Parâmetros nutricionais, metabólicos e comportamento ingestivo de cordeiros alimentados
com concentrado extrusado
Karla Alves Oliveira1*; Marco Túlio Santos Siqueira2; Lucas Eduardo Gonçalves Vilaça3; Érica Beatriz Schultz4;
Luciano Fernandes Sousa5; Gilberto de Lima Macedo Júnior6
DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41411
Resumo
Objetivou-se avaliar o efeito da utilização de níveis de concentrado extrusado sobre os parâmetros nutricionais,
metabólicos e comportamento ingestivo em cordeiros mestiços Dorper x Santa Inês. Vinte cordeiros com aproxima-
damente cinco meses de idade foram distribuídos aleatoriamente em gaiolas metabólicas e receberam dietas com
duas relações volumoso:concentrado, sendo 30% de volumoso e 70% de concentrado extrusado (30V:70C) ou 70%
de volumoso e 30% de concentrado extrusado (70V:30C). O volumoso utilizado foi silagem de milho e o concen-
trado extrusado foi o Beef Agnus® (Nutratta Nutrição Animal, Itumbiara-GO, Brasil). Utilizou-se o delineamento
inteiramente casualizado com dois tratamentos e dez repetições (animal) por tratamento. O consumo de matéria
seca expresso por peso corporal e metabólico foi maior nos animais que receberam 70% de concentrado extrusado.
Esses animais também tiveram menor tempo de ingestão e maior tempo em ócio e mastigação. Dentre os metabólitos
energéticos e proteicos mensurados, houve efeito do nível de concentrado extrusado somente sobre a concentração
de colesterol sérica, sendo que os animais que receberam o maior nível de concentrado tiveram maior concentração
sérica. Houve relação linear positiva entre o tempo de coleta e a concentração de glicose sanguínea. Conclui-se que
cordeiros alimentados com 70% de concentrado extrusado e 30% de silagem de milho apresentam maior consumo
de matéria seca e redução no tempo em mastigação. E também, conseguem manter seu metabolismo energético e
proteico controlado sem desenvolvimento de disfunções hepática e renal.
Palavras-chave: Consumo. Digestibilidade. Ração Extrusada. Ruminantes.
Nutritional parameters, metabolic and feeding behavior of lambs fed with extruded
concentrate
Abstract:
The objective was to evaluate the effect of the use of extruded concentrate levels on nutritional, metabolic parameters
and feeding behavior in crossbred Dorper x Santa Inês lambs. Twenty lambs with approximately five months of age
were randomly distributed in metabolic cages and fed diets with two roughage:concentrate ratios, 30% roughage and
70% extruded concentrate (30R:70C) or 70% roughage and 30% concentrate. extruded (70R:30C). The roughage
1Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho campus Jaboticabal.
https://orcid.org/0000-0002-7792-2615
2Universidade Federal de Lavras. Lavras, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-2098-8568
3Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-4901-4775
4Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-1916-2117
5Universidade Federal do Tocantins. Palmas, TO. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-6072-9237
6Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-5781-7917
*Autor para correspondência: karla.alves.oliveira@hotmail.com
Recebido para publicação em 04 de outubro de 2022. Aceito para publicação em 20 de novembro de 2022.
e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 2447-6218. Atribuição CC BY.
CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
2
Oliveira, K. A. et al.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0109, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41411
used was corn silage and the extruded concentrate was Beef Agnus® (Nutratta Nutrição Animal, Itumbiara-GO,
Brazil). A completely randomized design was used with two treatments and ten replications (animal) per treatment.
The dry matter intake expressed by body and metabolic weight was higher in animals that received 70% of extruded
concentrate. These animals also had shorter ingestion time and longer resting and chewing time. Among the energetic
and protein metabolites measured, there was an effect of the extruded concentrate level only on the serum choleste-
rol concentration, and the animals that received the highest concentrate level had the highest serum concentration.
There was a positive linear relationship between collection time and blood glucose concentration. It is concluded that
lambs fed with 70% extruded concentrate and 30% corn silage have higher dry matter intake and reduced chewing
time. Also, they manage to keep their energy and protein metabolism under control without the development of liver
and kidney dysfunctions.
Keywords: Digestibility. Extruded Feed. Intake. Ruminants.
Introdução
Algumas técnicas de processamento dos alimen-
tos podem ser utilizadas com o objetivo de promover
melhorias na ração do animal, em termos de teor e apro-
veitamento dos nutrientes, com respostas no consumo e
produção animal (Mourão et al., 2012). O processo de
extrusão caracteriza-se pelo cozimento em alta pressão
(30 a 60 atm), umidade (19 até 25%) e temperatura (130
a 140ºC), em curto espaço de tempo (10 a 30 segundos)
(Gobesso e Fagundes, 2011), promovendo alterações que
provocam melhorias na digestibilidade do amido, pro-
teínas e fibras. Além disso, é um processo que apresenta
como produto final, o alimento mais uniforme e de fácil
manejo alimentar, podendo assim, diminuir as perdas
com transporte, manejo e o de obra. Varga e Prigge
(1982) verificaram que alimentos extrusados apresentam
maior uniformidade dos ingredientes da ração, melhor
aceitação dos ingredientes e redução da seletividade
pelos animais.
O Beef Agnus® é um produto que busca substi-
tuir o concentrado na dieta, na forma extrusada, e seu
nível de inclusão pode gerar mudanças no desempenho
dos animais e no custo de produção. Tendo em vista
que grande parte das propriedades produz seu próprio
concentrado, a utilização do concentrado extrusado em
substituição aos convencionais torna-se boa alternativa
para eliminar os erros advindos do processo de produção
dos concentrados convencionais nas fazendas, como pe-
sagem e mistura dos ingredientes, e até mesmo durante
o fornecimento no cocho, garantindo dessa forma que a
mesma ração formulada adequadamente para atender
as exigências de determinado grupo de animais será
oferecida aos mesmos.
A utilização dos parâmetros sanguíneos para
controle do estado metabólico dos animais, sempre em
conjunto com a avaliação da condição corporal, e com o
conhecimento da fase do ciclo produtivo em que os ani-
mais se encontram e das dietas utilizadas, permite inferir
sobre a adequação dos planos alimentares implementados
em cada exploração (González, 2000), possibilitando
realizar correções imediatas ou alterações das estratégias
nos ciclos produtivos seguintes.
A hipótese deste trabalho é que animais alimen-
tados com maior proporção de concentrado extrusado
apresentem melhor aproveitamento dos nutrientes ingeri-
dos, e para isto, objetivou-se avaliar o efeito da utilização
de níveis de concentrado extrusado sobre os parâmetros
nutricionais, metabólicos e comportamento ingestivo em
cordeiros mestiços Dorper x Santa Inês.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido em dezembro de
2016 no setor de ovinos e caprinos da Fazenda Experimen-
tal Capim Branco da Faculdade de Medicina Veterinária
da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), localizada
em Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Este trabalho foi
aprovado pelo Comitê de Ética na Utilização de Animais
(CEUA/UFU) sob o protocolo 016/16.
Foram utilizados 20 cordeiros mestiços (Santa
Inês x Dorper), com peso corporal médio de 22 kg e apro-
ximadamente cinco meses de idade que foram alocados
em gaiolas metabólicas (seguindo os padrões do INCT),
providas de comedouro, bebedouro e saleiro. O período
experimental foi dividido em duas fases, com vinte dias
de duração, sendo quinze dias destinados à adaptação
dos animais e cinco dias de coleta, completando o período
experimental de vinte dias.
Na composição das rações foi utilizada silagem
de milho como volumoso e o concentrado extrusado Beef
Agnus®, sendo dois tratamentos: 30% volumoso e 70%
concentrado e 70% volumoso e 30% concentrado (Tabela
1), fornecidos duas vezes ao dia (08:00 e 16:00 h).
O separador de partículas PennState® foi utilizado
para quantificar o tamanho de partículas do alimento
ofertado e das sobras e com isso calcular o índice de
seletividade realizado pelos animais. A amostragem foi
realizada durante o período de cinco dias de coleta, onde
foi feita uma amostra composta tanto do alimento ofer-
tado quanto das sobras de cada animal experimental.
Para realização do peneiramento do alimento ofertado
e das sobras 500g de amostra foram colocadas sobre a
peneira superior em seguida foi realizada a agitação em
3
Parâmetros nutricionais, metabólicos e comportamento ingestivo de cordeiros alimentados com concentrado extrusado
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0109, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41411
cinco movimentos suaves de ida e volta para cada um dos
quatro lados da peneira, anotando o peso de retenção
em cada malha e no fundo ao final do procedimento. Os
tamanhos das peneiras da PennState® são
>
19 mm (pe-
neira 1); 8 a 19 mm (peneira 2); 1,18 a 8 mm (peneira
3); <1,18 mm (peneira fundo).
Tabela 1 Composição bromatológica do concentrado extrusado, silagem de milho e das dietas experimentais
Nutriente (%)
Silagem de milho
Matéria seca
30,0
Proteína bruta
6,3
Cinzas
5,5
Fibra em detergente neutro
55,4
Fibra em detergente ácido
32,8
Carboidrato não fibroso
xxx
Nutrientes digestíveis totais**
64,88**
Nutriente (%)
70V:30C
Matéria seca
47,43
Proteína bruta
9,87
Cinzas
5,92
Fibra em detergente neutro
43,88
Fibra em detergente ácido
25,93
Nutrientes digestíveis totais**
66,82
*Valores fornecidos pelo fabricante Nutratta®. ** Valores calculados a partir de fórmula proposta por Rodrigues (2010) para silagens e ração total.
O índice de seletividade (IS) foi calculado pela
divisão entre o ingerido e ofertado, para as partículas
pequenas e grandes. O IS acima de 1 significa que o
animal selecionou determinada fração da dieta, abaixo
de 1 representa que o animal não selecionou e houve
recusa por aquele tamanho de partícula. Para IS igual à
1, não houve seleção nem refuga, ou seja, tudo que foi
ofertado foi consumido pelos animais (Hodgson, 1979).
Para determinação do consumo alimentar, as
sobras foram pesadas e sempre que os valores foram
iguais à zero, aumentou-se a quantidade de alimento
fornecido em 10% até atingir sobras equivalente a 10%
do ofertado. O cálculo de consumo de matéria seca (CMS)
dos alimentos foi obtido por meio da diferença entre o
ofertado e as sobras.
As fezes foram pesadas diariamente e coletada
amostra de 100 gramas. Ao final do período de coleta
determinou-se o teor de matéria seca, o que possibilitou
calcular a digestibilidade da matéria seca dos alimentos
através da fórmula: DMS
=
(CMS-PF)/CMS*100, sendo
DMS: digestibilidade da matéria seca, em %; CMS: Con-
sumo de matéria seca, em kg/dia; PF: Produção fecal,
em kg/dia.
O escore fecal foi avaliado através da escala
proposta por Gomes (2012), sendo utilizada a seguinte
escala: 1- fezes ressecadas e sem brilho, 2- fezes normais,
3- fezes ligeiramente amolecidas, 4- fezes amolecidas,
perdendo o formato e coladas umas às outras (cacho de
uva), 5- fezes amolecidas e sem formato normal, 6- fezes
diarreicas.
A coleta de urina foi realizada diariamente du-
rantes os cinco dias destinados à coleta de dados, no
período d manhã, antes do fornecimento da alimentação.
Para isto, foram utilizados baldes plásticos com volume
de seis litros, sendo a abertura do balde protegida com
equipamento para separação das fezes, posicionados
logo abaixo das gaiolas metabólicas. O volume de urina
foi medido com o auxilio de uma proveta graduada e a
densidade através de um refratômetro manual.
O consumo de água oferecido foi feito com base
na diferença entre o ofertado (6 litros/animal) e as sobras
ambos medidos com proveta graduada, e, o cálculo do
consumo de água total foi feito somando-se a água consu-
mida no balde com a água contida no alimento ingerido.
Foi colocado também diariamente um balde posicionado
na área experimental com a mesma quantidade de água
ofertada aos animais, para que, através da sobra deste
balde no dia seguinte fosse calculada a quantidade de
água evaporada e esta quantidade descontada do consumo
de água destes animais.
4
Oliveira, K. A. et al.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0109, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41411
Para a mensuração do comportamento ingestivo,
os animais foram submetidos à observação visual por
pessoas treinadas, em sistema de revezamento, dispostas
de maneira a não incomodar os animais, por vinte e qua-
tro horas, no último dia de cada fase da digestibilidade.
No período noturno, o ambiente recebeu iluminação
artificial, e as luzes foram mantidas acesas durante cinco
dias antes da avaliação para promover a adaptação dos
animais. Foram verificados, a cada cinco minutos, se os
animais estavam realizando ingestão do alimento e de
água (ING), ruminação (RUM) ou ócio (ÓCIO), de acor-
do com metodologia proposta por Fischer et al. (1998).
Os cálculos das atividades foram feitos em minutos por
dia, admitindo que, nos cinco minutos subsequentes a
cada observação, o animal permaneceu na mesma ativi-
dade. o tempo total gasto em mastigação (MAST) foi
determinado somando-se os tempos gastos em ingestão
(ING) e ruminação (RUM). As eficiência de ingestão
(EIng), mastigação (EMast) e ruminação (ERum) foram
obtidas segundo Polli et al. (1996), de acordo com as
equações: EIng (g min-1)
=
CMS/Tal; EMast (g min-1)
=
CMS/Tmast e ERum (g min
-1
)
=
CMS/Trum; em que
CMS é consumo de MS (g MS dia
-1
), Tal é o tempo de
alimentação (h dia
-1
), Tmast é o tempo em mastigação
(h dia
-1
) e Trum é o tempo em ruminação (h dia
-1
).
As colheitas de sangue para avaliação dos com-
ponentes bioquímicos foram realizadas por venopunção
jugular com auxílio de tubos Vacutainer® sem anti-coa-
gulante, nos dias um, três e cinco do período de coleta.
Todas as colheitas de sangue foram realizadas no período
da manhã, antes do fornecimento da primeira alimenta-
ção. As amostras de sangue coletadas foram centrifugadas
a 3000 rpm por 10 minutos, sendo os soros separados
em alíquotas, guardados em microtubos e armazenados
em freezer a -5°C para posterior análise laboratorial. Os
componentes bioquímicos para determinação do me-
tabolismo energético foram: triglicerídeos, colesterol e
VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade); e, para
determinação do metabolismo proteico foram: proteína
total, albumina, globulina, ácido úrico, ureia e creatinina.
A avaliação glicêmica foi feita no dia seguinte
ao comportamento ingestivo. Esta coleta foi feita após o
término do período de coleta devido ao manejo alimentar
necessário para sua ocorrência: no dia desta avaliação
os animais recebem a primeira alimentação logo após a
primeira coleta de sangue e a segunda alimentação ocorre
após a última coleta de sangue. As coletas de sangue foram
realizadas às 8:00, 11:00, 14:00, 17:00 e 20:00 horas,
sendo as amostras coletadas por venopunção jugular
com auxílio de Vacutainer®. Todas as amostras foram
processadas em analisador bioquímico automatizado
(Bioplus® 2000), usando kit comercial da GT Lab®.
Utilizou-se o delineamento inteiramente casuali-
zado com dois tratamentos e dez repetições (animal) por
tratamento. Os dados obtidos no ensaio foram subme-
tidos aos testes de normalidade (Shapiro-Wilk, 1965) e
homocedasticidade (Cochran, 1941). Para variáveis que
apresentaram dados normais e com variâncias homogê-
neas foi realizada análise de variância seguida de teste F
com 0,05 de probabilidade de erro tipo I, sendo utilizado
0,10 de probabilidade apenas para os dados de tamanho
de partícula devido a grande variação apresentada. Nas
variáveis que não foram normais foi feita transformação
radicial (√(x
+
1) ou (x
+
1)
½
) para normaliza-las e
nas variáveis que não foram homocedásticas foi feita
transformação logarítmica (Log (x
+
1)) para torná-las
homocedásticas, seguindo posteriormente os procedi-
mentos supracitados.
Resultados e Discussão
Os animais alimentados com 70% de concentrado
extrusado tiveram maior consumo de matéria seca (CMS)
expresso em quilos por dia, em relação ao peso corporal
(%PC) e metabólico do que os animais alimentados com
30% de concentrado extrusado (P>0,05; Tabela 2). Pro-
vavelmente, animais alimentados com maior teor de fibra
e menor teor de proteína bruta (Tabela 1), apresentaram
consumo limitado devido à repleção ruminal, enquanto
os animais alimentados com maior teor de proteína bruta
e menor teor de fibra conseguiram consumir até atender
sua demanda energética (Alves et al., 2016). A melhor
palatabilidade da ração concentrada também pode exercer
influência no CMS, possibilitando que este seja maior
nos animais alimentados com a ração com maior teor de
concentrado (Santos, 2018). O uso de dietas que possuem
alta digestibilidade, como os concentrados, a regulação do
consumo de matéria seca é em função das exigências de
energia do animal, regulado por mecanismos fisiológicos,
até o ponto que o consumo de energia se fará constan-
tes e o consumo de matéria seca começar a decrescer
(Berchielli et al., 2011; NRC, 2000). Por outro lado, a
ingestão de alimento de baixa digestibilidade resulta em
menor taxa de passagem pelo trato digestivo, elevando
o consumo de matéria seca (Berchielli et al., 2011). O
rúmen-retículo e o abomaso possuem receptores que re-
gulam o consumo de matéria seca em relação ao volume
e peso do alimento neles retido. Assim a baixa taxa de
digestão da fração FDN, é o principal fator associado ao
efeito de enchimento (saciedade) ou regulação física do
consumo. Além disso, alimentos concentrados possuem
uma dinâmica de fermentação mais rápida no rúmen,
possibilitando maior taxa de passagem do alimento e
estimulando o consumo de matéria seca (Ferreira et al.,
2013). Entretanto, podemos observar que o maior CMS
não provocou redução na digestibilidade da matéria seca
(DMS) uma vez que não observou-se diferença para esta
variável entre os dois tratamentos avaliados (Tabela 2).
O CMS em kg/dia e %PC recomendado pelo NRC
(2007) para a categoria animal analisada é de 1,0-1,3
kg/dia e 3,51 %PC, respectivamente. No tratamento em
que os animais consumiram a relação 30V:70C a média
para CMS diário se encontra dentro do recomendado e
em relação à %PC está 10,2% abaixo da recomendação.
no tratamento em que os animais consumiram a relação
5
Parâmetros nutricionais, metabólicos e comportamento ingestivo de cordeiros alimentados com concentrado extrusado
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0109, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41411
70V:30C a média de CMS diário e em relação ao %PC se
encontram 19,6% e 21,4% abaixo do recomendado, fato
que pode ser explicado também pelo efeito de enchimento
do rúmen devido ao maior consumo de volumoso.
Tabela 2 Consumo de matéria seca expresso em kg dia-1, em relação ao peso corporal e peso metabólico e digestibi-
lidade na matéria seca em ovinos alimentados com níveis de concentrado extrusado
Tratamento
30V:70C
70V:30C
P
Média
CV
CMS,
kg dia
-1
1,01 A
0,884 B
0,0025
0,947
15,27
CMS,
%PC
3,15 A
2,76 B
0,0013
2,960
12,85
CMS,
PC
0,75
74,84 A
65,76 B
0,0018
70,35
12,54
DMS,
%
64,45
65,07
0,8523
64,76
10,85
CMS: consumo de matéria seca; PC: peso corporal; DMS: digestibilidade da matéria seca; CV: coeficiente de variação; Letras distintas na linha são
diferentes entre si pelo Teste de Tukey (P<0,05).
De acordo com Gale e Knight (1979) a diminui-
ção no tamanho de partícula pode ocasionar aumento
da taxa de passagem e redução na digestibilidade. No
entanto, no presente estudo não houve efeito do nível de
concentrado extrusado sobre a digestibilidade da matéria
seca (Tabela 2), uma vez que, pequenas depressões na
digestibilidade in vivo aparente o difíceis de serem
detectadas. Por outro lado, um efeito da extrusão sobre
o concentrado é uma modificação dos nutrientes que
o processo envolve uma combinação de calor, pressão e
umidade, o que pode provocar a gelatinização do amido
e desnaturação da proteína, fatores que podem ter contri-
buído para que não houvesse redução na digestibilidade
do produto (Oliveira et al., 2018).
Os animais que receberam maior nível de con-
centrado extrusado selecionaram (P=0,08; Tabela 3)
as partículas maiores (>19 mm) do alimento ofertado.
Provavelmente, esta pode ter sido uma estratégia adotada
pelos animais como forma de evitar distúrbios metabó-
licos, principalmente no tratamento com maior nível de
inclusão de concentrado.
Tabela 3 Índice de seletividade para diferentes tamanhos de partícula em cordeiros alimentados com níveis de con-
centrado extrusado
Tratamento
30V:70C
70V:30C
P
Média
CV
TP
>
19 mm
1,41 x
1,11 y
0,008
1,26
28,78
TP 8-19 mm
0,981
1,01
0,52
0,997
10,69
TP 1,18-8 mm
1,01
0,965
0,28
0,992
22,55
TP<1,18 mm
0,898
1,088
0,22
0,993
33,69
x,y Letras distintas na linha são diferentes entre si pelo Teste de Tukey (0,05< P<0,10). TP: tamanho de partícula; CV: coeficiente de variação.
O tamanho de partícula dos alimentos para
ruminantes pode ser um determinante na qualidade e
quantidade de nutrientes que estão disponíveis para os
animais e, a modificação da forma física do alimento
pode influenciar na efetividade da fibra e alterar por
consequência tempo de retenção, perfil de fermentação
e digestibilidade do alimento (Silva e Neumann, 2012).
Ou seja, a maior seleção de partículas ocorrida pelos ani-
mais no tratamento com maior inclusão de concentrado é
uma estratégia para balancear a ingestão de carboidratos
fibrosos e não fibrosos, evitando assim a ocorrência de
distúrbios metabólicos.
Não houve efeito da utilização dos níveis de con-
centrado extrusado sobre o consumo de água (P>0,05;
Tabela 4). De acordo com o NRC (2007), para cada 1 kg
de matéria seca ingerida, o animal deve beber aproxi-
madamente 2,78 litros de água. Esta relação foi superior
no presente trabalho, o que pode ser explicado pelo fato
da ração extrusada apresentar maior teor de MS (Tabe-
la 1), o que fez com que os animais ingerissem maior
quantidade de água no bebedouro. O estado fisiológico
do animal também pode influenciar nesta relação, sendo
que ovinos jovens geralmente apresentam maior consu-
mo de água por quilograma de MS ingerida que animais
mais velhos (ARC, 1980). Diversos estudos têm mostrado
a relação entre CMS e consumo de água (Souza et al.,
2013; Bispo et al., 2007). Outro fator que pode exercer
influência no maior consumo de água pelos animais é a
digestibilidade dos alimentos, sendo que quanto maior
esta digestibilidade, maior é a fermentação dentro no
rúmen o que também eleva a produção de ácidos graxos
de cadeia curta, ou seja, ocorre aumento na quantidade
de soluto em relação ao solvente (aumento na pressão
osmótica), logo é necessário maior ingestão de água para
balanceamento destes fatores durante a fermentação
ruminal (Gonçalves et al., 2009; Medeiros e Marino,
2015).
6
Oliveira, K. A. et al.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0109, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41411
Tabela 4 Consumo de água no bebedouro, consumo de água total, consumo de água em relação ao consumo de ma-
téria seca, produção fecal expresso na matéria natural e na matéria seca, matéria seca fecal, escore fecal,
volume e densidade da urina de cordeiros alimentados com níveis de concentrado extrusado
Tratamento
30V:70C
70V:30C
P
Média
CV
Consumo H
2
O,
L dia
-1
3,35
3,37
0,6931
3,36
33,39
Consumo Total H
2
O,
L dia
-1
3,96
4,37
0,2569
4,16
36,91
CH
2
O/CMS,
L kg
-1
3,34
3,72
0,9987
3,53
35,91
Produção fecal MN, kg dia-1
0,935
0,871
0,4782
0,903
27,31
Produção fecal MS, kg dia-1
0,344
0,308
0,6589
0,326
25,67
Matéria seca fecal, %
36,93
36,04
0,7425
36,49
8,40
Escore Fecal
2,68
2,42
0,1896
2,55
-
Volume de urina, L dia-1
0,913
0,897
0,8896
0,905
37,48
Densidade de urina, g mL-1
1,0184
1,0140
0,9638
1,0162
0,84
Para a variável Escore Fecal foi utilizada estatística não paramétrica. CMS: consumo de matéria seca; MN: matéria natural; MS: matéria seca; CV:
coeficiente de variação.
Cordeiros alimentados com níveis de concentrado
extrusado não tiveram modificações no peso de fezes
na matéria natural (PFMN), peso de fezes na matéria
seca (PFMS), matéria seca fecal (MSF) e no escore fecal
(P>0,05; Tabela 4). O peso das fezes pode estar rela-
cionado com a composição e digestibilidade da dieta e
também com a taxa de passagem, sendo que neste estudo
pode-se observar que a ausência de diferença estatís-
tica entre os tratamentos para a quantidade de fezes
excretada, tanto na matéria natural quanto na matéria
seca, pode estar relacionada também com a ausência de
diferença estatística na digestibilidade da matéria seca.
Os valores de escore fecal encontrados no presente tra-
balho mantiveram-se próximo do ideal. Segundo Gomes
(2012) o escore ideal seria 2, o que caracteriza as fezes
como normais e são indicativos da condição de saúde dos
animais dentro da normalidade. Dessa forma, podemos
verificar que o concentrado na forma extrusada, apesar do
reduzido tamanho de partícula não ocasionou problemas
fisiológicos nos animais uma vez que o produto na sua
forma extrusada proporciona maior fermentabilidade de
seus ingredientes.
Sobre a excreção de urina diária é recomendado
que seja entre 100-400 mL em ovinos para cada 10 kg
de peso vivo (Reece, 2006), ou seja, a excreção de urina
esperada para os animais neste estudo, com peso médio
de 22 kg, seria entre 220-880 mL/dia. O valor médio
para excreção de urina observado foi de 0,905 mL/dia,
sendo 2,8% maior que o limite superior proposto, o que
pode ser explicado pela maior ingestão de água observada
pelos animais (Tabela 4).
Com relação ao comportamento ingestivo, os
animais alimentados com maior quantidade de forragem
tiveram maior tempo gasto em ingestão e mastigação do
alimento (P<0,05; Tabela 5), devido à maior proporção
de volumoso neste tratamento, é necessário maior tempo
de apreensão para se atingir as exigências nutricionais.
Entretanto, a eficiência de ingestão (g min-1) foi menor
nesses animais, o que se deve a dificuldade encontrada
pelos animais em apreender o alimento volumoso quando
comparado ao concentrado extrusado, explicando o menor
CMS (Tabela 2) e maior seleção do alimento (Tabela 3)
pelos animais neste tratamento.
Os animais no tratamento 30V:70C gastaram 3,9
horas em ingestão, 8,3 horas em ruminação e 12,2 horas
em mastigação total, enquanto os animais no tratamento
70V:30C gastaram 4,8 horas em ingestão, 9,4 horas em
ruminação e 14,0 horas em mastigação total. Isto é, os
animais que receberam 70% de concentrado passaram
menos tempo em processo de mastigação e ingestão do
alimento. Este resultado tem relação direta com o índice
de seletividade destes animais, que foi maior (Tabela 3),
ocasionando redução no tempo de mastigação.
Em relação aos parâmetros metabólicos dos ani-
mais avaliados (Tabela 6), observa-se diferença apenas
para a concentração sanguínea do colesterol, de modo
que os animais que receberam o tratamento 70V:30C
tiveram maior concentração sérica deste metabólito. Este
resultado está relacionado à maior ingestão de volumoso
na dieta e também à maior disponibilidade do amido
presente na ração devido ao processo de extrusão. Os
alimentos volumosos são responsáveis pela produção
de ácido acético no rúmen, que é o principal precursor
de gordura nos ruminantes e pode ter ocasionado au-
mento na concentração sanguínea de colesterol desses
animais. E, o amido, como um representante da classe
dos carboidratos, após sua degradação ruminal é redu-
zido ao piruvato, o qual pode ser reduzido à molécula
de acetil-CoA que também é precursora da produção de
colesterol em ruminantes (Kozloski, 2017).
7
Parâmetros nutricionais, metabólicos e comportamento ingestivo de cordeiros alimentados com concentrado extrusado
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0109, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41411
Tabela 5 Comportamento ingestivo, eficiência de ingestão, ruminação e mastigação total (g min-1) em cordeiros
alimentados com níveis de concentrado extrusado
Tratamento
30V:70C
70V:30C
P
Média
CV
Ingestão,
min
235,50 B
289,50 A
0,0015
262,50
15,27
Ruminação,
min
498,00
561,50
0,2596
529,75
15,15
Ócio,
min
706,50 A
589,00 B
0,0001
647,75
13,29
Mastigação,
min
733,50 B
851,00 A
0,0085
792,25
10,86
Eficiência em ingestão, g min-1
4,42 A
3,09 B
0,0025
3,75
23,35
Eficiência em ruminação, g min-1
2,04 A
1,59 B
0,0078
1,81
18,13
Eficiência em mastigação, g min-1
1,39A
1,03B
0,0041
1,21
16,98
Letras distintas na coluna diferem-se pelo Teste de Tukey (P<0,05). CV coeficiente de variação.
Tabela 6 Concentração sérica dos metabólitos energéticos e proteicos em cordeiros em alimentados com níveis de
concentrado extrusado
Tratamento 30V:70C 70V:30C P Média CV VR1
Metabólitos Energéticos
Colesterol, mg dL-1
35,79 B
47,53 A
0,0031
41,66
22,90
15-139,9
Triglicerídeos, mg dL-1
30,90
30,00
0,8899
30,45
20,86
5-78
VLDL, mg dL-1
6,18
6,00
0,7485
6,09
20,87
1-17,4
Glicose,
mg dL
-1
104,60
97,14
0,5636
100,87
10,57
33-98,1
Metabólitos Proteicos
Prot. Totais, g dL-1
6,47
6,75
0,9635
6,61
14,98
3,1-11,4
Albumina, g dL-1
3,30
2,74
0,2589
3,02
25,59
1,12-5,38
Ácido Úrico, mg dL-1
0,30
0,35
0,5563
0,33
28,64
0-2,9
Ureia, mg dL-1
44,10
37,60
0,4139
40,85
21,20
12,8-100
Creatinina, mg dL-1
0,74
0,74
0,4469
0,74
12,76
0,40-1,80
Globulinas, g dL-1
3,61
4,00
0,6894
3,80
21,86
3,5 5,7
2
Letras distintas na coluna diferem-se pelo Teste de Tukey (P<0,05); CV: coeficiente de variação; VR: valor de referência. 1 Varanis (2021); 2 Gon-
zález (2000).
Não houve efeito dos veis de concentrado extru-
sado sobre a glicose nos cordeiros, no entanto houve efeito
linear crescente em relação ao tempo de coleta (Tabela 6,
Gráfico 1), onde observou-se aumento na concentração
de glicose ao longo do dia. Em ruminantes, ocorre um
pico de concentração de glicose após alimentação, pois
a glicose é sintetizada no fígado a partir de propionato,
aminoácidos glicogênicos e outros precursores (Caldeira,
2005). A concentração média de glicose nos animais deste
estudo manteve-se acima da faixa recomendada por Va-
ranis (2021). De fato, valores elevados de glicose podem
indicar resistência à insulina, o que é muito frequente em
animais com condição corporal acima da média (Santos
et al., 2011), sendo muito comum em animais mantidos
em gaiolas metabólicas.
As proteínas plasmáticas são sintetizadas prin-
cipalmente no fígado e a quantidade produzida indica
o estado nutricional do animal, sendo que sua redução
pode ocasionar falhas hepáticas, renais, intestinais he-
morragias e deficiências nutricionais (González, 2000).
Podemos verificar que os valores de proteínas totais se
mantiveram dentro dos valores de referência, indicando
bom estado nutricional dos animais em ambos os trata-
mentos (Tabela 6).
A concentração sérica de albumina e globulina
manteve-se dentro dos valores de referência para a es-
pécie ovina, tais metabólitos constituem as principais
proteínas plasmáticas, desempenhando várias funções no
organismo do animal: manutenção da pressão osmótica
e viscosidade do sangue, transporte de nutrientes, me-
tabólitos, hormônios e produtos de excreção, regulação
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Oliveira, K. A. et al.
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do pH sanguíneo e coagulação sanguínea (González,
2006). Planos alimentares que satisfaçam plenamente
as necessidades em aminoácidos dos animais permiti-
rão níveis máximos de síntese da albumina, originando
concentrações séricas maiores, dentro do intervalo da
normalidade (Caldeira, 2005).
Figura 1 Concentração sanguínea de glicose (mg dL-1) nos diferentes horários de coleta em cordeiros alimentados
com níveis de concentrado extrusado.
A concentração de ácido úrico denota correlação
positiva com a quantidade de proteína microbiana dis-
ponível para a digestão intestinal no animal (Giesecke,
1994). No presente estudo, as concentrações de ácido
úrico ficaram dentro da faixa considerada referência para
a espécie ovina, o que nos permite inferir que os animais
tiveram adequada disponibilidade de proteína microbiana
para ser aproveitada no intestino delgado (Tabela 6).
Segundo González e Scheffer (2002) a ureia é um
indicador sensível e imediato da ingestão de proteína e é
sintetizada em quantidades proporcionais a concentração
de amônia produzida no rúmen (Wittwer, 1993), sendo
que a amônia em altas concentrações se torna tóxica para
os ruminantes. Como os valores de ureia se encontraram
dentro do valor de referência proposto podemos inferir
que as dietas proporcionaram quantidades de proteína
adequadas para os animais neste estudo.
Níveis elevados de creatinina podem indicar
problemas de funcionalidade renal (González e Schef-
fer, 2002) Os valores encontrados neste trabalho para a
concentração de creatinina no sangue e volume de urina
excretada indicam que os animais alimentados com di-
ferentes níveis de concentrado extrusado apresentaram
bom funcionamento dos rins (Tabelas 4 e 6).
Conclusões
Cordeiros alimentados com a relação 30V:70C
de concentrado extrusado apresentam maior consumo de
matéria seca sem redução da digestibilidade do alimen-
to, além de apresentarem estabilidade no metabolismo
energético e proteico, sendo indicado para uso em dietas
de ovinos em crescimento.
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