Revista Kriterion https://periodicos.ufmg.br/index.php/kriterion <p dir="ltr">A revista Kriterion, publicação do <a href="http://filosofia.fafich.ufmg.br/">Departamento de Filosofia</a> da <a href="http://www.ufmg.br/">Universidade Federal de Minas Gerais</a>, é a mais antiga do Brasil. Foi fundada em 28 de junho de 1947 e tem a missão de publicar pesquisa original e de alta qualidade em filosofia. </p> <p dir="ltr">A Revista está indexada, atualmente, em vários importantes catálogos internacionais, como o Philosopher´s Index (EUA), MLA International Bibliography (EUA), Bibliographie de la Philosophie (Louvain, Bélgica), EBSCO (Massachusetts, EUA), <a href="http://www.scielo.br/scielo.php/script_sci_serial/lng_pt/pid_0100-512X/nrm_iso">SciELO</a> (América Latina), Scopus/Elsevier (Holanda), Web of Science, DOAJ, Latindex, e nacionais, como o CCN/IBICT e o Pergamum. Publica, atualmente, três números por ano. Conceito QUALIS/CAPES periódicos: A1.</p> pt-BR Revista Kriterion 0100-512X POSITIVISMO JURÍDICO E AUTORIDADE DA NORMA JURÍDICA https://periodicos.ufmg.br/index.php/kriterion/article/view/41862 <p>O presente artigo insere-se no domínio da teoria do direito,<br />tendo por objetivo discutir o conceito e a centralidade da autoridade no debate<br />contemporâneo em torno do positivismo jurídico, bem como oferecer uma posição<br />alternativa, sustentada por Pachukanis e baseada no sujeito de direito (uma<br />categoria quase que esquecida, ofuscada pelo horizonte da norma jurídica e<br />de sua autoridade). O estudo procede com uma análise comparativa da noção<br />de autoridade nos autores clássicos do positivismo jurídico (Austin, Kelsen e<br />Hart), indicando como essa perspectiva ainda é hegemônica no pensamento<br />jurídico contemporâneo, mesmo nas versões contemporâneas do juspositivismo.<br />O passo seguinte é o contraste das concepções baseadas na autoridade com a<br />concepção de Evgeni Pachukanis, cujo cerne é a subjetividade jurídica. Ao se<br />comparar as principais propostas teóricas com a perspectiva pachukaniana da<br />forma jurídica, nota-se que a autoridade é um conceito vazio, incapaz de definir a especificidade histórica do direito. Compreendida como poder repressivo<br />do Estado, como poder socialmente reconhecido ou como razão legítima<br />(autoproclamada) para agir, a autoridade não pode fornecer as fronteiras<br />conceituais do fenômeno jurídico.</p> Pablo Biondi Copyright (c) 2024 Revista Kriterion https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-14 2024-02-14 65 156 COMO O PRINCÍPIO DA RAZÃO SUFICIENTE MINA O ARGUMENTO COSMOLÓGICO https://periodicos.ufmg.br/index.php/kriterion/article/view/42035 <p>Meu objetivo aqui é mostrar como o Argumento Cosmológico<br />(AC) é abalado por uma de suas próprias premissas: o Princípio da Razão<br />Suficiente (PRS). Primeiramente, explico que tipo de AC tenho em mente (I).<br />Em segundo lugar, explico uma objeção modal tradicional contra o PRS que<br />é, em última instância, baseado em nossas intuições a favor da contingência<br />(II). Em terceiro lugar, mostro como essa objeção modal clama por questionar<br />o necessitário e, em seguida, reformulo o AC em termos mais neutros (III).<br />Em quarto lugar, utilizando esta versão mais neutra do AC, argumento que o<br />problema principal com o PRS vai além de suas consequências aparentemente<br />necessitárias. Como mostra um argumento usado por Bradley, abraçar a via<br />racionalista que subjaz ao PRS parece nos dedicar a uma forma de Monismo<br />Radical também (IV). Finalmente, concluo mostrando como esse resultado, em<br />última instância, mina o próprio AC (V).</p> Sebastián Briceño Copyright (c) 2024 Revista Kriterion https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-14 2024-02-14 65 156 CIÊNCIA, IMAGINAÇÃO E VALORES NA VIRADA ENERGÉTICA ALEMÃ https://periodicos.ufmg.br/index.php/kriterion/article/view/40941 <p>O utopianismo científico de Neurath é a proposta para que as<br />ciências sociais se envolvam na elaboração, desenvolvimento e comparação<br />de cenários contrafactuais, as ‘utopias’. Tais cenários podem ser entendidos<br />como peças centrais de experimentos de pensamento científicos, isto é, em<br />exercícios da imaginação que não apenas promovem a revisão conceitual, mas<br />também estimulam a criatividade para lidar com problemas vivenciados, já<br />que utopias são esforços para imaginar como o futuro poderia ser. Ademais,<br />experimentos de pensamento utópicos podem oferecer conhecimento científico<br />para informar debates e decisões políticas, contribuindo para formatar a<br />sociedade. Este ensaio reconstrói um evento histórico como um exemplo da<br />metodologia utopianista de Neurath. No final dos anos 1970 e início dos anos<br />1980, uma comissão científica e política designada pelo parlamento da Alemanha<br />Ocidental inventou e comparou quatro cenários para políticas energéticoeconômicas<br />futuras. Conclusões da comissão informaram decisões políticas<br />que puseram a Alemanha Ocidental (e depois reunificada) em um caminho para<br />se tornar uma potência industrial verde. Uma parte fundamental do trabalho<br />da comissão envolveu um apelo à imaginação, permitindo a caracterização<br />sob a metodologia de Neurath.</p> Ivan Ferreira da Cunha Alexander Linsbichler Copyright (c) 2024 Revista Kriterion https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-14 2024-02-14 65 156 É POSSÍVEL OUVIR O TEMPO-DURÉE? https://periodicos.ufmg.br/index.php/kriterion/article/view/37452 <p>O artigo analisa o tema da escuta musical do tempo na filosofia<br />de Vladimir Jankélévitch, buscando avaliar qual seja a prova fenomênica<br />alegada por Jankélévitch para sustentar a tese de que a escuta musical do<br />tempo carrega as mesmas propriedades do conceito de durée de Henri Bergson.<br />Concluímos que (1) as descrições temporais de Jankélévitch não são suficientes<br />para sustentar que a escuta musical equivale à escuta das propriedades da<br />durée, e que (2) esse fato implica um problema tanto para a máxima “a música<br />é a arte do tempo” quanto para a capacidade geral do bergsonismo, verificado<br />em demais autores, em fundar uma filosofia da música.</p> Ricardo Nachmanowicz Copyright (c) 2024 Revista Kriterion https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-14 2024-02-14 65 156 O ARCAÍSMO DA SUBSTANCIALIDADE NO ESCRITO DA DIFERENÇA DE HEGEL https://periodicos.ufmg.br/index.php/kriterion/article/view/39659 <p>O objetivo deste trabalho é demonstrar que uma das razões<br />para o fracasso de Hegel em consumar o projeto de “construir do absoluto para<br />a consciência” apresentado em 1801 em seu Escrito da Diferença consistia no<br />descompasso patente entre a negatividade que estaria submetida às determinações<br />da finitude e à concepção do absoluto pensado ainda substancialmente. Nesse<br />sentido, aquilo que chamamos aqui de arcaísmo da substancialidade daria<br />o tom desse descompasso que acarretava ainda na heterogeneidade entre a<br />finitude, com seu modo de ascender ao absoluto, e o absoluto mesmo. Entre<br />outras coisas, isso ficará mais claro observando o formalismo da proposta<br />intuicionista que Hegel apresenta nessa época, visando salvaguardar a elevação<br />da consciência sem que, com isso, sua negatividade intrínseca manchasse a<br />absolutidade do princípio ao qual essa se elevava.</p> Luiz Filipe da Silva Oliveira Copyright (c) 2024 Revista Kriterion https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-14 2024-02-14 65 156 OBRIGAÇÃO POLÍTICA, DESOBEDIÊNCIA CIVIL E RESISTÊNCIA NO REGIME DEMOCRÁTICO https://periodicos.ufmg.br/index.php/kriterion/article/view/40039 <p>O artigo examina a função da noção de obrigação política no<br />pensamento do filósofo italiano da política e do direito Alessandro Passerin<br />d’Entrèves (1902-1985), especialmente em sua relação com o regime democrático<br />e as formas de resistência por parte dos cidadãos. Pela análise dos principais<br />argumentos do autor a esse respeito, o artigo procura demonstrar a flexibilidade<br />do conceito de Estado do autor e a importância da filosofia enquanto ponto<br />de intersecção entre a moral e o direito, constituindo-se como instrumento de<br />abordagem fenomenológica das formas de associação humana.</p> Maísa Martorano Suarez Pardo Copyright (c) 2024 Revista Kriterion https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-14 2024-02-14 65 156 ¿LA FÍSICA DEPENDE EPISTEMOLÓGICAMENTE DE LA ÉTICA EN EL ESTOICISMO? https://periodicos.ufmg.br/index.php/kriterion/article/view/42123 <p>Este trabajo sostiene que en el estoicismo la física depende<br />epistemológicamente de la ética, pues las tesis teológicas sobre que los dioses<br />son benéficos y cuidan de los seres humanos (las cuales son parte de la física)<br />dependen, para ser sostenidas o establecidas con contundencia, del conocimiento<br />del ámbito ético de la filosofía estoica. Es posible apreciar esta dependencia en<br />la respuesta que los estoicos darían a las críticas que otras escuelas filosóficas<br />formulan hacia algunas de las tesis teológicas estoicas. No es una cuestión menor si hay este tipo de dependencia. En ella radica el que haya, o no, relaciones fundacionales entre la ética y la física, cuestión que está en boga en los estudios<br />contemporáneos sobre el estoicismo. La propuesta de este artículo contribuye<br />a sostener que no las hay.</p> José Luis Ponce Pérez Copyright (c) 2024 Revista Kriterion https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-14 2024-02-14 65 156 DEVERES COLETIVOS COMPLEXOS E ORIENTAÇÃO À AÇÃO https://periodicos.ufmg.br/index.php/kriterion/article/view/37756 <p>Em geral, podemos encontrar na literatura (tanto na popular<br />quanto na acadêmica) atribuições de deveres coletivos complexos a coletivos<br />não estruturados extensos de indivíduos. Por “deveres coletivos complexos”,<br />quero dizer deveres coletivos que, de maneira plausível, exigem que os membros<br />individuais de um coletivo não estruturado extenso empreguem tipos diferentes<br />de ações contributivas para alcançarem um objetivo coletivo – por exemplo,<br />o suposto dever coletivo universal de acabar com a pobreza mundial. Neste<br />artigo, defendo que esses deveres não orientam a ação. O motivo é por que<br />eles não passam no que chamo de “teste de orientação de ação”. Esse teste<br />pressupõe a crença intuitiva de que um dever moral orienta a ação apenas se,<br />para o portador do dever, estiver claro o tipo de ação que ele deve praticar após<br />a atribuição do dever. Deveres coletivos complexos atribuídos a coletivos não<br />estruturados extensos não passam nesse teste porque, embora cada portador<br />do dever (ou seja, cada membro do coletivo) receba orientação sobre o fim que<br />se deve atingir em conjunto, não está claro para esses agentes o tipo de ação<br />que cada um deles deve por em prática.</p> Cristian Rettig Copyright (c) 2024 Revista Kriterion https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-14 2024-02-14 65 156 HEGEL Y LA MUERTE https://periodicos.ufmg.br/index.php/kriterion/article/view/41356 <p>En este artículo proponemos estudiar la manera en que la<br />conceptualización de la muerte llevada a cabo por Hegel ha sido leída por<br />una serie de autores. De esta manera, en un primer apartado restituiremos<br />la interpretación realizada por Heidegger sobre Hegel, para, en un segundo<br />momento, recuperar la lectura decisiva de Kojève sobre el mismo autor, y<br />terminar con una reposición de la hermenéutica llevada a cabo por Bataille<br />del filósofo idealista alemán. Así, se expondrá en la conclusión al presente artículo la existencia de motivos repetidos y sumamente similares presentes<br />en los tres pensadores recién nombrados, para quienes ciertamente la figura<br />de Hegel ha constituido una herencia insoslayable.</p> Gonzalo Ricci Cernadas Nicolás Di Natale Copyright (c) 2024 Revista Kriterion https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-14 2024-02-14 65 156 ASOMBRO Y TIEMPO DIRIGIDO EN LOS ESCRITOS DE JUVENTUD DE SIMONE WEIL https://periodicos.ufmg.br/index.php/kriterion/article/view/42071 <p>En este artículo analizamos la tentativa que realizó la joven<br />Simone Weil por pensar el tiempo y el cambio, y por descifrar la participación<br />que el mundo y la mente puedan tener en su configuración. Para lograrlo, nos<br />propusimos elucidar dos conceptos que creemos sintetizan su acercamiento: el<br />primero es el del asombro, entendido tanto en su calidad de intuición incesante<br />que revela la impotencia humana para comprender el presente, como en su<br />calidad de instancia mediadora entre ignorancia y ciencia humana aproximativa<br />del ámbito fenoménico. El segundo concepto que analizamos es el de tiempo<br />dirigido, significativo de la primera filosofía weiliana por cuanto patentiza la<br />subyugación del hombre al presente, único tiempo tangible. Determinación que<br />permite entender el sentido del pasado como existencia abolida, y el futuro<br />como núcleo virtual de posibilidades hacia el cual el ser humano prepara su<br />acción y trabajo gracias a su facultad para idear proyectos. En fin, en este<br />artículo tratamos de evidenciar la tensión problemática que discernía la joven Weil entre la ley de la inmediatez del mundo y la ley del tiempo que impone<br />pasos intermedios a la realización de toda actividad humana.</p> Juan-Manuel Ruiz Jiménez Copyright (c) 2024 Revista Kriterion https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-14 2024-02-14 65 156 ANTROPOLOGÍA, OBSTINACIÓN Y NATURALEZA https://periodicos.ufmg.br/index.php/kriterion/article/view/38641 <p>El presente artículo reconstruye la teoría crítica de Oskar Negt<br />y Alexander Kluge mediante la articulación de algunos conceptos clave de su<br />libro Historia y Obstinación. El objetivo es detallar las bases de la teoría crítica<br />de Negt y Kluge y mostrar cómo es que ésta adquiere su carácter normativo.<br />Con este fin, primero se reconstruyen las bases de la antropología desarrollada<br />por Negt y Kluge, mediante la cual se argumenta que los sujetos — en tanto<br />que seres creadores — poseen ‘obstinación’, que entienden como un potencial<br />intrínseco y material para resistir a la opresión. En segundo lugar se discute<br />el concepto de ‘acumulación primitiva’ usado por Negt y Kluge para mostrar la relación entre el capitalismo y la obstinación. Finalmente, se aclara el uso<br />que hacen Negt y Kluge del concepto de la ‘naturaleza humana’ con el fin de<br />mostrar cómo es que su teoría deriva su carácter normativo. Para esto, se<br />recurre al trabajo de Christoph Menke sobre la ‘naturaleza interna’.</p> Ricardo Samaniego de la Fuente Copyright (c) 2024 Revista Kriterion https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-14 2024-02-14 65 156