Ensaios de Literatura e Filologia https://periodicos.ufmg.br/index.php/literatura_filologia <p> </p><p>Revista do antigo Departamento de Letras Clássicas da <a href="http://www.letras.ufmg.br/site/">Faculdade de Letras</a> da <a href="https://www.ufmg.br/">Universidade Federal de Minas Gerais</a> (Brasil), publicada entre 1978 e 1987.</p> Universidade Federal de Minas Gerais pt-BR Ensaios de Literatura e Filologia 0104-2785 Resenha: HESIODO. Teogonia, 1979. HESIODO. Teogonia: a origem dos deuses, 1981 https://periodicos.ufmg.br/index.php/literatura_filologia/article/view/8192 A existência de duas traduções brasileiras da Teogonia, editadas nos últimos anos, demonstra o interesse que o texto de Hesiodo é capaz de provocar ainda. São trabalhos de índole e objetivos diferentes, merecendo ambos aplausos pela oportunidade de seu aparecimento. Magda Guadalupe dos Santos Jacyntho José Lins Brandão Copyright (c) 2017 Ensaios de Literatura e Filologia 1987-12-31 1987-12-31 5 177 180 Resenha: A democracia grega. Organização de Hélio Jaguaribe. Brasília, Editora da Universidade de Brasília, 1982. 149p. https://periodicos.ufmg.br/index.php/literatura_filologia/article/view/8193 O volume é composto pelas cinco conferências e mesa redonda realizadas durante a "Semana da Grécia" — promovida em 1980 pela UnB e pelo Instituto de Estudos Políticos e Sociais — acrescidas de uma introdução geral ao tema e da Oração Fúnebre de Péricles, em tradução portuguesa. Procura-se dar ao leitor uma informação geral a respeito da democracia grega — o que se obtém principalmente através da leitura da referida introdução e do artigo "A Democracia de Péricles", assinados ambos por Hélio Jaguaribe — ao mesmo tempo em que aspectos singulares do assunto recebem tratamento específico. Este é o caso das palestras de autoria de José Cavalcante de Souza, Mário Vieira de Mello, Celso Lafer e Eudoro de Sousa, intitulados, respectivamente: "A polis como quadro institucional da cultura grega"; "A critica socráticoplatônica à democracia ateniense"; "Medida e desmedida: reflexões sobre as relações externas da polis e sobre o conflito Demóstenes e Filipe"; e "Paidéia". Segundo as palavras do próprio organizador do volume, esses trabalhos "constituem uma tentativa de apreciação crítica, a partír de uma perspectiva brasileira contemporânea, do grande experimento político da Grécia clássica", buscando, "a partir da literatura disponível, reinterpretar, criticamente, as principais idéias e ocorrências políticas daquele mundo, notadamente na sua expressão ateniense". Jacyntho José Lins Brandão Magda Guadalupe dos Santos Copyright (c) 2017 Ensaios de Literatura e Filologia 1987-12-31 1987-12-31 5 180 183 Resenha: SÊNECA. Édipo. Tradução do original latino por Johnny José Mafra. Belo Horizonte: UFMG/PROED, 1982. 113 p. https://periodicos.ufmg.br/index.php/literatura_filologia/article/view/8194 A obra em questão vem ajudar a suprir grave lacuna no mer cado editorial brasileiro, em que raramente se encontram edições bilingües dos textos clássicos. Como nas melhores publicações es trangeiras, o <em>Êdipo</em>, de Sêneca, foi composto com detalhado cuida do gráfico, podendo facilmente o leitor percorrer o original se valendo da tradução ou mergulhar nesta conferindo-a, quando necessário, com o texto latino. Jacyntho José Lins Brandão Copyright (c) 2017 Ensaios de Literatura e Filologia 1987-12-31 1987-12-31 5 183 185 Resenha: JOSEPHUS, Flavius. Autobiografia, 1981. JOSEPHUS, Flavius. Defesa dos Judeus contra Apion e outros caluniadores, 1986. https://periodicos.ufmg.br/index.php/literatura_filologia/article/view/8195 A existência de duas traduções brasileiras da Teogonia, editadas nos últimos anos, demonstra o interesse que o texto de Hesiodo é capaz de provocar ainda. São trabalhos de índole e objetivos diferentes, merecendo ambos aplausos pela oportunidade de seu aparecimento. Johnny José Mafra Copyright (c) 2017 Ensaios de Literatura e Filologia 1987-12-31 1987-12-31 5 185 187 Apresentação https://periodicos.ufmg.br/index.php/literatura_filologia/article/view/8184 Rubens dos Santos Johnny José Mafra Vicente de Paulo Iannini Copyright (c) 2017 Ensaios de Literatura e Filologia 1987-12-31 1987-12-31 5 7 8 O quarto livro de Propércio https://periodicos.ufmg.br/index.php/literatura_filologia/article/view/8185 O livro IV das Elegias representa obra da maturidade de Propércio e contém algumas de suas elegias mais conhecidas e estudadas. Williams Shi Cheng Li Copyright (c) 2017 Ensaios de Literatura e Filologia 1987-12-31 1987-12-31 5 9 21 Selecta carmina https://periodicos.ufmg.br/index.php/literatura_filologia/article/view/8186 <p>A te, cui serie faueat fortuna dierum</p><p>O meliore, rogo sit tua dieta meios;</p><p>Sic magnus praebetur honos, ast omnia supra</p><p>Squalorem nostro promere corde dabis.</p> João Carlos de Melo Mota Copyright (c) 2017 Ensaios de Literatura e Filologia 1987-12-31 1987-12-31 5 22 40 Os estudos de sânscrito no Brasil https://periodicos.ufmg.br/index.php/literatura_filologia/article/view/8187 Datam da década de 50 a 60 as primeiras manifestações de interesse pelo sânscrito no Brasil, quando o grande romanista Professor Theodoro Henrique Maurer Júnior, em suas aulas de Glotologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo, utilizava-se de elementos da gramática sânscríta para comparações com o grego e o latim, na tentativa de reconstrução do indo-europeu. Maria Valíria A. de Mello Vargas Copyright (c) 2017 Ensaios de Literatura e Filologia 1987-12-31 1987-12-31 5 41 49 O imperialismo ateniense, Tucídides e a historiografia conteporânea, ou Do uso de um historiador antigo pelos historiadores contemporâneos https://periodicos.ufmg.br/index.php/literatura_filologia/article/view/8188 Tucidides está fora de moda. Depois de ter sido entronizado pela nascente historiografia científica do século XIX como o "verdadeiro pai da história", aquele que tornou o conhecimento do passado uma ciência, com o mesmo rigor das ciências naturais, e de ter assim atravessado triunfantemente a primeira metade deste século, Tucidides foi em seguida impiedosamente acusado de ter uma visão que não ia mais longe que um campo de batalha, sendo assim combatido como o inspirador da "histoire événementíelle". José Antônio Dabdab Trabulsi Copyright (c) 2017 Ensaios de Literatura e Filologia 1987-12-31 1987-12-31 5 51 73 Catulo, Tibulo e Marcial: três momentos da poesia lírica latina https://periodicos.ufmg.br/index.php/literatura_filologia/article/view/8189 Caio Valério Catulo é o principal poeta de um grupo de poetas da época de Cícero, conhecidos como <em>poetae noui</em>, os quais, fazendo verdadeira revolução na poesia, imitavam os alexandrinos, isto é, os poetas gregos que viveram nos séculos m e II a.C, nos reinos helenizados do Oriente, sobretudo em Alexandria. O mais célebre desses poetas foi Calímaco de Cirene, mas citam-se também Filetas, Licófron, Teócrito, Bion e Mosco. Aos latinos Cícero costumava chamar com desdém <em>cantores Euphorionis</em>, atribuindo-lhes as más qualidades do poeta alexandrino Euforião Johnny José Mafra Copyright (c) 2017 Ensaios de Literatura e Filologia 1987-12-31 1987-12-31 5 75 92 A apreciação dos trágicos gregos pelos poetas e teorizadores portugueses do século XVIII https://periodicos.ufmg.br/index.php/literatura_filologia/article/view/8190 "O único caminho para nos tornarmos grandes, até mesmo, se possível, imortais, é a imitação dos Antigos". Esta famosa frase de Winckelmann, o fundador do Neo-helenismo, como lhe chamou Pfeiffer, é também válida para a maior parte dos poetas portugueses do Séc. XVIII. O renovado culto da Antigüidade tínha penetrado em Portugal por mediação francesa. A origem deste acontecimento cultural, que é considerado uma reação contra o barroco, reside, na opinião geral, na publicação de uma série de livros: primeiro, a tradução da Art Poétique de Boileau, por Fran cisco Xavier de Meneses, quarto Conde da Ericeira (escrita em 1697, e muito lida em manuscrito, mas só impressa em 1793), depois do Exame Critico de Valadares e Sousa (1739); sete anos mais tarde saiu <em>O Verdadeiro Método de Estudar</em> de Verney que deu, como todos sabem, o primeiro grande impulso à reforma dos estudos. No ano seguinte, portanto em 1747, estalou a demorada polêmica entre o Marquês de Valença e Alexandre de Gusmão sobre o novo teatro, na qual o primeiro defendia a dramaturgia espanhola, e o segundo a francesa. Apenas um ano mais tarde, publicou Francisco José Freire (o arcádico Cândido Lusitano) a sua Arte Poética, que compendiava quase todas as regras provenientes, não só da Poética de Aristóteles e de Horácio, mas também da de Franceses, Italianos e Espanhóis. Que o livro não apresenta qualquer ponto de vista original, recónheceu-o o próprio autor, ao citar, incessantemente, para além dos teóricos gregos e latinos, os humanistas do Séc. XVI como Vossius, Scaliger, Castelvetro, Minturno, Robortello, e os modernos dos Séc. XVII e XVIII, como Boileau, Le Bossu, Dacier, Rolin, Muratori, Luzán e muitos outros. Conquanto estes teorizadores fossem conhecidos dos poe tas portugueses, o tratado permaneceu como o compêndio basilar da maioria, como se deduz das entusiásticas palavras de Manuel de Figueiredo: Maria Helena da Rocha Pereira Copyright (c) 2017 Ensaios de Literatura e Filologia 1987-12-31 1987-12-31 5 93 112 A (des)construção do herói (o problema da mediação no Héracles de Eurípides) https://periodicos.ufmg.br/index.php/literatura_filologia/article/view/8191 Ao leitor moderno — e certamente também ao espectador ateniense do V século a.C. — acostumado ao estilo de Sófocles e Esquilo, ocorre com freqüência experimentar uma sensação peculiar diante das peças de Eurípides, sensação difícil de definir, mas que poderia ser expressa, mais ou menos, como a constatação de um certo grau de hibridismo. Uma obra de arte, enquadrada em determinado gênero, cria naturalmente no público acostumado uma expectativa, decorrente do conjunto de experiências anteriores com outros autores e obras similares, que lhe permite identificar, implicitamente, os elementos distintivos daquele tipo de produção. Estabelecem-se assim linguagens características de cada gênero, que com o tempo passam a ser consideradas como próprias e mesmo, principalmente através do trabalho da crítica, como as únicas apropriadas a cada caso. Na prática, constituem verdadeiros limites dentro dos quais o autor deverá se movimentar e que, mesmo sem a ação coercitiva da crítica, são interiorizadas por ele e pelo público. Com efeito, a existência de diversos tipos de linguagem é a responsável pela abertura inicial dos canais de comunicação entre o autor e seu público, na medida em que o primeiro procura atender à expectativa do segundo através da obra. Jacyntho José Lins Brandão Copyright (c) 2017 Ensaios de Literatura e Filologia 1987-12-31 1987-12-31 5 113 175