https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/issue/feedEducação em Revista 2024-07-30T19:42:41-03:00Suzana dos Santos Gomes, Josiane Pereira Torres e Eucidio Pimenta Arruda (editores)revista@ufmg.brOpen Journal Systems<h3><code><strong>Clique aqui<a href="https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/submission/wizard"> para fazer nova submissão</a> ou para <a href="https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/submissions">ver suas submissões pendentes</a>.</strong></code></h3> <h1>Sobre a Revista</h1> <p><strong>Educação em Revista</strong> é uma publicação do Programa de Pós-Graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (FaE/UFMG). Tem como objetivo contribuir para a divulgação de conhecimento científico no campo da educação, produzido por pesquisadores (as) de universidades e instituições de pesquisa do Brasil e do exterior. A revista publica em português, ou inglês, ou espanhol, manuscritos originais de diferentes perspectivas teóricas e metodológicas, que contribuam efetivamente para o debate acadêmico sobre as várias dimensões da educação.</p> <p><strong>Histórico</strong></p> <p><strong>Educação em Revista</strong> - UFMG foi criada em 1985 com a edição de dois números anuais. Em 2009, a sua periodicidade passou a ser trimestral, buscando dar vazão mais rapidamente à demanda apresentada. Em 2011, foi implantado o sistema <em>ahead of print</em>, pelo qual os artigos aprovados são previamente divulgados, antes da publicação definitiva em periódico. Educação em Revista foi o primeiro periódico brasileiro da área educacional a implantar este tipo de publicação. Em 2012, a revista alterou novamente a periodicidade, passando a adotar a publicação quadrimestral.</p> <p>Em 2016, a revista optou pelo formato exclusivamente eletrônico e, a partir de 2017, pela publicação em fluxo contínuo, que possibilita maior agilidade e maior transparência na tramitação dos manuscritos. Com essa medida foi possível aumentar em 25% os trabalhos publicados anualmente. Por este histórico, constata-se que o periódico Educação em Revista passou a ser um veículo reconhecido pela comunidade acadêmica nacional e internacional e procurado pelos (as) pesquisadores (as) para publicação de seus manuscritos.</p> <p> </p> <p>Em 2021, em consonância com a Ciência Aberta, a Educação em Revista passou a adotar política editorial envolvendo: a aceitação de <em>preprints,</em> disponibilização de materiais suplementares da pesquisa e abertura do processo de <em>peer review.</em> Torna-se relevante destacar que a experiência com avaliação por pares aberta teve início em 2023. A contribuição dos editores de seção é devidamente creditada no artigo publicado que passou por avaliação aberta. Os (as) avaliadores (as) recebem declaração do parecer do manuscrito e podem ainda validar a atividade no <em>Publons.</em> Com essas práticas, a Educação em Revista busca promover maior transparência nos processos de produção do conhecimento, bem como proporcionar o compartilhamento e reutilização dos dados e demais conteúdos das pesquisas.</p> <p> </p> <p>A Ciência Aberta propõe diretrizes para a prática científica colaborativa, compartilhada e pública. Em consonância com esses princípios, a Educação em Revista passou a adotar uma série de práticas, como a política de acesso aberto, o código de boas práticas e o uso das redes sociais para divulgação de trabalhos publicados. Para artigos com múltipla autoria é requerida a indicação do papel de cada um dos autores. Além disso, incentiva-se o compartilhamento dos dados de análise, instrumentos, roteiros e materiais disponibilizados em repositórios on-line, como: SciELO, Zenodo, Figshare e OSF e o link deve ser divulgado no trabalho. Os (as) autores (as) devem optar por formatos de arquivos a partir dos quais os dados possam ser extraídos, objetivando maximizar a acessibilidade e a reutilização do conjunto de dados. Caso não possam ser publicados, essa informação deve ser indicada no manuscrito.</p> <p> </p> <p>Educação em Revista está classificada no Qualis-Capes como A1, desde 2013, nas áreas de Educação, Linguística e Artes e Filosofia/Teologia. É um dos periódicos classificados como “específicos da área educacional” em avaliação promovida pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação - ANPEd, em 2006, quando recebeu a menção “Nacional A”. No Qualis Capes 2017-2020 a Educação em Revista permaneceu com A1.</p> <p>A revista encontra-se hoje organizada em seis seções:</p> <ol> <li><strong>Artigos:</strong>Reúne manuscritos inéditos que apresentem resultados de pesquisa empírica ou teórica ou revisão crítica sistemática e integrativa da produção científica e acadêmica na área.</li> <li>R<strong>esenhas:</strong>Reúne manuscritos que apresentem leitura crítica de obras relevantes para a área educacional que tenham sido publicadas nos últimos 2 anos.</li> <li><strong>Resenhas Avaliativas:</strong> Reúne resenhas avaliativas originadas de processo de avaliação por pares aberta de manuscritos.</li> <li><strong>Palavra aberta:</strong>Reúne artigos de opinião sobre temas atuais de repercussão na área educacional.</li> <li><strong>Entrevistas:</strong>Reúne entrevistas inéditas que apresentem contribuições relevantes para o campo educacional.</li> <li><strong>Dossiê:</strong>Reúne conjunto de artigos que abordam uma temática específica, concebido a partir de proposta recebida da comunidade acadêmica ou de chamada realizada pelos(as) editores(as).</li> </ol> <h2><strong>Informações básicas </strong><u></u><u></u></h2> <p><strong>Educação em Revista</strong> é um periódico de acesso aberto, <strong>exclusivamente eletrônico</strong><strong>,</strong> que está vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação (FaE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Possui como objetivo contribuir para a divulgação de conhecimento científico no campo da educação, produzido por pesquisadores/as de universidades e instituições de pesquisa do Brasil e do exterior.<u></u><u></u></p> <p>Este periódico publica artigos inéditos, em fluxo contínuo, que apresentam resultados de pesquisas empíricas ou teóricas. A critério dos/as editores/as, publicam-se ainda revisões críticas da produção científica e acadêmica na área; dossiês temáticos destinados à revisão de áreas e/ou à análise de questões emergentes da pesquisa educacional; resenhas de obras de interesse para o campo e entrevistas. <u></u><u></u></p> <p>Está classificada no Qualis-Capes como A1, desde 2013, nas áreas de Educação, Linguística e Artes e Filosofia/Teologia. É um dos periódicos classificados como “específicos da área educacional” em avaliação promovida pela Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação – ANPED.</p> <p><strong>Bases Indexadoras</strong></p> <ul> <li><a href="http://diadorim.ibict.br/about/about.jsp">Diadorim</a> (IBICT), Brasília, DF, Brasil</li> <li>Directory of Open Access Journals (DOAJ)</li> <li><a href="http://143.106.58.49/fae/">Edubase</a> (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil</li> <li>Educ@ (Fundação Carlos Chagas)</li> <li><a href="http://www.latindex.unam.mx/">Latindex</a> (UNAM), Ciudad del México, México</li> <li><a href="https://catalogobiblioteca.ufmg.br/pergamum/biblioteca/index.php">Pergamum</a> - Sistema Integrado de Bibliotecas da UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil</li> <li>Sistema de Editoração Eletrônica (SEER/IBICT), Brasília, DF, Brasil</li> <li>Scientific Electronic Library Online - SciELO</li> <li>Sistema de Información Científica - Redalyc Clacso - Facultad de Ciencias Políticas Y Administración Pública – Universidad Autônoma del Estado de México, Ciudad del México, México</li> <li><a href="http://sumarios.org/">Sumários.Org</a> - Ribeirão Preto, SP, Brasil</li> </ul> <h2>Propriedade intelectual</h2> <p>Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.</p> <p><strong>Divulgação nas Redes Sociais</strong></p> <ul> <li>Blog SciELO em Perspectiva - https://blog.scielo.org/</li> <li>Facebook: <a href="https://www.facebook.com/EducacaoemrevistaUFMG">https://www.facebook.com/EducacaoemrevistaUFMG</a></li> <li>Instagram: <a href="https://www.instagram.com/educacaoemrevista/">https://www.instagram.com/educacaoemrevista/</a></li> <li>LinkedIn: <a href="https://www.linkedin.com/in/educa%C3%A7%C3%A3o-em-revista-8a7376252/">https://www.linkedin.com/in/educa%C3%A7%C3%A3o-em-revista-8a7376252/</a></li> <li>Twitter: <a href="https://twitter.com/edurUFMG">https://twitter.com/edurUFMG</a></li> <li>Youtube: <a href="https://linktr.ee/educacaoemrevista">https://linktr.ee/educacaoemrevista</a></li> </ul> <h2>Patrocinadores</h2> <table> <tbody> <tr> <td> <p>O periódico recebe financiamento de:</p> <ul> <li><a href="http://www.fapemig.br/">Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais</a> (FAPEMIG), Belo Horizonte, MG, Brasil.</li> <li><a href="http://www.capes.gov.br/">Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior</a> (CAPES) - Ministério da Educação (MEC).</li> <li><a href="http://www.cnpq.br/">Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)</a>.</li> <li><a href="http://www.posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/">Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação</a> da Universidade Federal de Minas Gerais (PPGE/FaE/UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil.</li> <li>Portal de Periódicos da UFMG</li> </ul> </td> </tr> </tbody> </table>https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/42462LIMITES E ALCANCES (IM)POSSÍVEIS ENTRE PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO2023-04-09T17:04:27-03:00Silvano Messias dos Santossilvannomessias@yahoo.com.brInês Maria Marques Zanforlin Pires de Almeidaalmeida@unb.br<p>O objetivo que sustenta o presente artigo é discutir a interface Psicanálise e Educação. Para tanto, faz-se um percurso histórico pelas tentativas de aproximação entre os campos: parte da primeira década do século XX, quando os diálogos em torno da relação Psicanálise e Educação têm início com Sándor Ferenczi e Oskar Pfister, dentre outros autores contemporâneos de Freud, para em seguida transitar pelos estudos psicanalíticos no campo da Educação desenvolvidos no Brasil ao longo dos últimos 100 anos. Conclui-se que, transcorridos mais de um século da invenção de Sigmund Freud, os limites e alcances das interlocuções Psicanálise e Educação não cessam de (não) se inscrever, sobretudo a partir da década de 1990, mediante a realização de eventos científicos e publicações cada vez mais crescentes de livros, artigos, monografias, dissertações de mestrado e teses de doutorado produzidas no âmbito de uma pluralidade de linhas de pesquisas, em universidades brasileiras e internacionais.</p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45844OS SABERES DOCENTES NA ÁREA DE ENSINO DE CIÊNCIAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA2023-04-17T10:18:02-03:00Thais Mara Anastácio Oliveirathais-moliveira@hotmail.comNilmara Braga Mozzernilmara@ufop.edu.br<p>Neste trabalho realizamos uma revisão sistemática da literatura com os intuitos de<br>compreender como os saberes docentes têm sido investigados na área de Ensino de Ciências no Brasil e<br>de discutir as principais contribuições e limitações dessas investigações. Realizamos nossas buscas no<br>Banco de Teses e Dissertações da CAPES e no Portal de Periódico da CAPES, a partir de um recorte<br>temático, mas não temporal. Com base nos critérios de inclusão e exclusão definidos, obtivemos um total<br>de 64 trabalhos (teses, dissertações e artigos). Por meio desses trabalhos, identificamos e caracterizamos<br>cinco eixos de investigação: saberes mobilizados por professores de Ciências; saberes docentes e a<br>identidade profissional; processos de construção e desenvolvimento dos saberes docentes; contribuições<br>de cursos e programas de formação na constituição dos saberes docentes; outros focos. Observamos que<br>prevalecem as pesquisas que buscam apenas identificar os saberes docentes sob uma perspectiva<br>individual de análise ao priorizarem, principalmente, métodos de categorização e análise de conteúdo.<br>Limitações como essa apontam para a necessidade de que um esforço seja realizado no sentido de se<br>ampliar o escopo das investigações sobre a temática de forma a incluir e considerar, sob uma perspectiva<br>etnográfica, a análise desses saberes docentes como fenômeno social, que se constrói na interação do<br>professor com seus alunos, com seus pares e demais membros da comunidade educacional.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/34470EDUCANDO A JUVENTUDE TRABALHADORA PELAS MÉTRICAS DO MERCADO2022-01-21T15:03:48-03:00Sérgio Feldemann de Quadrossergiofquadros@gmail.comNora Krawczyknorak@unicamp.br<p>Pautar as políticas educacionais tem sido uma atividade recorrente do empresariado, e a reforma do ensino médio se consolidou como um traço emblemático desta influência. Este artigo analisa o significado do projeto educacional do empresariado para a juventude e para o ensino médio, desvelando seus propósitos e pressupostos, e a maneira como se articularam à Reforma. Esta análise tem origem em uma pesquisa de mestrado que fez uso de fontes primárias e secundárias, como documentos elaborados por fundações empresariais – com destaque para o Todos Pela Educação e o Instituto Unibanco –; documentos legislativos e normativos. A partir desse conjunto de documentos, foram selecionadas três categorias analíticas, consideradas mais relevantes pela maneira como fundamentam as propostas do empresariado: a pedagogia das competências, o <em>accountability</em> e o protagonismo juvenil. Conclui-se que o projeto educacional do empresariado para a juventude da classe trabalhadora se caracteriza por uma ‘captura’ da subjetividade, em que as competências socioemocionais procuram encarnar nos jovens o autocontrole, o trabalho em equipe e a resiliência – no seio da crise estrutural do capital –; o <em>accountability</em> pretende subjetivar a racionalidade neoliberal advinda do capital financeiro, com sua persecução neurótica pelo incremento de ‘capital humano’; e o protagonismo juvenil se caracteriza como uma estratégia pela qual o capital procura ‘submeter ativamente’ os jovens à sua racionalidade, ou seja, por meio dos discursos e das estratégias de manipulação, busca fazer o jovem acreditar que é o autor de sua própria dominação.</p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39543EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR RELACIONADA À SAÚDE2024-02-05T15:23:10-03:00Raschelle Ramalho Rosasraschellyramlho@gmail.comRaquel Procópio de Oliveiraprocopioliveira95@gmail.comValter Cordeiro Barbosa Filhovalter.filho@ifce.edu.brVictor José Machado de Oliveiraoliveiravjm@gmail.com<p>Esta revisão de escopo objetivou mapear os estudos que abordam a Educação Física escolar e sua relação com a saúde no Brasil. Buscou-se por estudos em oito bases de dados eletrônicas que avaliaram as ações pedagógicas relacionadas a educação para a saúde na Educação Física escolar. O processo de seleção foi feito por pares independentes. Uma síntese temática foi adotada. De 2.157 títulos, 13 foram incluídos. Eles foram publicados entre 2007 - 2020, representam intervenções nas regiões Sul, Nordeste e Sudeste, com maior número ações na rede pública. As estratégias de intervenção destacam o trabalho teórico-conceitual que objetiva a mudança comportamental em relação a atividade física. Também há ações relacionadas ao protagonismo juvenil e comunitário. Destaca-se a necessidade de valorização do professor de Educação Física como mediador do processo educacional e que novos estudos considerem a relação Educação Física e saúde pelo prisma de sua complexidade, mormente, concebendo-a pelo seu caráter pedagógico.</p>2024-07-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/40947TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E APRENDIZAGEM2023-06-14T08:40:02-03:00Isabela Barreiros Pinheiro Limaisabela.lima@upe.brRita di Cássia de Oliveira Angelorita.angelo@upe.br<p>O presente estudo objetiva analisar a percepção dos professores do Atendimento Educacional Especializado sobre as características clínicas do Transtorno do Espectro Autista e sua influência na aprendizagem. O estudo de corte transversal foi realizado em duas etapas, sendo a primeira descritiva, com análise exploratória de dados, e a segunda, com delineamento quase experimental do tipo pré e pós-teste. Participaram 65 professores do Atendimento Educacional Especializado, ambos os sexos, em efetivo exercício nas escolas da rede estadual de Pernambuco da região do Sertão do Médio São Francisco. O instrumento aplicado na coleta de dados foi elaborado no formato de questionário estruturado, com base nos critérios do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição e segundo as Diretrizes da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado na educação básica, regulamentadas pelo Decreto nº 6.571/2008. Os resultados mostram que os docentes apresentam lacunas de conhecimento sobre as manifestações clínicas desse transtorno, além de dificuldades tais como avaliação individualizada, elaboração do plano de desenvolvimento individual e desenvolvimento de estratégias e intervenções pedagógicas.</p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45465USOS DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR DURANTE A PANDEMIA DA COVID-192023-03-28T10:32:10-03:00Janaina Prieto Oliveira janaina.prieto@unesp.brThais Vieira Estevestvesteves@gmail.comFernanda França Velo Silvafernanda.velo@unesp.brMaria Elena Roman de Oliveira Toledomaria.toledo@univesp.brSergio Alves Azevedosergio.azevedo@unesp.brSuelen Cristian de Freita Moraissuelencfmorais@gmail.com<p>A pandemia provocada pelo novo coronavírus trouxe uma série de desafios ao ensino superior e à educação como um todo. Resultou em fechamento das atividades nacionalmente, interrompendo o formato tradicional de ensino presencial e forçando professores e alunos a ficarem em casa. Com isso, as instituições de ensino foram compelidas a pensar em formas alternativas para continuidade do processo de ensino-aprendizagem. Assim, o campo educacional experimentou uma variação significativa com a inclusão das Tecnologias de informação e comunicação (TICs). Baseando-se no método qualitativo e exploratório, a pesquisa parte de um universo composto por 283 matérias jornalísticas online pertencentes aos dois primeiros anos de pandemia que, após seleção, resultou em 27 matérias para análise detalhada. Os resultados da investigação convergem para três conjuntos de domínios principais: (1) aspectos estruturais, (2) relativos ao corpo docente e ao (3) corpo discente. A análise pormenorizada dos materiais selecionados permitiu a constatação de que as TICs, enquanto ferramentas de suporte deram mais flexibilidade, adaptabilidade e dinamismo ao sistema educativo, permitindo a continuidade do processo de ensino. Embora o uso dessas tecnologias tenha trazido novas e significativas possibilidades para as práticas educativas, sua adoção enfrentou, e ainda enfrentam diversos desafios relacionados à formação docente, à resistência as mudanças por parte das equipes educativas, às características estruturais das instituições de ensino e à necessidade de motivação dos discentes.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39185UM ESCAFANDRISTA ENTRE OS ANATOLIANOS2022-07-13T17:24:10-03:00Rosana Areal Carvalhorosanareal@ufop.edu.brRaphael Ribeiro Machadomachado.ribeiro.raphael@gmail.comMaria Clara Cobucci Soares de Mouramclaracobucci@gmail.com<p>O ensino público no Congresso Nacional. Breve Notícia, livro inaugural de Primitivo Moacyr, foi publicado em 1916. Nosso trabalho investiga as condições de produção deste livro, seguindo a trajetória iniciada com as crônicas no Jornal do Commercio em 1915. Funcionário da Câmara dos Deputados e responsável pela organização dos Documentos Parlamentares, Moacyr lançou mão dessa posição para se colocar no cenário da imprensa brasileira e no ambiente intelectual tratando de um tema que ganhava projeção e sobre o qual pouco ou quase nada havia de estudos: o debate sobre o ensino público entre os parlamentares. As análises foram desenvolvidas sob o arcabouço dos trabalhos da história da educação na interface com a história dos impressos, da imprensa, do livro e da leitura produzidas pela historiografia internacional e nacional e de contribuições teórico-metodológicas da história política de Sirinelli (2003). Dentre as condições aqui apresentadas, destacamos o trabalho de Moacyr como redator dos debates parlamentares e a relação entre os homens da Câmara e do jornalismo brasileiro. As redes de sociabilidades nas quais estava inserido garantiram produtivos vínculos sociais e profissionais e a tensão política em torno do governo Hermes da Fonseca alimentava as críticas às reformas, em especial a Reforma Rivadávia, um dos assuntos abordados no livro. Concluímos com algumas motivações que teriam levado Moacyr à escolha da instrução pública como tema para os seus trabalhos.<strong> </strong></p>2024-07-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/40871PÚBLICO-PRIVADO NO FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL2022-11-14T11:10:01-03:00Lorrana Oliveira Nuneslorrana.olnunes@gmail.comAna Cláudia da Silva Rodriguesanaclaudia@ce.ufpb.br<p>Este artigo objetiva analisar o jogo de disputas e negociações pelo fundo público entre as parcerias público-privadas no financiamento da educação especial. As discussões derivam da revisão bibliográfica e documental de escritos alinhados ao objetivo eleito, e estão sustentadas nos pressupostos teóricos do materialismo histórico-dialético (MARX, 1985). Na análise das fontes consultadas, verificou-se que no contexto de desoneração do Estado em relação às políticas sociais, as parcerias público-privadas ganham a disputa no mercado da benemerência em detrimento ao público-alvo da educação especial, e buscam os recursos do fundo público e a participação nos direcionamentos das políticas educacionais. Evidenciou-se ainda, que a parceria entre o Estado e o setor privado contribuiu para precarizar o ensino público, alimentar tensões entre os direitos conquistados e os direitos efetivados, e para descumprir as metas do PNE 2014-2024 e dos pactos firmados entre o Brasil e os organismos internacionais, como a Declaração de Salamanca (1994). Por outro lado, os achados revelaram algumas saídas para combater o <em>apartheid</em> social e educacional, que tem sido disseminado pela classe empresária na saga da disputa pelo fundo público: desenvolver a capacidade de organização, de acesso à informação e de comunicação interna para garantir os investimentos públicos; superar a gestão centralizada nos espaços escolares; e fortalecer o controle social por meio da participação social e popular. </p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/42261EXPANSÃO E MERCANTILIZAÇÃO DOS CURSOS DE PEDAGOGIA2023-03-25T18:38:41-03:00Maria Angélica Pedra Minhotomminhoto@unifesp.brCarlos Eduardo Bielschowskycarledubiel@gmail.comThiago Aguiartbaguiar@outlook.com.br<p>Este artigo traz a análise das características da expansão dos cursos de pedagogia no Brasil, especialmente na última década, com base em dados do Censo da Educação Superior e do Exame Nacional do Desempenho do Estudante (Enade), do Inep, atualizados até 2021. O processo de expansão do curso de pedagogia segue duas tendências. Em nível macro, tem-se o processo de crescimento da educação privada de nível superior, especialmente concentrada em poucos grupos financeirizados. Em nível micro, tem-se um conjunto de induções legais para que a formação de professores ocorra em nível superior e a consolidação do curso de pedagogia como lugar privilegiado da formação de professores para educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental em oposição a outros cursos como o curso normal superior. Os resultados apresentados por este trabalho apontam para o que foi aqui denominado como “deformação em larga escala”, considerando a crescente concentração das matrículas em universidades privadas centradas quase que exclusivamente no ensino (com pouca articulação com pesquisa e extensão), em cursos à distância, com altas taxas de evasão e baixas notas no Enade na comparação com instituições públicas federais e estaduais.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45309A CORPORIFICAÇÃO DE ENTES QUÍMICOS EM PERFORMANCES MULTIMODAIS EM AULAS DE CIÊNCIAS2023-11-23T14:24:37-03:00Alexandre Aizawaalexandre.aizawa@gmail.comMaria Luiza Silva Tupy Botelhomarialuiza.botelho@gmail.comAna Luiza de Quadrosana.quadros@uol.com.brMarcelo Giordangiordan@usp.br<p>Partimos da premissa de que a representação e o conceito estão diretamente relacionados quando se trata de ensino e aprendizagem de Química. Neste artigo analisamos dois episódios de ensino nos quais foram executadas performances corporais com o objetivo de investigar os significados produzidos nas aulas em que o corpo foi empregado para representar um ente químico. Esses episódios foram extraídos dos vídeos produzidos por dois grupos de pesquisa em ensino de Química. Foram evidenciados nas análises os recursos modais empregados pelos professores durante a representação com o corpo e os possíveis significados produzidos junto aos estudantes. A análise indicou que os estudantes perceberam o comportamento do ente químico nos sujeitos que representavam os átomos e que essa corporificação apresentou <em>affordances</em> que auxiliaram no entendimento dos conceitos explorados durante a performance. Os dados nos levam a argumentar que o corpo e os movimentos também produzem aprendizagens. Representar um ente químico usando o corpo se mostrou uma estratégia racional e afetiva no entendimento dos conceitos, o que traz implicações para a formação de professores no sentido de superar obstáculos epistemológicos e afetivos.</p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/47594A CONQUISTA DA UNIVERSIDADE2023-08-07T09:57:34-03:00Tadeu Lopes Machadotadeu@unifap.br<p>O presente artigo se propõe fazer uma análise sobre a presença de estudantes indígenas nas universidades. Para a construção do presente trabalho foi utilizada pesquisa bibliográfica, além de recorrer aos dados da Sinopse do INEP, como também ao envolvimento do pesquisador com os povos indígenas do Oiapoque, município do Estado do Amapá. Consideramos que a presença de estudantes indígenas nas universidades é um fato relativamente novo na história das universidades brasileiras, e que, portanto, merece de uma atenção minuciosa para sua análise, uma vez que faz parte de uma conjuntura que necessita de uma reflexão em torno das políticas reivindicadas pelos povos ameríndios e que continuam na pauta indígena como uma ação necessária. Nos últimos 15 anos tem-se acentuado a presença de estudantes indígenas nas universidades brasileiras. Mesmo entendendo que isso representa a força da mobilização do movimento indígena, compreendemos que ainda precisamos avançar para que a universidade seja conquistada em sua totalidade pelos indígenas e se torne também um território seu.</p>2024-10-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/51238PLANTAR, TRADUZIR, MINERAR2024-02-13T14:12:10-03:00Maria Rita de Almeida Toledomra.toledo@unifesp.brDiana Gonçalves Vidaldvidal@usp.br<p>Tomamos Anísio Teixeira como um <em>hub, </em>a partir do qual, almejamos desenhar a configuração de redes, enlaçando sujeitos e instituições. Nossa atenção recai sobre o período entre 1935 e 1947, esmiuçando o trabalho editorial que realizou para Companhia Editora Nacional (CEN), a partir da documentação do acervo da editora, depositado Centro de Memória e Pesquisa Histórica da UNIFESP. As fontes incluem, ainda, os documentos sobre a breve passagem de Anísio pela UNESCO, entre 15 de julho de 1946 e 15 de fevereiro de 1947, existentes no CPDOC-FGV e no UNESCO Archives, Fundo Preparatory Commission for UNESCO (Prep.Com), 1945-1946, e Dossiê Pessoal Anísio Teixeira (DPAT). O texto está estruturado em duas partes que se combinam com a introdução e com considerações finais. Na primeira parte, ressaltamos a atuação de Anísio junto à CEN. Na segunda, o foco se desloca para sua trajetória na UNESCO. Em ambos os casos, é a trama móvel das redes que conduz a escrita, guiada por uma argumentação alicerçada na história transnacional da educação. É importante realçar que ao endereçarmos a reflexão para a perspectiva transnacional, não estamos descurando do espaço nacional, nem colocando o Brasil na posição periférica com respeito a um suposto centro difusor de saber. Ao contrário, pretendemos reconfigurar o território a partir das experiências dos sujeitos, das trocas estabelecidas, problematizando o confinamento das fronteiras físicas na organização do campo educacional, em uma época marcada pela disseminação de governos autoritários, guerra e esforço de reconstrução em escala mundial.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/38961PERMANÊNCIA DISCENTE EM CURSOS DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA: UM ESTUDO A PARTIR DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL2023-02-10T09:52:16-03:00Felipe Sereno Sosofelipe.soso@edu.pucrs.brAdriana Justin Cerveira Kampffadriana.kampff@pucrs.brKaren Graziela Weber Machadokaren.machado@edu.pucrs.br<p>A Educação a Distância (EaD) cresce de forma acelerada no Brasil, ao passo que hoje compreende mais de um terço de todas as matrículas em cursos de graduação (BRASIL, 2022a). Porém, os altos índices de evasão pressionam as Instituições de Ensino Superior (IES) a definirem estratégias para promover a permanência de seus discentes até a diplomação. Neste sentido, a presente pesquisa foi estruturada a partir da necessidade de se olhar para a gestão das instituições e avaliar de que modo estão comprometidas com a permanência discente na modalidade. Com esta investigação, objetiva-se identificar e analisar de que forma as Instituições de Ensino Superior, vinculadas ao sistema da Universidade Aberta do Brasil (UAB), promovem a permanência discente em cursos de Pedagogia a distância. Para isso, realizou-se oito entrevistas semiestruturadas com coordenadores de seis IES distintas, além da análise de documentos institucionais. A compreensão das falas dos gestores e a análise documental enfatizaram que as instituições possuem diferentes níveis de comprometimento com a institucionalização da modalidade a distância, o que reflete diretamente em sua atuação para mitigar a evasão dos estudantes. A partir da identificação de fragilidades nos cursos, bem como de boas práticas referidas na literatura, foram apresentadas diretrizes que almejam promover a permanência dos discentes nos contextos investigados.</p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/40424EDUCAÇÃO REMOTA NO CONTEXTO DA COVID 19 EM MOÇAMBIQUE2023-06-14T08:44:07-03:00Ricardo Antonio Gonçalves Teixeiraprofessorricardoteixeira@ufg.brANTÓNIO CIPRIANO P. GONÇALVES ciprix2006@gmail.comADÉRITO NANDJA JORGEnandja88@gmail.com<p>O presente artigo aborda o contexto da educação básica de Moçambique e elege como objetivo compreender, a partir das medidas de mitigação da COVID 19 adotadas pelo setor de educação, as diferentes realidades decorrentes para analisar a viabilidade de atividades de ensino, por meio de aulas remotas em Moçambique. Para tanto, valeu-se dos dados do Recenseamento Geral da População e Habitação de Moçambique, a partir dos censos de 2007 e 2017, bem como do estudo realizado pela Faculdade de Educação da Universidade Eduardo Mondlane, junto com o Movimento Educação para Todos (MEPT). Como resultado, dentre outros, a pesquisa expõe a falta de escolarização de grande parte da população moçambicana em idade escolar, cuja realidade se assevera em adultos com idade igual ou superior a 20 anos e, em especial, às mulheres; associa a não escolarização e o abando escolar ao casamento e maternidade prematura; e, indica, nas mulheres que se mantém no processo de escolarização, redução importante do percentual de elevação dos níveis acadêmicos. Quanto ao atendimento às medidas de mitigação da COVID 19, a partir de estratégias didático pedagógicas, no contexto da educação remota emergencial, o estudo revela que as precárias condições de ordem estruturais e infraestruturais disponíveis, seja por parte das escolas, dos professores e das famílias, impactam no acesso e qualidade da aprendizagem dos educandos.</p>2024-07-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/42109MODERNIZAÇÃO-RESTAURADORA E TRANSFORMISMO NA POLÍTICA DO ENSINO MÉDIO PERNAMBUCANO2023-02-13T17:14:23-03:00John Mateus Barbosajohn.mateus@ifce.edu.brJamerson Antônio Almeida da Silvajamersonufpe@gmail.com<p>O texto examina a dinâmica político-ideológica e o conteúdo da hegemonia empresarial na <br>política para o ensino médio em Pernambuco. A análise se debruça sobre os intelectuais organizadores <br>da política, os aparelhos privados de hegemonia, as orientações político-ideológicas e o comportamento <br>dos setores e representantes dos subalternos frente ao Procentro e, posteriormente, ao Programa de <br>Educação Integral. Para tanto, foi realizada a análise de documentos oficiais e de instituições privadas à <br>luz de categorias gramscianas, como destaque para revolução passiva e transformismo. Conclui-se que a <br>hegemonia empresarial na política em tela expressa um movimento de modernização-restauradora da <br>racionalidade gerencial, revisando aspectos ideológicos secundários à hegemonia empresarial para <br>incorporar, residualmente, demandas dos subalternos. Isso resulta num projeto, no plano da aparência, <br>mais “social” e “inclusivo” de gerencialismo, que, por sua vez, ocasiona em fenômenos de <br>transformismos como expressões de apassivamento das oposições ao modelo gerencial. Destaca-se <br>também que o movimento de modernização-restauradora analisada em Pernambuco é parte de um bloco <br>histórico dirigido por setores progressistas da política e da sociedade civil que caracteriza uma revolução <br>passiva à brasileira e seu social-liberalismo (CASTELO, 2011).</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45194INFLUÊNCIAS DE CONCEPÇÕES PARADIGMÁTICAS DA CIÊNCIA EM TEXTOS DE LICENCIANDOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS SOBRE ECOLOGIA2023-10-22T18:38:13-03:00Rafael Santos de Aquinorafael.aquino@ifsertao-pe.edu.brRita Paradeda Muhlerpmbio@hotmail.comCarmen Roselaine de Oliveira Fariascarmen.farias@ufrpe.brAna Maria dos Anjos Carneiro Leãoana.acleao@ufrpe.br<p>Este artigo analisou textos de licenciandos de Ciências Biológicas sobre a temática ecológica tendo por referência as concepções paradigmáticas da ciência contemporânea: complexa, sistêmica e cartesiana. O contexto da investigação foi o componente curricular Prática de Ecologia de um curso de licenciatura em Ciências Biológicas de uma universidade pública do Nordeste brasileiro. A investigação empregou uma abordagem qualiquantitativa com o objetivo de identificar a influência de concepções paradigmáticas da ciência na construção de significados de temáticas ecológicas pelos licenciandos participantes da pesquisa. A metodologia combinou a elaboração de esquemas conceituais e a Análise Estatística Implicativa (ASI), o que permitiu visualizar as implicações de complexidade e profundidade das relações estabelecidas entre variáveis conceituais presentes nos textos. Os resultados indicaram que diferentes temáticas ecológicas sofrem distintas influências paradigmáticas. As concepções sistêmicas e complexas estiveram presentes em temas como conservacionismo e impacto ambiental, enquanto o consumismo esteve vinculado ao paradigma cartesiano. A pesquisa corroborou, ainda, com a adequação de abordagens mistas de pesquisa para a área de ensino de ciências.</p>2024-07-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/46559Ações afirmativas no acesso à educação Básica2023-12-18T18:11:33-03:00Karina Carrasqueiraklcarrasqueira@gmail.comRosileia Nierotkarnierotka@gmail.comJosé Maurício Avilla Carvalhojosemauricioavilla@gmail.com<p>O objetivo deste artigo é analisar a Lei de Cotas (Lei 12.711/12) e demais ações afirmativas implementadas pelo Colégio Pedro II (CPII) e suas contribuições na ampliação de oportunidades educacionais. Buscamos responder a duas questões principais: quais foram as ações afirmativas adotadas em seus processos seletivos de ingresso, ao longo do tempo? E, quais mudanças são percebidas no perfil sociodemográfico dos ingressantes, principalmente a partir da Lei de Cotas? O estudo é exploratório e documental, com análises de cunho descritivo, a partir de dados secundários obtidos no site do CPII e nos microdados do Censo Escolar. Tomamos como referência três coortes de ingressantes no 6º ano do Ensino Fundamental e na 1º série do Ensino Médio regular e integrado, nos anos de 2012, 2014 e 2016. Os principais resultados mostram que, desde 2005, o CPII adota uma política de ação afirmativa para o ingresso dos estudantes com a reserva de 50% das vagas para egressos de escola pública. A partir de 2013, a Lei de Cotas foi implementada no Ensino Médio integrado e regular, acrescentando aos critérios de escola pública já existentes, os critérios de renda, de raça/cor e de pessoa com deficiência. A análise do perfil socioedemográfico dos estudantes reforça a contribuição das políticas de ações afirmativas do CPII e da Lei de Cotas na ampliação de oportunidades de acesso, principalmente de estudantes negros.</p>2024-07-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/48862DARWIN NO BRASIL: A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM QUADRINHOS2023-11-21T21:07:51-03:00Sheila Alves de Almeidasheilaalvez@ufop.edu.brJosé João Vieirajunior.232@hotmail.comPhilippe Oliveira de Almeidaphillipeoalmeida@gmail.com<p>O presente artigo tem como objetivo analisar a revista em quadrinhos “Darwin: no Brasil”. A revista em questão é uma abordagem em quadrinhos que pretende mostrar às crianças e adolescentes algumas ideias do naturalista e sua jornada no Brasil do século XIX. Na obra analisada, a figura sisuda ganha uma versão diferente da maioria dos materiais, com uma profusão de cores impressas em papéis com qualidade superior à dos gibis. Não é encontrada com facilidade nas bancas de revistas, mas sim em livrarias físicas e virtuais. Para a análise da revista, algumas páginas foram investigadas com o propósito de indicar como o quadrinista utiliza os recursos visuais em combinação com a linguagem verbal, e como eles se complementam contribuindo para a propagação da mensagem científica. Os resultados indicaram a complexidade de divulgar o conhecimento científico em um formato verbovisual compacto. Como estratégia para comunicar a viagem do naturalista aos leitores, o autor criou uma narrativa com natureza visual e linguística nos quadrinhos. O intento de apresentar questões científicas em quadrinhos cumpriu o propósito de veicular parte da história de Darwin no Brasil, explorou as emoções, mas não provocou reflexões, possivelmente dado as intenções do autor em discutir as questões da escravidão e o olhar de Darwin para a sociedade brasileira da época. Contudo, as reflexões apresentadas não devem ser vistas como uma rejeição à obra “Darwin no Brasil”, mas como uma precaução para aqueles disponibilizam o material para as crianças e adolescentes.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/38360NÃO É NINGUÉM, É O PROFESSOR!2022-08-25T10:08:05-03:00Caroline Fanizzicaroline.fanizzi@usp.brJosé Sérgio Fonseca de Carvalhojsfcusp@usp.br<p>O presente artigo visa examinar de que modo os esforços empreendidos no sentido de se substituir a <em>pessoalidade</em> da ação docente pela <em>tecnicidade</em> <em>impessoal</em> de sua atividade afetam o professor e o ofício docente. O<em> discurso de tecnicização do ensino</em>, discurso estruturado em torno de uma pretendida completude, centralidade e autonomia da dimensão técnica e metodológica da educação, concebe a educação como uma atividade que prescinde da presença de um alguém, de um sujeito a quem se faz possível o usufruto de um lugar de ação e enunciação. O que resta ao ofício docente face aos esforços que visam reduzi-lo a uma atividade guiada pela lógica da produção fabril, marcada pela repetição automatizada de processos que independem da unicidade e pessoalidade daquele que a realiza? Estaria essa condição relacionada às queixas, adoecimentos, sentimentos de desvalorização e impotência frequentemente enunciados pelos professores? O exame desses questionamentos será feito à luz de uma fenomenologia das atividades humanas, tal como a concebe Hannah Arendt, e de escritos que buscam compreender a educação a partir dos aportes da psicanálise.</p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/40018TRAÇANDO O SISTEMA DE ATIVIDADE DE TRABALHO DOCENTE NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: DIMENSÕES DE ANÁLISE2022-07-07T15:11:06-03:00Natália Valadares Limanatvlima@gmail.comDaisy Moreira Cunha daisycunhaufmg@gmail.com<p>Este artigo tem como objetivo analisar a atividade de trabalho docente na Educação Profissional e Tecnológica a partir dos pressupostos da Teoria da Atividade de perspectiva histórico-cultural. Para tal, realizamos a observação das aulas ao longo de um semestre e entrevistas com dois docentes de um curso técnico de nível médio ofertado por uma instituição da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica de Minas Gerais. A partir dos dados coletados, procedemos uma análise do trabalho docente e sistematizamos suas dimensões em um Sistema de atividade, baseando-nos nos estudos desenvolvidos por Engeström (2016, 2013, 2002) acerca da Teoria da Atividade de perspectiva histórico-cultural. Por fim, concluímos que para a elaboração de um sistema de atividade de trabalho docente é fundamental uma aproximação da atividade de trabalho, o que viabilizaria o preenchimento de cada um dos polos de tal sistema, bem como evidenciaria a existência de aspectos singulares, relacionados, sobretudo, à experiência e aos valores de cada um dos sujeitos, que perpassam a atividade e ultrapassa aquilo que pode ser sistematizado.</p>2024-07-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/41595“NADA SOBRE NÓS SEM CORPO COMUM”2023-03-23T17:39:35-03:00Pedro Pagnipedro.pagni@unesp.br<p>O presente artigo problematiza a dimensão ética ignorada pelos saberes sobre a deficiência e as epistemes utilizadas para designar no corpo em que se inscreve um poder desmesurado, mesmo com as conquistas obtidas pelos seus movimentos políticos nas últimas décadas, e a sua captura pelas atuais dispositivos de inclusão no ensino superior brasileiro. Recorremos para tanto ao método genealógico e à problemática ética da “indignidade de falar pelo outro” enunciados por Michel Foucault para situar, historicamente, em que momento os movimentos políticos das pessoas com deficiência assumem de alguma forma esse enunciado e quais os limites de seus efeitos de poder no ensino superior brasileiro. Objetivamos com isso analisar criticamente as tensões internas de tais movimentos, os indícios do escape à norma médica e à normalidade social com o intuito de problematizar os modelos dos saberes que nelas se pautaram, assim como assinalar os poderes emergentes de um <em>corpo comum</em> como qualquer outro em suas lutas por educação inclusiva e justiça social. Nesse sentido, argumentamos pela formação de um <em>corpo comum </em>no ensino superior, constituído a partir dos encontros de saberes e das diferenças, agenciando pelo exercício de uma alteridade radical e da mobilização de devires minoritários do povo que falta como uma possibilidade de emergência de outro paradigma de inclusão.</p>2024-07-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/44663PROJETO PRINCIPAL DE EDUCAÇÃO PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE 2023-06-15T18:45:48-03:00Bruno Nicolau Cerine da Cruzbruno-piaui@hotmail.comTelma Adriana Pacifico Martinelitelmamartineli@hotmail.com<p>Este artigo é resultado de um estudo que investigou as repercussões das ideias produzidas a partir do Projeto Principal de Educação para a América Latina e o Caribe nas políticas educacionais e curriculares para a educação básica brasileira, chilena e uruguaia. O percurso metodológico foi delineado tendo como base a pesquisa documental, cujos documentos principais para a coleta dos dados foram as declarações, pareceres e relatórios referentes ao projeto. Os resultados da pesquisa indicaram que: 1) esse projeto orientou os rumos das reformas educacionais ocorridas em países da América Latina, como o Brasil, o Chile e o Uruguai; 2) as discussões e debates para as transformações da educação básica latino-americana, no contexto do projeto, fundamentaram-se em uma concepção de educação e desenvolvimento ancorada em uma perspectiva humanista e educativa do trabalho; e, por fim, 3) a década de 80 foi a fase de fundação e desenvolvimento das primeiras ações do projeto, com vistas à expansão quantitativa da educação básica, especialmente no número de matrículas, enquanto que a década de 90 foi intensificada as ações do projeto, com vistas, principalmente, à qualidade da educação, por meio de transformações na gestão e no currículo. Concluiu-se que o Projeto Principal de Educação teve suas ideias repercutidas nos três países pesquisados à medida em que os mesmos incorporaram e, ainda incorporam, os princípios e objetivos do projeto em suas respectivas políticas educacionais e curriculares, engendrando uma espécie de consenso entre as políticas educacionais e curriculares promovidas na América Latina.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/46234ESCOLAS PÚBLICAS E O REANP: O USO DA TECNOLOGIA NA AUSÊNCIA DA INTERNET2023-05-18T20:35:15-03:00MARIA ROSANE DA ROCHArosanerochastl123@gmail.comJocyare Cristina Pereira de Souzaprof.jocyare.souza@unincor.edu.brr<p>Este artigo apresenta recortes de uma pesquisa desenvolvida no Mestrado Profissional na linha Formação de Professores, realizada nos anos de 2021 e 2022, a qual teve como objeto de estudo as ferramentas utilizadas pelos professores alfabetizadores,da Rede Pública de Ensino, de um município de Minas Gerais para ensinar seus alunos sem acesso à internet durante o Regime Emergencial de Atividades Escolares Não Presenciais (REANP)napandemia de Covid-19.O presente artigo visa problematizar se as ferramentas utilizadas, como o material impresso, majoritamente, apresentaram eficácia na tarefa de ensinar/alfabetizara essas crianças, além de apresentar aos professores possibilidades e alternativas tecnológicas, via mídia-educação, com a finalidade de contribuir para minimizar possíveis dificuldades; além do desenvolvimento de práticas pedagógicas críticas, criativas e instrumentais, utilizando, para isso, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) que independem da internet.Foi produzida uma pesquisa de natureza aplicada por meio do trabalho de campo, com abordagem quali-quantitativa, na qual foram realizadas coleta de dados, análise e discussões, resultando na produção do Guia Instrucional “Explorando Tecnologias na Ausência da Internet” para auxiliar os professores na tarefa de levar o aprendizado aos alunos. Conclui-se que a formação continuada de professores sobre o uso das tecnologias para estudantes sem a possibilidade de acesso à internet via mídia-educação contribuiu para que o aprendizado (alfabetização) acontecesse de forma mais efetiva e inclusiva, garantindo, assim, o Direito de Aprender.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/36820VIVÊNCIAS, CONDIÇÕES DE TRABALHO E PROCESSO SAÚDE-DOENÇA: RETRATOS DA REALIDADE DOCENTE2022-07-07T14:56:36-03:00Saulo Daniel Mendes Cunhasaulodanc@gmail.comJosé de Andrade Matos Sobrinhojose.sobrinho@unimontes.brAparecida Rosângela Silveirasilveira.rosangela@unimontes.brCristina Andrade Sampaiocristina.sampaio@unimontes.br<p>As condições de trabalho docente e as vivências dos professores da rede básica de ensino público foram impactadas a partir das reformas educacionais implantadas na década de 1990, com forte influência da política neoliberal e da globalização. Como resultado dessa influência, houve a precarização da educação pública e implantação do gerencialismo escolar na educação básica. Repercussões deste cenário educativo, caracterizado por péssimas condições para realização do trabalho e desvalorização da carreira docente têm afetado a história de vida do professor e provocado adoecimentos nesta classe trabalhadora. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi de compreender os processos envolvidos no adoecimento de professores de escolas públicas da cidade de Montes Claros-MG, a partir de vivências e condições de trabalho. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, fundamentada no Interacionismo Simbólico, realizada por meio do método <em>Grounded Theory</em>, na perspectiva construcionista social. Foram entrevistados 12 professores da educação básica em escolas estaduais. Os dados, no processo de análise, produziram codificações que resultaram em sete categorias axiais, as quais buscam elucidar os pressupostos teóricos desta investigação. Os resultados deste estudo apontaram que o adoecimento dos professores da educação básica envolve processos e causas multifatoriais.</p>2024-07-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39797DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO DE VULNERABILIDADE DIGITAL (Q-IVD) PARA ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA2023-02-06T11:00:33-03:00Manoel Messias Santos Alvesmessyarts@hotmail.comAnne Alilma Silva Souza Ferretealilma.ferrete5@gmail.comWillian Lima Santoswilliamjere@hotmail.com<p>O número de crianças e adolescentes que fazem uso das tecnologias digitais cada vez mais precocemente tem aumentado de forma significativa. E considerando que o uso inadequado e abusivo das tecnologias pode ser prejudicial em várias dimensões da vida humana, será apresentado e discutido neste artigo a sistematização das etapas do desenvolvimento e validação de um instrumento que objetiva mensurar indicativos de vulnerabilidade digital entre estudantes do 3º ano do Ensino Médio. A construção do Questionário de Identificação de Vulnerabilidade Digital (Q-IVD) está fundamentada na literatura, sendo escolhido o tipo de validação de conteúdo para avaliar por meio do método Delphi, o julgamento de especialistas acerca dos conteúdos presentes no instrumento. Participaram desse processo de validação um painel de especialistas composto por 26 juízes com formação e atuação nos campos da educação e saúde, e posteriormente, um grupo de estudantes que contribuíram com a análise semântica das questões. A versão final do Q-IVD contém 24 questões distribuídas em quatro categoriais, e durante o processo de validação, ficou evidenciado indícios desse instrumento ter aplicabilidade validada também para diferentes públicos, mediante aprimoramento e adaptações transculturais, para investigar correlações diversas juntamente com outros instrumentos pesquisa e análises estatísticas.</p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/41245INTEGRAÇÃO DAS TDIC NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES2022-12-29T16:24:13-03:00Thiago Cavassanithiagocavassani@yahoo.com.brJoana de Jesus de Andradejoanaj@ffclrp.usp.brRosebelly Nunes Marquesrosebelly.esalq@usp.br<p>O objetivo deste trabalho consiste em discutir teoricamente os elementos que viabilizem a <br>leitura do modelo do Conhecimento Tecnológico Pedagógico e de Conteúdo (TPACK) a partir da <br>perspectiva da Abordagem Sociocultural. Para tanto, apresentamos as estruturas conceituais do modelo <br>TPACK, introduzindo em seguida as tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) como <br>ferramentas culturais e simbólicas na mediação da ação pedagógica do professor. Tendo como <br>pressupostos os conceitos de mediação, domínio e apropriação, advindos da abordagem sociocultural, <br>estabelecemos um diálogo com o modelo TPACK para salientarmos as possíveis contribuições desta <br>releitura à formação de professores na atualidade. Por fim, discutimos as implicações desta aproximação <br>para a formação inicial de professores para e com tecnologias digitais. Desse modo, pretendemos <br>contribuir para as discussões que fundamentam a pesquisa e a prática formativa dos professores, <br>subsidiando uma conceitualização útil à pesquisa dos modos de interação mediadas pelas TDIC, além <br>dos fatores envolvidos nas formas como os docentes acessam, apropriam-se e constroem o <br>conhecimento profissional na interface com as tecnologias digitais</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/42679RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E O DRAMA DA PSIQUIATRIZAÇÃO DOCENTE2023-05-29T08:15:44-03:00Gisele Toassagtoassa@gmail.comJullyana Silva Rosajullyanarosa@discente.ufg.brAna Laura Laura de Moura Septimioanaseptimio@discente.ufg.brPabliny Marques De Aquinopsipablinymarques@gmail.comKarinny Gonçalves da Silvakarinnygoncalves@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Vinculada</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">ao</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">Projeto</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">"Medicalização</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">em</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">Goiás:</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">investigações</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">críticas</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">na</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">história</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">e</span> <span style="font-weight: 400;">contemporaneidade</span> <span style="font-weight: 400;">de</span> <span style="font-weight: 400;">práticas</span> <span style="font-weight: 400;">e</span> <span style="font-weight: 400;">discursos</span> <span style="font-weight: 400;">biopsicossociais",</span> <span style="font-weight: 400;">o</span> <span style="font-weight: 400;">presente</span> <span style="font-weight: 400;">artigo</span> <span style="font-weight: 400;">relata</span> <span style="font-weight: 400;">pesquisa</span> <span style="font-weight: 400;">referente</span> <span style="font-weight: 400;">ao</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">drama</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">da</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">psiquiatrização</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">docente</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">na</span> <span style="font-weight: 400;">relação</span> <span style="font-weight: 400;">professor-aluno</span> <span style="font-weight: 400;">da</span> <span style="font-weight: 400;">rede</span> <span style="font-weight: 400;">municipal</span> <span style="font-weight: 400;">de</span> <span style="font-weight: 400;">Goiânia.</span> <span style="font-weight: 400;">O</span> <span style="font-weight: 400;">absenteísmo-doença</span> <span style="font-weight: 400;">de</span> <span style="font-weight: 400;">professores</span> <span style="font-weight: 400;">da</span> <span style="font-weight: 400;">educação</span> <span style="font-weight: 400;">básica</span> <span style="font-weight: 400;">por</span> <span style="font-weight: 400;">razões</span> <span style="font-weight: 400;">médicas</span> <span style="font-weight: 400;">codificadas</span> <span style="font-weight: 400;">com</span> <span style="font-weight: 400;">o</span> <span style="font-weight: 400;">índice</span> <span style="font-weight: 400;">F</span> <span style="font-weight: 400;">do</span> <span style="font-weight: 400;">CID-10</span> <span style="font-weight: 400;">mostra</span> <span style="font-weight: 400;">um</span> <span style="font-weight: 400;">contexto</span> <span style="font-weight: 400;">de</span> <span style="font-weight: 400;">precarização</span> <span style="font-weight: 400;">e</span> <span style="font-weight: 400;">alienação</span> <span style="font-weight: 400;">do</span> <span style="font-weight: 400;">trabalho</span> <span style="font-weight: 400;">no</span> <span style="font-weight: 400;">capitalismo,</span> <span style="font-weight: 400;">com</span> <span style="font-weight: 400;">impactos</span> <span style="font-weight: 400;">na</span> <span style="font-weight: 400;">relação</span> <span style="font-weight: 400;">social</span> <span style="font-weight: 400;">entre</span> <span style="font-weight: 400;">docentes</span> <span style="font-weight: 400;">e</span> <span style="font-weight: 400;">estudantes.</span> <span style="font-weight: 400;">Discutimos</span> <span style="font-weight: 400;">as</span> <span style="font-weight: 400;">características</span> <span style="font-weight: 400;">apontadas</span> <span style="font-weight: 400;">dessa</span> <span style="font-weight: 400;">(e</span> <span style="font-weight: 400;">nessa)</span> <span style="font-weight: 400;">interação</span> <span style="font-weight: 400;">que</span> <span style="font-weight: 400;">desvelam</span> <span style="font-weight: 400;">a</span> <span style="font-weight: 400;">complexidade</span> <span style="font-weight: 400;">dialética</span> <span style="font-weight: 400;">do</span> <span style="font-weight: 400;">drama</span> <span style="font-weight: 400;">do</span> <span style="font-weight: 400;">adoecimento</span> <span style="font-weight: 400;">psíquico</span> <span style="font-weight: 400;">e</span> <span style="font-weight: 400;">das</span> <span style="font-weight: 400;">condições</span> <span style="font-weight: 400;">materiais</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">da</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">vivência</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">laboral,</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">com</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">a</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">análise</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">qualitativa</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">de</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">fichas-sínteses</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">elaboradas</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">a</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">partir</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">de</span> <span style="font-weight: 400;">prontuários</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">de</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">licenças</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">médicas</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">disponibilizados</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">pela</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">Junta</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">Médica</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">Municipal</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">de</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">Goiânia.</span> <span style="font-weight: 400;">Nosso</span> <span style="font-weight: 400;">referencial</span> <span style="font-weight: 400;">foi</span> <span style="font-weight: 400;">a</span> <span style="font-weight: 400;">Psicologia</span> <span style="font-weight: 400;">Histórico-Cultural</span> <span style="font-weight: 400;">tal</span> <span style="font-weight: 400;">como</span> <span style="font-weight: 400;">interpretada</span> <span style="font-weight: 400;">pela</span> <span style="font-weight: 400;">Clínica</span> <span style="font-weight: 400;">da</span> <span style="font-weight: 400;">Atividade</span> <span style="font-weight: 400;">de</span> <span style="font-weight: 400;">Yves</span> <span style="font-weight: 400;">Clot.</span> <span style="font-weight: 400;">Consideramos</span> <span style="font-weight: 400;">35</span> <span style="font-weight: 400;">fichas</span> <span style="font-weight: 400;">-</span> <span style="font-weight: 400;">de</span> <span style="font-weight: 400;">109</span> <span style="font-weight: 400;">analisadas</span> <span style="font-weight: 400;">-</span> <span style="font-weight: 400;">que</span> <span style="font-weight: 400;">se</span> <span style="font-weight: 400;">referem</span> <span style="font-weight: 400;">à</span> <span style="font-weight: 400;">relação</span> <span style="font-weight: 400;">professor-aluno</span> <span style="font-weight: 400;">no</span> <span style="font-weight: 400;">decorrer</span> <span style="font-weight: 400;">do</span> <span style="font-weight: 400;">processo</span> <span style="font-weight: 400;">de</span> <span style="font-weight: 400;">psiquiatrização</span> <span style="font-weight: 400;">docente.</span> <span style="font-weight: 400;">Em</span> <span style="font-weight: 400;">seguida,</span> <span style="font-weight: 400;">criamos</span> <span style="font-weight: 400;">categorias,</span> <span style="font-weight: 400;">rotuladas</span> <span style="font-weight: 400;">como</span> <span style="font-weight: 400;">queixas</span> <span style="font-weight: 400;">e</span> <span style="font-weight: 400;">desdobramentos,</span> <span style="font-weight: 400;">que</span> <span style="font-weight: 400;">revelam</span> <span style="font-weight: 400;">processos</span> <span style="font-weight: 400;">comuns</span> <span style="font-weight: 400;">no</span> <span style="font-weight: 400;">sofrimento</span> <span style="font-weight: 400;">desses</span> <span style="font-weight: 400;">docentes.</span> <span style="font-weight: 400;">Observamos</span> <span style="font-weight: 400;">que</span> <span style="font-weight: 400;">a</span> <span style="font-weight: 400;">presença</span> <span style="font-weight: 400;">de</span> <span style="font-weight: 400;">psicopatologias</span> <span style="font-weight: 400;">laborais</span> <span style="font-weight: 400;">se</span> <span style="font-weight: 400;">relaciona</span> <span style="font-weight: 400;">à</span> <span style="font-weight: 400;">precarização</span> <span style="font-weight: 400;">e</span> <span style="font-weight: 400;">à</span> <span style="font-weight: 400;">desapropriação</span> <span style="font-weight: 400;">do</span> <span style="font-weight: 400;">real</span> <span style="font-weight: 400;">da</span> <span style="font-weight: 400;">atividade</span> <span style="font-weight: 400;">pelo</span> <span style="font-weight: 400;">trabalhador.</span> <span style="font-weight: 400;">Consideramos</span> <span style="font-weight: 400;">que</span> <span style="font-weight: 400;">a</span> <span style="font-weight: 400;">doença</span> <span style="font-weight: 400;">é</span> <span style="font-weight: 400;">um</span> <span style="font-weight: 400;">processo</span> <span style="font-weight: 400;">socialmente</span> <span style="font-weight: 400;">constituído</span> <span style="font-weight: 400;">no</span> <span style="font-weight: 400;">âmago</span> <span style="font-weight: 400;">de</span> <span style="font-weight: 400;">um</span> <span style="font-weight: 400;">contexto</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">histórico-social</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">dialético,</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">finalizando</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">nossa</span> <span style="font-weight: 400;">pesquisa</span> <span style="font-weight: 400;">com</span> <span style="font-weight: 400;">destaque</span> <span style="font-weight: 400;">para</span> <span style="font-weight: 400;">a</span> <span style="font-weight: 400;">intervenção</span> <span style="font-weight: 400;">do </span>coletivo como recurso de enfrentamento à psiquiatrização, bem como subsidiando políticas públicas que visem a enfrentar a precarização laboral.</p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45870RETORNO SOBRE O TEMA DA NATUREZA E ESPECIFICIDADE DO TRABALHO DOCENTE2023-04-19T15:17:33-03:00Wanderson Alveswandersonalvesufg@gmail.com<p>O tema da especificidade e natureza do trabalho docente tem na área da educação uma história que se conta em décadas de reflexões e investigações. Considerando esse longo percurso de estudos e pesquisas interessadas pelo exercício da docência e centrando sua análise em algumas obras fundamentais, o presente artigo tem o objetivo de retomar a literatura de base sobre o tema da especificidade e natureza do trabalho docente e analisar suas aquisições, seus impasses e seus limites. O texto discute os estudos pioneiros de Luiz Pereira e Aparecida Joly Gouveia, as contribuições de Dermeval Saviani e Vitor Paro, bem como as proposições de Maurice Tardif e Claude Lessard. O artigo conclui destacando os avanços que foram obtidos sobre o tema e aponta que junto com o estudo da especificidade do trabalho docente também é importante estudar sua generalidade, situando assim a docência no campo mais vasto dos estudos do trabalho.</p>2024-03-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/35866A Dor nos Tempos da Covid-192022-03-22T15:08:09-03:00Eduardo Mendes Nascimentoe.mn@uol.com.brEdgard Bruno Cornaccio Jredgardbc@usp.brMarcia Garcia Carvalhomarcia.blr@gmail.com<p>Neste trabalho são apresentados resultados de uma pesquisa longitudinal orientada pelo objetivo de identificar a adaptação dos professores e seus níveis de estresse e ansiedade durante a pandemia da COVID-19. Assim, 129 professores foram acompanhados por um ano durante a pandemia de modo a obter os dados. Foi possível perceber que aproximadamente 3 em cada 4 professores da amostra passaram pelo transtorno de ajustamento durante o período de coleta e 1 em cada 2 professores apresentaram nível de ansiedade-estado alto. Nesse sentido, verificaram-se os seguintes fatores associados à probabilidade de não estarem adaptados à pandemia: ser mulher, estar casado e a forma negativa com que percebem o cotidiano após tantas restrições e riscos. Entretanto, outros fatores puderam contribuir com o ajustamento dos professores: tempo de docência, percepção positiva sobre o estado de saúde física e não utilização de substâncias como álcool, cigarro, medicamentos e outras. Verificou-se, pois, a vulnerabilidade psicossocial dos professores durante o período de pandemia, o que torna inequívoca a necessidade de desenvolvimento de políticas públicas e privadas para contribuir com o ajustamento dessas pessoas, principalmente pensando na repercussão negativa que essa situação pode ter, inclusive, ao longo de anos.</p>2024-10-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39693SOCIOLOGIA CHILENA HOJE: TREINAMENTO, FORMATURA E PRÁTICA PROFISSIONAL2022-10-17T08:56:46-03:00Pablo Sandovalpsandovalv@live.clOctavio Avendañooavendanop@uchile.cl<p>Este artigo analisa os efeitos da expansão das matrículas em cursos de sociologia no Chile nas últimas duas décadas. Argumenta que esta expansão está relacionada ao processo de expansão e massificação do campus que o sistema universitário como um todo vem experimentando desde os anos 90 até os anos mais recentes. Com base nos dados fornecidos pelo Ministério da Educação para o período 2009-2019, são analisados o problema da retenção e graduação dos estudantes de sociologia, as diferenças por tipo de campus e a questão da inserção no mercado de trabalho. Estas informações contrastam com a apresentação de informações históricas sobre o surgimento e institucionalização da sociologia no Chile, a partir do final dos anos 50, e suas etapas subsequentes de desenvolvimento profissional e científico. Desta forma, são dadas contas das condições atuais em que são realizados os processos de formação, graduação e emprego daqueles que optaram por cursos de sociologia nas diferentes universidades em que foram ensinados. </p>2024-03-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/41046EXERCÍCIO PROFISSIONAL DE DOCENTES COM DEFICIÊNCIA VISUAL: 2023-05-29T16:45:57-03:00Milene da Silva Oliveiramileoliveira@unochapeco.edu.brTania Mara Zancanaro Pieczkowskitaniazp@unochapeco.edu.br<p>Em uma sociedade que se constitui por olhares padronizados e pela lógica da normalidade, os docentes com deficiência visual se distanciam dos padrões de corpo, comportamento, jeitos de ser e fazer a docência, o que causa estranhamentos. Este artigo resulta de uma pesquisa que objetivou compreender como docentes com deficiência visual (cegos/as ou com baixa visão) enfrentam os desafios de exercer a profissão, respondendo ao seguinte problema de pesquisa: de que forma professores/as com deficiência visual narram a acessibilidade para o exercício da profissão? Para isso, realizaram-se entrevistas narrativas com sete docentes com deficiência visual, atuantes na Educação Básica nos três estados da Região Sul do Brasil. As narrativas foram organizadas em agrupamentos temáticos e examinadas a partir da perspectiva da análise do discurso, amparada pelos referenciais foucaultianos. O estudo aponta que, quanto maiores forem as barreiras sociais impostas, menores serão as possibilidades de inclusão de docentes com deficiência visual no exercício profissional. Revela também, que a inclusão e acessibilidade tem sido pensadas mais para os estudantes com deficiência e menos para os professores, cuja inserção profissional é recente e ainda causa estranhamento nos espaços escolares.</p>2024-07-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45698PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INOVADORAS: 2023-11-07T18:15:17-03:00Cristiane Elizete Fioresecristiane.fiorese@unoesc.edu.brMaria Teresa Ceron Trevisolmariateresa.trevisol@unoesc.edu.br<p>Este artigo analisa os critérios que os(as) professores(as) formadores(as), que atuam em Cursos de Pedagogia, atribuem às práticas pedagógicas inovadoras. A base empírica de sustentação das discussões desse texto são dados de uma pesquisa descritiva, de cunho exploratório e de natureza qualitativa, que teve como lócus, seis Instituições de Ensino Superior Comunitárias do Estado de Santa Catarina, vinculadas à Acafe, que oferecem o curso de Pedagogia na modalidade presencial. A amostra foi composta por professores(as) formadores(as), que atuam como titulares, nos cursos de Pedagogia destas instituições, e que aceitaram participar da pesquisa. Como procedimento de coleta de dados foi utilizado um questionário on line. E, na análise, foi aplicado a técnica de análise de conteúdo. Evidenciou-se que os critérios que atribuem sentido à prática pedagógica inovadora são subjetivos, assumem caráter polissêmico e variam de acordo com o conhecimento, a interpretação e a vivência dos pesquisados. Alguns elementos centrais foram articulados a prática desta natureza: protagonismo dos estudantes; ruptura com o tradicional; novo; tecnologia; pesquisa; e metodologias ativas. A análise destes critérios, à luz do referencial teórico da pesquisa, possibilitou compreender que nem tudo que foi explicitado como inovação pedagógica constitui, de fato, uma prática pedagógica inovadora. Constatou-se a necessidade e a importância de se promover a reflexão sobre o que é e como se constitui uma prática pedagógica inovadora, visando uma concepção mais assertiva sobre o conceito, que possa fundamentar a prática nos cursos de formação docente e a consolidação do perfil do(a) professor(a) inovador(a).</p>2024-07-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39442METODOLOGIAS ATIVAS: EM BUSCA DE UMA CARACTERIZAÇÃO E DEFINIÇÃO2023-04-11T10:54:34-03:00Marcia Borin da Cunhaborin.unioeste@gmail.comNathalie Akie Omachi akieomachi@gmail.comOlga Maria Schimidt Ritterolga.ritter@unioeste.brJéssica Engel do Nascimentojessicaengel93@hotmail.comGlessyan Quadros Marquesglessyan@hotmail.comFernanda Oliveira Lima quimica.fernandalima@gmail.com<p>As metodologias ativas (MAs) tratam-se de um conjunto de alternativas pedagógicas que visam facilitar a aprendizagem dos estudantes e/ou proporcionar uma educação crítica e problematizadora da realidade, a partir do redirecionamento do estudante para o centro do processo de construção de conhecimento. Diante do exposto, realizamos uma pesquisa bibliográfica em artigos científicos sobre o tema “Metodologias Ativas”, os quais foram selecionados no Portal de periódicos da Capes. O intuito desse estudo foi apresentar uma caracterização geral das MAs identificadas na literatura, considerando uma análise sobre as definições de MAs utilizadas pelos autores, a identificação dos principais referenciais teóricos e epistemológicos empregados para fundamentar essas metodologias e, uma análise das diferentes metodologias consideradas na literatura como MAs. Nesse contexto, chegamos à uma definição de metodologias ativas, que faz parte deste artigo. Nossos resultados apontam que houve um crescimento nas pesquisas sobre MAs nos últimos anos, prevalecendo pesquisas na área da Saúde. Alguns artigos consideram teóricos consolidados para fundamentar seus trabalhos, como: Freire, Dewey, Piaget e Ausubel. Identificamos uma diversidade de metodologias ativas diferentes, ao todo 24 metodologias consideradas como ativas pelos autores presentes na nossa amostra. De modo geral, as metodologias ativas apresentam como característica em comum a ideia/definição de protagonismo do estudante e a educação numa perspectiva crítica.</p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/40883INTEGRAÇÃO ENTRE O PRESENCIAL E O VIRTUAL NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES: LIMITES, DESAFIOS E POTENCIALIDADES2022-11-03T11:02:27-03:00Caroline Côrtes Lacerdacarol.lacerda.ped@gmail.comLENIRA MARIA NUNES SEPELlenirasepel@gmail.com<p>Este trabalho tem como objetivo analisar a percepção de educadores da Educação Básica sobre a realização de curso semipresencial denominado “Formação Continuada de educadores em serviço: a abordagem CTS como articuladora do currículo integrado” na área de Ciência Tecnologia Sociedade (CTS), assim como os limites e potencialidades da formação continuada. O curso de modalidade extensão da Universidade Federal de Santa Maria contou com a duração de 80 h e foi realizado durante o ano letivo de 2016, com encontros presenciais na escola participante e atividades no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA). Buscamos aplicar e discutir as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), a formação continuada, o currículo e avaliar o processo. Identificou-se uma baixa aderência dos educadores à etapa à distância do curso, em comparação com a etapa presencial, gerando questionamentos sobre a necessidade de processos formativos com foco nas tecnologias e dentro da carga horária de trabalho dos docentes. Os dados foram coletados com base na observação, participação e realização das atividades e por meio de um questionário no qual os educadores avaliaram o curso. A análise dos dados se deu a partir da tabulação em planilhas do Excel, anotações, falas e envolvimento dos participantes. As perguntas fechadas, foram analisadas por meio de gráficos e as abertas por meio da análise do discurso do sujeito coletivo (DSC), técnica, empregada por Lefevre e Lefevre (2003).</p> <p> </p>2024-07-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/42267RELAÇÕES POSSÍVEIS ENTRE CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DOCENTES COM ESTUDANTES AUTISTAS NAS AULAS DE MATEMÁTICA2023-06-14T08:12:20-03:00Dayane Fernanda Borges de Araújo Walkerdayane.araujo1@hotmail.comFábio Alexandre Borgesfabioborges.mga@hotmail.com<p>Considerando as especificidades do estudante autista e a percepção de um significativo aumento no número de matriculados na Educação Básica, o presente estudo foi permeado em torno do seguinte objetivo geral: investigar concepções docentes acerca do estudante autista e práticas no Ensino de Matemática possivelmente direcionadas por essas concepções. A abordagem da pesquisa, do tipo qualitativa, utilizou como procedimento para produção de dados entrevistas semiestruturadas, aplicadas a oito professoras que ensinam Matemática em turmas em que, dentre os estudantes, há autistas. Para a análise dos dados, foram considerados alguns elementos da Análise de Conteúdo. A partir das categorias definidas, foi possível concluir que: a) as práticas com estudantes autistas são diferenciadas das práticas desenvolvidas com os demais estudantes; b) na concepção dos sujeitos da pesquisa, a inclusão do estudante autista se mostra desafiadora aos envolvidos neste percurso; c) a falta de formação inicial e continuada e a inexperiência com autistas dentro e fora do contexto escolar torna o conhecimento acerca do autismo ainda mais precário e, por conta disso, a atuação do professor enquanto mediador no processo de inclusão torna-se limitada; d) há necessidade de apoio estrutural para que a prática docente com estudantes autistas aconteça de modo mais adequado; e e) a Matemática é uma disciplina que favorece o ensino e a aprendizagem do autista, quando abordada a partir de metodologias práticas, com temáticas voltadas ao cotidiano desses estudantes.</p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45378O QUE CRIANÇAS E ADOLESCENTES FIZERAM DAQUILO QUE A PANDEMIA FEZ COM ELES E ELAS?2023-03-20T17:43:08-03:00Isabel Oliveira Silvaisabel.os@uol.com.brMARIA LIDIA BUENO FERNANDESmlidia@unb.brPAULO CÉSAR RODRIGUES CARRANOpc_carrano@id.uff.br<p>Este artigo, que aborda como crianças e adolescentes viveram a pandemia de Covid-19 como experiência geracional, objetiva compreender como agiram diante da reconfiguração da ordem das interações sociais decorrente do isolamento social como medida para conter o avanço da doença e busca conhecer as interpretações de crianças e adolescentes a partir de suas posições geracionais. As discussões têm como base dados de pesquisas com crianças e adolescentes de 8 a 14 anos, residentes em 33 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte e em 27 Regiões Administrativas do Distrito Federal. Ambas as pesquisas adotaram perspectiva metodológica mista, com métodos qualitativos e quantitativos, com adoção de questionários, como instrumentos de coleta de dados censitários, ampliados com questões e observações abertas. Como síntese indicam-se as preocupações com a dimensão da solidariedade inter e intrageracional. Observa-se ainda que crianças e adolescentes rompem com dicotomias, especialmente aquelas que separam adultos e crianças e expressam sua crítica ao contexto e às ações políticas e individuais dele decorrentes.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/47907REVISÃO INTEGRATIVA ACERCA DAS ATIVIDADES EDUCATIVAS PARA A FORMAÇÃO DE CIENTISTAS2023-08-30T10:42:59-03:00Jeferson Antunesjeferson.kalderash@gmail.comCicero Magerbio Gomes Torrescicero.torres@urca.brZuleide Fernandes de Queirozzuleidefqueiroz@gmail.com<p>A formação de cientistas é um investimento social de longo prazo, que colabora com a sociedade a partir da construção do conhecimento que pode ser aplicado na resolução de problemas urgentes. Formar cientistas exige que sejam mobilizadas variadas cadeias de atores sociais, não obstante, a literatura científica nos apresenta diversos relatos de experiência em todo o mundo e nas mais diferentes instituições, que auxiliam no desenvolvimento e na reflexão acerca da formação de cientistas. O presente estudo tem como objetivo analisar as principais estratégias de formação de cientistas apresentadas na literatura científica. Foi realizada a revisão integrativa da literatura entre os anos de 2003 e 2022, acerca da formação de cientistas, identificando e compreendendo as experiências de formação de cientistas relatadas pelas autorias. Como resultado, as experiências de formação interdisciplinar, capacitação metodológica, internacionalização da formação, as atividades de gestão educacional e a curricularização da divulgação cientifica são apontadas como práticas formativas salutares a cientistas em formação.</p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39146PLATAFORMIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM E O PROTAGONISMO DO ECRÃ NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS2022-08-24T21:15:57-03:00Patrícia Silvasilva.131313@gmail.comEdvaldo Souza Coutoedvaldosouzacouto@gmail.com<p>As políticas e práticas educacionais de intervenção no contexto pandêmico e pós-pandemia passam a privilegiar o processo educacional com foco nas plataformas digitais e na personalização da aprendizagem em redes. O objetivo do artigo é apresentar o protagonismo das plataformas digitais (atores não-humanos) e, consequentemente, do ecrã nas práticas pedagógicas, a partir dos olhares de docentes e técnico-pedagógicos (atores humanos) da Rede Estadual de Ensino da Paraíba, identificando os atores que constituem infraestruturas de aprendizagem e principalmente práticas pedagógicas. Utilizamos o método da pesquisa quantitativa e qualitativa de caráter exploratória, descritiva e analítica. Os dados apresentados foram coletados com a utilização da ferramenta <em>Google Forms, </em>por meio de um questionário multitemático. O universo da pesquisa abrangeu 19.473 professores efetivos e prestadores de serviço no período de 9 a 21 de dezembro de 2021. Concluímos que para além dos debates, teorias e métodos da Educação a Distância ou da Educação <em>Online</em> é necessário reinventar processos de ensino-aprendizagem por meio das plataformas (não-humanos) alterando significativamente as maneiras de pesquisar, ensinar, produzir e difundir conhecimentos. As práticas pedagógicas instituídas pelas plataformas digitais são atividades com as quais os agentes humanos e não-humanos atuam em conjunto, enredados, interagindo e formando alianças e vínculos, a partir de determinadas atividades instituídas e organizadas. Ainda que subtilizada em suas potencialidades educativas, o uso das plataformas digitais trouxe a percepção de que não é possível pensar em uma educação que exclua a internet e as tecnologias digitais.</p>2024-07-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/40516ENSINO ENCANTADO DE CIÊNCIAS2023-03-12T13:49:35-03:00Thiago José Jesus Rebellothiagojjrebello@gmail.comRosane Moreira Silva de Meirellesrosanemeirelles@gmail.comRogério Mendes de Limamendeslimacp2@gmail.com<p>O conceito de colonialidade repercute a presença dos padrões racistas de poder do colonialismo na realidade contemporânea. Baseado na Epistemologia das Macumbas e na Pedagogia das Encruzilhadas - pensadas por Luiz Rufino e Luiz Antônio Simas, este trabalho propõe o ensino encantado de ciências: uma possibilidade de transgressão da colonialidade por meio do ensino de Ciências. Primeiro, posiciona-se a obra de Simas e Rufino dentro do pensamento decolonial. Em seguida, são discutidos os fundamentos da Epistemologia das Macumbas e da Pedagogia das Encruzilhadas, com destaque para os conceitos de encantamento e cruzo. Conclui-se propondo o ensino encantado de ciências como projeto pautado na crítica à ocidentalidade e na construção da interculturalidade a partir das macumbas brasileiras.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/42213PANDEMIA, MATERNIDADE E CIÊNCIA: EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES DE CIENTISTAS MÃES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA2023-03-14T21:33:12-03:00Aline Teresinha Walczakalinewalczak@gmail.comFabiane Ferreira da Silvafabianesilva@unipampa.edu.br<p>O contexto pandêmico, transformou a realidade social e as relações interpessoais, principalmente por meio das medidas de isolamento e distanciamento social, necessárias para a contenção do vírus. Com o trabalho remoto e a intensificação do convívio familiar, acentuaram-se as desigualdades de gênero relacionadas à divisão sexual do trabalho, que sobrecarrega as mulheres diante da desigual responsabilização pelos cuidados com a vida privada. O presente artigo, de natureza qualitativa exploratória, objetiva, a partir do uso de questionários, investigar e discutir de que forma a pandemia afetou a carreira das cientistas mães, docentes da Universidade Federal do Pampa. Percebemos, por meio da pesquisa, que a pandemia impactou de alguma forma a carreira das participantes, a partir da falta de tempo para o cumprimento das atividades profissionais, domésticas e de cuidado com as(os) filhas(os), intensificando, assim, a sobrecarga de trabalho e os impactos na saúde mental de algumas das participantes do estudo.</p> <p><strong> </strong></p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45242Que escola pós-pandemia?2023-04-13T14:44:11-03:00Márcio Rimet Nobremarcionobre205@hotmail.comNádia Laguárdia de Limanadia.laguardia@gmail.comCristiane de Freitas Cunha Grillocristianedefreitascunha@gmail.comGeane Carvalho Alzamorageanealzamora@ufmg.brMaralice de Souza Nevesmaraliceneves@gmail.comLuciana Andrade Gomes Bicalholucianadrade@gmail.comLorena Tarcialorenatarcia2@gmail.com<p>A pandemia de covid-19 alterou drasticamente o cenário social, impactando todos os setores da vida. No campo educacional, a rápida transição para o ensino remoto imposta pelo isolamento social, afetou a vida de estudantes, educadores e familiares, incidindo sobre o processo ensino-aprendizagem. Além dos efeitos psíquicos decorrentes do isolamento social, a substituição do ensino presencial no contexto pandêmico acentuou o desinteresse dos jovens pela escola, que já vinha perdendo sentidos políticos e existenciais para eles, tornando patente o menor engajamento pelo ensino remoto. Além disso, as reduzidas condições econômicas de grande parte da população também foram aprofundadas, corroborando as dificuldades de acesso à internet e às mídias necessárias para essa adaptação. Se a escola já não era capaz de atraí-los, no contexto da pandemia ela parece ainda mais distante e incapaz de ajudá-los a lidar com os impasses atuais. Neste sentido, realizamos uma pesquisa qualitativa buscando escutar os jovens sobre seus sentimentos e vivências no contexto da pandemia, bem como sobre os sentidos que atribuem à escola, especialmente em momento de transição no retorno às aulas presenciais. A pesquisa buscou investigar, sobretudo, que escola eles gostariam de ajudar a construir no novo contexto, considerando que adaptações serão exigidas por parte de todos os agentes envolvidos na educação.</p>2024-07-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/47486QUALIDADE DA OFERTA EDUCACIONAL E DESIGUALDADES DE APRENDIZADO NO ENSINO FUNDAMENTAL BRASILEIRO2024-01-29T13:45:26-03:00Flavia Pereira Xavierflaviapx@ufmg.brMaria Teresa Gonzaga Alvesmtga@ufmg.brJoyce Soares Rodrigues Petrusjoyceufmg@gmail.com<p>Nas últimas décadas, a preocupação com a qualidade educacional foi mais evidenciada, na agenda pública brasileira, do que as ações centradas no combate às desigualdades, em função do amplo uso do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - Ideb. Contudo, estudos apontam que a qualidade não tem sido acompanhada de equidade, ferindo princípios constitucionais. Nesta esteira, investigamos a relação entre indicadores de oferta educacional e medidas de qualidade e equidade de aprendizado no ensino fundamental. Utilizando dados das escolas públicas brasileiras, provenientes do Censo Escolar e Saeb, dados demográficos e de investimentos, provenientes do IBGE e Siope, observamos que os indicadores da oferta educacional associam-se mais à qualidade do que à equidade e que municípios maiores, em termos e população, tendem a apresentar qualidade com menos equidade. É possível observar um padrão Norte/Sul do país. Situações de mais equidade, são vistas em estados do Norte e Nordeste. De lado oposto, situações de mais qualidade são encontradas em estados do Sul e Sudeste. Situações de mais qualidade com equidade são raras nos municípios brasileiros, mas foram encontradas em maior proporção, no Ceará. Conclui-se que políticas específicas e mais objetivas são necessárias para a garantia de uma educação de qualidade com equidade. Esta garantia é um direito de todos e recebe ainda mais relevância no cenário pós pandemia por COVID-19, em que as lacunas de aprendizagens e o acirramento das desigualdades educacionais têm se revelado cada vez mais profundas.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/49141PERCEPÇÕES DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA ACERCA DA REORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO NOVO ENSINO MÉDIO2023-12-12T10:55:00-03:00José Vitor Palhares dos Santostitopalhares@hotmail.comMaria Catarina Paiva Repolêscatarina.repoles@ifsudestemg.edu.br<p>Este estudo teve como objetivo compreender as percepções de docentes da educação profissional e tecnológica da Fundação Osorio acerca da atual organização curricular proposta pelo Novo Ensino Médio. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo. Os dados foram coletados por meio de survey qualitativo, pela aplicação de questionário on-line com 35 docentes da educação profissional e tecnológica da Fundação Osorio, utilizando a ferramenta Google Formulários. Os dados foram analisados mediante Análise de Conteúdo. Os resultados indicam que os desdobramentos da Reforma do Ensino Médio recaem, principalmente, sobre docentes do ensino propedêutico, enquanto professores das disciplinas técnicas relataram poucas implicações sobre o trabalho didático-pedagógico e sobre o processo de ensino-aprendizagem. Além disso, muitos docentes acreditam que o Novo Ensino Médio poderá impactar de forma negativa a qualidade dos cursos técnicos e o perfil dos profissionais a serem formados, tendo em vista a desvalorização de algumas disciplinas nos currículos em detrimento de outras, além da falta de preparação e adesão efetiva dos professores e dos alunos à reforma. A interdisciplinaridade foi citada como principal benefício da reforma, porém, ao mesmo tempo, a realização de atividades e avaliações integradas foi ressaltada como principal dificuldade, haja vista o agrupamento das disciplinas em grandes áreas. Esta pesquisa permite avançar na discussão ainda incipiente sobre a importância da avaliação de currículos escolares, sobretudo após o Novo Ensino Médio, já que a reforma é recente e poucos estudos avaliaram seus desdobramentos.</p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/38823FEMINISMO DE REDE2022-12-08T12:18:04-03:00Patrícia Karla Soares Santos Dorotéiopatriciakarlass@hotmail.comAndré Márcio Picanço Favachoamfavacho@hotmail.com<p>O artigo perscruta práticas de militâncias de três jovens professoras, atuantes em múltiplas pautas e que fazem uso das redes sociais como lócus de resistência. Os dados foram obtidos em uma netnografia realizada na rede social<em> Facebook</em> dessas professoras, seguida por entrevista. Propusemos um estudo ético-político, fundamentado no conceito de ética em Michel Foucault. Consideramos que as professoras reconhecem a obrigação moral de lutar e defender, respondendo a um tipo específico de feminismo, um feminismo de rede, que se dá a partir das alianças com as demais lutas. As professoras parecem tensionar a escola e o currículo escolar com temas e pautas de luta e de militância, o que provoca debates. Além disso, identificamos uma experiência de militância constituída por práticas que apostam na potência transformadora dos pequenos constrangimentos e tensionamentos produzidos nas redes sociais e nos modos de vida, e que estão revelando tentativas de corroer verdades difíceis de serem desestabilizadas.</p>2024-02-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/40036A PRIVATIZAÇÃO EXÓGENA E OS AVANÇOS DO CAPITALISMO ACADÊMICO NO BRASIL E NA ARGENTINA2022-11-17T16:09:43-03:00Diego Bechibechi70866@gmail.comMaria de Lourdes Pinto de Almeidamalu04@gmail.com<p class="western"><a name="_Hlk23490548"></a><a name="_Hlk23490400"></a><a name="_Hlk23490429"></a> O presente artigo tem por objetivo compreender as principais tecnologias políticas de privatização exógena da educação superior, projetadas em articulação com as orientações dos organismos internacionais de financiamento, que têm contribuído à abertura e ascensão do regime capitalista acadêmico em países como o Brasil e a Argentina. A metodologia utilizada foi a histórico-crítica. A investigação foi qualitativa, bibliográfica e documental. Para tanto, o primeiro capítulo versa sobre as transformações estruturais do capitalismo que deram sustentação ao novo modelo de governança e, concomitantemente, ao processo de privatização exógena da educação superior em âmbito global. Posteriormente, apresenta-se uma análise das reformas da educação superior, materializadas no Brasil e na Argentina, sobretudo a partir da década de 1980, que impulsionaram a fusão entre o público e o privado em formas híbridas, a diferenciação institucional, a racionalização/otimização dos investimentos públicos e a captação de novas fontes de financiamento pelas universidades públicas. Por fim, busca-se compreender de que forma as políticas educacionais, implementadas no contexto das reformas neoliberais, têm contribuído à formação de um regime capitalista de conhecimento, pautado na produção de conhecimento matéria-prima, diretamente rentável e em simbiose com as necessidades do mercado empresarial. Os resultados apontaram que as tecnologias políticas de privatização exógena da educação superior têm estimulado a expansão do setor privado/mercantil e o redirecionamento dos investimentos públicos em prol de pesquisas aos interesses do setor industrial/empresarial, em detrimento da “ciência aberta” (não mercantil), favorecendo o avanço e a materialização do capitalismo acadêmico em países como o Brasil e a Argentina.</p>2024-07-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/41654ANÁLISE DAS PERCEPÇÕES DE TILS QUANTO À ATUAÇÃO NO ENSINO REMOTO2023-03-25T18:10:39-03:00Welbert Vinícius de Souza Sansãowelbert.sansao@gmail.comAnabela Cruz-Santosacs@ie.uminho.pt<p>Este artigo objetiva analisar as percepções de tradutores e intérpretes de Libras/Língua Portuguesa (TILS) quanto à atuação e aos processos tradutórios frente ao período pandêmico no Brasil. O estudo trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, no qual foi confeccionado um questionário no <em>Google Forms</em> dirigido aos TILS atuantes no ensino remoto no Brasil. O questionário foi divulgado online nas redes sociais de contato dos centros de capacitação de profissionais da educação e de atendimento às pessoas com surdez (CAS), federações de TILS e associações de surdos a fim de conseguirmos o maior alcance possível aos participantes alvo deste estudo. Para tanto, responderam 58 participantes ao pedido de participação no estudo. A partir dos dados analisados, verificou-se que houve transformações drásticas que refletem na atuação desses profissionais que incidem em três aspectos principais: (1) o (re)conhecimento da profissão e a formação dos TILS; (2) as transformações das atividades desempenhadas pelos TILS durante a pandemia; e (3) o <em>lócus</em> de trabalho no ensino remoto.</p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45051TEORIAS DO CURRÍCULO E PRODUÇÃO CIENTÍFICA2023-03-27T17:21:13-03:00DEILA DA SILVA BARELI DE MORAESdeilabareli@gmail.comCARLOS HENRIQUE MEDEIROS DE SOUZAchmsouza@gmail.com<p>O presente trabalho objetiva apresentar os resultados de um mapeamento das pesquisas acadêmicas sobre o currículo e suas conceitualizações teóricas. Busca identificar de que forma a integração curricular emerge dessas discussões. Trata-se de uma pesquisa de cunho descritivo, em que foram realizadas análises bibliométricas por meio do pacote Bibliometrix do software R, extraídos da base de dados da Web of Science (WoS), tomando como recorte temporal o período de 2002 a 2022. Para a realização das análises foram utilizados os descritores “teoria” e “currículo”, tendo sido encontrados 115 trabalhos. Para a realização do presente estudo, foram tratadas as seguintes informações: redes de cocitações, autores mais relevantes, rede de coocorrência dos termos mais utilizados, evolução das publicações, mapa temático e evolução temática. Com base nos resultados, foi possível mapear os principais eixos de discussões sobre o tema, as redes de autoria, além de descrever as principais concepções abordadas. Verificou-se que as produções acadêmicas relacionadas ao campo teórico do currículo apresentam-se bastante tímidas e carecem ser melhor exploradas considerando sua relevância no campo educacional. Verificou-se, também, que as produções relativas às teorias do currículo são emergentes e possuem estreita ligação com temas relacionados ao conhecimento e às políticas de currículo. Quanto à integração curricular, as produções na área ainda são tratadas de forma periférica em relação ao campo teórico do currículo.</p>2024-10-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/46401O PENSAMENTO DECOLONIAL NOS ESTUDOS DA INFÂNCIA: EPISTEMOLOGIAS CRÍTICAS E PÓS-CRÍTICAS2023-11-27T07:31:16-03:00Ademilson de Sousa Soarespacosoares65@gmail.comTânia Aretuza Ambrizi Gebara taretuza@outlook.comLucas Ramos Martinslucasramosmartins@yahoo.com.br<p>O artigo discute como o pensamento decolonial aparece na base de dados dos estudos da infância no campo da educação composta por dissertações, teses, trabalhos completos apresentados nos Grupos de Trabalho (GTs) em Reuniões Nacionais da ANPEd e artigos científicos publicados em revistas <em>qualis</em> A1. O estudo é caracterizado como metapesquisa, ou seja, uma pesquisa sobre as pesquisas de um campo e/ou área, no caso desse artigo os estudos da infância no campo da educação, e tem como objetivo indicar abordagens, enfoques, perspectivas e modelos analíticos. O debate sobre a descolonização das pesquisas é seguido pela apresentação de 11 (onze) autores (0,48% da produção) que tematizam o pensamento decolonial no total de 2246 (dois mil, duzentos e quarenta e seis) trabalhos catalogados. Como resultado, fica indicada a pouca presença do pensamento decolonial nos estudos da infância no campo da educação e emergem três campos temáticos para novas pesquisas na interface com as epistemologias críticas e pós-críticas: 1) pensamento decolonial crítico, infâncias e desigualdades; 2) pensamento decolonial, multiculturalismo, infâncias e diversidades; e 3) pensamento pós-colonial, paradigmas pós-críticos e infâncias contemporâneas.</p>2024-10-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/37629AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO NO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM DE UM CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL2022-01-25T14:44:08-03:00Rosa Maria Rodriguesrmrodri09@gmail.comMarivania Menegardemarivaniamenegarde@hotmail.comSolange de Fátima Reis Conternosolangeconterno@gmail.com<p>Avaliar a formação dos trabalhadores Técnicos em Enfermagem é necessidade para entender como esta formação se relaciona com a atuação profissional. Objetivou-se traçar o perfil dos egressos de uma escola técnica; identificar como avaliam o processo ensino-aprendizagem vivenciado no curso; avaliar, na perspectiva dos egressos, a formação vivenciada em relação com sua atuação profissional. Estudo exploratório descritivo, com dados quantitativos distribuídos conforme frequência absoluta e relativa e qualitativos submetidos à análise de conteúdo. Participarem 128 egressos, 92,97% mulheres; 34,37 % casadas; 77,34% com menos de 40 anos; 64,07% conseguiram trabalho em até seis meses após o fim do curso; 40,63% estão empregados no serviço privado; a maioria das disciplinas foram consideradas suficientes para atuação profissional, com percentuais acima de 80%. Sistematizaram-se as temáticas a formação técnica é passaporte para a inserção no mundo do trabalho; da formação técnica à formação humana integral; do papel dos professores na formação e das coisas que poderiam ser diferentes no Curso Técnico em Enfermagem. A formação, na perspectiva dos egressos foi suficiente e determinante na vida dos egressos para inserção e permanência no trabalho mostrando a importância de espaços públicos de formação técnica em enfermagem.</p>2024-03-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39817O Trabalho de Projeto nas práticas educativas de professores em início de carreira2022-07-07T15:07:14-03:00Tiago Temperatiagot@eselx.ipl.ptLuís Tinocaltinoca@ie.ulisboa.pt<p>O início de carreira de um professor é um período desafiante para o desenvolvimento das suas práticas educativas. Apesar de valorizarem métodos ativos de ensino, tais como a Metodologia de Trabalho de Projeto, a pressão sentida nesta fase leva a que os professores em início de carreira experienciem dificuldades de natureza diversa na sua implementação. Este estudo visa conhecer a forma como os professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico, em início de carreira, integram a Metodologia de Trabalho de Projeto nas suas práticas educativas. Os dados foram recolhidos através de entrevistas semiestruturadas e da análise documental ao espólio de oito professores. Os resultados demonstram que os professores valorizam e procuram contemplar o Trabalho de Projeto nas suas práticas educativas. As dificuldades sentidas poderiam ser atenuadas através de uma abordagem metodológica mais consistente na formação inicial de professores e de uma análise das prioridades educativas nas escolas onde lecionam, que sobrecarrega os professores iniciantes com demasiadas tarefas paralelas ao serviço docente.</p>2024-07-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/41446EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE2023-03-27T16:19:59-03:00Michele Neves Meneses michelemeneses22@gmail.comCristianne Maria Famer Rochacristianne.rocha@ufrgs.brElizabeth Martínez Buenabad buenabad27@hotmail.comRamona Fernanda Ceriotti Toassiramona.fernanda@ufrgs.br<p>Este estudo de caso traz resultados de pesquisa qualitativa cujo objetivo foi analisar o significado da experiência de formação do Agente Comunitário de Saúde (ACS) no Programa de Qualificação em Educação Popular em Saúde (EdPopSUS), uma das estratégias prioritárias do plano operativo da Política Nacional de Educação Popular para o Sistema Único de Saúde. A produção de informações incluiu a análise documental (material didático do Programa, carta de expectativas e carta final dos ACS) e entrevistas semiestruturadas com ACS (n=17), gestores da saúde e do curso (n=4). O material textual produzido foi interpretado pela análise de conteúdo, à luz do referencial teórico da Educação Popular. Os resultados evidenciaram que o EdPopSUS incentivou a reflexão, o diálogo e a afetividade, potencializando a criatividade e autonomia dos ACS, em um espaço educativo de autoconhecimento e interação com seu mundo experenciado. Vivências pessoais e profissionais dos ACS foram valorizadas, qualificando sua comunicação com equipe-comunidade-famílias, habilidade de escuta e a condução de atividades educativas coletivas. Saídas de campo e as rodas de conversa foram destacadas como potencialidades desta formação. Desafios foram identificados na implementação dos princípios da Educação Popular no trabalho da Atenção Primária à Saúde. A experiência fortaleceu o papel do ACS como agente de mudanças e educador popular. Nesse sentido, a Educação Popular em Saúde foi reforçada nesta pesquisa como prática pedagógica-social que fortalece pessoas, movimentos, equipes, práticas de cuidado e o sistema de saúde. Processos educativos fundamentados na Educação Popular são recomendados na educação permanente das equipes de saúde.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/42772FORMAÇÃO DOCENTE EM CONTEXTO NÃO FORMAL2023-06-15T15:49:57-03:00Hadassa Lucenahadassa12albuquerque@gmail.com<p>Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada no âmbito de doutorado em Ciências da Educação. O objetivo foi analisar a relação entre a educação não formal realizada em contexto de ensino superior e a formação de professores. Esta investigação é de caráter qualitativo, na coleta de dados realizou-se 21 entrevistas, cujos dados foram tratados conforme a análise temática de conteúdo. A pesquisa possibilitou estudar as práticas educativas e formativas desenvolvidas em dois cursinhos populares, que têm por objetivo a preparação de grupos de pessoas provenientes de classes econômica e socialmente desfavorecidas para a realização da prova do ENEM, sendo estes cursinhos o Rede Emancipa e Conexões de Saberes. Tendo em vista as funções que a educação não formal pode desempenhar, nomeadamente no que se refere a complementação da educação formal e não formal, os resultados indicam que as práticas educativas analisadas são importantes para a formação dos alunos de licenciaturas, uma vez que possibilitam a aprendizagem de conhecimentos teóricos e práticos. Estas experiências estudadas aproximam-se da corrente da educação popular, pois a práxis docente ocorre de acordo com uma vertente crítica, além disso são importantes ferramentas que visam a democratização do ensino superior no Brasil.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45873RACISMO RECREATIVO NOS CORPOS-TERRITÓRIO DE ADOLESCENTES NEGRAS NA ESCOLA2023-06-23T13:48:53-03:00ERIKA BENIGNA NASCIMENTOerikabenigna@yahoo.com.brMARIA CELESTE REIS FERNANDES DE SOUZAceleste.br@gmail.comFERNANDA CRISTINA DE PAULAfernanda.paula@univale.br<p>O objetivo deste artigo é trazer à visibilidade a utilização do humor como mecanismo do racismo estrutural e as marcas deixadas nos corpos-território de adolescentes negras, estudantes da educação básica de uma escola pública da cidade de Governador Valadares — MG. O estudo apoiou-se em autores que discutem raça e autoras do feminismo negro, operando conceitualmente com racismo recreativo, interseccionalidade e corpo-território. O material empírico foi produzido em oficinas temáticas e as narrativas trazidas pelas 12 estudantes, participantes da pesquisa, foram analisadas por meio da análise episódica. Os episódios narrados denunciam as marcas nos corpos-território dessas adolescentes, assim como a naturalização de opressões de raça e gênero, instrumentalizadas pelo racismo recreativo que comparece no cotidiano escolar. Esse comparecimento cria e reafirma estereótipos sobre a categoria “mulher negra”, provoca desejos de afastamento da escola para não serem alvo de “piadas” e/ou “brincadeiras”, e questionamentos sobre sua própria humanidade, ao refletirem se suas aparências se assemelham aos animais utilizados para “xingá-las”. As adolescentes denunciam os silenciamentos da escola frente a esse tipo de “humor”, tensionando a sua naturalização e nos provocam, como educadores/as, a posicionarmos contra esses silenciamentos que engendram exclusões e a naturalização do racismo, entre outros mecanismos, os disfarçados de humor, mas que precisam ser nomeados como racismo recreativo.</p> <p> </p>2024-07-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/48376A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO HÍBRIDA2023-10-12T11:51:02-03:00Moema Pereira Nunesmoemanunes@hotmail.comClaudia Alba Natali Malagriclaudiamalagri@sou.faccat.br<p>A transformação digital na educação foi fortemente impulsionada pela pandemia de covid-19 iniciada em 2020. Apesar deste evento ter gerado avanços para a adoção mais rápida de novas tecnologias, o fato é que muitos países e instituições já estavam dedicando esforços para promover esta transformação, por exemplo, com a adoção da educação mista. Cada região global possui características específicas que podem impactar a forma como esse processo ocorre. Nesse sentido, este estudo buscou identificar até que ponto estamos avançando na América Latina em termos de Transformação Digital e Educação Híbrida. Para atingir esse objetivo foi realizada uma revisão sistemática da literatura na base de dados Scopus ao longo de um período de 15 anos, buscando assim identificar estudos anteriores à própria pandemia. A busca foi realizada sem a delimitação na América Latina e foram identificados 111 que foram submetidos à análise bibliométrica. Esta análise permitiu a identificação de apenas sete artigos que tinham o primeiro autor vinculado a uma instituição da região. Nenhum dos demais artigos, de outras regiões, pesquisou o contexto da América Latina. Esses sete artigos foram então considerados para a discussão da realidade da região. Verificou-se que o pequeno número de estudos sobre a região não permite uma compreensão efetiva de como esse processo está ocorrendo. Desta forma, identificou-se uma oportunidade para estudos futuros que abordem a realidade latino-americana.</p> <p><strong> </strong></p>2024-07-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/35867EDUCAÇÃO PARA UMA CULTURA DE DIREITOS HUMANOS2023-03-01T14:33:14-03:00Cristóvão Teixeira Rodrigues Silvacristovao.teixeira@urca.brJoão Adolfo Ribeiro Bandeirajoaoadolforibeirobandeira@gmail.comAntonio Basilio Novaes Thomaz de Menezesgpfe.ufrn@gmail.com<p>O conjunto dos Direitos Humanos é uma resposta direta às práticas totalitárias de extermínio de seres em humanos, fruto de uma racionalidade técnico-instrumental, durante a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). Assim, este artigo busca investigar se a educação é uma estratégia adequada para a formação de uma Cultura multidimensional em Direitos Humanos baseada no compartilhamento intersubjetivo de valores, sem uso da força/violência ou da superioridade política/econômica como elemento promotor do comum. Inicia-se com a apresentação de alguns conceitos e características a respeito da educação e dos Direitos Humanos. Em seguida, apresenta-se a multiplicidade de fundamentos e dimensões da Educação em Direitos Humanos – EDH, conforme delineado a partir da segunda metade do século XX, em documentos internacionais e nacionais. Por fim, aborda-se as principais características de uma cultura-mundo técnico-instrumental e as possibilidades de transformação social, por meio da interação humana intermediada pela comunicação. O artigo desenvolve-se em uma abordagem dialética, utilizando como técnica a revisão de literatura, que subsidia a discussão de conceitos e a análise de alguns documentos jurídicos. Após o percurso investigativo, conclui-se que a EDH é estratégia multidimensional para promoção de uma Cultura de Direitos Humanos ao reforçar os aspectos comuns da humanidade, produzindo consensos em torno da dignidade humana, do respeito e da inclusão, sem recurso ao uso da força, da ameaça ou da opressão.</p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39763TEORIA DA ATIVIDADE DE ESTUDO E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA REALÍSTICA2022-06-13T19:07:20-03:00Dayene Ferreira dos Santosdayene.f.santos.job.esc@gmail.comJosé Carlos Migueljc.miguel@unesp.brGabriel dos Santos e Silvagabriel.santos22@gmail.com<p>Este artigo resulta de uma revisão bibliográfica, cuja pesquisa é de natureza qualitativa e tem como objetivo verificar limites e possibilidades de uma articulação teórica entre a Teoria da Atividade de Estudo (TAE) e a corrente didática da Educação Matemática Realística (RME – sigla da expressão em inglês “Realistic Mathematics Education”). A Teoria da Atividade de Estudo tem origens na Teoria Histórico- Cultural de Vigotski, enquanto a Educação Matemática Realística é uma proposta do educador matemático Freudenthal. A teoria sobre a atividade de estudo conta com a fundamentação de pesquisadores como Davidov, Elkonin, Luria, Leontiev, Repkin, entre outros, desenvolvida nas escolas russas nos anos de 1960. Em um período próximo, surgiu a abordagem de Freudenthal a ser aplicada nas escolas holandesas. Ambos os grupos de pesquisadores (os de Vigostki e os de Freudenthal) preocupavam-se em compreender o processo de ensino e aprendizagem: os russos estavam focados no desenvolvimento do psiquismo humano, especificamente, da criança, ao passo que os educadores holandeses se voltavam para o ensino de Matemática nas escolas de níveis básicos. Os resultados da pesquisa indicam que há possibilidade de articulação entre essas abordagens, especialmente ao ensino da Matemática, uma vez que a TAE destaca a atividade humana como fonte para o desenvolvimento da humanidade e que o processo de ensino e aprendizagem precisa considerar a formação histórico-cultural do sujeito; Freudenthal considera a matemática como atividade humana e enfatiza a necessidade de se adotar práticas que valorizam a “redescoberta” de conceitos matemáticos por meio de regaste histórico e cultural.</p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/41048RAZÃO INSTRUMENTAL E EDUCAÇÃO2023-03-04T17:44:37-03:00Aline Frollini Lunardelliaflunardelli@uem.brAri Fernando Maiaari.maia@unesp.br<p>As reflexões da Teoria Crítica da Sociedade sobre a razão instrumental estão no cerne das análises críticas às catástrofes do século XX, representadas por Auschwitz. O imperativo ético expresso por Adorno para a educação, de que Auschwiz não se repita, segue sendo importante na medida em que as mudanças históricas ocorridas no século XXI não alteraram as características fundamentais da razão instrumental. A atual tendência de propor o ajustamento da escola às demandas criadas pelas tecnologias digitais é apontada neste artigo como um sintoma da persistência do predomínio da razão instrumental na educação. O objetivo deste artigo é criticar a forma como vem sendo proposta a inserção de novas tecnologias na escola por deixar de considerar tanto a dimensão ética da educação como as relações entre forma e conteúdo nos novos aparatos. Conclui-se que a crítica realizada ao conceito de razão instrumental continua sendo fundamental para a recuperação da discussão ética na educação.</p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/48048AVALIAÇÃO FORMATIVA NOS GRUPOS TUTORIAIS2023-09-11T14:50:40-03:00Pedro Fonseca de Vasconcelospedrobio.vasconcelos@gmail.comTânia Cristina Rocha Silva Gusmãoprofessorataniagusmao@gmail.comAna Cristina Santos Suarteanacristina@uesb.edu.br<p>Avaliação formativa consiste em uma verificação qualitativa das habilidades e competências de um indivíduo em processo instrucional formal. Essa avaliação constitui-se como fundamental para o andamento dos grupos tutoriais, presentes na metodologia da Aprendizagem Baseada em Problemas, utilizada amplamente nos cursos de Medicina do Brasil. Fatores como a falta de conhecimento e medo do processo avaliativo impedem que ela seja efetivada. Portanto, esse estudo visa analisar como ocorre a avaliação formativa em grupos tutoriais, com base na Idoneidade Didática Emocional. Ou seja, pretende compreender como a avaliação formativa afeta o interesse, a atitude e as emoções dos alunos que participam do grupo tutorial. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa, tendo como informantes alunos e tutora do curso de Medicina de uma faculdade do interior da Bahia. Para coleta de dados foi utilizada a Observação Participante com utilização de questionários estruturados e observação da dinâmica tutorial no ano de 2021. Análise dos dados se deu através do Critério de Idoneidade Didática Emocional adaptados para o curso de Medicina, que tem a finalidade de medir como discentes se interessam e são afetados no processo ensino-aprendizagem. Como resultado percebeu-se que os discentes e docente ainda valorizam mais a avaliação somativa em detrimento à formativa, criando comportamentos aversivos ao processo avaliativo, tais como ansiedade e medo. Percebeu-se a noção da importância da avaliação ao final da tutoria como forma de estimular o desenvolvimento de habilidades e atitudes, embora ela não siga uma padronização de autoavaliação, avaliação dos pares, avaliação do tutor e avaliação pelo tutor.</p>2024-09-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/34104ASPECTOS CULTURAIS E IMPACTOS RELACIONADOS ÀS PRÁTICAS DE LESSON STUDY2023-01-19T15:43:59-03:00Carmem Silvia Lima Fluminhancarmem.fluminhan@unesp.brElisa Tomoe Moriya Schlünzenelisa.tomoe@unesp.brKlaus Schlünzen Juniorklaus.junior@unesp.br<p>Lesson Study (LS) é um modelo de desenvolvimento profissional utilizado há mais de um século por professores japoneses. Embora vários especialistas tenham proclamado os benefícios da adoção do LS em sistemas educacionais internacionais, ainda não está claro como o LS tem sido utilizado e como deveria ser implementado em culturas fora do Japão. Para aprofundar as discussões sobre o tema, foi realizada uma Revisão Sistemática com os objetivos de (1) identificar características específicas das práticas de LS desenvolvidas em diferentes contextos, (2) verificar e analisar quais aspectos culturais podem ter impactado a implementação de LS, e (3) verificar e analisar quais são os desafios apontados na literatura para o desenvolvimento de práticas exitosas de LS em contextos internacionais. 28 publicações foram identificadas para a análise em 5 bases de dados acadêmicas internacionais. Esta pesquisa revela várias evidências a respeito da rápida disseminação do LS em ambientes internacionais e aponta as principais adaptações ou redesenhos implementados ao modelo LS para que este atenda às necessidades e condições locais. Os dados demonstram que a restrição de tempo, o apoio financeiro, a busca por resultados rápidos e a inclusão de especialistas são aspectos críticos que devem ser considerados na introdução de LS em um novo contexto. Por fim, foram extraídas implicações educacionais bem como sugestões para futuras pesquisas para ampliar a compreensão de como o movimento LS deve ser implementado adequadamente em diferentes contextos fora do Japão. </p>2024-02-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39452MENTORING NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES RELACIONADO AO PLANEJAMENTO DE SUAS AULAS, INTEGRANDO TECNOLOGIAS2023-08-13T08:34:28-03:00Samuel Floressamueldflores@universo.univates.brMaria Madalena Dulliusmadalena@univates.br<p>Este artigo refere-se ao Mentoring no desenvolvimento profissional de professores em relação ao planejamento de suas aulas com a integração de tecnologias. A pesquisa segue uma abordagem qualitativa e o contexto foi uma prática realizada com duas professoras de matemática da Educação Básica, da Rede Pública, a partir de encontros semanais que se estenderam pelo período de 7 encontros, necessitando de adaptações nas práticas em decorrência da Pandemia COVID-19. O objetivo geral foi identificar como a estratégia de mentoring pode influenciar o desenvolvimento profissional de professores de Matemática em relação ao planejamento de suas aulas com a integração de tecnologias. Com base no estudo realizado, foi possível compreender que o mentoring é uma estratégia eficaz para a integração das ferramentas tecnológicas no planejamento das aulas de matemática, cooperando de forma efetiva no desenvolvimento de planejamentos bem elaborados. Observa-se resultados muito significativos quanto à postura mais segura das educadoras, após práticas, análises e reflexões, compreendendo a necessidade do cuidado no planejamento para desenvolver os objetivos almejados em suas aulas.<br>Palavras-chave: Mentoring, Desenvolvimento profissional, Planejamento, Tecnologias Digitais.</p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/42351ALFABETIZAÇÃO DE ESTUDANTES CEGOS: 2023-05-29T16:27:17-03:00GIOVANI FERREIRA BEZERRAgfbezerra@gmail.com<p>Este artigo de revisão tem como escopo inventariar e analisar artigos científicos brasileiros sobre a alfabetização de pessoas cegas. Para tanto, foi realizada busca sistemática, por assunto, no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Obteve-se, como corpus para análise, apenas 7 artigos científicos nacionais, publicados entre 2007 e 2022, em periódicos diferentes, sem a identificação de padrões a respeito de sua inserção, frequência e difusão bibliográficas, dos quais apenas 3 estão indexados na base Scielo. Os artigos, em suma, evidenciam a relevância do braille para aprendizagem inicial da leitura e escrita dos aprendizes cegos, mas, em termos amostrais, mobilizam dados limitados e reduzidos, sobretudo porque gerados com número pouco representativo de participantes cegos. O espaço-tempo da classe comum inclusiva ficou ausente da produção periódica localizada, que abordou, principalmente, instituições ou contextos especializados. Além disso, os cenários de pesquisa e a procedência institucional dos autores são concentrados no eixo Sudeste-Sul brasileiro, bem como persistem insuficiências teórico-metodológicas na comunicação científica das pesquisas. Por isso, recomendam-se novos e amplos estudos, que explorem as interfaces entre alfabetização e cegueira no Brasil, com a difusão de seus resultados em periódicos científicos.</p>2024-10-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45439A EDUCAÇÃO SEXUAL NAS DIFERENTES VERSÕES DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: DA ABERTURA AO SILENCIAMENTO EM TORNO DA TEMÁTICA 2023-03-23T21:37:24-03:00Luciane da Silva Vicentelusivisv@hotmail.com<p>O presente estudo tem por objetivo analisar as perspectivas de educação sexual prescritas em diferentes versões da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e apresentar a percepção de professores sobre contexto de narrativas e disputas que intermediaram sua construção. A educação sexual foi tema amplamente debatido e contemplado nas versões preliminares da BNCC. No entanto, a atuação incisiva das bancadas políticas conservadoras, culminou na retirada dos conceitos de gênero e de orientação sexual, deixando de evidenciar dimensões importantes no documento final. Compreende-se que a omissão dessas questões nos referenciais curriculares favorece a persistência da intolerância contra a diversidade sexual e enfraquece o combate ao preconceito e discriminações arraigados em nossa sociedade. No que se refere metodologia, adotou-se a abordagem qualitativa, que inclui como procedimento: pesquisa bibliográfica, análise documental e de um conjunto de entrevistas com professores que atuam no ensino fundamental para coleta de dados. Para análise dos dados buscamos a articulação entre as técnicas de pesquisa qualitativa e a Análise do Discurso, orientada pelo ciclo de políticas formulado por Stephen Ball e Richard Bowe.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39180ENSINO SUPERIOR E SOLIDARIEDADE2022-11-17T16:14:18-03:00André Rubiãorubiao.andre@gmail.com<p>Este artigo analisa o papel do ensino superior, em especial no que toca suas novas diretrizes sobre a extensão e os mecanismos de acesso dos alunos, para constituir uma sociedade mais solidária e menos competitiva. Trabalhando com tipos ideias, numa perspectiva genealógica, ele mostra as origens e a influência contemporânea do modelo de “Universidade Modo 2”, proposto pelo sociólogo Michael Gibbons, dando ênfase na sua adesão a uma <em>antropologia individual </em>e uma valorização da meritocracia. O artigo traz uma crítica desse paradigma, ao mesmo tempo em que resgata uma <em>antropologia solidária</em>, com o intuito de pensar um projeto de ensino superior capaz de reduzir os efeitos perversos de uma sociedade competitiva. Com base na metodologia de reconstrução de processos sociais e na ressignificação da tese do historiador Burton J. Bledstein, parte-se da hipótese de que o ensino superior pode ser a principal instituição para transformar a dinâmica dessa realidade social.</p> <p> </p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/40799ENGENHARIA E FORMAÇÃO DE ADULTOS PROFESSORES2023-06-15T19:18:33-03:00Douglas Pereira da Costadouglascostapedagogo@hotmail.comMaria Valéria Santos Lealvaleria.santos@tce.pi.gov.brMaria da Glória Carvalho Mouraglorinha_m@yahoo.com.br<p>Este estudo de caráter teórico-reflexivo objetivou contextualizar a engenharia em formação, a partir das noções de Jean-Marie Barbier, na perspectiva da formação de adultos professores. Desse modo, clarifica a noção de engenharia em formação, considerada a concepção e avaliação de intervenções educativas nos espaços-tempos do trabalho e da vida social de adultos, visando aprendizagens; descreve a intervenção educativa como a articulação de duas culturas que não se cruzam (engenharia e pedagogia), mas que passam a ser interconectadas por uma terceira, a cultura da formação; e ilustra o ciclo da engenharia em formação em quatro fases. Em todos esses momentos foram empreendidos movimentos de contextualização das abordagens do autor com a formação de professores enquanto adultos. Das interfaces identificadas, destaca-se a cultura da formação, por reforçar dois aspectos essenciais para o processo formativo docente, a concepção (por si e pelos formadores) desse sujeito como pessoa adulta, ativa e protagonista, com experiências de vida e profissão, e a perspectiva da escola como espaço educativo privilegiado para sua formação e profissionalização (sem distinções entre estas). Portanto, esta reflexão agrega valor ao pensamento atual no campo da formação do adulto professor com foco na cultura de (trans)formação, visando o desenvolvimento contínuo de professores e o fortalecimento da profissionalização docente no embate socioprofissional e político contemporâneo.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/47573O ENSINO DE QUÍMICA NA INCLUSÃO DE SURDOS: POSSIBILIDADES A PARTIR DA CONCEPÇÃO DA APRENDIZAGEM CONSTRUÍDA COLETIVAMENTE2024-05-14T09:57:04-03:00Rubens Pessoa Gomesrubenslibras@gmail.comSolange Wagner Locatellisolange.locatelli@ufabc.edu.br<p>A escola contemporânea dialoga com a pluralidade e a diversidade. Nesse cenário, alunos <br>surdos são incluídos em salas regulares e precisam ter acesso aos componentes curriculares em sua <br>primeira língua, a Libras. É perceptível que para estes alunos a aprendizagem de algumas disciplinas, <br>como a Química, por exemplo, se apresenta como um desafio. Assim, este trabalho busca identificar <br>quais são essas dificuldades e como transformá-las. Esse estudo emergiu de uma pesquisa que <br>contemplou outras fases de investigação, porém, aqui, será compartilhado um breve recorte das <br>entrevistas realizadas com professores de Química e com três estudantes surdos do 3° ano do Ensino <br>Médio de uma escola inclusiva da rede particular de ensino da região metropolitana de São Paulo. Essa <br>fase da investigação viabilizou ainda a identificação do papel do intérprete de Libras nesse processo e a <br>percepção de que a inclusão é um movimento que requer empenho de todos os envolvidos.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/49420A FORMAÇÃO CONTINUADA PEDAGÓGICA NA DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR2024-04-01T15:16:36-03:00Wisllayne Ivellyze de Oliveira Driwis_pedagogia@yahoo.com.brLélia Santiago Custódio da Silva leliacustodiodasilva@gmail.comFrancisco Sidomar Oliveira da Silvafso.silva@unesp.brAndrezza Santos Flores andrezza.flores@unesp.brFranciele del Vecchio dos Santosfranciele.vecchio@unesp.br<p>Nas últimas décadas, houve uma expansão do acesso ao ensino superior no Brasil. A grande procura por cursos de graduação a distância destaca novas formas de acesso ao ensino superior e novos arranjos institucionais dos processos de ensino e aprendizagem. No contexto da educação a distância, o trabalho pedagógico exercido por facilitadores passa a ser importante no processo de aprendizagem dos estudantes. O estudo tem como objetivo analisar as percepções dos facilitadores acerca das experiências pedagógicas vivenciadas na formação continuada de professores do ensino superior da UNIVESP. A pesquisa é qualitativa e empregou questionário virtual para a coleta de dados durante o primeiro semestre de 2023. Os participantes da pesquisa reconhecem a experiência de ser facilitador como algo importante na sua formação profissional, mas percebem a prática como uma tarefa ambígua devido à combinação de funções docentes e não docentes. Apesar de, em termos institucionais não serem considerados, a maior parte dos facilitadores se reconhecem como professores. A maioria dos facilitadores legitima que o estudante esteja no centro do processo de aprendizagem, porém, em termos práticos, nem sempre é possível exercer uma mediação dialógica. Em relação ao curso de formação realizado pelos facilitadores, alguns entendem como uma aproximação inicial com o trabalho pedagógico. Para outros, a formação configura-se apenas como uma renda. Outros facilitadores, concebem a formação como uma experiência pedagógica importante na carreira, mas apontam limitações. Assim, há uma complexidade da função de facilitador e as dificuldades existentes na prática pedagógica exigem maior reconhecimento do trabalho pedagógico desses facilitadores.</p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/38828SELEÇÃO DE DIRETORES ESCOLARES EM PETRÓPOLIS (RJ):2023-01-16T09:59:48-03:00Felipe Araujofelipesaraujo.fsa@gmail.comDaniela Patti do Amaraldanielapatti.ufrj@gmail.com<p>O presente texto tem o objetivo de apresentar para o leitor os meandros da agenda política e da produção de texto que engendraram o Plano Municipal de Educação de Petrópolis (RJ), buscando identificar o lugar da gestão democrática da escola pública no município. Considerando o pressuposto de que a participação da comunidade é condição imprescindível para o estabelecimento da gestão democrática, apesar da existência de seleção de diretor escolar através da eleição no município, identificamos que a eleição tem caráter de consulta à comunidade, como também, nas escolas conveniadas o processo não é realizado. Assim, percebeu-se que, no campo educacional, os processos democráticos se encontram fragilizados e sob constante pressões por parte da Igreja Católica. Destaca-se o conflito normativo e a falta de clareza entre as diretrizes educacionais no município como entrave no estabelecimento de uma escola democrática, que tenha formação política para o exercício de uma cidadania participativa decisória.</p>2024-07-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/40238Corporeidade e dança para bebês2023-03-22T22:52:52-03:00Amanda Paulino Rossiniamanda.rossini@unesp.brFernanda Rossifernanda.rossi@unesp.br<p>Com o objetivo de identificar o estado da arte da produção acadêmica acerca de processos pedagógicos que relacionem corporeidade e dança para bebês, este estudo de revisão sistemática da literatura investigou as potencialidades dos resultados encontrados nos estudos para impulsionar a dança nos berçários, bem como as lacunas relacionadas ao tema. Trata-se de um estudo de natureza descritiva e bibliográfica, que analisou 21 trabalhos publicados entre os anos de 2007 e 2020. Constatamos que há um reconhecimento crescente da totalidade humana (sem superação da dicotomia corpo e intelecto), assim como o aumento de trabalhos que discutem as especificidades dos bebês, especialmente nos estudos advindos da região Sul do país. Os estudos destacaram o processo de mudanças pelo qual passam as concepções de corpo e de Educação Física para os bebês e, na sua maioria, consideraram-nos como sujeitos ativos que se comunicam, criam cultura e descobrem o mundo (físico, social e cultural) por meio do corpo. Ademais, estudos consideraram a dança e as artes como caminhos para o desenvolvimento humano integral desde os bebês. Concluímos que apesar da relação entre corporeidade e dança para os bebês ser um tema pouco estudado no campo acadêmico-científico, o potencial simbólico e humanizador desta relação foi considerado nos estudos, evidenciando que há espaços para a elaboração de outras pesquisas e ações pedagógicas com este tema, suprindo as lacunas existentes.</p>2024-07-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/41837CONCEPÇÕES DE GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA2023-05-31T15:14:45-03:00Rubens Amaroamaroeduc@yahoo.com.brLuciana Schunklucianas@ifes.edu.brMárcia Juliana D'Angelomarciadangelo@fucape.br<p>Diante da escassez de estudos empíricos sobre gestão escolar democrática no país, o objetivo dessa pesquisa é analisar, à luz da fenomenografia, as diferentes concepções de gestão escolar democrática e suas implicações nas práticas de gestão dos diretores de escolas públicas. A produção de dados se deu por meio de entrevistas individuais em profundidade com 19 diretores de escolas municipais de ensino fundamental. Os dados foram analisados a partir de protocolo fenomenográfico consagrado na literatura. Foram identificadas três diferentes concepções de gestão escolar democrática: (1) como cumprimento de papéis; (2) como insumo para a tomada de decisão; (3) como atendimento das necessidades da comunidade. A principal contribuição desta pesquisa é mostrar como essas concepções induzem os diretores escolares a diferentes práticas de gestão democrática. Outra contribuição é oferecer uma interpretação alternativa à atuação dos burocratas de nível de rua e outros atores que modificam uma política pública ao implementá-la. Os achados também mostram que a promoção da participação, por meio do diálogo, fomenta a autoria organizacional. Finalmente, apresenta-se a fenomenografia como método de investigação promissor para o campo da gestão escolar.</p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45142O ESVAZIAMENTO DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR 2023-07-11T19:15:19-03:00Ana Santana Moreiraana1fisica@gmail.comEmerson Pires da Silvaemerson.lfisica@gmail.comWárica Santos Souzawaricasouza@gmail.comAgustina Rosa Echeverríaecheverria.ufg@gmail.com<p>O presente artigo analisa o esvaziamento das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (DCN) na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Trata-se de uma pesquisa documental de abordagem crítica inserida nos debates curriculares. Objetivamos analisar e refletir sobre as diretrizes para a educação de grupos pouco reconhecidos e considerados nas políticas educacionais curriculares, no sentido de fomentar o debate em torno dos processos de formação dos sujeitos que se pretende formar. As categorias de análise foram: 1) modalidades da educação e 2) eixos temáticos contemporâneos. A categoria 1 contempla seis subcategorias e a segunda abrange outras cinco. Os resultados apontam que há um silenciamento e um retrocesso na BNCC, no que tange a algumas modalidades e eixos temáticos que já tinham seus direitos assegurados na DCN. Em contrapartida, na BNCC, mesmo apresentando os princípios de igualdade e universalidade, os sujeitos são homogeneizados, sem considerar as diferenças e subjetividades que existem ou podem existir. Nos posicionamos em defesa de uma educação que, considerando efetivamente a diversidade e as profundas desigualdades da sociedade brasileira, advogue por uma formação omnilateral dos sujeitos na perspectiva da transformação social.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/46551POVOS INDÍGENAS NA FORMAÇÃO DE EDUCADORES DO CAMPO NO CONTEXTO BRASILEIRO: PRESENÇAS E AUSÊNCIAS NOS PROJETOS PEDAGÓGICOS2024-02-22T15:03:00-03:00Francisca Marli Rodrigues de Andrademarli_andrade@id.uff.brLetícia Pereira Mendes Nogueiraleticia96pmn@gmail.com<p>As licenciaturas em Educação do Campo são pautadas no princípio do respeito às diversidades e pluralidades dos povos do campo, entre eles, os indígenas. No processo formativo de educadores do campo, busca-se contemplar as reivindicações históricas dos povos indígenas, principalmente a demanda pelo direito à educação escolar e universitária. A partir desse contexto, essa pesquisa teve por objetivo conhecer o processo de inclusão dos saberes, das histórias e das culturas dos povos indígenas nos cursos de Educação do Campo, estruturados pelas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) brasileiras. A pesquisa, de abordagem qualitativa e de caráter exploratório descritivo, adotou a análise documental dos projetos pedagógicos de sete cursos de Educação do Campo com habilitação em Ciências Humanas e Sociais, ofertados por cinco universidades e dois institutos federais: UFPA, UFCG, UFMS, UFF, UFFS, IFPA e IFRN. Os principais resultados indicam que os cursos buscam formar educadores que atendam demandas dos povos indígenas em suas especificidades; além de promover algumas ações voltadas à valorização das histórias e das culturas indígenas.</p>2024-07-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/48820Um Currículo Debochado Riscado no Chão de Estrelas2023-12-22T17:54:26-03:00Alcidesio Oliveira da Silva Juniorateneu7@gmail.comMarlécio Maknamaramaknamaravilhas@gmail.com<p>Por meio das teorias pós-críticas do currículo, temos como objetivo neste texto cartografar as dissidências de masculinidade que são produzidas no filme <em>Tatuagem</em> (Brasil, 2013, Direção de Hilton Lacerda) entendendo a potência do filme na educação do olhar para as diferenças de gênero e de sexualidade. O filme, um dos representantes da nova seara do cinema pernambucano, conta a história da relação amorosa entre Clécio, um artista tropicalista, e Arlindo, um tímido soldado que serve ao regime militar em pleno ano de 1978. Como metodologia, a cartografia, inspirada nos filósofos da diferença Gilles Deleuze e Félix Guattari, nos serviu de guia para uma atenção criativa e inventiva em torno das imagens. Concluímos que a experiência contracultural dos personagens de <em>Tatuagem</em> produz um <em>currículo-desbunde</em> que opera dissidências nas masculinidades em dois movimentos: 1) através da força da ironia e do deboche, da anarquia da linguagem e da performance e 2) por meio de um devir-mulher que sai pelo cu, este território de prazer abjetificado pela cultura heterossexual, mas que ganha força de rizoma no filme.</p>2024-07-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/38207VIDA PESSOAL, PROFISSIONAL E ACADÊMICA EM TEMPOS DE PANDEMIA: 2023-04-03T07:32:10-03:00Leandro da Silva Barcellosleandrobarcellos5@gmail.comGeide Rosa Coelhogeidecoelho@gmail.com<p>Nosso objetivo é analisar os desafios enfrentados por estudantes nas dimensões pessoal, profissional e acadêmica durante a pandemia do novo coronavírus. Realizamos um estudo qualitativo e exploratório no primeiro semestre de 2020. Os dados foram produzidos e coletados por meio de um questionário respondido por 22 estudantes de mestrado profissional em ensino de Física de uma Universidade Federal. A interpretação pautou-se na Análise Textual Discursiva. A adaptação às novas formas de trabalho, o cuidado parental e familiar e o bem-estar mental, influenciados pela pandemia, se constituíram como desafios para 18 estudantes, sendo mais intenso para as mulheres. Para outros quatro sujeitos o momento mostrou-se favorável por dar-lhes mais tempo para dedicação às atividades do mestrado. Entendemos que nossos resultados forneceram subsídios para o estabelecimento de ações para o cuidado pessoal e acadêmico, além de contribuir para as decisões metodológicas para o ensino remoto emergencial.</p>2024-07-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39848A PRODUÇÃO DA NOÇÃO DE NORMALIDADE E SEUS SENTIDOS HISTÓRICOS2022-11-29T09:57:05-03:00Camila Bottero Corrêacamilabttc@gmail.comKamila Lockmannkamila.furg@gmail.com<p>Este artigo é recorte de uma pesquisa mais ampla que analisou discursos da inclusão escolar, <br>em documentos oficiais, e o modo como operam estratégias de governamento sobre os sujeitos ditos <br>normais. Para isso, tensionar o conceito de normalidade foi fundamental para a pesquisa. O presente <br>texto tem assim por objetivo apresentar como a noção de normalidade foi sendo produzida <br>historicamente e junto a ela práticas de in/exclusão com ênfase no sujeito dito normal. Tomamos como <br>suporte teórico os estudos realizados por Michel Foucault, Lilia Lobo e Georges Canguilhem, autores <br>que em suas investigações tensionaram as noções de anormalidade e norma. Como resultados <br>construímos três sentidos históricos para a noção de normalidade que se encontram relacionados com os <br>saberes produzidos ao longo de cada época: a normalidade transcendental – evidenciada na Idade Média <br>e constituída pelos saberes religiosos e/ou divinos, estando vinculada ao corpo e a conduta dos sujeitos; <br>a normalidade científica – constituída pelos saberes científicos, entre os séculos XVI e XVIII, aparece <br>vinculada ao comportamento dos sujeitos e no fim do século XVIII, também, se mostra relacionada a <br>sua intimidade; e as normalidades diferenciais – associada a uma ciência de Estado, aos saberes estatísticos <br>e a uma norma flexível, que entra em operação na sociedade de seguridade. Essa noção se constitui a <br>partir de dois movimentos contemporâneos relacionados a um mesmo fenômeno: o da naturalização das <br>diferenças.</p>2024-10-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/41579A formação docente2022-12-29T17:12:10-03:00Adriana Katia Corrêaadricor@eerp.usp.br<p>Introdução: A educação profissional técnica de nível médio (EPTNM) é muito presente na área da saúde, considerando o grande contingente de trabalhadores técnicos, todavia, há políticas frágeis quanto à formação de professores. Objetivos: 1. analisar quais são os critérios e as formas de seleção, no que se refere à exigência da formação como professor; 2. relacionar a formação de professores com alguns aspectos das relações/condições de trabalho. Metodologia: estudo com enfoque histórico-dialético, envolvendo pesquisa documental e de campo. Participaram 10 escolas que ofertam cursos técnicos da área da saúde, sendo cinco públicas e cinco privadas, no estado de São Paulo, contemplando unidades das ETECs - Centro Paula Souza, ETSUS, SENAC e outras escolas da rede privada, do interior e da capital. Feita análise de planos de cursos, questionários on line e entrevistas semiestruturadas com gestores e entrevistas semiestruturadas com professores. Conclusões: Apesar da maioria dos planos de cursos e dos gestores indicarem, prioritariamente, a seleção de docentes com licenciatura, programas especiais ou outras vias de formação pedagógica, há sempre um caráter dúbio, incerto e de extrema flexibilidade. A formação flexibilizada e fragilizada para a docência na EPTNM contribui com a naturalização e o fortalecimento dos aspectos que convergem para a precarização do trabalho, o que precisa ser contextualizado, historicamente, nas relações entre a educação e os processos mais amplos de reprodução da sociedade capitalista atualmente marcados pelo ideário neoliberal.</p>2024-07-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/44444A PRESENÇA DE MEMES EM PROVAS DE CIÊNCIAS DA NATUREZA2023-03-06T19:05:40-03:00Jozélio Agostinho Lopesjozelio_lopes@hotmail.comBruno Silva Leitebrunoleite@ufrpe.br<p>O presente estudo objetivou investigar como o gênero multimodal meme tem sido mobilizado em provas da área de Ciências da Natureza (Química, Física e Biologia), tendo como material de análise os cadernos do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), assim como as provas de vestibulares tradicionais e seriados das universidades públicas estaduais e federais aplicadas nos últimos 20 anos (de 2001 a 2021), fazendo uso, para isso, da Taxonomia de Bloom Revisada. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa, do tipo documental, realizada por meio de levantamento e análise dos dados. Os resultados mostram que apenas cinco memes estavam presentes nas provas analisadas e que três dos memes identificados apresentavam a dimensão do conhecimento efetivo/factual, enquanto que os outros dois, por sua vez, manifestam conhecimento conceitual. Já as dimensões dos processos cognitivos percebidas dizem respeito aos três primeiros níveis, sendo eles: lembrar (nível 1), entender (nível 2) e, por fim, aplicar (nível 3), mediante à problematização, de forma humorada. Em relação aos conteúdos abordados nos memes, quatro são da Química (ácidos e bases; características gerais do estado líquido; propriedades periódicas; ligações covalentes) e um da Biologia (citologia: organelas citoplasmáticas). Não foram encontrados memes voltados para a área da Física. O estudo relevou, também, um número incipiente de memes nos vestibulares das universidades analisadas, assim como uma ausência deste gênero no ENEM, apontando, com isso, para a necessidade de uma maior promoção e investigação deste artefato da cultura digital.</p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/46128BNCC DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E AS CONTRADIÇÕES PARA UMA EDUCAÇÃO DECOLONIAL E ANTIRRACISTA2023-05-08T18:41:41-03:00Margarida de Cassia Camposmcassiacampos@uel.brLindberg Nascimento Junior lindberg.junior@ufsc.br<p>Este artigo estimula o debate sobre as políticas educacionais no Brasil considerando, sobretudo, como as alterações do currículo escolar oferecem implicações diretas para a formação docente e a transformação social da realidade brasileira. O objetivo é desevolver uma análise sobre as contradições da Base Nacional Curricular Comum – BNCC para a promoção de uma educação geográfica decolonial e antirracista. Para isso, o documento foi submetido a uma análise dos conteúdos e referenciais associados às questões étnico-raciais apresentados no seu texto introdutório e, nos descritores de habilidades e competências orientados para a disciplina Geografia no Ensino Fundamental. A análise possibilitou a identificação de um conjunto de contradições e uma série de retrocessos estruturais e conjunturais que não garantem o desenvolvimento de uma ducação decolonial e antirracista a partir da georafia. Alguns desses resultados reiteram que a BNCC foi produzida como parte das ações de agentes sociais conservadores da sociedade brasileira, portanto, demonstra baixas possibilidades de promoção de uma educação transformadora e emancipatória.</p>2024-03-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/36039PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E EVASÃO DISCENTE2023-02-10T10:26:42-03:00Everton Barbosa Nuneseverton.nunes@ifce.edu.brAntônio Marcos da Costa Silvanomarcos.silvano@ifce.edu.br<p>A Educação Profissional e Tecnológica brasileira, nos últimos anos, principalmente de 2000 a 2016, vem passando por transformações oriundas de políticas públicas elaboradas visando a sua expansão e reestruturação. Frente a essas transformações, as escolas profissionalizantes são desafiadas a repensar e ressignificar a forma como mantêm elo com a sociedade. Vários aspectos precisam ser observados e questionados no sentido de contribuir para a permanência e sucesso dos discentes nas escolas profissionais. A evasão discente é um dos problemas enfrentados no ensino profissional, influenciada por diversos fatores que pesam na decisão do aluno em permanecer ou não no curso. Dentre esses elementos, destacam-se as práticas pedagógicas e sua relação com a aprendizagem e a motivação dos alunos, proporcionando um maior envolvimento com a instituição de ensino. O trabalho teve como objetivo analisar as influências das práticas pedagógicas docentes na evasão dos discentes no Curso Técnico de Eletromecânica do IFCE/ <em>Campus</em> Avançado do Pecém. A referida pesquisa foi classificada, metodologicamente, como aplicada, com uma abordagem qualitativa, com características exploratórias e desenvolvida por meio de levantamento bibliográfico, estudos de casos e relatos de experiência. Os resultados obtidos possibilitaram uma melhor compreensão da ocorrência da evasão no referido curso, elencando as suas possíveis motivações. Foi verificada a grande importância das práticas pedagógicas para a permanência dos discentes no curso, pois contribuem de forma significativa para o processo de ensino e aprendizagem.</p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/39773APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA CLASSIFICAÇÃO DE FUGA AO TEMA EM REDAÇÕES2023-07-30T10:18:52-03:00Cintia Maria de Araújo Pinhocintia.pinho01@gmail.comMarcos Antonio Gasparmarcos.antonio@uni9.pro.brRenato José Sassisassi@uni9.pro.br<p>O processo de correção manual de redações acarreta algumas dificuldades, dentre as quais apontam-se o tempo dispendido para a correção e devolutiva de resposta ao aluno. Para instituições como escolas de ensino básico e fundamental, universidades e o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), tal atividade demanda tempo e custo para a avaliação dos textos produzidos. A fuga ao tema é um dos itens avaliados na redação do ENEM que pode anular a redação produzida pelo candidato. Neste contexto, a análise automática de redações com a aplicação de técnicas e métodos de Processamento de Linguagem Natural, Mineração de Textos e outras técnicas de Inteligência Artificial (IA) tem se revelado promissora no processo de avaliação automatizada da linguagem escrita. O objetivo desta pesquisa é comparar diferentes técnicas de IA para classificação de fuga ao tema em textos e identificar aquela com melhor resultado para viabilizar um sistema de correção inteligente de redações. Para tanto, foram executados experimentos computacionais visando a classificação desses textos para normalizar, identificar padrões e classificar as redações em 1.320 redações de língua portuguesa em 119 temas diferentes. Os resultados indicam que o classificador RNC (rede neural convolucional) obteve maior ganho em relação aos demais classificadores analisados, tanto em acurácia, quanto em relação aos resultados de falsos positivos, métricas de precisão, <em>recall</em> e <em>F1-Score</em>. Como conclusão, a solução validada nesta pesquisa contribui para impactar positivamente o trabalho de professores e instituições de ensino, por meio da redução de tempo e custos associados ao processo de avaliação de redações.</p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/41083RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA2023-02-11T22:22:18-03:00Iraneide Nascimento Santosiraneidenascimento@ipojuca.ifpe.edu.brMaria de Lourdes da Silva Netalourdes.neta@ifce.edu.brCarolina da Franca Bandeira Ferreira Santoscarolina.franca@upe.br<p> </p> <p>Este estudo tem como objetivo analisar as evidências científicas sobre educação das relações étnico-raciais no âmbito da educação profissional e tecnológica. Trata-se de pesquisa exploratória e qualitativa, cuja técnica de revisão integrativa da literatura permitiu a seleção sistemática dos relatos em seis etapas. Inicialmente, a busca dos artigos através do SciELO, Periódico CAPES e Google acadêmico a partir dos termos raça, etnia, relações étnico-raciais e educação profissional, juntamente com operadores booleanos, resultou em 11.336 títulos, e após a triagem, 11 artigos foram incluídos. Para discussão, foram utilizadas as categorias: institucionalização da Lei nº 10.639/2003 e currículo; racismo estrutural; lei das cotas; núcleo de estudos, pesquisas e extensão afro-brasileiros e indígenas; experiências pedagógicas acerca da diversidade étnico-raciais; percepções dos alunos e professores acerca da diversidade étnico-racial no currículo; e a atuação dos professores para educação profissionalizante de mulheres negras. Constatou-se que há um longo percurso a se percorrer para institucionalização das Leis 10.639/03 e 11.645/08 nos currículos e nas práticas de ensino-aprendizagem da formação profissionalizante, reforçado pelas percepções negativas dos alunos e professores sobre diversidade étnico-racial nos currículos das instituições educação profissional e tecnológica, principalmente quando se trata dos cursos integrados. No entanto, as leis de cotas, a implantação do NEABI e as diversas experiências de ensino destacaram-se como ações afirmativas promotoras da igualdade racial.</p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/48056PERMANÊNCIA E EVASÃO NA REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA: UM DEBATE NECESSÁRIO2023-09-12T10:00:04-03:00Paula Francisca da Silvapaulafransilva@yahoo.com.br<p>Trata-se de uma resenha avaliativa sobre uma pesquisa que propôs como objetivo verificar a correlação entre as práticas docentes e a evasão discente em um curso técnico.</p>2024-02-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/53785APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS2024-07-30T19:42:41-03:00Marilza Vanessa Rosa Suannomarilzasuanno@uol.com.br<p>Em consonância com o movimento de Ciência Aberta e, em atendimento ao convite da <em>Educação em Revista,</em> apresento resenha avaliativa da primeira versão do manuscrito <em>Avaliação formativa nos grupos tutoriais: uma análise com base na idoneidade didática emocional</em>. A resenha resulta da avaliação do artigo seguido de diálogo colaborativo e transparente entre autores, avaliadores e a Editora-Chefe da Revista. Algumas etapas antecederam a construção da resenha: os autores depositaram o manuscrito no servidor de <em>preprint</em> da <em>Scielo</em>; dada a adequação ao escopo, foi selecionado pela Editora-Chefe da <em>Educação em Revista</em> para avaliação; a Revista encaminhou às avaliadoras, as quais emitiram pareceres que aprovaram o manuscrito e indicaram correções obrigatórias; os autores(as) foram convidados(as) a interagirem <em>online</em> com as pareceristas; na ocasião fizeram um exposição oral sobre o conteúdo do artigo e, em seguida, de modo colaborativo, crítico e transparente as pareceristas apresentaram considerações sobre o documento em questão e apontaram o que demandava revisão com aprofundamento conceitual e analítico; na apreciação das avaliadoras, aspectos pedagógicos e didáticos foram destacados dada a temática do artigo. As considerações apresentadas nesta resenha avaliativa dizem respeito à primeira versão do artigo. Importa destacar que, na <em>Educação em Revista,</em> estará publicado o artigo com as revisões e os aprofundamentos solicitados pelas avaliadoras no momento da interação colaborativa.</p>2024-09-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/47980REFLEXÕES SOBRE A APLICAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA EDUCAÇÃO E O SEUS IMPACTOS PARA A ATUAÇÃO DOCENTE2023-09-05T15:42:53-03:00Samuel Dursosodurso@gmail.com<p>Resenha Avaliativa</p>2024-02-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/53136AVALIAÇÃO FORMATIVA NA APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS2024-06-25T16:09:19-03:00Maria Rita Neto Sales Oliveiramariarita2@cefetmg.br<p>Esta resenha refere-se a reflexões feitas a partir de análise do artigo <em>Avaliação formativa nos grupos tutoriais: </em>uma análise com base na idoneidade didática emocional, além do diálogo estabelecido com os seus autores. O objetivo é o de contribuir para a ampliação do entendimento teórico-prático da avaliação formativa e da Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). Tem-se como pano de fundo a posição de busca pela superação do tratamento meramente instrumental e pretensamente neutro do processo de ensino e aprendizagem, tal como defendido pelo campo de conhecimento da Didática Crítica. Assim, discutem-se: a caracterização histórico-conceitual e ideológico-contextual da avaliação formativa e da ABP, evidenciando-se a relação entre esses “recursos didáticos”; e cuidados próprios de uma pesquisa científica sobre eles. Nessa discussão, está presente a defesa de práticas escolares de avaliação formativa e de ABP que favoreçam a materialização de processos de ensino e aprendizagem colaborativos e cooperativos. Isso, na direção de um projeto de educação e de sociedade comprometido com o desenvolvimento humano e a transformação social, tendo-se em vista uma formação social democrática, justa e ética. Ao final, chama-se a atenção para o desafio de o campo da Didática contribuir para que professoras(es) dominem os temas tratados de forma profunda e coerente com o mencionado projeto.</p> <p> </p>2024-09-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/48585GESTÃO EDUCACIONAL DA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA2023-10-29T13:43:58-03:00Suzana dos Santos Gomessuzanasgomes@fae.ufmg.br<p>Pretende-se com esta resenha avaliativa tecer um diálogo com Felipe Sereno Soso, Adriana Justin Cerveira Kampff e Karen Graziela Weber Machado, autores do artigo intitulado “Permanência discente em cursos de pedagogia a distância: um estudo a partir da Universidade Aberta do Brasil” que participaram do processo de avaliação por pares aberta no periódico <em>Educação em Revista</em>.</p> <p>O artigo está inserido no campo da pesquisa educacional e está adequado à política editorial da <em>Educação em Revista</em>. Apresenta resultados de um estudo que objetivou identificar e analisar o modo como as Instituições de Ensino Superior vinculadas ao Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) promovem a permanência discente em cursos de Pedagogia a distância.</p> <p>O texto tem estrutura, organização e coerência textual, e seu resumo sintetiza, com clareza, os principais aspectos contemplados no artigo. O tema e a abordagem estão adequadamente situados em bibliografia atualizada. O objetivo e as contribuições advindas dele estão bem definidos. O manuscrito, em seu conjunto, apresenta ideias claras, e os argumentos estão fundamentados teoricamente.</p>2024-02-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/48078INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL GENERATIVA NO CONTEXTO DA TRANSFORMAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE2023-09-13T22:26:02-03:00Eucidio Pimenta Arrudaeucidio@fae.ufmg.br<p>A análise do estudo denominado “Aplicação de Técnicas de Inteligência Artificial para Classificação de Fuga ao Tema em Redações”, possibilitou uma reflexão a respeito das possibilidades e/ou potencialidades da Inteligência Artificial (IA) na área da Educação. Em especial, problematizamos as perspectivas que se abrem no campo do trabalho docente em um contexto de maior desenvolvimento da IA generativa.</p> <p>A introdução da IA generativa, representa uma mudança significativa na forma como a tecnologia é usada no ambiente educacional. Esta tecnologia, que gera conteúdo com base em vastas bases de dados e aprendizado prévio, oferece respostas previstas para solicitações dos usuários. A IA generativa pode criar material educacional, fornecer respostas a perguntas e até mesmo desempenhar um papel de tutor virtual.</p> <p>A IA generativa traz desafios e oportunidades para a educação. Por um lado, sua capacidade de fornecer respostas rápidas e personalizadas pode ser uma ferramenta valiosa para estudantes e professores. No entanto, também levanta questões éticas e pedagógicas, incluindo a possibilidade de substituir o trabalho docente por máquinas treinadas.</p>2024-02-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/53431FORMAÇÃO E PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA2024-07-11T17:07:48-03:00Maria Amália Almeida CUNHAamalia.fae@gmail.com<p>Esta resenha foi instigada pela avaliação do artigo intitulado “A formação continuada pedagógica na docência do Ensino Superior: Reflexões sobre o lugar dos facilitadores na Educação à Distância”, que toma como objeto heurístico um tema interessante e ainda pouco explorado na literatura: o trabalho pedagógico dos facilitadores no contexto da oferta da EaD em uma instituição pública. O cenário mais amplo em que se insere o problema é aquele da expansão da oferta da educação na modalidade EaD ocorrida a partir das últimas décadas.</p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/52423TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E EDUCAÇÃO HÍBRIDA NA AMÉRICA LATINA2024-04-25T15:38:09-03:00Daniel Millmill@ufscar.br<p>Este texto é uma resenha avaliativa do estudo "A transformação digital na educação híbrida: o que estamos fazendo na América Latina?". O artigo revisado destaca a necessidade urgente de abordar a transformação digital na região latino-americana, que é particularmente desafiadora devido às disparidades sociais e limitações de infraestrutura. A pandemia de COVID-19 exacerbou essas dificuldades, evidenciando as desigualdades no acesso à educação e acelerando a integração das tecnologias digitais. A resenha se desenvolve em dois pontos principais do artigo: a relevância da transformação digital para a educação na América Latina e a metodologia utilizada na pesquisa, uma revisão sistemática de literatura (RSL), que permite uma análise bibliométrica detalhada, mas que depende fortemente do rigor metodológico e das escolhas feitas durante a pesquisa. O estudo mostra como a América Latina está respondendo às mudanças trazidas pela crise sanitária global, utilizando tecnologias educacionais e enfrentando desafios, como desigualdades no acesso à tecnologia e a necessidade de capacitação dos docentes. Sem pretenção de esgotar o tema, a resenha conclui destacando a importância de abordagens proativas para uma educação mais inclusiva e acessível, que aproveite as oportunidades da era digital.</p>2024-07-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/48598A PERMANÊNCIA E A EVASÃO DISCENTE EM CURSOS DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA NA PERSPECTIVA DA GESTÃO DA EAD2023-10-30T10:56:38-03:00INAJARA DE SALLES VIANA NEVESinasalles2@gmail.com<p>O texto aqui referendado, intitulado “Permanência discente em Cursos de Pedagogia a distância: um estudo a partir da Universidade Aberta do Brasil”, apresenta reflexões importantes no que se refere à permanência e à evasão nos cursos na modalidade a distância, em especial os de Pedagogia, fomentados pela Universidade Aberta do Brasil- UAB.</p> <p>Os autores apresentam nesse estudo um olhar voltado para a gestão institucional e seus diferentes elementos constituintes. O objetivo geral foi o de identificar e analisar de que forma as Instituições de Ensino Superior, vinculadas à Universidade Aberta do Brasil (UAB), promovem a permanência discente em cursos de Pedagogia a distância. Desse modo foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 8 gestores, sendo 5 coordenadores de curso, 1 coordenador de EaD, 1 coordenador da UAB na instituição e 1 gestor que acumula essas duas últimas funções; e análise de 18 documentos institucionais, entre Projeto de Desenvolvimento Institucional (PDIs), Projeto Pedagógico do Curso (PPCs), e relatórios de avaliação docente e discente.</p> <p>Esta resenha foi delineada a partir do diálogo dos autores e dos avaliadores do artigo “Permanência Discente em Cursos de Pedagogia a Distância” está organizada em três momentos: introdução; permanência e evasão discente: o “calcanhar de Aquiles” na gestão da EAD e algumas considerações.</p> <p> </p> <p> </p>2024-02-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/53458PERSPECTIVAS SOBRE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR 2024-07-15T00:30:59-03:00Maria Fátima Barbosa Abdallamfabdalla@uol.com.br<p>Trata-se de uma resenha avaliativa que tem como objetivo discutir o texto “A Formação Continuada dos Professores do Ensino Superior: formação e prática pedagógica”. Parte-se do pressuposto de que debater a formação continuada não é uma tarefa fácil, e que será preciso rever concepções, desafios e possibilidades para que sejam analisadas experiências pedagógicas no âmbito da formação continuada. Diante disso e a partir do parecer elaborado, de um debate com os autores do texto e sob uma perspectiva hermenêutica, realizou-se uma nova análise, buscando revisitar o texto e o contexto. Foi possível assumir uma dinâmica dialógica com os autores, a partir dos resultados da pesquisa e da análise das categorias: o lugar dos facilitadores e a experiência pedagógica da formação. Considera-se que o texto contribui para uma formação continuada na medida em que indica perspectivas para a formação profissional, situando o lugar dos facilitadores, e ao partilhar a experiência pedagógica desenvolvida no curso de formação da UNIVESP.</p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/47946DIÁLOGOS SOBRE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA2023-09-02T12:01:17-03:00Jussara Bueno de Queiroz Paschoalinojussarapaschoalino@yahoo.com.brCláudia Tavares do Amaralclaudiatamaral@gmail.com<p>Resenha do artigo: “Razão instrumental e educação: reflexões sobre a escola e as novas tecnologias”</p>2024-02-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/52586A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO HÍBRIDA – O QUE ESTAMOS FAZENDO NA AMÉRICA LATINA?2024-05-12T18:32:36-03:00Haroldo Luiz Bertoldohlbertoldo@ufop.edu.brGláucia Jorgeglauciajorge@gmail.com<p>Esta resenha avaliativa tece alguns apontamentos críticos quanto ao artigo intitulado "A transformação digital na educação híbrida – o que estamos fazendo na América Latina?". Esse artigo está situado no âmbito da investigação educacional, com contribuições ao campo da educação digital e híbrida. Os temas abordados suscitam questões relevantes para a educação, ao mesmo tempo em que destacam desafios concernentes ao processo de reestruturação e adaptação do cenário educacional tecnológico. O objetivo principal é elucidar como a transformação digital tem se manifestado e se expandido com o advento da educação híbrida na América Latina, mesmo antes do processo de adaptação motivado pela pandemia de Covid-19. Para alcançar tal objetivo, as autoras propõem-se a uma revisão sistemática da literatura, com análise bibliométrica de artigos da base de dados <em>Scopus</em>. Algumas críticas a serem destacadas: do total de 111 artigos selecionados apenas sete focaram a América Latina, devido em parte, ao uso da expressão “transformação digital”, um conceito mais consolidado nas áreas de administração e economia, comprometendo os resultados esperados na área educacional; há uma discrepância entre o objetivo anunciado no resumo – identificar o avanço efetivo da transformação digital e da educação híbrida na América Latina – e outro objetivo mencionado na introdução, de compreender o estado da evolução dos estudos; a conclusão fragilizada do artigo, de que pouco se conhece sobre o tema parece ser precipitada, uma vez que o estudo se baseou exclusivamente em uma única base de dados, cujo escopo pode ser limitado para o campo educacional.</p>2024-07-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/48416PERMANÊNCIA NOS CURSOS TÉCNICOS DOS INSTITUTOS FEDERAIS: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMAÇÃO DOCENTE2023-10-17T12:15:58-03:00Giuliana Sá Ferreira Barrosgiuliana.sa@ifnmg.edu.br<p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Garamond, serif;">Promover a permanência do estudante é fundamental para garantir que todos tenham acesso à educação de qualidade e oportunidades iguais. Esse é um desafio vivenciado pelos sistemas educacionais, </span></span><span style="font-family: Garamond, serif;">sendo objeto de reflexões e críticas. Diálogo que certamente trará ainda mais contribuições à educação brasileira. Pesquisar este assunto é a cada dia mais instigante tendo em vista o contexto sócio-histórico vivenciado pelos Institutos Federais de Educação Técnica e Tecnológica. Sendo assim, o objetivo desta resenha é apresentar a avaliação do artigo “</span><span style="font-family: Garamond, serif;">A Influência das práticas pedagógicas docentes na evasão discente no curso técnico</span><span style="font-family: Garamond, serif;">” </span><span style="color: #181717;"><span style="font-family: Garamond, serif;">submetido à avaliação aberta do periódico Educação em Revista, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação (FAE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apresentando as análises da proposta principalmente no que se refere às práticas pedagógicas docentes.</span></span></p>2024-02-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/47990NOVOS RISCOS E CAPTURAS AOS DIREITOS HUMANOS E INTERESSES DAS CRIANÇAS2023-09-06T14:49:43-03:00Heloísa Andreia de Matos Linshmlins@unicamp.br<p>Neste ensaio, é apresentado um mapeamento cartográfico (de processos, eventos, fluxos e afetos como linhas de força em um território), considerando o fortalecimento do espectro político das direitas radicais e consequentes retrocessos e subversões adultocêntricas nos significados de “melhor interesse” das crianças, centralmente. São discutidos alguns acontecimentos noticiados pelas mídias tradicionais/sociais, casos de violência entre crianças devido à disputa eleitoral para a Presidência da República, violência física de adultos contra crianças também por motivos políticos, além de outros casos que evidenciam uma política autoritária de subjetivação em ascensão e mudanças na dinâmica cultural. Os acontecimentos e as análises tecidas, a partir dos atravessamentos do militarismo sobre as subjetividades infantis, convergem no sentido de nos alertar para que as crianças passem a nos guiar nestas iminentes tarefas civilizatórias e epistemológicas. É possível que sigamos por esses caminhos, por meio de teorias relacionais e também por meio de nossos afetos como pesquisadores/as.</p> <p> </p>2024-07-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45795MATEMÁTICA E CINEMA AO LONGO DE 25 ANOS: ALGUMAS INTERPRETAÇÕES 2023-04-12T14:45:27-03:00Vanessa de Paula Cintravanessa.cintra@uftm.edu.brRafael Peixotorafael.peixoto@uftm.edu.brVictor Dourado Coelhod201810625@uftm.edu.br<p>O trabalho consiste de uma pesquisa com abordagem qualitativa, cujo objetivo é analisar obras cinematográficas que exploram a Matemática em seus enredos. Para isso, buscamos compreender a origem e o desenvolvimento das mídias enquanto ferramentas tecnológicas da informação, com o intuito de remontar ao estabelecimento do cinema como um mecanismo de contação de histórias – reconhecendo também suas funcionalidades. Após buscas refinadas na internet, encontramos 23 filmes que apresentam conceitos e/ou histórias de cientistas no âmbito da Matemática, lançados em um intervalo de 25 anos (entre 1997 e 2021). Esses filmes foram vistos, classificados e analisados de acordo com três categorias: Matemática como pano de fundo; Matemática como ferramenta narrativa; e matemáticos(as). A análise traz uma variedade de abordagens e referências matemáticas e, como resultado, concluímos que observar histórias fictícias, bem como as baseadas em acontecimentos reais, pode nos ajudar a compreender melhor quem foram os revolucionários matemáticos retratados e/ou como a Matemática pode se interligar com a arte cinematográfica, construindo envolventes narrativas ao, também, demonstrar a versatilidade que esta área do conhecimento possui.</p> <p> </p>2024-02-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/40933EM FAVOR DA EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA2022-11-29T14:03:23-03:00FABIANA ASSUNÇÃOfabihsilva19@yahoo.com.brCHRISTIANNI MORAIS tiannimorais@hotmail.com2024-02-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/42256Por que a América Latina importa2023-12-19T16:53:35-03:00Conceição Solange Bution Perinsolperin01@gmail.comPeter Johann Mainkapeter.mainka@uni-wuerzburg.de2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/45279O RACISMO COMO HISTÓRIA-SÍNTESE2023-03-15T13:49:56-03:00Maro Lara Martinsmarolara@gmail.com2024-03-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Educação em Revista