CADERNO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Agrarian Sciences Journal
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Atribuição - Não Comercial 4.0 Internacional
Seleção de genótipos de algodoeiro herbáceo para tolerância ao estresse salino
Magna Maria Macedo Nunes Costa1, Rita de Cassia Cunha Saboya2, José Jaime Vasconcelos Cavalcante3, José
Wellinghthon dos Santos4
DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2023.46587
Resumo
Com o objetivo de selecionar genótipos de algodoeiro para tolerância à salinidade, foram conduzidos três experimen-
tos em casa de vegetação. No primeiro, foram testados 63 genótipos sob dois níveis de salinidade: 4,0 e 8,0 dS m-1.
As plantas foram conduzidas em vasos de 1 L, contendo solo devidamente corrigido e adubado. Cada tratamento foi
repetido três vezes. As plantas foram coletadas aos 33 dias após a germinação (DAG) e levadas para secar em estufa
a 40 graus Celsius por 48 horas para a obtenção da matéria seca total (MST). De posse dessa variável, calculou-se
as perdas percentuais em relação ao controle para cada um dos genótipos testados. Em seguida, os genótipos foram
classificados de acordo com a %Perda obtida: entre 0 a 20, Tolerante (T); 20 a 40, Moderadamente Tolerante (MT);
40 a 60, Moderadamente Suscetível (MS); e, acima de 60, Suscetível (S). Dos 63 genótipos testados, foram escolhidos
vinte para o segundo experimento, os que apresentaram as menores % Perda. A metodologia de instalação e condu-
ção foi semelhante ao experimento 1, exceto que os níveis de salinidade testados dessa vez foram 4,0 e 10,0 dS m-1.
Dos 20 genótipos testados, foram escolhidos cinco para o terceiro experimento, os que apresentaram as menores %
Perda. A metodologia de instalação e condução também foi semelhante ao experimento 1, exceto que os níveis de
salinidade testados dessa vez foram 4,0 e 12,0 dS m-1. No final, o genótipo que apresentou a menor % Perda foi a
cultivar BRS Antares.
Palavras-chave: Gossypium hirsutum L. Salinidade. Crescimento
Selection of herbaceous cotton genotypes for saline stress tolerance
Abstract
In order to select cotton genotypes for salinity tolerance, three experiments were carried out in a greenhouse. In the
first, 63 genotypes under two salinity levels: 4.0 and 8.0 dS m-1. The plants were conducted in bags of 1 L, containing
properly corrected and fertilized soil. Each treatment was repeated three times. The plants were collected 33 days
after germination (DAG) and taken to dry in stove at 40 Celsius degrees for 48 hours to obtain the total dry matter.
(MST). With this variable, the percentage losses were calculated in relation to the control for each one of the ge-
notypes tested. Then, the genotypes were classified according to the % Loss obtained: between 0 to 20, Tolerant (T);
20 to 40, Moderately Tolerant (MT); 40 to 60, Moderately Susceptible (MS); and, above 60, Susceptible (S). Of the
63 genotypes tested, twenty were selected for the second experiment, those with the lowest % Loss. The installation
and conduction methodology was similar to experiment 1, except to the tested salinity levels, wich were 4.0 and
10.0 dS m-1. Of the 20 genotypes tested, five were selected for the third experiment, those with the lowest % Loss.
The installation and conduction methodology do third experiment was also similar to experiment 1, except to the
1Embrapa Algodão. Campina Grande, Paraíba. Brasil
ORCID: 0000-0002-3088-2740
2Embrapa Algodão. Campina Grande, Paraíba. Brasil
ORCID: /0000-0003-2589-0372
3Embrapa Algodão. Campina Grande, Paraíba. Brasil
ORCID: 0000-0003-2589-0372
4Embrapa Algodão. Campina Grande, Paraíba. Brasil
ORCID: 0009-0007-2067-6613
*Autor para correspondência: magna.ferreira@embrapa.br
Recebido para publicação em 21 de junho de 2023. Aceito para publicação 19 de outubro de 2023.
e-ISSN: 2447-6218
Costa, M. M. M. N. et al.
2
Cad. Ciênc. Agrá., v. 15, p. 01–09, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2023.46587
salinity levels tested wich were 4.0 and 12.0 dS m-1. In the end, the genotype that presented the lowest % Loss was
the cultivar BRS Antares.
Key-Words: Gossypium hirsutum L. Salinity. Growth
Introdução
De acordo com o novo mapa global de salinidade,
de 2021, divulgado pela Organização das Nações Unidas
para a Alimentação e a Agricultura FAO -, estima-se que,
em todo o mundo, 8,7% dos solos estejam afetados por
sais, o que corresponde a uma área de 833 milhões de
hectares, sendo a maior parte encontrada nos ambientes
naturalmente áridos e semiáridos da África, Ásia e Amé-
rica Latina, bem como causada pela atividade humana. O
fato coloca em risco o cultivo de alimentos e a segurança
alimentar de pelo menos 1,5 bilhão de pessoas (Nações
Unidas Brasil, 2022).
No Brasil, solos salinos e sódicos ocorrem no Rio
Grande do Sul, nas partes baixas e próximo às lagoas
existentes na região; no Pantanal Mato-Grossense e,
predominantemente, na região semiárida do Nordeste
(Ribeiro et al., 2016).
Com base no Mapa de Solos do Brasil, estima-se
que no nosso país haja um área correspondente a 160.000
km
2
de solos com problemas de salinidade, o que corres-
ponde a 2% do território nacional, gerando infertilidade,
diminuindo a produção agrícola e impactando a economia,
o ambiente e a sociedade (Pedrotti et al., 2015).
Na região Nordeste, o aumento da população
e a pressão econômica pela produção de alimentos têm
resultado no aumento da área de solos degradados por
salinidade, com grandes prejuízos para a economia (Ri-
beiro et al., 2016).
Em algumas localidades do semiárido, têm se
formado os chamados Núcleos de Desertificação, com em-
pobrecimento da população local, declínio da qualidade
ambiental, processos migratórios intrarregionais, perda
da biodiversidade e do território produtivo, interferên-
cia no clima do planeta e em processos biogeoquímicos
(Perez-Marin et al., 2012).
Solo salino é àquele em que a concentração
de íons - K+, Ca2+, Mg2+, Na+, Cl-, SO42-, NO3-, HCO3- e
CO32- - atinge um nível prejudicial às plantas cultivadas
(Medeiros et al., 2012).
O método mais usado para se medir o nível de
salinidade do solo é a condutividade elétrica CE no
extrato de saturação, dada em dS m
-1
, pois está relaciona-
da à concentração dos íons na solução (Molin e Rebello,
2011), sendo considerado salino o solo que apresenta esse
índice acima de 4,0 dS m-1 (Saelee, 2022). O processo
de salinização do solo pode se dar espontaneamente
(‘natural’, salinização primária) ou induzido pelo homem
(‘antrópica’, salinização secundária) (Medeiros et al.,
2012).
No nordeste brasileiro, especialmente em se tra-
tando de semiárido, o algodoeiro tem sido considerado
uma planta tolerante à salinidade, sendo considerada
uma das alternativas para solos que apresentam este
problema, entretanto, a tolerância e/ou resistência vai
depender da variedade/cultivar plantada (Oliveira et al.,
2012).
Trabalhos desenvolvidos em várias partes do
mundo conferem que o algodoeiro apresenta genes que
determinam tolerância/resistência à salinidade do solo
(Zhang et al., 2021).
No Brasil, Oliveira et al. (2014) “demonstraram
em ambiente protegido que as cultivares de algodão colo-
rido BRS Verde e BRS Topázio são tolerantes à salinidade
da água de irrigação”. Ferraz et al. (2011) “também en-
contraram a mesma resposta com a cultivar BRS Topázio”.
Siqueira et al. (2005), “estudando a tolerância da
cultivar BRS Marrom à salinidade da água de irrigação,
também encontraram resultados positivos”, assim como
Silva et al. (2019) “com a cultivar BRS Safira”.
Uma forma de se medir quantitativamente os
danos da salinidade do solo sobre o crescimento e/ou
a produção das plantas cultivadas é através da redução
percentual em relação ao controle RP -, através da
seguinte fórmula: RP = [(PTNS PTS)/PTNS]x100, em
que PTNS é a produção do tratamento sob baixo nível
de salinidade, que ocorre naturalmente em solos não
salinos, e, PTS, a produção sob o nível de salinidade
imposto (Dantas et al., 2002).
Com base no resultado obtido pela RP (%), o
genótipo podem ser classificado da seguinte forma: de
0 a 20, Tolerante (T); de 20 a 40, Moderadamente Tole-
rante (MT); de 40 a 60, Moderadamente Sensível (MS);
e, acima de 60, Sensível (S) (Dantas et al., 2003).
Em um trabalho desenvolvido em casa-de-ve-
getação para avaliar genótipos de algodoeiro sob níveis
crescentes de salinidade na água de irrigação, Jácome
et al. (2005) classificaram os acessos para tolerância ao
estresse de sal com base na redução percentual em relação
ao controle. Os autores constataram ser o algodoeiro mais
sensível à salinidade nas variáveis de crescimento que
nas de produção. Entre os genótipos, as cultivares CNPA
7H e CNPA Precoce 2 tenderam a ser as mais sensíveis ao
estresse salino, sendo a primeira mais afetada na fase de
Seleção de genótipos de algodoeiro herbáceo para tolerância ao estresse salino
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crescimento e a segunda na de produção; os genótipos
EMBRAPA 113-Algodão.7MH e CNPA Acala 93/15 foram
os mais tolerantes.
Diante do exposto, a presente pesquisa teve como
objetivo, através de três experimentos sucessivos, selecio-
nar genótipos de algodoeiro para tolerância à salinidade
do solo, partindo inicialmente de 63 acessos.
Material e métodos
Experimento 1:
O primeiro experimento foi conduzido no ano de
2017, em casa-de-vegetação pertencente ao Centro Na-
cional de Pesquisa do Algodão, Campina Grande, Paraíba,
Brasil, com o objetivo de testar 63 genótipos cultivares
e linhagens de algodoeiro para tolerância à salinidade
do solo. Os genótipos testados foram: CNPA 2004 – 60,
CNPA 2004 92, CNPA 2004 – 266, CNPA 2004 295,
CNPA 2004 618, CNPA 2005 – 15, CNPA 2005 128,
CNPA 2005 318, CNPA 2005 5581, CNPA 2006 1006,
CNPA 2006 1065, CNPA 2006 1109, CNPA 2006
1601, CNPA 2006 3047, CNPA 2006 3052, CNPA
2006 3065, CNPA 2006 3075, CNPA ITA 90, CNPA ITA
92, CNPA ITA 94, CNPA ITA 96, CNPA Precoce 1, CNPA
Precoce 2, CNPA Precoce3, IAC 19, BRS 7H, BRS 7MH,
BRS 8H, BRS 200 Marrom, BRS 201, BRS 286, BRS 335,
BRS 336, BRS 372, BRS 416, BRS 5M, BRS Acácia, BRS
Antares, BRS Araçá, BRS Araripe, BRS Aroeira, BRS Bu-
riti, BRS Camaçari, BRS Cedro, BRS Fabrica, BRS Facual,
BRS Ipê, BRS Itaúba, BRS Jade, BRS Jatobá, BRS Peroba,
BRS Rubi, BRS Safira, BRS Seridó, BRS Sucupira, BRS
Topázio, BRS Verde, Acala, Acala 90, Acala SM3, Delta
Opal, Delta Penta e Deltapine 61, pertencentes ao Banco
Ativo de Germoplasma - BAG - da Embrapa.
Cada genótipo foi submetido a dois níveis de
salinidade do solo: 4 e 8 dS m-1 - baixo e alto, respecti-
vamente -, perfazendo 126 tratamentos, os quais foram
repetidos três vezes dando um total de 378 parcelas ex-
perimentais. Cada uma dessas parcelas foi representada
por um vaso de polietileno preto com capacidade de 1 L
contendo solo devidamente corrigido e adubado conforme
a análise química (Tabela 1). Em cada um desses vasos,
foram conduzidas duas plantas de algodoeiro.
Tabela 1 – Análise química do solo utilizado no experimento 1
pH Ca2+ Mg2+ Na+K+S H+Al T V Al3+ P M.O.
Água
(1:2,5) ---------------------------mmolc dm-3--------------------------- % mmol.
dm-3 mg dm-3 g kg-1
5,3 20,0 15,3 15,6 0,4 51,3 3,5 54,8 60,0 0,2 5,4 1,0
Os vasos continham perfurações no fundo para
que ocorressem as devidas lixiviações após as irrigações.
Os níveis de salinidade foram alcançados usando-se uma
mistura de sais diluídos em água, em mg L-1, na propor-
ção de 7:1:1:1 (NaCl:KCl:CaCl2:MgCl2), utilizando-se a
seguinte fórmula: QNaCl (mg.L
-1
) = 640 x (CEa desejada
- CEa inicial), em que CEa era a condutividade elétrica
da água em dS m-1 (Oliveira, 2014). As irrigações foram
feitas com água potável de modo a manter o solo sempre
na capacidade de campo, em torno de 30%. As plantas
(raízes + parte aérea) foram coletadas no final do pe-
ríodo de desenvolvimento vegetativo, aos 33 dias após a
germinação - DAG -, ocasião em que foram devidamente
acondicionadas em sacos de papel e levadas para secar
em estufa com circulação de ar a 40 graus Celsius por 48
horas para a obtenção da matéria seca total (MST). De
posse dessa variável, calculou-se as perdas percentuais em
relação ao controle para cada um dos genótipos testados.
Essa perda foi calculada através das seguinte equação:
(Eq. 1)
Em seguida, classificou-se os genótipos de algo-
doeiro conforme a Tabela 2, de acordo com a percentagem
de perda obtida.
Experimento 2:
Nesse experimento, foram testados, em casa-de-vegetação
pertencente ao Centro Nacional de Pesquisa do Algodão,
no ano de 2018, os 20 genótipos de algodoeiro que tive-
ram as menores perdas percentuais com o aumento da
salinidade do solo no experimento 1. Esses genótipos
foram: CNPA 2004-60, CNPA 2005-15, CNPA 2006-1065,
CNPA 2006-3047, CNPA 2006-3075, CNPA-ITA 92, IAC
19, BRS 200 Marrom, BRS 336, BRS 372, BRS 416, BRS
Antares, BRS Camaçari, BRS Facual, BRS Jade, BRS Rubi,
BRS Seridó, BRS Verde, Acala e Delta Penta. Dessa vez,
os acessos foram submetidos aos níveis de salinidade 4 e
10 dS m
-1
- baixo e alto, respectivamente -, perfazendo 40
tratamentos, os quais foram repetidos três vezes dando
um total de 120 parcelas experimentais. Cada uma des-
sas parcelas foi representada por um vaso de polietileno
preto com capacidade de 1 L contendo solo devidamente
corrigido e adubado conforme a análise química (Tabela
3). Em cada um desses vasos, foram conduzidas duas
plantas de algodoeiro.
Costa, M. M. M. N. et al.
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Tabela 2 – Classificação dos genótipos de algodoeiro quanto à tolerância à salinidade do solo, tomando-se como refe-
rência o peso de matéria seca total ao final do período de desenvolvimento vegetativo das plantas.
% Perda Classificação
0 - 20 Tolerante (T)
20 - 40 Moderadamente Tolerante (MT)
40 - 60 Moderadamente Suscetível (MS)
> 60 Suscetível (S)
Fonte: Fageria (1985)
Tabela 3 – Análise química do solo utilizado no experimento 2
pH Ca2+ Mg2+ Na+K+S H+Al T V Al3+ P M.O.
Água
(1:2,5) ---------------------------mmolc dm-3--------------------------- % mmol
dm-3 mg dm-3 g kg-1
5,5 6,2 2,0 0,1 0,8 9,1 9,1 18,2 50,0 0,0 9,9 2,7
Os vasos continham perfurações no fundo para
que ocorressem as devidas lixiviações após as irrigações.
Os níveis de salinidade foram alcançados conforme
descrito no experimento 1. As irrigações foram feitas de
modo a manter o solo sempre na capacidade de campo,
em torno de 30%. As plantas foram coletadas aos 25 DAG,
ao final do desenvolvimento vegetativo. Para calcular a
% Perda de cada genótipo, procedeu-se da mesma forma
descrita anteriormente. As cultivares e linhagens foram
classificadas em T, MT, MS e S, conforme mencionado.
Experimento 3:
Nesse experimento, foram testados, em casa-de-
-vegetação pertencente ao Centro Nacional de Pesquisa
do Algodão, no ano de 2019, os cinco genótipos de al-
godoeiro que tiveram as menores perdas percentuais
com o aumento da salinidade do solo no experimento
2 BRS 2005-15, BRS 2006-3075, BRS 200 Marrom,
BRS Antares e BRS Jade. Dessa vez, os acessos foram
submetidos aos níveis de salinidade 4 e 12 dS m-1 - baixo
e alto, respectivamente -, perfazendo 10 tratamentos,
os quais foram repetidos três vezes dando um total de
30 parcelas experimentais dispostas em Delineamento
Inteiramente ao Acaso (DIC). Cada uma dessas parcelas
foi representada por um balde plástico com capacidade
para 12 L contendo solo devidamente corrigido e adubado
conforme a análise química (Tabela 4). Em cada um desses
baldes, foram conduzidas duas plantas de algodoeiro.
Tabela 4 – Análise química do solo utilizado no experimento 2
pH Ca2+ Mg2+ Na+K+S H+Al T V Al3+ P M.O.
Água
(1:2,5) ---------------------------mmolc dm-3--------------------------- % mmol
dm-3 mg dm-3 g kg-1
5,3 14,1 3,8 0,4 1,5 19,8 9,1 28,9 68,6 0,0 40,8 7,9
Os baldes continham perfurações no fundo para
que ocorressem as devidas lixiviações após as irrigações.
Os níveis de salinidade foram alcançados conforme
descrito nos experimentos 1 e 2. As irrigações foram
feitas de modo a manter o solo sempre na capacidade
de campo, em torno de 30%. As plantas foram coletadas
ao final do seu período de desenvolvimento vegetativo.
Para coloca-las numa ordem de tolerância à salinidade,
procedeu-se da mesma forma descrita para os experi-
mentos 1 e 2.
Resultados e discussão
Experimento 1:
Os resultados referentes à percentagem de perda
de MST bem como à classificação dos 63 genótipos de
algodoeiro submetidos ao estresse salino do solo encon-
tram-se na Tabela 5.
Conforme constata-se na Tabela 5, o genótipo
mais tolerante à salinidade no experimento 1 foi a varie-
dade Acala, com uma perda percentual de MST de apenas
13,42% quando submetida a um nível de estresse salino
no solo de 8 dS m
-1
, seguida da linhagem CNPA 2004-60,
que perdeu 13,52%, ambas consideradas T. Seguindo o
aumento da % Perda, da cultivar BRS 372 à linhagem
CNPA 2005-5581, os acessos foram moderadamente
MT; da cultivar CNPA ITA-90 à BRS 7H, moderadamente
suscetíveis (MS); e, a partir da linhagem CNPA 2004-92,
suscetíveis (S), sendo que as cultivares BRS Fabrica, BRS
Itaúba e Delta Opal perderam 100% da sua MST, não
chegando a germinar.
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Tabela 5 – Classificação dos genótipos de algodoeiro com relação ao estresse salino tomando-se por base a perda per-
centual quando os acessos passaram do nível de salinidade 4 dS m-1 para 8 dS m-1.
Genótipo % Perda Classificação
Acala 13,42 T
CNPA 2004-60 13,52 T
BRS 372 20,41 MT
BRS Facual 22,40 MT
BRS Camaçari 22,99 MT
BRS 336 23,70 MT
Delta Penta 23,73 MT
CNPA 2005-15 26,46 MT
BRS Jade 26,69 MT
BRS Rubi 27,10 MT
BRS Seridó 30,06 MT
BRS Verde 32,21 MT
CNPA ITA-92 32,58 MT
BRS 416 33,53 MT
BRS Antares 33,69 MT
CNPA 2006-3047 34,14 MT
BRS 200 Marrom 34,33 MT
CNPA 2006-3075 35,52 MT
CNPA 2006-1065 35,76 MT
IAC 19 35,84 MT
Acala SM3 35,91 MT
CNPA 2004-266 35,93 MT
CNPA 2006-3052 35,99 MT
CNPA 2005-128 36,02 MT
CNPA 2006-1109 36,43 MT
CNPA 2005-318 36,49 MT
CNPA 2006-1601 36,54 MT
BRS Safira 36,63 MT
BRS Jatobá 36,74 MT
BRS Cedro 37,94 MT
BRS Sucupira 38,13 MT
Acala 90 38,54 MT
CNPA 2005-5581 39,03 MT
CNPA ITA-90 42,24 MS
Continua
Costa, M. M. M. N. et al.
6
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Genótipo % Perda Classificação
CNPA ITA-96 42,53 MS
BRS 201 42,84 MS
BRS Topázio 43,70 MS
CNPA 2004-295 43,71 MS
BRS Peroba 44,61 MS
CNPA Precoce 3 44,62 MS
CNPA 2004-618 45,28 MS
Deltapine 61 45,66 MS
CNPA 2006-3065 50,00 MS
BRS 7MH 51,11 MS
BRS Buriti 53,94 MS
CNPA 2006-1006 56,30 MS
BRS 5M 56,98 MS
BRS 286 57,30 MS
BRS 7H 57,94 MS
CNPA 2004-92 61,33 S
BRS 8H 61,67 S
BRS 335 61,70 S
CNPA ITA 94 62,92 S
CNPA Precoce 2 64,42 S
BRS Ipê 65,01 S
BRS Araripe 65,26 S
BRS Araçá 65,98 S
CNPA Precoce 1 66,30 S
BRS Aroeira 68,36 S
BRS Acácia 84,19 S
BRS Fabrica 100,00 S
BRS Itaúba 100,00 S
Delta Opal 100,00 S
Experimento 2:
Os vinte genótipos que mais toleraram quando
a salinidade do solo passou de 4 dS m-1, um nível consi-
derado não prejudicial ao desenvolvimento das plantas
cultivadas, para 8 dS m-1, considerado salino (Sonmez
et al., 2008), foram selecionados para o experimento 2,
ou seja, da cultivar Acala à IAC 19 (Tabela 5).
Os resultados referentes à percentagem de perda
de MST bem como à classificação dos 20 genótipos de
algodoeiro que melhor toleraram a salinidade do solo
no experimento 1, e que foram submetidos ao estresse
salino num nível mais elevado em relação ao anterior,
10 dS m-1, encontram-se na Tabela 6.
Seleção de genótipos de algodoeiro herbáceo para tolerância ao estresse salino
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Tabela 6 – Classificação dos genótipos de algodoeiro com relação ao estresse salino tomando-se por base a perda per-
centual quando os acessos passaram do nível de salinidade 4 dS m-1 para 10 dS m-1.
Genótipo % Perda Classificação
BRS 200 Marrom -4,34 T
CNPA 2005-15 -3,09 T
CNPA 2006-3075 18,36 T
BRS Jade 18,53 T
BRS Antares 18,71 T
Acala 19,51 T
CNPA ITA 92 22,90 MT
CNPA 2006-1065 38,93 MT
CNPA 2004-60 39,26 MT
BRS 336 40,99 MS
BRS 416 42,49 MS
BRS Facual 42,88 MS
BRS Seridó 43,33 MS
BRS Camaçari 43,56 MS
BRS Verde 46,36 MS
CNPA 2006-3047 46,84 MS
BRS Rubi 53,91 MS
BRS 372 59,65 MS
IAC 19 61,69 S
Delta Penta 100,00 S
Verifica-se na Tabela 6 que a cultivar BRS 200
Marrom e a linhagem CNPA 2005-15 tiveram % Perda
negativa quando a salinidade do solo passou de 4 dS m-1
para 10 dS m-1, ou seja, houve aumento na produção
de MST nos dois genótipos quando submetidos a essa
condição adversa. Juntamente com os acessos CNPA
2006-3075, BRS Jade, BRS Antares e Acala, foram con-
siderados tolerantes (T) a 10 dS m-1, nível de sal no solo
considerado alto (Sonmez et a., 2008). No outro extremo,
as cultivares IAC 19 e Delta Penta foram consideradas
suscetíveis (S), inclusive a última apresentou 100% de
perda de MST, não chegando a germinar. Pode-se infe-
rir que a cultivar BRS 200 Marrom e a linhagem CNPA
2005-15 reagem à salinidade de 10 dS m-1 aumentando
a magnitude dos seus mecanismos fisiológicos de pro-
dução de massa seca total (MST), como por exemplo a
fotossíntese e a assimilação do nitrogênio, como forma
de tolerar essa condição adversa do solo. No entanto,
investigações ao nível metabólico precisam ser feitas
para descobrir como funciona essa dinâmica na fisiologia
desses acessos.
Um fato importante a considerar ao comparar
os resultados dos experimentos 1 e 2 (Tabelas 5 e 6) é
que os genótipos mudaram o seu padrão de tolerância.
Por exemplo, a linhagem CNPA 2004-60 que, ao nível de
salinidade do solo de 8 dS m
-1
foi considerada T, com uma
perda de MST de apenas 13,42%, no nível de 10 dS m-1,
foi MT, com uma perda de 39,26%, ou seja, diminuiu a
sua tolerância com o aumento do estresse salino. A cul-
tivar Acala foi T nos dois ensaios, entretanto aumentou
a sua perda de MST, passando de 13,42% para 19,51%
quando a salinidade do solo aumentou de 8 dS m-1 para
10 dS m-1. BRS Antares, BRS Jade, CNPA 2006-3075,
CNPA 2005-15 e BRS 200 Marrom aumentaram sua tole-
rância com o aumento do nível de salinidade adversa do
solo, passando a serem T ao invés de MT, provavelmente
ativando mecanismos de defesa que não estavam ativos
geneticamente ao nível de 8 dS m-1, inclusive com CNPA
2005-15 e BRS 200 Marrom aumentando a MST ao nível
10 dS m-1 (Tabela 6). Rai e Rai (1999), “trabalhando
com Azolla pinnata, afirmaram que certos genes que
controlam a tolerância à salinidade, através de respostas
adaptativas, são ativados a partir de um patamar alto
de sais no ambiente radicular”.
Costa, M. M. M. N. et al.
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Cad. Ciênc. Agrá., v. 15, p. 01–09, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2023.46587
Experimento 3:
Os cinco genótipos que mais toleraram quando
a salinidade do solo passou de 4 dS m-1, um nível consi-
derado não prejudicial ao desenvolvimento das plantas,
para 10 dS m
-1
, considerado muito salino (Sonmez et
al., 2008), foram selecionados para o experimento 3, ou
seja, os acessos: BRS 200 Marrom, CNPA 2005-15, CNPA
2006-3075, BRS Jade e BRS Antares
Os resultados referentes à percentagem de perda
de MST bem como à classificação dos cinco genótipos
de algodoeiro que melhor toleraram a salinidade do solo
no experimento 2, e que foram submetidos ao estresse
salino num nível mais elevado em relação ao anterior,
12 dS m-1, encontram-se na Tabela 7.
Tabela 7 – Classificação dos genótipos de algodoeiro com relação ao estresse salino tomando-se por base a perda per-
centual quando os acessos passaram do nível de salinidade 4 dS m-1 para 12 dS m-1.
Genótipo % Perda Classificação
BRS Antares -151,85 T
CNPA 2006-3075 -105,16 T
BRS Jade 6,78 T
BRS 200 Marrom 19,50 T
CNPA 2005-15 75,84 S
Conforme pode ser observado na Tabela 7, o
genótipo que teve a menor % Perda quando o nível de
salinidade do solo passou de 4 dS m-1 para 12 dS m-1 foi
a cultivar BRS Antares, que ganhou 151,85% de MST sob
essa condição adversa. Em seguida, veio a linhagem CNPA
2006-3075, com ganho de MST de 105,16%; a cultivar
BRS Jade, com % Perda de 6,78 e, a BRS 200 Marrom,
com 19,50. Todos esses acessos foram considerados T
a uma condutividade elétrica no extrato de saturação
do solo de 12 dS m-1, tida como muito alta (Sonmez et
al., 2008). A linhagem CNPA 2005-15 foi considerada
suscetível a esse nível de salinidade (Fageria, 1985).
Destaca-se os comportamentos do acesso CNPA-
2005-15 nos experimentos 2 e 3 (Tabelas 6 e 7, respecti-
vamente). Quando submetido a 10 dS m-1 de salinidade
no solo, esse material mostrou-se T, chegando a aumentar
em 4,32% o ganho a MST como forma de resistência,
no entanto, quando o nível subiu para 12 dS m-1, este
mecanismo foi perdido, com uma diminuição de MST de
75,84%, sendo classificado como S. Provavelmente os ge-
nes que ativam sua tolerância a 10 dS m
-1
são silenciados
a 12 dS m-1. Esse mecanismo adverso foi constatado por
Jiang et al. (2017) “pesquisando o efeito do aumento
do estresse salino sobre Deinococcus radiodurans”. Da
mesma forma, a cultivar de algodão colorido BRS 200
Marrom que, quando submetida ao nível de salinidade
do solo de 10 dS m-1 no experimento 2, apresentou uma
percentagem de ganho de MST de 4,34% (Tabela 6), sendo
considerada a mais tolerante deste ensaio, obteve uma
perda de 19,50% em MST ao nível de 12 dS m-1 (Tabela
7), perdendo tolerância.
os genótipos BRS Jade, CNPA 2006-3075 e
BRS Antares aumentaram a sua tolerância quando o nível
de salinidade do solo aumentou de 10 dS m-1 para 12 dS
m-1 (Tabelas 6 e 7). A cultivar BRS Jade passou de uma
perda de 18,53% para apenas 6,78%, respectivamente.
Entretanto, quem desenvolveu uma grande tolerância ao
aumento da concentração salina foi CNPA 2006-3075 e
BRS Antares, que aumentaram em mais de 100% a pro-
dução de MST. A linhagem CNPA 2006-3075 que, sob o
nível de 10 dS m-1 de salinidade do solo, perdeu 18,36%
da MST, aumentou o valor desta variável em 105,16%
quando submetida ao nível de 12 dS m-1. E a cultivar
BRS antares passou de uma perda de 18,71% para um
ganho de 151,85 em MST com este aumento. É possível
que esses três materiais, ao atingirem o nível mais alto
de salinidade no extrato de saturação do solo testado
nessa pesquisa 12 dS m
-1
-, ativem certos genes que
desencadeie uma maior eficiência na planta em relação
ao metabolismo, aumentando os valores de velocidade
máxima de enzimas (Vmax) e/ou de afinidade com relação
ao substrato (diminuição de Km) (Tirry et al., 2021).
Dessa forma, dos 63 genótipos do BAG da Em-
brapa testados, o que apresentou a maior tolerância à
salinidade do solo foi a cultivar BRS Antares, que de-
senvolveu, como resposta ao nível de sal no solo de 12
dS m-1, uma maior aceleração no crescimento. No outro
extremo, as cultivares BRS Fabrica, BRS Itaúba e Delta
Opal se mostraram igualmente as mais suscetíveis, che-
gando a não germinar quando submetidas ao menor nível
de estresse salino testado, 4 dS m-1 (Tabela 5).
Conclusão
- A cultivar BRS Antares é a mais eficiente em
tolerar estresse salino em casa-de-vegetação, reagindo ao
nível de salinidade do solo de 12 dS m-1 aumentando a
sua taxa de crescimento, no período de desenvolvimento
vegetativo, em 150%.
- As cultivares BRS Fabrica, BRS Itaúba e Delta
Opal são as mais sensíveis à salinidade do solo, não ger-
minando no nível de salinidade do solo de 12 dS m-1.
Seleção de genótipos de algodoeiro herbáceo para tolerância ao estresse salino
9
Cad. Ciênc. Agrá., v. 15, p. 01–09, DOI: https://doi.org/10.35699/2447-6218.2023.46587
- necessidade de um ajuste das metodologias
relacionadas à seleção de acessos que sejam tolerantes à
salinidade e aptas para cultivo em solos salinizados do
Semiárido Nordestino.
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