@article{Krausz_2010, place={Belo Horizonte}, title={A persistência do exílio em Aharon Appelfeld}, volume={4}, url={https://periodicos.ufmg.br/index.php/maaravi/article/view/14062}, DOI={10.17851/1982-3053.4.7.37-44}, abstractNote={<p>Este artigo discute, em primeiro lugar, o embaralhamento dos conceitos de exílio e de lar nacional na trajetória do escritor hebraico Aharon Appelfeld, autor que, embora educado nos moldes da ideologia sionista a partir de sua chegada à Palestina Britânica, em 1946, manteve-se sempre apegado ao mundo dos judeus assimilados de língua alemã da Europa Central, do qual era originário. Sentindo-se sempre muito próximo à comunidade de expatriados desta região que, antes ou depois da 2ª. Guerra Mundial, refugiaram-se em Israel, Appelfeld cultivou, ao longo dos anos 1950, o convívio com estes refugiados e, a partir desta experiência, pode criar uma obra literária que é também uma reconstrução do universo de sua infância, obliterado pelo genocídio na Europa. Posteriormente são também discutidos dois dos romances austro-húngaros de Appelfeld – <em>Be et u’ve Onah Ahat e Massa al há-Horef</em> – nos quais o autor faz um retrato empático desta comunidade de judeus assimilados, ainda na Europa do período entre-guerras. Estes aparecem perdidos entre uma ideologia cosmopolita e humanista, que rapidamente desaparece da Europa na medida em que avançam os nacionalismos fascistas, e o declinante hassidismo ou judaísmo pietista. Suspensos entre dois mundos em vias de desaparecimento, estes judeus são como uma nova "geração do deserto", cujas jornadas levam ao lugar nenhum do exílio permanente.</p>}, number={7}, journal={Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG}, author={Krausz, Luis Sérgio}, year={2010}, month={out.}, pages={37–44} }