Crenças parentais sobre o transtorno do espectro autista

Uma revisão sistemática da literatura

Autores

Palavras-chave:

Crenças, Transtorno do espectro autista, Relação mãe-filho, Família

Resumo

As crenças parentais se relacionam com o entendimento dos pais sobre o desenvolvimento e podem influenciar a tomada de decisões e as interações com o filho. O presente estudo teve como objetivo investigar as crenças parentais sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) por meio de uma Revisão Sistemática da Literatura. Foi realizada uma busca em quatro bases de dados eletrônicas (SciELO, LILACS, PePSIC e Index-Psi), sendo utilizados apenas artigos de pesquisas empíricas publicados em língua portuguesa nos últimos dez anos. Conclui-se que as crenças parentais sobre o TEA atuam como processo dinâmico e singular para as famílias, se relacionam com uma série de fatores psicossociais e repercutem nas práticas parentais. Os fatores que se destacam nessa relação são a sintomatologia do transtorno, as características da criança, a maneira como ocorreu o diagnóstico, a inclusão escolar, a presença de rede de apoio social e a resiliência parental. Constata-se a necessidade de que os profissionais da saúde trabalhem na manutenção de crenças positivas e no ajuste dos planos e expectativas parentais, assim como no desenvolvimento da capacidade parental de identificar habilidades no filho, o que gera ganhos para o sujeito autista e sua família. 

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Biografia do Autor

Giulliany Gonçalves Feitosa , Universidade Federal da Paraíba

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Campina Grande. Mestrado (em andamento) em Psicologia Social na Universidade Federal da Paraíba, onde integra o Núcleo de Estudos em Interação Social e Desenvolvimento Infantil.

Nádia Maria Ribeiro Salomão , Universidade Federal da Paraíba

Professora Titular do Departamento de Psicologia da Universidade Federal da Paraíba.Possui graduação em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1978), mestrado em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (1985) e doutorado pela University of Manchester -Inglaterra(1996). Pós doutorado University of North Carolina- Charlotte (EUA). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Desenvolvimento Infantil , atuando principalmente nos seguintes temas: linguagem, interação mãe/pai criança e concepções de pais e educadores sobre desenvolvimento infantil, autismo e inclusão.

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Publicado

2024-04-06