, infiltração da água no solo e do escorrimento
superficial (Stefanoski et al., 2013; Cassol et al., 2017).
Assim, diferentes propriedades do solo têm sido
usadas para caracterizá-lo, bem como avaliar a qualidade
física do solo, sendo as mais comuns: textura do solo,
densidade do solo, macroporosidade, microporosida-
de, porosidade total e resistência do solo à penetração
(Stefanoski et al., 2013; Freitas et al., 2017), além das
propriedades dricas do solo (Amaral et al., 2017; Cas-
sol et al., 2017). Os parâmetros físicos do solo como a
densidade, compactação e porosidade podem ser profun-
damente modificados pelo teor de matéria orgânica do
solo e pelas condições de cultivo, com reflexos diretos no
armazenamento, infiltração e no teor de água disponível
(Ribeiro et al., 2016).
A importância do conhecimento da infiltração de
água no solo, do ponto de murcha permanente (θPMP),
da capacidade de campo (θCC) e da capacidade de água
disponível no solo (CAD) são fatores de extrema impor-
tância na definição de técnicas de conservação do solo e
da água e no manejo e gestão correto da água de irrigação
(Souza et al., 2016; Jerszurki et al., 2018). Cassol et al.
(2017) ressaltam a importância da caracterização hídrica
do solo através da CAD, da θPMP e da θCC, o quais são de
extrema utilidade no estabelecimento das necessidades
de irrigação, uma vez que permitem conhecer o volume
e os limites de retenção de água no solo na faixa de água
disponível às plantas. A capacidade de campo e o ponto
de murcha permanente o parâmetros de extrema uti-
lização prática, pois a partir deles é possível conhecer a
água disponível para cultivos e estimar as necessidades
de irrigação (Souza et al., 2016; Assi et al., 2019).
As características físicas e hídricas do solo, o
conteúdo inicial de umidade e as condições da superfície
do solo (cobertura vegetal) o fatores que afetam dire-
tamente a infiltração da água no solo (Silva et al., 2014).
Além destes, a porosidade do solo e a textura também
são fatores importantes que interferem na infiltração da
água do solo (Gonçalves e Moraes, 2012; Mellek et al.,
2014).
As propriedades do solo o específicas de cada
tipo de solo e podem variar significativamente de acordo
com as condições de manejo, faz-se necessária à sua de-
terminação no local. Nesse sentido, o presente trabalho
teve como objetivo caracterizar um Latossolo Vermelho
distroférrico do município de Tangará da Serra - MT,
quanto às suas propriedades físico-hídricas, visando for-
necer subsídios para o seu manejo racional e utilização
agrícola.
Material e métodos
O trabalho foi conduzido na área experimental
da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT),
Campus Professor Eugênio Carlos Stieler localizado no
município de Tangará da Serra - MT, e nas dependências
do Centro Tecnológico de Geoprocessamento e Senso-
riamento Remoto (CETEGEO-SR), com coordenadas
geográficas Latitude 14°39’ Sul, Longitude 57°25’ Oeste
e altitude média de 440 metros.
O clima é megatérmico ou tropical com seca no
inverno (Aw), de acordo com o Sistema de Classificação
Climática de Köppen (Souza et al., 2013), o qual apre-
senta elevadas temperaturas, com uma estação seca, que
compreende os meses de maio a setembro, e uma chuvosa
que vai de outubro a abril, com precipitação média anual
de 1.830 mm, temperatura média de 24,4°C e umidade
relativa do ar entre 70-80% (Dallacort et al., 2011).
3
Caracterização de um Latossolo Vermelho distroférrico no município de Tangará da Serra, Mato Grosso
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0110, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.39613
O tipo de solo existente na região é o Latossolo
Vermelho distroférrico com textura muito argilosa (Santos
et al., 2018), relevo variando entre plano e suave ondu-
lado, localizado no Planalto dos Parecis e inserido na
Bacia do Alto Paraguai (BAP), em área de transição entre
os biomas Cerrado e Amazônia (Moreira e Vasconcelos,
2007).
A caracterização da área estudada consistiu na
coleta de amostras de solo com estrutura alterada e pre-
servada na camada entre 0 e 50 cm. A amostragem do solo
foi efetuada em uma área de cultivo agrícola no campo
experimental da UNEMAT que possui área de 11.418 m2
(Figura 1).
Figura 1 Mapa de localização com destaque para a área de estudo no município de Tangará da Serra, estado de Mato
Grosso.
De maneira a caracterizar suas propriedades físi-
co-hídricas para melhor entendimento das características
do solo na região de estudo, foram realizadas avaliações
no solo, como a determinação da textura, densidade do
solo, umidade volumétrica, macroporosidade, micropo-
rosidade, porosidade total, capacidade de campo, ponto
de murcha permanente, resistência do solo à penetração,
capacidade de água disponível no solo, disponibilidade
total de água no solo, infiltração da água no solo e velo-
cidade de infiltração básica.
No ano anterior do experimento, foram consta-
tados alguns pontos de compactação na área estudada e,
visando homogeneizar e reduzir a compactação do solo,
foi realizada no mês de outubro de 2019 uma subsolagem
com subsolador de três hastes. Posteriormente, foi utili-
zada por uma vez grade intermediária, seguida de grade
niveladora, a fim de uniformizar o terreno, destorroar,
nivelar e adensar o solo. Após isso, o terreno ficou em
pousio até julho de 2020, quando foi realizada a coleta
do solo para as avaliações.
Para a determinação da composição granulomé-
trica (textura), densidade do solo (Ds), umidade volu-
métrica (θv), macroporosidade (Ma), microporosidade
(Mi), porosidade total (Pt), capacidade de campo (θCC),
ponto de murcha permanente (θPMP), capacidade de água
disponível no solo (CAD) e disponibilidade total de água
no solo (DTA), foram coletadas amostras deformadas e
indeformadas em 5 profundidades estudadas (0-10, 10-
20, 20-30, 30-40 e 40-50 cm) em seis pontos distintos e
aleatórios dentro da área amostrada.
A determinação da textura (areia, silte e argila)
foi realizada por meio de amostras deformadas pelo
método da pipeta nas 5 profundidades relatadas em
cada um dos pontos amostrados, com quatro repetições
cada profundidade (Teixeira et al., 2017). O ensaio foi
4
Daniel, D. F. et al.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0110, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.39613
realizado no Laboratório AGROSOLO Clínica de Análises
Agronômicas em Nova Mutum - MT.
Para a determinação da densidade do solo, umi-
dade volumétrica, macroporosidade, microporosidade, e
porosidade total, o método escolhido foi o da mesa de
tensão nas 5 profundidades relatadas em cada um dos
pontos amostrados, com seis repetições, por meio de
amostras indeformadas coletadas em anéis volumétricos
(anéis de Kopeck) (Teixeira et al., 2017), cujo ensaio
foi realizado no Laboratório de Solos da UNEMAT em
Tangará da Serra - MT.
A determinação da capacidade de campo e do
ponto de murcha permanente ocorreu por meio de amos-
tras indeformadas coletadas em anéis volumétricos (anéis
de Kopeck), pelo método de retenção de água em extrator
de placa porosa nas 5 profundidades relatadas em cada
um dos pontos amostrados, com 4 repetições (Camargo
et al., 2009). O ensaio foi realizado no Laboratório de
Física do Solo do Instituto Agronômico de Campinas
(IAC).
Com base na capacidade de campo e no ponto
de murcha permanente, foi calculada a capacidade de
água disponível (CAD) nas 5 profundidades relatadas,
de acordo com a equação 1.
(Eq. 1)
Em que: CAD
=
capacidade de água disponível no solo (mm); CC
=
capacidade de campo (%); PMP = ponto de murcha permanente (%);
Ds = densidade do solo (kg m
-3
); H = espessura do horizonte (m).
Para o cálculo da disponibilidade total de água
no solo (DTA), utilizou-se a equação 2.
(Eq. 2)
Em que: DAT
=
disponibilidade total de água no solo (mm cm
-1
); CC
=
capacidade de campo (%); PMP
=
ponto de murcha permanente
(%); Ds
=
densidade do solo (g cm
-3
).
Para a determinação da resistência à penetração
do solo, foi utilizado um penetrômetro de impacto gra-
duado modelo Stolf (Stolf et al., 2012). O penetrômetro
recebeu impactos e foram realizadas leituras gradativa-
mente até atingir a profundidade de 50 cm em cada um
dos pontos amostrados, totalizando 4 repetições. Após
a coleta dos dados a campo, os valores de resistência à
penetração do solo foram calculados através do programa
em ambiente Excel “Penetrômetro de impacto Stolf - pro-
grama computacional de dados em EXCEL-VBA” (Stolf et
al., 2014).
A determinação da infiltração da água no solo
foi realizada através do método do infiltrômetro de anel,
constituído por dois anéis, um externo e outro interno,
abrangendo um menor com diâmetro de 25 cm (anel
interno) e um maior com 50 cm (anel externo), ambos de
altura de 30 cm (Bernardo et al., 2006). As leituras foram
iniciadas nos tempos de um minuto, sendo anotadas em
uma planilha, cujos valores foram utilizados para construir
as curvas de infiltração acumulada (Ia) e de velocidade
de infiltração (VI). A Velocidade de Infiltração Básica
(VIB) foi determinada através da equação desenvolvida
por Kostiakov (Bernardo et al., 2006; Cordeiro et al.,
2021).
Os dados textura, densidade do solo, umidade
volumétrica, macroporosidade, microporosidade, poro-
sidade total, capacidade de campo, ponto de murcha
permanente, resistência do solo à penetração, capacidade
de água disponível no solo e disponibilidade total de
água no solo foram submetidos à análise de variância, e
as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste
de Tukey, adotando-se como critério de significância de F
e de diferença entre médias valores de p<0,05. Os dados
foram processados utilizando-se o software SISVAR 5.8
(Ferreira, 2011).
Resultados e discussão
Os dados referentes à composição granulométri-
ca e outras características sicas do solo estudadas em
diferentes profundidades estão descritas na Tabela 1.
Pode-se verificar que somente para a densidade
do solo não houve diferença estatística entre as profundi-
dades avaliadas (p>0,05). Para as outras características
físicas avaliadas, foram encontradas diferenças significa-
tivas (p<0,05) entre as camadas do solo. Os resultados
da análise textural do solo nas camadas entre 0-50 cm
permitem admitir diferenças na textura entre as camadas
avaliadas, com média de 235, 124 e 641 g kg-1 para a areia,
silte e argila, respectivamente, tipicamente característico
de um Latossolo Vermelho. De acordo com Santos et al.
(2018), o solo estudado é classificado como Latossolo
Vermelho distroférrico, com textura muito argilosa, o que
pode ser confirmado nesse trabalho, já que os valores de
argila encontrados nas camadas foram acima de 600 g
kg-1.
A densidade do solo variou entre 1,151 e 1,199
kg dm-3 entre as profundidades, com média de 1,172 kg
dm-3. A densidade média do solo pode ser considerada
baixa para o solo estudado, já que um Latossolo argiloso
pode apresentar compactação crítica ao apresentar valor
de densidade do solo igual ou superior a 1,40 e 1,5 kg
dm-3 (Genro Junior et al., 2009). Segundo modelos ela-
borados por Reichert et al. (2009), para o teor de argila
de 641 g kg-1 encontrado na área estudada, a densidade
crítica seria 1,34 kg dm-3.
Em relação à porosidade do solo, os valores mé-
dios de macroporosidade, microporosidade e porosidade
total foram de 0,176, 0,309 e 0,485 m3 m-3, respectiva-
mente. A redução do tamanho dos macroporos é um dos
indicativos da ocorrência do processo de compactação
em camadas mais profundas (20 a 50 cm), tendo em
vista que a formação da macroporosidade se deve, em
5
Caracterização de um Latossolo Vermelho distroférrico no município de Tangará da Serra, Mato Grosso
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0110, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.39613
primeiro lugar, ao estabelecimento de espaços entre as
unidades estruturais do solo (Drescher et al., 2016). A
macroporosidade determina a capacidade de aeração do
solo, sendo que os solos Latossolos argilosos apresen-
tam macroporosidade, em torno de 0,05 a 0,25 m3 m-3
(Drescher et al., 2016; Amaral et al., 2017). Reichert et
al. (2007) afirmam que o valor crítico de macroporosi-
dade para solos argilosos equivale a valores abaixo de
0,10 m3 m-3.
Tabela 1 Composição granulométrica, densidade do solo, macroporosidade, microporosidade e porosidade total de
um Latossolo Vermelho distroférrico em Tangará da Serra - MT.
Textura
Camada do
Areia Silte Argila Ds Ma Mi Pt
solo (cm)
(kg dm-3)
----------- (m3 m-3) -----------
0 10
262 a
110 d
628 d
1,153 a
0,196 a
0,312 ab
0,508 a
10 20
238 b
126 bc
636 c
1,199 a
0,189 ab
0,290 c
0,479 b
20 30
230 bc
130 ab
640 bc
1,179 a
0,174 bc
0,293 bc
0,467 b
30 40
223 cd
132 a
645 b
1,176 a
0,163 c
0,323 a
0,486 b
40 50
220 d
124 c
656 a
1,151 a
0,157 c
0,327 a
0,484 b
Média
235
124
641
1,172
0,176
0,309
0,485
DMS
8,66
5,02
4,70
0,053
0,022
0,022
0,020
CV (%)
2,13
2,33
0,42
2,61
7,30
4,03
2,33
Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro.
Ds
=
densidade do solo; Ma
=
Macroporosidade; Mi
=
Microporosidade; Pt
=
Porosidade total do solo; DMS
=
Diferença Mínima Significativa;
CV
=
Coeficiente de variação.
Em relação à microporosidade, observou-se au-
mento significativo nas camadas mais profundas em vir-
tude da diminuição da macroporosidade. O solo argiloso
tem grande microporosidade, retendo muito mais água, a
um determinado potencial, em comparação aos solos de
textura média ou arenosos. Segundo Matias et al. (2009),
a microporosidade é um indicador muito útil para avaliar
as mudanças na estrutura do solo, mas reflete mais as
condições do solo no momento da amostragem e do local
amostrado, ao invés do estado final ou permanente do
solo.
A porosidade total (Pt) foi menos sensível às
modificações quando comparados os valores encontra-
dos nas camadas do solo avaliadas, de maneira que a
camada mais superficial apresentou maiores valores de
Pt em relação às outras camadas. A porosidade total
apresentou valores compreendidos entre 0,467 e 0,508
m3 m-3, estando dentro da faixa encontrada por Silva et
al. (2017a), que relataram valores que variaram de 0,43
a 0,59 m3 m-3 para solos mais argilosos. Os valores de
porosidade total estão inversamente associados aos de
densidade do solo, ou seja, quanto menor a densidade
do solo, maior a porosidade total. Dessa forma, estes dois
fatores estão inteiramente ligados com a compactação
do solo (Effgen et al., 2012).
A umidade volumétrica apresentou diferença esta-
tística entre as cinco camadas de solo avaliadas (p<0,05)
(Tabela 2), indicando que em camadas profundas, a
umidade do solo se mostrou maior em relação às cama-
das mais superficiais. A umidade do solo é dependente e
pode ser estimada através da granulometria e de algumas
outras características do solo como estrutura, densidade
e porosidade (Lekshmi et al. 2014), bem como o tipo de
cobertura do solo e incidência de radiação solar (Cor-
tez et al., 2015; Souza et al., 2019), afetando o teor de
umidade e o fluxo de água no perfil do solo (Dalmago
et al., 2010).
Em relação à umidade em capacidade de campo
do solo (θCC), não houve diferença estatística entre as
camadas avaliadas (p>0,05). A θCC da área estudada
variou entre 0,3369 e 0,3619 m3 m-3 considerando as
cinco profundidades avaliadas, com média de 0,3490
m3 m-3 entre a profundidade de 0 e 50 cm. A umidade
em ponto de murcha permanente (θPMP) apresentou dife-
renças significativas entre as camadas do solo (p<0,05),
variando entre 0,2007 e 0,2215 m3 m-3 entre as cinco
profundidades avaliadas, com média de 0,2083 m3 m-3
entre as profundidades de 0 e 50 cm. Esses valores de
θCC e θPMP são típicos de um Latossolo Vermelho muito
argiloso (Serafim et al., 2008).
A capacidade de água disponível no solo (CAD)
apresentou diferenças significativas entre as camadas
do solo (p<0,05). A CAD da área estudada variou entre
73,68 e 94,43 mm entre as cinco profundidades avaliadas,
com média de 82,45 mm entre a profundidade de 0-50
cm. Para o município de Tangará da Serra - MT, a CAD
6
Daniel, D. F. et al.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0110, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.39613
média predominante fica em torno de 75 mm (Barbieri
et al., 2017).
Tabela 2 Umidade volumétrica do solo, capacidade de campo, ponto de murcha permanente, capacidade de água
disponível no solo e disponibilidade total de água do solo de um Latossolo Vermelho distroférrico em Tangará
da Serra - MT.
Camada do
θv
θ
CC
θ
PMP
CAD
DTA
solo (cm)
---------------------- (m3 m-3) ----------------------
(mm)
(mm cm-1)
0 10
0,301 b
0,3539 a
0,2215 a
76,33 b
1,527 b
10 20
0,304 b
0,3369 a
0,2140 ab
73,68 b
1,474 b
20 30
0,307 b
0,3402 a
0,2007 b
82,24 ab
1,645 ab
30 40
0,330 a
0,3619 a
0,2013 b
94,43 a
1,889 a
40 50
0,328 a
0,3519 a
0,2038 ab
85,23 ab
1,705 ab
Média
0,314
0,3490
0,2083
82,45
1,649
DMS
0,017
0,0289
0,0180
17,25
0,35
CV (%)
3,20
4,80
5,00
12,12
12,13
Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro.
θ
v
=
umidade volumétrica;
θ
CC
=
umidade volumétrica na capacidade de campo;
θ
PMP
=
umidade volumétrica do solo no ponto de murcha perma-
nente; CAD
=
capacidade de água disponível no solo; DTA
=
disponibilidade total de água no solo; DMS
=
Diferença Mínima Significativa; CV
=
Coeficiente de variação.
Os valores médios de resistência do solo à pene-
tração nas profundidades entre 0-50 cm estão descritos
na Tabela 3.
Pode-se observar que para os valores médios
de resistência à penetração, houve diferença estatística
significativa entre as camadas de solo (p<0,05). Os va-
lores médios de resistência do solo à penetração para as
repetições realizadas variaram entre 0,95 e 2,49 MPa,
com média de 1,94 MPa para a repetição 1, entre 0,84
e 2,38 MPa, com média de 1,72 MPa para a repetição 2,
entre 1,04 e 3,01 MPa, com média de 2,18 MPa para a
repetição 3, e entre 0,84 e 2,65 MPa, com média de 1,95
MPa para a repetição 4. Vale ressaltar que os valores de
desvio padrão foram menores nas camadas entre 0-5 e
5-10 cm em relação às demais, demonstrando que, nestas
camadas, a variabilidade do grau de compactação do solo
é menor.
De acordo com a classificação de Beutler et al.
(2001), os valores de resistência do solo à penetração
nas profundidades avaliadas estão entre moderada (1,0
a 2,0 MPa) e alta (2,0 a 4,0 MPa), no entanto, estão em
consonância com valores obtidos por Silva et al. (2017b).
Torres et al. (2015) determinaram a resistência do solo
à penetração de cerca de 6,5 MPa como faixa limite de
compactação, valor este que restringe severamente o
desenvolvimento das raízes de várias culturas agrícolas.
A resistência do solo à penetração integra os
efeitos da densidade e da umidade nas condições físicas
do solo necessárias para o crescimento das raízes. Os
resultados da avaliação da resistência à penetração média
para a área de coleta de solo são apresentados na Figura
2.
A resistência à penetração está próxima de 1 MPa
na profundidade entre 0 e 5 cm do solo, apresentando
tendência de aumento até as profundidades de 25 e 30
cm do solo e ocorre redução gradativa da resistência à
penetração em profundidades maiores de 30 cm. O menor
valor de resistência do solo à penetração foi na camada
de 0 e 5 cm com 0,92 MPa, e a maior foi na profundida-
de entre 25 e 30 cm com 2,57 MPa, com média de 1,94
MPa, indicando a necessidade de monitoramento e pre-
paro do solo em camadas subsuperficiais. A resistência
à penetração em profundidades maiores foi reduzida,
pois provavelmente houve menor influência dos discos
de corte dos implementos e do rodado do trator empre-
gados nas atividades agrícolas na área avaliada, fato este
observado por Theodoro et al. (2018).
Marasca et al. (2011), ao estudarem a variabili-
dade espacial da resistência à penetração de um Latossolo
Vermelho distroférrico e sua relação com a produtividade
da soja, encontraram valores de resistência à penetração
entre 2,9 e 4,28 MPa, resultados estes maiores aos en-
contrados neste estudo. Além disso, os autores citam que
a resistência à penetração encontrada não se mostrou
limitante à produção da cultura.
A representação dos resultados obtidos de in-
filtração acumulada (Ia) e da velocidade de infiltração
de água no solo (VI) demonstram uma relação inversa
(Figura 3).
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Tabela 3 Resistência do solo à penetração (MPa) para o solo estudado em diferentes profundidades.
Prof. em
Prof. média
Resistência do solo à penetração (MPa)
camadas (cm)
(cm)
Rep. 1
Rep. 2
Rep. 3
Rep. 4
Média
DP
0-5
2,50
0,95
0,84
1,04
0,84
0,92 g
0,10
5-10
7,50
1,25
1,11
1,37
1,22
1,24 f
0,11
10-15
12,50
1,85
1,48
1,98
1,94
1,81 de
0,23
15-20
17,50
2,05
1,91
2,28
2,08
2,08 cd
0,15
20-25
22,50
2,47
2,32
2,79
2,39
2,49 ab
0,21
25-30
27,50
2,38
2,38
3,01
2,49
2,57 a
0,30
30-35
32,50
2,49
2,01
2,56
2,65
2,43 ab
0,29
35-40
37,50
2,11
1,99
2,59
2,12
2,20 bc
0,26
40-45
42,50
2,02
1,79
2,23
1,88
1,98 cde
0,19
45-50
47,50
1,83
1,33
1,91
1,87
1,74 e
0,27
Média
--
1,94
1,72
2,18
1,95
1,94
--
DP
--
0,51
0,51
0,62
0,56
0,54
--
Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro.
Rep.
=
Repetição; DP
=
Desvio Padrão; Prof.
=
Profundidade.
Figura 2 Resistência do solo à penetração (MPa) média obtida para o solo estudado. As barras indicam os valores do
erro padrão da média.
Fica evidente que a velocidade de infiltração
tende a diminuir e se estabilizar com o passar do tem-
po, enquanto o valor da infiltração acumulada tende a
aumentar, comportamento esperado para a dinâmica
de infiltração da água no solo (Bernardo et al., 2006).
Observou-se que a velocidade de infiltração inicial foi de
330,0 mm h-1, diminuindo com o passar do tempo, a
estabilizar.
A infiltração acumulada observada foi de uma
lâmina de 236,5 mm, evidenciando que o ensaio iniciou
com solo com alta velocidade de infiltração e uma cres-
cente infiltração acumulada. De acordo com Bernardo et
al. (2006), o solo pode ser classificado de acordo com a
sua velocidade de infiltração básica (VIB) em:
>
30 mm
h-1 (VIB muito alta), de 15-30 mm h-1 (VIB alta), 5-15
mm h-1 (VIB média) e
<
5 mm h-1 (VIB baixa). Logo,
encontrou-se o valor de VIB igual a 25,91 mm h-1, o que
classifica o solo estudado com uma VIB alta, que fica
entre 15-30 mm h-1.
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Daniel, D. F. et al.
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Figura 3 Infiltração acumulada da água no solo (Ia) (A), velocidade de infiltração da água no solo (VI) em função
do tempo acumulado (B) e velocidade de infiltração básica (VIB) para o solo estudado.
Conclusões
O Latossolo Vermelho distroférrico existente no
local de estudo possui textura muito argilosa, com valores
de argila encontrados na média de 641 g kg-1. A densi-
dade do solo variou entre as profundidades, apresentou
média de 1,172 kg dm-3, que pode ser considerada baixa
para o solo estudado. Para o teor de argila encontrado
no solo estudado, a densidade crítica é de 1,34 kg dm-3.
A umidade em capacidade de campo do solo da área
estudada é de 0,3490 m3 m-3 e a umidade em ponto de
murcha permanente é de 0,2083 m3 m-3, com solo apre-
sentando capacidade de água disponível de 82,45 mm e
disponibilidade total de água do solo de 1,649 mm cm-1.
A resistência do solo à penetração média foi de 1,94 MPa,
classificada como uma resistência moderada (1,0 a 2,0
MPa). A velocidade de infiltração básica do solo foi de
25,91 mm h-1, o que classifica o solo estudado com uma
VIB alta.
Agradecimentos
O presente trabalho foi realizado com apoio da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior Brasil (CAPES) Código de Financiamento
001.
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