Haroldo de Campos- turgimano a mano no aleph (Entrevista)

Autores

  • Marcelo Dolabela Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.17851/0101-3548.8.16.57-64

Resumo

Indo na trilha do próprio (transcriador) transcrito que disse "o melhor leitor é o tradutor", diria que "o melhor ouvinte é o que transcreve o texto ouvido".
Fiz tal exercício ouvir/transcrever (e ver) com o depoimento, gravado em vídeo, que Harolcio de Campos deu ao corpo editorial da revista Fahranheit 451 e à Profa Eneida Maria de Souza, durante o 2o Simpósio da Literatura Comparada, realizado em Belo Horizonte, em outubro de 1986. Este ato se assemelhou a uma transcrição da um texto de Guimarães Rosa lido por E.E. Cummings; os vários tons e semi-tons, os lapsos tradução por tradição, as veredas-surpresas, tudo se mistura ao próprio narrar. Busquei a fidelidade incerta ao ouvido. Como um grafita; num dos muros da cidade, "Vivi, sou louco por ti", que teva por ti, num lance do acaso, apagado, diria "ouvi, sou louco", ou melhor, "ouvi, isto é pouco?"

Marcelo Dolabela

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Publicado

2016-12-31

Edição

Seção

Entrevista