Arte para que(m)?

Oficina de Artes com crianças e jovens em contexto de desigualdade social

Autores

Palavras-chave:

Oficinas de arte, Jovens, Desigualdade social, Psicologia

Resumo

Este artigo apresenta a experiência de estágio em psicologia em uma Oficina de Artes com crianças e jovens de uma das comunidades que integram o Maciço do Morro da Cruz, região central de Florianópolis/SC. Realizadas em parceria com um CRAS, as oficinas eram oferecidas uma vez por semana, no contraturno escolar, com duração de três horas. O registro semanal dos acontecimentos, realizado pela estagiária, consistiu no material analisado. Selecionamos para discussão algumas cenas e falas, as quais possibilitam compreender as problemáticas sociais que marcavam as vidas das crianças e jovens participantes das oficinas, bem como o que foi possível realizar naquele contexto de desigualdade social, com as condições que se apresentavam.

Biografia do Autor

  • Letícia dos Santos, Universidade Federal de Santa Catarina

    Psicóloga formada pela UFSC, foi bolsista de iniciação científica pelo programa PIBIC/CNPq/UFSC.

  • Andréa Vieira Zanella, Universidade Federal de Santa Catarina

    Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina. Professora titular aposentada da UFSC. Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná, mestrado e doutorado em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Realizou estudos pós-doutorais na Università Degli Studi di Roma La Sapienza e na UFRGS em 2009. Foi pesquisadora visitante da New School for Social Research em 2016. Desenvolveu atividades junto à CAPES na condição de coordenadora adjunta da Câmara II - Sociais e Humanidades da Área Interdisciplinar, entre 2011 e 2015. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSC entre 2004 e 2007. Foi coeditora da Revista Psicologia & Sociedade entre 2008 e 2011 e integrou a Direção Nacional da Associação Brasileira de Psicologia Social - ABRAPSO (gestões 1992-1993, 2010-2011 e 2012-2013). É editora da ABRAPSO Editora, quadriênio 2018-2021 Desenvolve projetos de pesquisa e extensão na interface da Psicologia Social com a arte, com os seguintes temas: relações éticas, estéticas e processos de criação; educação estética; questões metodológicas na pesquisa em psicologia social e arte. Publicou Entre Galerias e Museus: diálogos metodológicos no encontro da arte com a ciência e a vida (2017); Perguntar, Registrar, Escrever: inquietações metodológicas (2013); Vygotski: contexto, contribuições à psicologia e conceito de zona de desenvolvimento proximal (2014), entre outros. Além dos livros, tem vários capítulos de livros publicados em coletâneas e artigos em periódicos científicos. Integra o corpo editorial de várias editoras e periódicos, nacionais e internacionais.

Referências

Agier, M. (2015). O Direito à Cidade ao Fazer-Cidade. O antropólogo, a Margem e o centro. Mana, 21(3), p. 483-498. https://doi.org/10.1590/0104-93132015v21n3p483

Brasil. (2007). Referências Técnicas para atuação do/a Psicólogo/a no CRAS/SUAS. Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas, Brasília. Recuperado de: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2007/08/cartilha_crepop_cras_suas.pdf/>

Brito, R. D. V. A., & Zanella, A. V. (2017). Formação ética, estética e política em oficinas com jovens: tensões, transgressões e inquietações na pesquisa-intervenção. Bakhtiniana, Rev. Estud. Discurso, 12(1), p.42-64.

Costa, L. A., Zanella, A. V., & Fonseca, T. M. G. (2016). Psicologia social e arte: Constribuições da revista Psicologia & Sociedadeao campo social. Psicol. Soc, 28(3), p. 604-615. Recuperado de: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/163467/001019757.pdf?sequence=>

Filho, N. C. D. A. & Souza, P. A. N. (2017). A percepção sobre o trabalho em equipe multiprofissional dos trabalhadores de um Centro de Atenção Psicossocial em Salvador, Bahia, Brasil. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 21, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Botucatu, Brasil. Recuperado de: https://www.redalyc.org/pdf/1801/180148881006.pdf

Deutsche, R. (2009). A Arte de Ser Testemunha na Esfera Pública dos Tempos de Guerra. Revista Concinnitas, 2(15), p.175-183.

Ferreira, R. S. L. et al. (2019) Oficinas de Criatividade: atendimento à população de rua. Fractal, Rev. Psicol., 31(2), p.91-101.

Furtado, J. R. e Zanella, A. V. (2007). Artes visuais na cidade: relações estéticas e constituição dos sujeitos. Psicol. rev. (Belo Horizonte), 13(2), p. 309-324. Recuperado de:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-11682007000200007/>

Gerhardt, T. E., & Silveira, D. T. (2009). Métodos de pesquisa. PLAGEDER

Guzzo, M. S. L., & Spink, M. J. P. (2015). Arte, Dança e Política(s). Psicologia & Sociedade, 27(1), p. 3-12. Recuperado de: https://dx.doi.org/10.1590/1807-03102015v27n1p003

Lacaz, A. S., M, S. L., & Heckert, A. L. C. (2015). Juvetudes periféricas: Arte e resistências no contemporâneo. Psicologia e Sociedade, 21(1), p. 58-67. Recuperado de: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-71822015000100058&script=sci_abstract&tlng=pt

Lefebvre, H. (2011). O Direito à Cidade. Brasil: Centauro Editora, São Paulo.

Liberato, M. T. C., & Dimenstein, M. (2013). Arte, loucura e cidade: a invenção de novos possíveis. Psicologia & Sociedade, 25(2), 272-281. Recuperado de: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822013000200004&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

Maheirie, K., Smolka, A. L. B., Strappazzon, A. L., Carvalho, C. S. D., & Massaro, F. K. (2015). Imaginação e processos de criação na perspectiva histórico-cultural: análise de uma experiência. Estud. psicol. (Campinas),32(1), p.49-61.

Quintella, I.P., & Masson, M. (2013). As incorporações das ações urbanas na cidade contemporânea. Farol - Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes. Universidade Federal do Espírito Santo.

Pereira, V. M. (2012). O limiar da experiência estética: contribuições para pensar um percurso de subjetivação. Pro-Posições, Campinas, 23(1), p. 183-195. Recuperado de: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-73072012000100012&script=sci_abstract&tlng=pt

Pineda, D. (2010). Operação Ensaio: Por uma estética da resistência. TransFormações em Psicologia (Online), 3(1). Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-106X2010000100003&lng=pt&tlng=pt.

Reis, C. A., & Zanella, A. V. (2015). Psicologia Social no campo das políticas públicas: oficinas estéticas e reinvenção de caminhos. Revista de Ciências Humanas, 49(1), p. 17-34. Recuperado de: https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/view/2178-4582.2015v49n1p17

Sawaia, B.B. (2008). O sofrimento ético político como categoria de análise da dialética exclusão/inclusão. In: SAWAIA, B. (org.). As artimanhas da exclusão análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis, RJ: Vozes.

Sawaia. B.B. (2009). Psicologia e desigualdade social: uma reflexão sobre liberdade e transformação social. Psicologia e Sociedade, 21(3), 364-372. Recuperado de: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822009000300010>

Sawaia, B.B. (2016). Um mergulho no “morro do querosene” e o encontro com os artistas do invisível: reflexões sobre arte, comun(idade), afeto e práxis psicossocial. Revista de Ciências Humanas. Recuperado de: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/view/2178-4582.2016v50n2p315>

Silva, A. L. P., & Viana, T. C. (2017). Caracterização da Produção Brasileira em Artigos Científicos sobre Arte e Psicologia (2004-2014). Psico-USF, vol.22, no.1, p.109-120.

Spink, P. K. (2003). Pesquisa de campo em psicologia social: uma perspectiva pós-construcionista. Psicologia e Sociedade, 15(2), 18-42. Recuperado de: <https://dx.doi.org/10.1590/S0102-71822003000200003>

Thomazoni, A.R. & Fonseca, T.M.G. (2011). Obra de arte como território de existência. Fractal, Rev. Psicol., 23(3), p.523-534.

Vasques, O.G.V. (2014). Arte, vulnerabilidade e resiliência: um estudo com adolescentes na cidade de Manaus. Universidade do Amazonas, Manaus.

Vieira, P.A.V,. Dias, C.N., & Pereira, E.R. (2016). “Dá até pra fazer poesia": o recurso estético disparando reflexões e potência. Rev. Psicol. Saúde, 8(2). Recuperado de: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-093X2016000200005>

Vigotski, L.S. (1990). La imaginacióny e larte em la infancia. Madrid: Ed. Akal S.A.

Vigotski, L. (1998). A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes.

Vigotski, L. S. (1999). Psicologia da Arte. São Paulo: Martins Fontes.

Zanetti, F. L. (2018). O encontro da arte com a educação: o papel do saber psicológico. Educ. rev., vol.34.

Downloads

Publicado

2024-04-06

Artigos Semelhantes

1-10 de 107

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.