Uso de enzimas exógenas na alimentação de ovinos em crescimento
Ana Beatriz Inácio de Freitas1; Lucas Eduardo Gonçalves Vilaça2; Karla Alves Oliveira3; Érica Beatriz Schultz4;
Luciano Fernandes Sousa5; Gilberto de Lima Macedo Júnior6
DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41624
Resumo
Objetivou-se avaliar o efeito de diferentes inclusões de enzimas exógenas: controle (sem enzimas), enzimas fibrolí-
ticas, enzimas proteolíticas, enzimas amilolíticas e mix de enzimas em concentrados a base de milho desintegrado
com palha e sabugo (MDPS) na ração de cordeiros sobre parâmetros nutricionais e metabólicos. O experimento foi
realizado na fazenda experimental Capim Branco, da Universidade Federal de Uberlândia, no setor de caprinos e
ovinos. Foram utilizados cinco cordeiros machos ¾ Dorper x ¼ Santa Inês, com idade entre 3 a 4 meses e peso médio
de 30 kg. Foi ofertado concentrado a base de MDPS com as respectivas enzimas citadas e o volumoso oferecido
foi silagem de milho. O período de coletas foi de cinco dias consecutivos após a adaptação. Durante cada período
de coleta de dados foi avaliado o consumo de matéria seca (CMS) digestibilidade da matéria seca (DMS) retirado o
sangue dos animais para análise de seus metabólicos sanguíneos. O experimento foi delineado em quadrado latino
com cinco repetições por tratamento, cinco animais e cinco períodos experimentais. As médias foram testadas pelo
teste SNK a 5%. Não houve efeito da inclusão de enzimas exógenas sobre o CMS e DMS pelos animais. A enzima
amilolítica proporcionou maior concentração sanguínea de triglicerídeos e lipoproteína de muito baixa densidade
(VLDL) e menor concentração sanguínea de lipoproteína de baixa densidade (LDL). O uso de enzimas exógenas não
alterou o consumo e a digestibilidade da matéria seca, e manteve a concentração dos metabólitos sanguíneos dentro
da normalidade para ovinos em crescimento.
Palavras-chave: Milho. Nutrição. Pequenos ruminantes.
Abstract
Use of exogenous enzymes in the feeding of growing lambs
The study’s objective was to evaluate the effect of different inclusions of exogenous enzymes: control (without enzy-
mes), fibrolytic, proteolytic, and amylolytic enzymes and enzyme mix in crumbled corn with straw and cob (CCSC)
based concentrates in the diet of lambs on nutritional and metabolic parameters. The experiment was carried out
at the Capim Branco experimental farm in the goat and sheep sector at the Federal University of Uberlândia. Five
male lambs ¾ Dorper x ¼ Santa Inês, aged between 3 and 4 months and an average weight of 30 kg, were used.
Concentrate based on CCSC was offered with the respective enzymes already mentioned, and the roughage offered
was corn silage. The collection period was five consecutive days after adaptation. The dry matter intake (DMI) and
dry matter digestibility (DMD) were evaluated during each data collection period. The experiment was designed
1
Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-0388-9197
2
Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-4901-4775
3Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho campus Jaboticabal. Jaboticabal, SP. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-7792-2615
4
Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-1916-2117
5
Universidade Federal do Tocantins. Araguaína, TO. Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-6072-9237
6
Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, MG. Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-5781-7917
*Autor para correspondência: Karla.alves.oliveira@hotmail.com
Recebido para publicação em 31 de outubro de 2022. Aceito para publicação em 29 de novembro de 2022
e-ISSN: 2447-6218 / ISSN: 2447-6218. Atribuição CC BY.
CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
2
Freitas, A. B. I. et al.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0109, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41624
in Latin square with five replications per treatment, five animals, and five experimental periods. The 5% SNK test
tested means. There was no effect of the animals’ inclusion of exogenous enzymes on DMI and DMD. The amylolytic
enzyme provided higher blood concentrations of triglycerides and very low-density lipoprotein (VLDL) and lower
blood concentrations of low-density lipoprotein (LDL). Using exogenous enzymes did not alter dry matter intake
and digestibility and maintained the concentration of blood metabolites within the normal range for growing sheep.
Keywords: Corn. Nutrition. Small ruminants.
Introdução
O estudo detalhado sobre os microrganismos
do ambiente ruminal em relação a sua capacidade de
digerir as fibras e fermentação do conteúdo ruminal,
demonstra a relação de secreção de enzimas exógenas,
que são capazes de potencializar a eficiência na digestão
total dos alimentos (Kung et al., 2000). A utilização de
enzimas em sistemas de produção animal, vêm sendo
abundantemente utilizada principalmente em pesquisas
e em nutrição de suínos e aves. Assim, como usadas para
animais monogástricos, o uso de enzima exógenas também
otimiza a produção de ruminantes, uma vez que melhora
a digestibilidade e a degradabilidade dos componentes
contidos nas dietas. Seu uso para pequenos ruminantes
como ovinos necessita-se de estudos mais afundo, em
decorrência de se encontrar a sua implementação em
fases iniciais (MCallister e Wang, 2001).
O conjunto de microrganismos encontrados no
rúmen, são capazes de degradar os alimentos consumi-
dos pelos ruminantes, devido ao processo de secreção
de enzimas capazes de degradar fontes fibrosas e não
fibrosas (MCallister e Wang, 2001).
Dentre os alimentos principais ofertados a esses
animais estão os cereais e as forrageiras. E, a atual compe-
tição no mercado para atender à crescente demanda por
produtos de origem animal, associado ao aumento da pro-
dução nacional de grãos e ao custo elevado de forragens
conservadas têm induzido a produção de ruminantes em
sistemas de confinamento com alta proporção de concen-
trado na dieta (Cervieri et al., 2009). Logo, é necessário
ponderar que o ambiente ruminal possui limitações para
o uso de dietas com alto percentual de concentrado, por
provocar alterações no pH, perfil enzimático e produção
de metabólitos, que podem ser prejudiciais aos animais
hospedeiros. Para minimizar problemas em dietas com
elevado teor de concentrado, o uso de enzimas exógenas
pode se tornar uma ferramenta utilizada para manipular
esta fermentação ruminal (Van Nevel, 1992). E também,
a análise do perfil metabólico dos animais é considerável
em experimentos que objetivam testar diversos ingre-
dientes a serem usufruídos na nutrição de animais em
confinamento (Ítavo et al., 2002)
A hipótese a ser testada nesse experimento é que
as enzimas exógenas atuam no melhoramento e aprovei-
tamento nutricional da dieta, bem como na otimização
no metabolismo dos ovinos. Neste contexto, o principal
objetivo desse trabalho, foi analisar possíveis influências
que poderiam ocorrer em parâmetros nutricionais e me-
tabólicos de ovinos em crescimento, utilizando diferentes
enzimas exógenas.
Material e métodos
O experimento teve duração de 50 dias e realizado
na fazenda experimental Capim Branco, pertencente à
Universidade Federal de Uberlândia, no setor de capri-
nos e ovinos. O experimento foi aprovado pelo CEUA
- Comissão de Ética na Utilização de Animais, protocolo
091/16. Foram utilizados cinco ovinos machos ¾ Dorper
x ¼ Santa Inês, com idade entre 3 a 4 meses, com média
de 30kg.
Esses animais receberam vermifugação, logo após
foram alojados nas gaiolas de metabolismo com acesso a
comida, água e sal mineral, sendo pesados inicialmente e
no período final de cada etapa de digestibilidade aparente
para obter média do peso vivo.
Os tratamentos foram determinados através da
inclusão de enzimas exógenas no concentrado a base de
milho desintegrado com palha e sabugo (MDPS). Sendo:
Controle (sem adição de enzimas), Allzyme® (enzima
proteolítica), Fibrozyme® (enzima fibrolítica), Amaize®
(enzima amilolítica) e Mix (complexo com enzimas pro-
teolíticas, fibrolíticas e amilolíticas). O volumoso ofertado
foi silagem de milho sem inclusão de aditivos.
Todas as dietas tiveram a mesma composição
química, sendo a formulação das mesmas utilizando o
NRC (2007), para cordeiros em crescimento. A relação
volumoso:concentrado da dieta foi de 30%:70%. Os
níveis das enzimas foram calculados de acordo com as
recomendações do fabricante (tabela 2).
A alimentação foi fornecida duas vezes ao dia
às 08:00 h e 16:00 h. Os animais tiveram livre acesso a
água e sal mineral. As sobras de alimento nos cochos eram
medidas diariamente e, sempre que não havia sobra, a
quantidade ofertada era aumentada em 10% até atingir
um excedente equivalente a 10% da ofertada. O cálculo
do consumo de matéria seca (CMS) da ração foi obtido
por meio da diferença do ofertado em relação às sobras.
As fezes produzidas pelos animais foram pesadas
e coletadas diariamente e, por fim, determinado o teor de
matéria seca, possibilitando o cálculo da digestibilidade
da ração com base na matéria seca (DMS), por meio da
seguinte fórmula:
3
Uso de enzimas exógenas na alimentação de ovinos em crescimento
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0109, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41624
Onde:
DMS = (CMS-PF)/CMS*100
A determinação do conteúdo de matéria seca das
sobras de alimento e fezes foi realizada no Laboratório
de Bromatologia e Nutrição Animal (LABAN) da UFU,
utilizando o método INCT-CA, G-003/1 (Detmann et al.,
CMS
=
consumo de matéria seca (kg dia-1);
PF
=
peso das fezes na matéria seca (kg dia-1).
2012).
Tabela 1 Composição do concentrado e dietas experimentais
Ingredientes
Allzyme®
Amaize®
Fibrozyme®
Mix de enzimas
MDPS
40,0%
40,0%
40,0%
40,0%
Farelo de milho
35,5%
35,5%
35,5%
35,5%
Farelo de soja
17,5%
17,5%
17,5%
17,5%
Sal mineral
3,0%
3,0%
3,0%
3,0%
Adsorvente
2,0%
2,0%
2,0%
2,0%
Ureia
2,0%
2,0%
2,0%
2,0%
Enzimas
150g
150g
180g
150g
Nutriente (%)
Silagem de milho
Concentrado
Dieta Total
Matéria seca
30,0
88,69
71,08
Proteína Bruta
7,4
20,00
16,26
Fibra em Detergente Neutro
58,0
28,56
32,19
Nutrientes Digestíveis Totais
69,5
72,58
70,97
Tabela 2 Descrição das enzimas pelo fabricante
Composição
Allzyme®
Amaize®
Fibrozyme®
Pectinase
Min. 400 u/g
-
-
Protease
Min. 700 u/g
-
-
Fitase
Min. 300 u/g
-
-
Betaglucanase
Min. 200 u/g
-
-
Xilanase
Min. 100 u/g
-
Min. 100 XU/g
Celulase
Min. 40 u/g
-
-
Amilase
Min. 30 u/g
Min. 600 FAU/g
-
O escore fecal foi avaliado diariamente durante
o período de coleta, de acordo com a escala proposta
por (Gomes et al., 2012), na qual, na escala um (1),
as fezes são classificadas em secas e opacas; na escala
dois (2) como normal; na escala três (3) ligeiramente
suavizadas; na escala quatro (4) amolecida, perdendo a
forma e colada (cachos de uva); na escala cinco (5) como
amolecido e sem formado (fezes de suíno); e na escala
seis (6) como diarreica.
O fornecimento de água era feito todos os dias
pela manhã, em baldes plásticos, no valor de seis litros
por animal, e também à tarde quando necessário. O abas-
tecimento e a água residual eram medidos diariamente.
O consumo de água foi calculado pela diferença entre o
ofertado e as sobras. Foi colocado também diariamente
um balde posicionado na área experimental com a mes-
ma quantidade de água ofertada aos animais, para que,
através da sobra deste balde no dia seguinte fosse calcu-
lada a quantidade de água evaporada e esta quantidade
descontada do consumo de água destes animais.
Para a coleta total de urina, foram utilizados
baldes plásticos cobertos com telas, para evitar contami-
nação com pelos, ração e fezes, sendo os baldes alocados
abaixo das gaiolas de metabolismo. Foi adicionado em
4
Freitas, A. B. I. et al.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0109, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41624
cada balde, 100 mL de ácido sulfúrico a 2N (H2SO4.) para
evitar a volatilização do nitrogênio (N) como também
possível fermentação microbiana presente no ambiente. A
coleta de urina foi realizada diariamente pela manhã. O
volume total de urina foi medido através de uma proveta
graduada (plástico) com precisão de 20mL e a densidade
da urina foi determinada através de refratômetro manual
Megabrix®.
As amostras de sangue foram coletadas no pri-
meiro, terceiro e quinto dia do período de coleta, sempre
antes da primeira alimentação, com o animal em jejum.
Para avaliação dos componentes bioquímicos, amostras
de sangue foram coletadas por punção venosa da veia
jugular com tubos Vacutainer
®
sem anticoagulante. Os
componentes bioquímicos para determinação do meta-
bolismo energético foram: triglicerídeos, colesterol, LDL,
HDL e VLDL. Os valores de LDL e VLDL foram obtidos
por cálculos propostos por (Friedewald et al., 1972), a
partir dos valores de colesterol total, HDL-colesterol e
triglicerídeos:
VLDL
=
Triglicerídeo/5 e LDL
=
Colesterol HDL - VLDL
Onde:
VLDL
=
lipoproteína de muito baixa densidade; LDL
=
lipoproteína de baixa densidade; HDL
=
lipoproteína de alta densidade; para determinação
do metabolismo proteico foram: proteína total, ureia, albumina, ácido úrico, creatinina e globulina. para determinação da atividade enzimática
foram: AST, GGT e fosfatase alcalina.
A avaliação glicêmica foi realizada no último dia
de coleta de dados de cada período de avaliação, sendo
realizada nos seguintes horários: 8h (antes da primeira
refeição), 11h, 14h, 17h e 20h. No dia da avaliação glicê-
mica, a segunda refeição foi oferecida após a colheita
das 20h. As amostras foram coletadas por punção venosa
da veia jugular em tubos Vacutainer® de 5 mL contendo
flúor e EDTA, e devidamente identificadas para cada
animal.
As amostras de sangue coletadas foram centrifu-
gadas a 3.000 rotações por minuto durante 10 minutos,
o soro foi separado em alíquotas dentro de microtubos
e armazenado em freezer a -5°C para posterior análise
laboratorial. Todas as amostras foram processadas em
analisador bioquímico automatizado (Bioplus
®
2000,
Barueri, SP, Brasil) utilizando kit comercial (Lab Test®,
Lagoa Santa, MG, Brasil).
O modelo estatístico utilizado foi através do
delineamento quadrado latino com cinco repetições por
tratamento, cinco animais e cinco períodos experimentais,
com duração de dez dias, sendo cinco dias de adaptação
e cinco dias de coleta, totalizando 50 dias de avaliação.
As médias de escore fecal foram avaliadas pelo teste não
paramétrico de Kruskal e Wallis (1952). As médias ob-
tidas foram submetidas ao teste SNK com probabilidade
de 5%.
Resultados e discussão
Não houve diferença estatística entre os tratamen-
tos para todas as variáveis analisadas. De acordo o NRC
(2007), ovinos machos inteiros com peso médio corporal
de 30 kg, devem consumir 1,05kg/dia, ou seja, 3,5% do
peso vivo. Desta forma, confirma-se que os animais do
experimento apresentaram dados correspondentes aos
valores estimados com o NRC (2007) para o consumo de
matéria seca. A grande palatabilidade dos ingredientes
contidos nas dietas experimentais influenciou positiva-
mente na taxa de consumo dos animais. Dessa forma, a
disponibilidade, aptidão de acesso e ócio por encontra-
rem-se em gaiolas de metabolismo, pode ter cooperado
para esse consumo.
Tabela 3 Parâmetros nutricionais de ovinos alimentados com dieta com inclusão de enzimas exógenas
Controle
Allzyme®
Fibrozyme®
Amaize®
Mix
P- Valor
Média
CV (%)
CMS,
kg dia
-1
1,18
1,29
1,30
1,21
1,25
0,3698
1,23
1,18
CMS,
%PC
3,26
3,63
3,62
3,15
3,52
0,3485
3,44
14,33
DMS,
%
86,17
84,92
85,32
82,68
83,90
0,3256
84,59
4,02
CH
2
0,
L dia
-1
4,14
4,41
4,30
3,49
3,94
0,2589
4,06
19,26
CH
2
0/CMS,
L kg
-1
3,30
3,02
3,31
2,92
3,02
0,2983
3,16
16,44
CMS: consumo de matéria seca; PC: peso corporal; DMS: digestibilidade da matéria seca; CH2O: consumo de água; CV: coeficiente de variação
Apesar de não apresentar diferença estatística,
os resultados de digestibilidade da matéria seca (DMS)
encontrados foram altos, provavelmente por conta da
maior proporção de concentrado na dieta (Tabela 1). E
também, a DMS possuiu relação com a influência das
enzimas adicionadas na dieta, uma vez que estas en-
zimas são capazes de realizar o processo de hidrólise,
consequentemente em função do tempo em que essas
partículas são retidas no ambiente ruminal (Doreau e
Diawara, 2003).
5
Uso de enzimas exógenas na alimentação de ovinos em crescimento
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0109, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41624
O consumo de água em todos os tratamentos foi
semelhante, não encontrando-se efeitos negativos em re-
lação a inclusão das enzimas. Confirmando este resultado,
o NRC (2007) estabeleceu uma relação entre a ingestão
de água potável e a quantidade de matéria seca ingerida
por ovinos, que deveria ser duas a três vezes superior
ao CMS, portanto observa-se que o consumo médio de
água foi 3,16 vezes maior que o CMS, esclarecendo que
os animais tiveram suas exigências atendidas (Tabela 3).
Não houve diferenças estatística entre os trata-
mentos (tabela 4). Em relação ao escore fecal, quando as
fezes possuem um aumento em sua consistência, deduz-se
que houve redução na taxa de passagem do alimento in-
gerido, demonstrando menor digestibilidade de forragem
no rúmen (Bernardes e Rêgo, 2014). Em contraposto,
casos as fezes estejam com consistência amolecidas, pode
ser indicativo de que os alimentos concentrados, estão
apresentando teores de FDN menores, com porcentagem
de carboidratos não fibrosos em maiores quantidades.
Os carboidratos não fibrosos possuem digestão rápida e
alta taxa de passagem do amido no rúmen (Foley et al.,
2006). Logo, os animais apresentaram escore de fezes
normal, resultado que se deve possivelmente ao MDPS
(consideram que os animais tiveram regular CMS e alta
DMS da dieta ofertada), que possui como característica
elevada quantidade de fibra, que pode reduzir ou con-
trolar a taxa de passagem da digesta.
Tabela 4 Parâmetros fisiológicos de ovinos alimentados com dieta com inclusão de enzimas exógenas
Controle
Allzyme®
Fibrozyme®
Amaize®
Mix
P- Valor
Média
CV (%)
Escore fecal
2,52
2,52
2,52
2,80
2,40
0,3698
2,55
-
Urina,
L dia
-1
1,49
1,42
1,56
1,45
1,47
0,2741
1,48
33,07
Urina,
g mL
-1
1,0300
1,0268
1,0228
1,0268
1,0238
0,1258
1,0256
0,69
Fezes, g dia-1
652
726
783
781
695
0,5896
727
13,67
Fezes,
%MS
15,26
18,18
18,81
19,19
18,74
0,5741
18,04
23,95
Para os dados de escore fecal utilizou-se estatística não paramétrica; CV: coeficiente de variação.
O volume de urina excretado pelos animais está acima da
faixa recomendada por (Reece, 2006), que deve ser de
100-400 mL para cada 10 kg de peso corporal. Como o
peso médio dos animais foi de 30 kg, a excreção urinária
diária deve ser entre 300 - 1200 mL. A excreção urinária
média diária foi de 1480 mL, logo, esse resultado acima
do limite superior recomendado para excreção urinária
pode estar relacionado à ingestão hídrica acima do nível
recomendado encontrado neste estudo. A densidade
urinária permaneceu dentro dos limites normais para
ovinos (1,015 1,045 g mL-1) em todos os tratamentos,
conforme descrito por (Carvalho, 2008) e (Reece, 2006).
Com relação aos metabólitos energéticos, a inclusão de
enzimas exógenas na dieta de ovinos trouxe diferenças
estatísticas para as concentrações de triglicerídeos, lipo-
proteína de muito baixa densidade (VLDL) e lipoproteína
de baixa densidade (LDL, Tabela 5). A concentração de
todos metabólitos energéticos se mantiveram dentro dos
valores recomendados por (Varanis et al., 2021).
Tabela Concentração sanguínea de metabólitos energéticos de ovinos alimentados com dieta com inclusão de enzimas
exógenas
Controle Allzyme®
Fibrozy-
me®
Amai-
ze®
Mix P- Valor Média CV (%) VR
Colesterol,
mg dL
-1
54,66 47,60 47,46 44,59 52,33 0,5874 49,33 15,52 15-140
Triglicerídeos, mg dL-1 21,46 B 21,73 B 19,20 B 28,40 A 19,73 B 0,0480 22,10 15,42 5-78
VLDL, mg dL-1 4,29 B 4,34 B 3,84 B 5,68 A 3,94 B 0,0481 4,42 15,45 1-17,4
HDL,
mg dL
-1
24,33 23,86 27,00 27,86 21,26 0,8752 24,86 17,01 13-79
LDL,
mg dL
-1
26,04 A 19,38 AB 16,62 AB 11,05 A 27,12 A 0,0298 20,04 30,01 0,8-83
Frutosamina,
μmol L
-1
215,89 216,90 231,13 211,53 217,89 0,8896 218,67 11,88 11-413
Glicose,
mg dL
-1
56,64 58,80 62,12 65,60 61,08 0,6987 60,84 14,19 33-98
VLDL: lipoproteína de muito baixa densidade; HDL: lipoproteína de alta densidade; LDL: lipoproteína de baixa densidade; VR: valores de referên-
cia segundo Varanis et al. (2021). CV: coeficiente de variação. Letras distintas na linha diferem entre si pelo teste de SNK a 5% de probabilidade.
Os veis de colesterol no organismo, possui duas
origens, sendo: endógena e exógena. A principal origem
endógena, é a partir da síntese do acetil-Coenzima A (ace-
til CoA) no fígado, intestinos, glândula adrenal e pele,
6
Freitas, A. B. I. et al.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0109, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41624
e exógena a partir dos alimentos (González e Scheffer,
2006). A dieta fornecida na alimentação animal, possui
relação direta com os níveis de colesterol total plasmático,
indicando o total de lipídeos contidos no plasma (Gonzá-
lez, 2000), sendo que o colesterol é sintetizado a partir
do acetil-CoA originado do ácido acético produzido no
rúmen resultado da fermentação da fibra dietética (Silva
et al., 2020). Logo, mesmo que a dieta utilizada possua
menor relação de volumoso (o qual irá proporcionar a
maior produção do ácido acético no rúmen) ainda assim
foi capaz de manter os níveis séricos de colesterol dentro
do recomendado.
Nos herbívoros ruminantes, a síntese de ácidos
graxos e triglicerídeos ocorre no tecido adiposo. O princi-
pal percursor é o acetato, fazendo com que a síntese ocorra
em torno de 90% (Kozloski, 2009). Esses triglicerídeos
são compostos de moléculas de glicerol, ligadas a três
moléculas de ácidos graxos; Após a ingestão de dietas
com alta densidade energética (ricas em amido), ocorre
aumento da síntese hepática de ácidos graxos a partir
das elevadas quantidades de acetato e propionato que
chegam ao fígado, resultando em aumento da exporta-
ção de triglicerídeos para o tecido adiposo (Bruss, 2008;
Fernandes et al., 2012). Tal fato, pode explicar a maior
concentração deste metabólito em ovinos que consumiram
a dieta com inclusão da enzima amilolítica. E, o mesmo
comportamento foi observado para a concentração da
VLDL, uma vez que esta é a lipoproteína responsável por
transportar triglicerídeos do fígado para o tecido adiposo
(Siqueira et al., 2020).
Os quilomícrons (QM), o lipoproteínas que
transportam triglicerídeos do intestino para o fígado
(González e Scheffer, 2003). Lipoproteínas com den-
sidades muito baixas são nomeadas como VLDL, estas
realizam transporte dos triglicerídeos do fígado para o
tecido adiposo, lipoproteínas de baixa densidade (LDL),
são as que levam o colesterol do fígado para todas as -
lulas do corpo, e lipoproteínas de alta densidade (HDL),
possuem função de recolherem o colesterol contido nos
tecidos do corpo, e transportarem de volta para o fígado
(González e Scheffer, 2003).
A quantidade de ácidos graxos saturados no orga-
nismo, interfere na elevação de LDL e HDL e aumentando
o nível de colesterol sanguíneo, essa elevação -se em
decorrência da redução da atividade do receptor LDL
colesterol e o espaço livre de LDL na corrente sanguínea
(Beauchemin et al., 2003). Observou-se efeito do uso
de enzimas exógenas na alimentação de ovinos sobre
a concentração sanguínea de LDL. Como mencionado
anteriormente, a LDL tem a função de transportar o
colesterol do fígado para os tecidos, portanto, nos tra-
tamentos controle e mix observamos maior capacidade
de transporte deste metabólito em relação aos demais
tratamentos, o que pode ser considerado prejudicial uma
vez que maior acúmulo de gordura nestes animais.
A frutosamina é uma cetoamina estável e formada
quando a glicose reage não enzimaticamente com grupos
aminas das proteínas, principalmente a albumina e a
imunoglobulina e sua concentração no plasma ou sérica
é controlada pelo balanço entre a síntese e eliminação
destes compostos proteicos e de glicose. Neste estudo,
observa-se que a concentração da frutosamina se en-
contra dentro dos valores recomendados, assim como
os valores de glicose e proteína total que acompanham
este metabólito.
Os perfis metabólicos sanguíneos, como a gli-
cemia, auxiliam na avaliação da condição metabólica
nutricional dos animais, possibilitando a prevenção e
diagnósticos de transtornos metabólicos em um rebanho
(Bassiouni et al., 2010). Isso ocorre através do controle
da alimentação fornecida, possibilitando a melhora de
índices produtivos, que a glicose é primordial para
servir como fonte de energia para todos os seres vivos
(Bassiouni et al., 2010).
Durante o experimento, os níveis encontrados de
glicose, conservaram-se dentro da faixa de recomendação,
pelos valores apresentados verificamos que os animais
estavam com balanço positivo de glicose no corpo (Tabela
5 e Figura 1).
Figura 1 Efeito do horário de coleta sobre a concentração sanguínea de glicose em ovinos
A Gama glutamiltransferase (GGT) é uma enzima
existente em todas as células, com exceção do músculo.
Possui grande atividade renal e no fígado, porém somente
a de origem hepática é mensurada no sangue dos animais
7
Uso de enzimas exógenas na alimentação de ovinos em crescimento
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(Campestrini et al., 2005). Na tabela 6, a concentração
da enzima gama glutamiltransferase (GGT) encontra-se
dentro dos valores recomendados para a espécie e cate-
goria avaliada. Em ovinos essa enzima é passada para
filhotes via colostro, e pode deduzir sobre o estado de
saúde do fígado (Campestrini et al., 2005).
Tabela 6 Concentração sanguínea de enzimas hepáticas de ovinos alimentados com dieta com inclusão de enzimas
exógenas
Controle
Allzyme®
Fibrozyme®
Amaize®
Mix
P- Valor
Média
CV (%)
VR
GGT,
UI L
-1
58,73
58,79
58,53
55,53
56,80
0,8752
57,67
12,45
31-1541
AST,
UI L
-1
89,13
99,79
95,66
96,34
92,53
0,7489
94,69
15,34
47-3531
FA,
UI L
-1
207,40
218,13
215,34
223,86
182,33
0,9217
209,45
17,49
68-3872
GGT: gama glutamiltransferase; AST: aspartato aminotranferase; FA: fosfatase alcalina; VR1: valores de referência segundo Varanis et al. (2021);
VR2: valores de referência segundo Kaneko et al. (2008); CV coeficiente de variação.
Os valores encontrados da enzima aspartato
aminotranferase (AST) no estudo realizado, apresen-
tam-se dentro dos valores de referência de acordo com
a categoria animal (Tabela 6). Essa enzima é encontrada
nos músculos esqueléticos e cardíaco, nos eritrócitos e
principalmente no fígado. Quando se nota um aumento
significativo da AST é um indicativo que pode haver lesão
hepática grave e difusa, principalmente se os sintomas
virem acompanhados com icterícia (González e Scheffer,
2006; Brito, 2011), o que não ocorreu neste trabalho.
A fosfatase alcalina (FA) é uma enzima que está
presente em todos órgãos principalmente no fígado. Por
se encontrar principalmente neste órgão, a FA demonstra
a saúde do gado, assim como os níveis de colesterol,
podem afetar o estado de saúde do animal e o grau de
mobilização de reservas corporais (González e Scheffer,
2006). Os animais que participaram do experimento,
obtiveram valores que atenderam as recomendações.
A tabela 7 mostra os resultados para o perfil pro-
teico dos animais. Observa-se que a inclusão de enzimas
exógenas na dieta de ovinos não interfere na concentração
sanguínea dos metabólitos proteicos.
Tabela 7 Concentração sanguínea de metabólitos proteicos de ovinos alimentados com dieta com inclusão de enzimas
exógenas
Contro-
Allzy-
Fibrozy-
Amai- Mix P- Valor Média CV (%) VR
le
me
®
me
®
ze
®
Ácido Úrico, mg dL-1
0,18
0,20
0,28
0,24
0,24
0,5236
0,22
31,92
0-2,9
1
Albumina, g dL-1
4,05
4,24
4,14
4,72
4,33
0,5871
4,30
12,45
1,12-5,38
1
Ureia, mg dL-1
44,86
34,53
44,60
35,00
42,86
0,7852
40,37
34,06
13-1001
Creatinina, mg dL-1
0,76
0,67
0,67
0,85
0,74
0,6021
0,74
16,52
0,4-1,8
1
Proteínas Totais, g dL-1
5,55
6,00
5,22
5,14
5,36
0,2358
5,57
14,55
3,1-11,4
1
Globulinas, g dL-1
1,50
1,75
1,53
1,35
1,37
0,7413
1,50
33,14
3,5-5,7
2
VR1: valores de referência segundo Varanis et al. (2021); VR2: valores de referência segundo Kaneko et al. (2008); CV coeficiente de variação.
A ureia é o metabólito que melhor reflete o status
proteico em ruminantes, pois apresenta relação espe-
cial com a digestão proteica e com o metabolismo dos
microrganismos do rúmen (Silva et al., 2020) podendo
então ser afetada pelo nível de proteína na dieta. Como
os valores de ureia neste estudo se encontram dentro do
recomendado, podemos inferir que os animais receberam
uma dieta de acordo com suas exigências nutricionais,
no que se refere ao teor de proteína bruta.
No presente estudo, os valores encontrados de
albumina ficaram dentro do valor de referência. Mesmo
assim, para que seja detectado mudanças significativas na
concentração sérica de albumina, se torna necessário um
período de um mês, em decorrência a baixa velocidade
de ntese e de degradação lenta feita pelo ruminante.
A albumina é sintetizada pelo fígado contribuindo 80%
com a osmolaridade do plasma, sendo considerada com
a mais abundante no plasma sanguíneo. Além de corres-
ponder em torno de 50 a 65% das proteínas circulantes
(MCallister e Wang, 2001). Essa proteína, auxilia no con-
trole do pH sanguíneo por atuar como ânion, e servindo
como reserva proteica, transportadora de ácidos graxos
livres, aminoácidos, metais e bilirrubina. Alguns fatores
como parasitismos gastrintestinais podem acarretar na
diminuição da concentração de albumina, e também pelo
aporte de proteína contida na ração, pelo funcionamento
do fígado, disponibilidade de aminoácidos e desidratação
(MCallister e Wang, 2001)
A concentração sanguínea de ácido úrico dos
animais neste experimento enquadrou com a referência
8
Freitas, A. B. I. et al.
Cad. Ciênc. Agrá., v. 14, p. 0109, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2022.41624
(Tabela 7), demonstrando que o metabolismo ruminal es-
tava em equilíbrio, assim como a atividade da microbiota
do órgão, para produzir sua proteína endógena, crescer
e se multiplicar. Isso pode ser explicado pela disponibi-
lidade de proteína, fibra e energia do alimento, além
dos carboidratos que são rapidamente fermentáveis no
sistema digestório (rúmen e intestino grosso, MCallister
e Wang, 2001).
A creatinina é um composto nitrogenado, sua
produção é derivada da fosfocreatina muscular, sendo
produzida primeiramente pelo fígado e transportado
para os músculos, e usada como fonte de energia para
atividade muscular, dependendo consequentemente da
quantidade da massa muscular. A concentração de crea-
tinina dos animais avaliados neste estudo permaneceu
dentro do valor recomendado.
Os microrganismos do ambiente ruminal aprovei-
taram os alimentos ofertados na dieta. Essa conclusão se
dá, a partir de analises colhidas em decorrência da norma-
lidade que estava à proteína, que estas apresentavam
normalidade. As proteínas sanguíneas o sintetizadas
principalmente pelo fígado, e suas concentrações muito
dizem a respeito do estado nutricional dos animais e com
a funcionalidade hepática. Na tabela 7, é possível notar
que o nível de proteínas totais estava de acordo com o
valor de referência.
Os valores de globulinas encontrados no presen-
te estudo foram dentro do valor recomendado (Tabela
7). A diferença encontrada entre as proteínas totais e a
albumina, resulta na concentração de globulinas, cujo a
principal função é a realização dos transportes de me-
tais, lipídios e bilirrubina, auxiliando positivamente na
imunidade. Quando encontrados valores acima da média,
deduz-se que pode estar relacionado a doenças infeccio-
nas, vacinações recentes e até mesmo para avaliação de
adaptação do animal.
Conclusões
O uso de enzimas exógenas não alterou o con-
sumo e a digestibilidade da matéria seca, e manteve a
concentração dos metabólitos sanguíneos dentro da nor-
malidade para ovinos em crescimento. O uso da enzima
amilolítica proporcionou maior concentração sanguínea
de triglicerídeos e lipoproteína de muito baixa densidade
(VLDL) e menor concentração sanguínea de lipoproteína
de baixa densidade (LDL) em ovinos.
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