Crenças parentais sobre o transtorno do espectro autista
Uma revisão sistemática da literatura
Palavras-chave:
Crenças, Transtorno do espectro autista, Relação mãe-filho, FamíliaResumo
As crenças parentais se relacionam com o entendimento dos pais sobre o desenvolvimento e podem influenciar a tomada de decisões e as interações com o filho. O presente estudo teve como objetivo investigar as crenças parentais sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) por meio de uma Revisão Sistemática da Literatura. Foi realizada uma busca em quatro bases de dados eletrônicas (SciELO, LILACS, PePSIC e Index-Psi), sendo utilizados apenas artigos de pesquisas empíricas publicados em língua portuguesa nos últimos dez anos. Conclui-se que as crenças parentais sobre o TEA atuam como processo dinâmico e singular para as famílias, se relacionam com uma série de fatores psicossociais e repercutem nas práticas parentais. Os fatores que se destacam nessa relação são a sintomatologia do transtorno, as características da criança, a maneira como ocorreu o diagnóstico, a inclusão escolar, a presença de rede de apoio social e a resiliência parental. Constata-se a necessidade de que os profissionais da saúde trabalhem na manutenção de crenças positivas e no ajuste dos planos e expectativas parentais, assim como no desenvolvimento da capacidade parental de identificar habilidades no filho, o que gera ganhos para o sujeito autista e sua família.
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