Um psicólogo na audiência de conciliação?
Relato de experiência da Abordagem Breve no CEJUSC – Famílias
Palavras-chave:
Família, Conciliação, Psicologia JurídicaResumo
É sabido que a judicialização de um conflito familiar envolve uma longa e desgastante marcha processual. Nas audiências de conciliação do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania o psicólogo possui importante papel na transformação de tais litígios. Neste artigo serão apresentadas as técnicas Manejo da Agressividade, Esclarecimento Técnico, Validação dos Sentimentos, Clarificação e Amplificação. Elas integram o conjunto de práticas que formam a Abordagem Breve, uma modalidade de intervenção do psicólogo jurídico. Será apresentada também a análise dessas técnicas no triênio 2017-2019, evidenciando quais foram mais utilizadas, bem como os resultados alcançados após a aplicação das mesmas. As técnicas permitem a compreensão dos sentidos que os interessados atribuem às suas histórias, sentidos estes que não podem ser dispensados.
Downloads
Referências
Barbieri, C. M., & Leão, T. M. S. (2013). O papel do psicólogo jurídico na mediação de conflitos familiares. Psicologia.pt. https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0660.pdf
Beiras, A. (2009). Grupos de homens autores de violência- possibilidades de intervenções diante das recomendações propostas na lei Maria da Penha. In S. L. R. Rovinski, & R. M. Cruz (Eds.), Psicologia jurídica: perspectivas teóricas e processos de intervenção (pp. 129-144). Vetor.
Brandão, E. P. (2020). Psicanálise e direito: subversões do sujeito no campo jurídico. Nau.
Brasil. Conselho Nacional de Justiça (2015). Guia de conciliação e mediação judicial: orientação para instalação de Cejusc. Conselho Nacional de Justiça.
Brito, L. M. T. (2012). O sujeito pós-moderno e suas demandas judiciais. Psicologia Ciência e Profissão, 32(3), 564-575. Doi: 10.1590/S1414-98932012000300004
Calil, V. L. L. (1987). Terapia familiar e de casal: introdução às abordagens sistêmicas e psicanalítica. Summus.
Coelho, V. M. (2016). Como a psicologia sistêmica pode contribuir no processo terapêutico de casais em conflito. Pretextos, 1(1), 86-104. http://periodicos.pucminas.br/index.php/pretextos/article/view/13587
Fonseca, A. B. F. (2003). O simbolismo alquímico na obra de C. G. Jung. [Dissertação de Mestrado, Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro].
Gomes, J. D. (2019). Práticas psicológicas nas varas de família. Juruá.
Lugones, M. G. (2012). Obrando em autos, obrando em vidas: formas y fórmulas de protección judicial em los tribunales prevencionales de menores de Córdoba, Argentina, a comienzos del siglo XXI. E-papers/LACED/Museu Nacional.
Marino, S., & Macedo, R. M. S. (2018). A constelação familiar é sistêmica? Nova Perspectiva Sistêmica, 27(62), 24-33. Doi: 10.21452/2594-43632018v27n62a02
Miranda Júnior, H. C. (2010). Um psicólogo no Tribunal de Família: a prática na interface Direito e Psicanálise. Artesã.
Nóbrega, L. M. de A., Siqueira, A. C., Turra, E. T., Beiras, A., & Gomes, M. M. (2018). Caracterizando a psicologia policial enquanto uma psicologia social jurídica. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 70(3), 148-165.
Rogers, C. R. (2009). Tornar-se pessoa. (6a ed.). Martins Fontes.
Schmidt, M. L. S. (2004). Plantão psicológico, universidade pública e política de saúde mental. Campinas: Estudos de Psicologia, 21(3), 173-192. Doi: 10.1590/S0103-166X2004000300003
Silva, L. O., Oliveira, L. R. R. C., Soares, L. C. E. C., & Rapizo, R. L. (2018). Diálogos com pais e mães separados: grupos reflexivos no sistema de justiça. Nova Perspectiva Sistêmica, 27(62), 88-108. Doi: 10.38034/nps.v27i62.461
Silveira, K. G. B., & Dias, M. S. De L. (2016). As categorias da psicologia social comunitária como dispositivo para a construção das práticas no SUS. Revista Psicologia e Saúde, 1(8), 7-13. Doi: 10.20435/2177093X2016102
Therense, M., & Oliveira, E. C. (2017). A atuação do psicólogo no centro judiciário de solução de conflitos e cidadania (Cejusc): relato de experiência em Manaus. In M. Therense, C. F. B. Oliveira, A. L. M. Neves, & M. C. H. Levi (Eds.), Psicologia jurídica e direito de família: para além da perícia psicológica. (1a ed, pp. 252-272). UEA edições.
Wright, J. H., Basco, M. R., & Thase. M. E. (2008). Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia ilustrado. Artmed.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Yasmin Jaime Coelho, Gustavo Zanatta, Natália Cruz, Munique Therense, Jéssica Pedrosa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial neste periódico.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).