https://periodicos.ufmg.br/index.php/gerais/issue/feedGerais: Revista Interinstitucional de Psicologia2023-12-21T14:45:09-03:00Paulo Eduardo Rodrigues Alves Evangelistacontato.editoriagerais@gmail.comOpen Journal Systems<p><em>Gerais: </em>Revista Interinstitucional de Psicologia é uma revista on-line, publicada quadrimestralmente por universidades federais sediadas no Estado de Minais Gerais que possuem curso de Psicologia - Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de São João del-Rei e Universidade Federal de Uberlândia.</p> <p>versão On-line ISSN 1983-8220<br /><br />A Revista destina-se a pesquisadores e profissionais de Psicologia e áreas afins. O objetivo da revista é difundir e debater os avanços em Psicologia. Publica trabalhos originais com até 25 páginas, na forma de: Relatos de pesquisa (quantitativos e qualitativos), Ensaios, Revisões de literatura e Relatos de Experiência.<br /><br />Os manuscritos submetidos a Gerais devem ser inéditos, não podendo ter sido publicados anteriormente, nem estar simultaneamente submetidos a outros periódicos e/ou para publicação em outros veículos.</p> <p><strong>Missão</strong><br />A Revista destina-se a pesquisadores e profissionais de Psicologia e áreas afins. O objetivo da revista é difundir e debater os avanços em Psicologia. Publica trabalhos originais, na forma de relatos de pesquisa, ensaios, revisões de literatura e relatos de experiência referentes ao campo da Psicologia e áreas afins.</p> <p> </p> <p>Av. Antonio Carlos, 6627, Pampulha</p> <p>Belo Horizonte - MG - CEP 31270-901</p> <p><a href="mailto:contato.editoriagerais@gmail.com">contato.editoriagerais@gmail.com</a></p> <center></center> <p> </p> <center><em>APOIO:</em></center><center> </center><center><img src="https://lh5.googleusercontent.com/-JSMHq22GaP8/TYo2Wp8cZ8I/AAAAAAAAANI/YXB_N4EUDkw/s400/Logo_Fapemig.jpg" alt="" width="120" height="40" border="0" /></center><center></center><center></center><center></center><center></center><center></center><center></center><center></center><center></center><center><img src="https://www.anpepp.org.br/resources/css/anpeppmembros/img/logo.png" alt="" width="120" height="40" border="0" /></center>https://periodicos.ufmg.br/index.php/gerais/article/view/49165Autonomia e projeto de vida em instituições de acolhimento:2023-12-14T09:29:06-03:00Noemia Soares Barbosa Lealnoemiasbleal@gmail.comLeonam Amitaf F. P. de Albuquerqueeonamamitaf2@hotmail.comMaria de Fatima Pereira Albertojfalberto89@gmail.com<p>Objetivou-se realizar uma revisão sistemática da produção científica brasileira sobre as temáticas da autonomia e do projeto de vida em instituições de acolhimento para crianças e adolescentes. Fez-se uma busca nas bases de dados PePSIC, Lilacs, SciELO e Periódicos Capes, seguindo as diretrizes do protocolo PRISMA e partindo de critérios preestabelecidos. Foram selecionados seis artigos, publicados entre os anos de 2010 e 2017, predominantemente da área da psicologia. Constataram-se lacunas metodológicas que incidem na qualidade das produções e inconsistências teórico-conceituais acerca da autonomia e do projeto de vida. Tais construtos são apontados como processuais e influenciados pelas mediações do contexto, o que requer condições que favoreçam o desenvolvimento integral dos sujeitos acolhidos. Os autores enfatizam os desafios em operacionalizá-los, pois há uma arraigada cultura assistencialista e tuteladora. Sobretudo para os adolescentes, o trabalho em prol da autonomia comumente é restrito à preparação e à inserção profissional, sendo marcado por ações pontuais e descontínuas. Sugere-se a realização de estudos futuros com destaque para essa temática, a fim de avaliar os avanços e/ou retrocessos ocorridos depois do advento do Estatuto da Criança e do Adolescente, colaborando para a formulação de uma política de acolhimento mais efetiva que contribua para o desenvolvimento integral dos acolhidos.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologiahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/gerais/article/view/49162Cartografias da sexualidade de mulheres em uma comunidade terapêutica religiosa no interior do Nordeste2023-12-14T08:56:11-03:00Vilkiane Natercia Malherme Barbosavilkimalherme@outlook.comTadeu Lucas de Lavor Filhotadeulucaslf@gmail.comRochelly Rodrigues Holandarochellyholanda@hotmail.comJames Ferreira Moura Júniorjamesferreirajr@gmail.comLuciana Lobo Mirandaluciana.miranda@ufc.brFernanda Pinto da Silvaknandabio@hotmail.com<p>Há um crescimento das comunidades terapêuticas utilizando práticas de abstinência de seus usuários a partir de condutas religiosas no Brasil. Nesse contexto, as mulheres em situação de abuso de drogas podem ser tratadas de forma diferenciada devido às questões de gênero e de sexualidade. Assim, tem-se como objetivo analisar o lugar da sexualidade em uma comunidade terapêutica nos processos de subjetivação produzidos no cotidiano de mulheres que fazem uso abusivo de álcool, crack e outras drogas. O método ancorado é a cartografia a partir de um processo de pesquisa-intervenção durante seis meses. Foram realizadas oficinas, grupos focais e redação de diários de campo, além de relatos autobiográficos produzidos pelas próprias mulheres. A cartografia nessa experiência problematiza as práticas religiosas de silenciamento do corpo e da sexualidade homoafetiva vivenciadas na comunidade terapêutica. No entanto, também são identificadas práticas de resistências dessas mulheres. As atividades da pesquisa-intervenção também conseguiram fomentar estratégias de enfrentamento a esse contexto institucional opressor.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologiahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/gerais/article/view/49172Oficinas de Divórcio e Parentalidade:2023-12-14T10:43:40-03:00Isabel Weingärtnerisabel_weingartner@yahoo.com.brAnalicia Martins Sousaanaliciams@gmail.com<p>O propósito do presente ensaio teórico é conhecer como vêm sendo realizadas as Oficinas de Divórcio e Parentalidade implementadas em Tribunais de Justiça do país com o objetivo de colaborar para a “harmonização e estabilização das relações familiares”. Para tanto, foi realizada revisão de estudos e documentos sobre o funcionamento dessas oficinas e também do material didático que serve de apoio a elas. Constatou-se que as oficinas estão alinhadas a uma perspectiva judicializante sobre as relações sociais. Isso ocorre não de modo autoritário ou impositivo, mas por meio de enunciados prescritivos, de cunho terapêutico e pseudocientífico. Diferentemente da proposta de tais oficinas, entende-se que espaços dialógicos e reflexivos sobre divórcio deveriam ocorrer em âmbito mais amplo das políticas públicas, às quais pais, mães e filhos poderiam recorrer a qualquer tempo. Provavelmente, assim, se evitaria a intensificação e o prolongamento dos litígios conjugais no Judiciário.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologiahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/gerais/article/view/49169Mais além do Belo:2023-12-14T10:15:16-03:00Maria Lucia Macarimarrymlm@gmail.comAmadeu de Oliveira Weinmannweinmann.amadeu@gmail.com<p>Este artigo busca tecer um percurso pelo campo da estética, na medida em que, em seus (des)encontros com a Psicanálise, ela transgride as concepções metafísicas centradas no Belo. Nesse sentido, inicia com a apresentação de alguns debates constitutivos da estética como domínio do saber. Ato contínuo, expõe uma ruptura importante nesse campo introduzida por “O infamiliar” (1919), de Freud. Em tal artigo, a estética é compreendida, para além de uma doutrina acerca do Belo, como uma teoria das diversas qualidades do sentir. Como um desdobramento desse texto fundador, transitamos pelas obras de alguns psicanalistas, principalmente do campo lacaniano, que trouxeram desenvolvimentos teóricos distintos a respeito da estética, como uma “estética do desejo” ou “uma estética do vazio”. Inspirados nessas leituras, sustentamos que uma estética psicanalítica se torna possível a partir do estranhamento, da experiência de queda do objeto a pelo corte nas imagens. Desse modo, o olhar irrompe produzindo uma fenda por onde é possível vislumbrar nossa condição de não-ser. Nessa perspectiva, o olhar em Psicanálise, tal como pensado por Lacan, vem para o primeiro plano, sendo o propulsor de uma estética que se situa mais além do Belo.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologiahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/gerais/article/view/49166Pesquisa bibliográfica sobre práticas em Psicologia Educacional e Escolar em Minas Gerais2023-12-14T09:35:56-03:00Deruchette Danire Henriques Magalhãesderuchettedhm3@gmail.comCelso Francisco Tondincelsotondin@ufsj.edu.brDeborah Rosária Barbosadeborahrosariabarbosa@gmail.comLuiza de Castro Monizluizacmoniz@gmail.comRenato Batista da Silvaacaixadorenato@gmail.com<p>A Psicologia Educacional e Escolar (PEE) está consolidada, mas carece de uma articulação efetiva entre práticas psicológicas e pensamento crítico. Assim, objetiva-se descrever o processo histórico da PEE no Brasil, especificamente em Minas Gerais (MG), e analisar pesquisas sobre práticas contemporâneas dessa área que tratam do trabalho do psicólogo em instituições públicas, realizadas em programas de pós-graduação em Psicologia de universidades mineiras. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica e de caráter exploratório, cujo corpus compõe-se de 25 produções sobre a história da PEE e seis pesquisas sobre práticas psicológicas. O percurso histórico, do período colonial até a contemporaneidade, evidencia como a PEE se constituiu como objeto de estudo e campo de atuação, destacando-se o trabalho de Helena Antipoff em MG. A análise de conteúdo sobre as pesquisas engloba quatro categorias: a) referenciais teóricos dos pesquisadores: alternativos ao modelo clínico; b) métodos utilizados: qualitativos, sendo cinco estudos de campo e um teórico; c) práticas psicológicas: fazeres plurais em diferentes contextos educativos, configurando-se atuações “clássicas” e “emergentes”, sendo o uso dos referenciais críticos problematizado pelos pesquisadores; d) conclusões das pesquisas: o pensamento crítico comparece de modos diferenciados nas práticas, ressaltando-se a importância da integração teoria/prática. Conclui-se reafirmando a necessidade de práticas culturalmente contextualizadas e de mudanças na formação do psicólogo.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologiahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/gerais/article/view/49163Práticas de psicologia social jurídica em um escritório modelo de assistência jurídica2023-12-14T09:09:24-03:00Adriano Beirasadrianobe@gmail.comGustavo Vieira Nerygustavovnery@hotmail.comLaís Paganelli Chaudlaispchaud27@gmail.comVitoria Nathalia do Nascimentonascimentovitorian@gmail.comLucas Mentor de Albuquerque Nóbregalucasmanobrega@gmail.com<p>A psicologia social jurídica vem se destacando em estudos teóricos, de modo a aproximar a subjetividade, a cidadania e os direitos humanos de intervenções interdisciplinares nos sistemas de justiça. O escritório modelo de assistência jurídica foi colocado em pauta, no intuito de integrar práticas em psicologia social jurídica nos eixos de plantão psicológico, mediações familiares e população LGBTI+. O objetivo deste trabalho foi realizar um direcionamento psicossocial no Escritório Modelo de Assistência Jurídica da Universidade Federal de Santa Catarina. O método utilizado foi o relato de experiência, a partir dos integrantes do serviço de psicologia no campo, narrando as intersecções e dissensos entre a psicologia e o direito. Os principais resultados foram discutir juntamente com operadores do direito sobre as práticas de mediação familiar e conciliação, a função do plantão psicológico, a realização de acolhimento, encaminhamentos e intervenções interdisciplinares, a análise de gênero, entre outras. Conclui-se que práticas de psicologia social jurídica foram possíveis no local, buscando o acesso ao sistema de justiça por um viés psicossocial de direitos humanos à população. Foi possível produzir práticas não judicializantes e encaminhamentos à rede de assistência local, integrando serviços, áreas e campos de atuação.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologiahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/gerais/article/view/49193Depressão na adolescência está relacionada ao bullying e variáveis demográficas?2023-12-15T11:50:41-03:00Ricardo Neves Coutor.nevescouto@gmail.comJosé Carlos Souza Costa Mendescarllosmendes73@gmail.comRosa Maria Rodrigues da Silvarosarodrigues2601@gmail.comAna Carla Pereira dos Santoscar.lab.s@hotmail.comFrancisca Jairla Lima Verasvjairla@gmail.comDuanne Rodrigues de Castroduannelivia@gmail.comPaulo Gregório Nascimento da Silvasilvapgn@gmail.comEmerson Diógenes de Medeirosemersondiogenes@gmail.com<p>A escola é um espaço vulnerável à incidência do bullying, o qual desencadeia consequências negativas para as vítimas, como sintomatologias de depressão, foco de interesse deste artigo. Assim, objetivou-se verificar o poder preditivo da vitimização de bullying na depressão, controlando o efeito do sexo e tipo de escola. Para isso, contou com 426 adolescentes entre 12 e 17 anos (Midade= 14,53; DP = 2,10; 51,3% meninas e 52,3% escola pública) que responderam à Escala de Vitimização de Bullying, ao Inventário de Depressão Infantil e questões demográficas. Foram realizadas correlações, seguidas de regressão hierárquica múltipla, as quais apontaram que o bullying verbal prediz de forma direta depressão, indicando que quanto mais os adolescentes são vítimas desse tipo de bullying, maiores são os índices de sintomatologia depressiva; ademais maiores pontuações de depressão foram encontradas nas meninas; quanto ao tipo de escola, não houve diferença. Esses resultados são discutidos a partir da literatura, evidenciando a problemática atual do crescente número de adolescentes com depressão, as consequências desse fato no cotidiano escolar e a participação de profissionais e responsáveis no combate ao bullying.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologiahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/gerais/article/view/49170Pesquisa participativa com adolescentes no campo da saúde mental:2023-12-14T10:26:40-03:00Flávia Arantes Táparoflaviaarantestaparo@gmail.comLarissa Bueno Placereslarissa.placeres@hotmail.comIsabela Aparecida de Oliveira Lussibellussi@ufscar.brMaria Fernanda Barboza Cidmariafernanda@ufscar.br<p>Ainda que escassas, pesquisas que abordam a saúde mental de adolescentes no Brasil e no mundo sinalizam o aumento do sofrimento psíquico nessa população e a urgência de investimento em políticas públicas que considerem suas especificidades. Nessa direção, as metodologias participativas têm sido consideradas potentes, na medida em que consideram a voz dos adolescentes na produção de conhecimento sobre si mesmos. Este estudo visou identificar e analisar relatos de pesquisas participativas com adolescentes no campo da saúde mental; para isso, realizou-se revisão sistemática de literatura nas bases de dados Scopus, SciELO e PubMed buscando artigos publicados entre 2008 e 2018. Doze artigos foram selecionados, sendo que um deles focalizou avaliar o processo metodológico participativo adotado, e os demais usaram a pesquisa participativa para atingir objetivos relacionados ao desenvolvimento de programas de intervenção pautados na valorização da expressão dos adolescentes. Observou-se que em apenas três estudos os adolescentes participaram ativamente do processo de produção e análise de dados da pesquisa, sendo mais comum que participassem somente da produção dos dados. Os resultados indicaram que, embora desafiadoras, as pesquisas participativas são potentes no avanço da produção de conhecimento significativo sobre a adolescência no contexto da saúde mental, sendo sua utilização recomendada.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologiahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/gerais/article/view/49167Jovens de territórios quilombolas e periféricos: 2023-12-14T09:57:33-03:00Roseane Amorim da Silva amorimroseanesilva@gmail.comJaileila de Araújo Menezes leilaufrj@hotmail.com<p><strong>Resumo</strong></p> <p>No presente estudo abordamos algumas questões referentes às juventudes de diferentes territórios: quilombolas e periferia urbana. Lugares que acessam práticas de lazer, dificuldades enfrentadas, entre outras questões. Consideramos importante refletir sobre os territórios em que as juventudes se constituem, pois a vida acontece em situações concretas, peculiares, e as condições territoriais têm um papel importante no modo de vida dos/as jovens. A pesquisa foi realizada nos territórios mencionados e aconteceu em três momentos: no primeiro, aconteceu observação participante; no segundo, oficinas; e, no terceiro, entrevistas semiestruturadas. Os dados construídos foram analisados a partir de uma análise temática, considerando a interseccionalidade dos marcadores sociais. Compreendemos que o território é constituído por gênero, classe, raça, etnia, entre outros. Tanto no quilombo quanto na periferia, percebemos, por meio dos discursos dos/as jovens, que as relações estão fragilizadas devido aos entraves existentes na organização política; à precariedade dos serviços de saúde e educação; às atividades de lazer escassas; à falta de segurança, o que faz com que as pessoas tenham receio de sair de casa em alguns horários, entre outras questões.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologiahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/gerais/article/view/49164A clínica ampliada no contexto de vulnerabilidade social:2023-12-14T09:23:49-03:00Quellen de Freitas Xavierpsicologaquellenxavier@gmail.comTatiele Jacques Bossitatielejbossi@gmail.com<p>O presente estudo teve como objetivo investigar as possibilidades de atendimento psicológico infantil no contexto de vulnerabilidade social, a partir da noção de clínica ampliada. Para tanto, foi realizada uma revisão narrativa da literatura, através de busca de artigos nas bases eletrônicas: SciELO, PePSIC e Lilacs. Os nove artigos selecionados foram lidos na íntegra e analisados qualitativamente a partir de categorias temáticas. Os resultados revelam que, no que se refere ao tema, o trabalho em clínica ampliada enfrenta desafios e dificuldades no atendimento psicológico a crianças e a adolescentes. É bastante presente o modelo biomédico, pautado no atendimento individualizante e fragmentado. O atendimento psicológico infantil, no modelo de clínica ampliada, não segue roteiro engessado, exigindo do psicólogo a necessidade de reinventar-se para dar conta das demandas que surgem no cotidiano do contexto. Com isso, fazem-se necessárias estratégias, como elaborar intervenções e atentar-se para o coletivo e para a promoção de saúde.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologiahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/gerais/article/view/49171A condição nomeada nem-nem:2023-12-14T10:35:52-03:00Paulo Roberto da Silva Juniorpaulosilva.junior@yahoo.com.brClaudia Mayorgamayorga.claudia@gmail.com<p>Apresentamos os resultados de uma pesquisa que teve por objetivo compreender as experiências de vida de jovens moradores/as de duas favelas relacionadas à escolarização e ao trabalho, e no que elas referenciam ao que vem sendo nomeada de condição nem-nem. Por meio de uma pesquisa-intervenção, realizamos entrevistas semiestruturadas e uma oficina de dinâmica de grupo com 14 jovens, sendo seis mulheres e oito homens, com idade entre 13 e 21 anos. A partir das categorias de análise Olhares sobre as desigualdades na educação, Paradoxos do mundo do trabalho e Fronteiras da resistência, problematizamos como questões macroestruturais, institucionais e culturais contribuem para a ausência desses/as da escola e do trabalho e destacamos a construção do/a jovem nomeado/a nem-nem como um simulacro dos/as jovens que têm seus direitos negados cotidianamente.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologiahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/gerais/article/view/49168Saúde mental e violência contra a mulher:2023-12-14T10:06:58-03:00Nicole Costa Farianicolecostafaria@gmail.comFernando Santana de Paivafernandosantana.paiva@yahoo.com.br<p>O presente artigo objetiva refletir sobre as experiências de violência contra a mulher e suas expressões no âmbito da saúde mental. A violência contra as mulheres, compreendida como experiências de assujeitamento e controle que se dão a partir das relações patriarcais de gênero, culmina em diferentes sofrimentos psicossociais para as mulheres e tem reflexos na saúde mental desse grupo. Neste artigo utilizou-se pesquisa qualitativa, na modalidade de estudo de caso, cujos dados foram construídos a partir de atendimentos realizados à participante em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps-II), além da realização de entrevista fundamentada no método de história de vida. Observamos que a violência perpassa a vida da participante desde a infância em diversos âmbitos (família, trabalho, casamento), contribuindo para seu adoecimento psíquico. Nesse sentido, defende-se uma atuação implicada com a desnaturalização das relações de gênero e da violência cotidiana vivenciadas pelas mulheres no âmbito do cuidado em saúde mental.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia