Inteligência Artificial da perspectiva da Ciência da Informação:

onde estamos em termos de raciocínio computacional?

Autores

Palavras-chave:

ontologias, classificação automática, aprendizado de máquina, inteligência artificial, organização do conhecimento

Resumo

Avanços notáveis têm sido possíveis com os algoritmos para raciocínio automático da Inteligência Artificial (IA). Tais avanços levam cientistas da informação a questionar se há sentido na classificação tradicional após a chegada dos motores de busca. A questão impacta não só a CI, mas a Biblioteconomia, a medida em que os dados do século XXI não estão mais em estantes. Não existe restrição física que exija a organização para a qual os esquemas de classificação foram originalmente concebidos. Questiona-se mesmo se um esquema prévio pode predizer necessidade de um usuário. O objetivo deste artigo é discutir os limites do raciocínio automático e em que medida substitui o humano na classificação. A metodologia adotada compreende: i) revisão bibliográfica sobre fundamentos do raciocínio humano e computacional; ii) a descrição do raciocínio automático produzido por duas abordagens populares: a ontologia e o aprendizado de máquina; iii) comparação entre os tipos de raciocínio. Foram resultados encontrados: as abordagens automáticas exibem claras limitações, mas ontologias são o que há de mais próximo daquilo que pessoas podem fazer na classificação e, portanto, mais próxima da CI. Conclui-se, portanto, que a assistência da IA é profícua, mas as abordagens analisadas – raciocínio automático clássico e probabilístico – estão longe de substituir o raciocínio humano em tarefas classificatórias.

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Biografia do Autor

Jeanne Louize Emygdio, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Belo Horizonte - UFMG. Mestre em Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade pela UNIFEI-Itajubá. Especialista em Produção de Software com ênfase em Software Livre pela UFLA-Lavras, em Análise, Projeto e Gerenciamento de Sistemas pela PUC-Minas-Poços de Caldas e em Design Instrucional para EaD Virtual pela UNIFEI-Itajubá. Tecnóloga em Processamento de Dados pela Universidade FUMEC de Belo Horizonte. Áreas de atuação: Sistemas de Informação; Engenharia de Software; Banco de Dados, Desenvolvimento de sistemas; Implantação e Gestão de ERPs; Administração de Servidores Linux; Integração de sistemas e plataformas tecnológicas; Coordenação e desenvolvimento de projetos fomentados por órgãos públicos como FAPEMIG e SEBRAE. Experiência como pesquisadora científica interdisciplinar nas áreas de Desenvolvimento e Tecnologias (UNIFEI) e Gestão e Tecnologias da Informação e Comunicação (UFMG/CAPES - em andamento).

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Publicado

2021-12-27

Como Citar

Emygdio, J. L. (2021). Inteligência Artificial da perspectiva da Ciência da Informação:: onde estamos em termos de raciocínio computacional?. Fronteiras Da Representação Do Conhecimento, 1(2), 171–193. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/fronteiras-rc/article/view/37518