Motivação toponímica da Comarca do Serro Frio: estudo dos registros setecentistas e oitocentistas em mapas da Capitania de Minas Gerais

Autores

  • Márcia Maria Duarte dos Santos Universidade Federal de Minas Gerais
  • Maria Cândida Trindade Costa de Seabra Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Toponímia da Comarca do Serro Frio, Toponímia Histórica de Minas Gerais, Lingüística Histórica, Antropologia Lingüística, Fontes Cartográficas Históricas, Cartografia Histórica

Resumo

O “Mapa da Capitania de Minas Gerais com as Devisas de suas Comarcas” e a “Carta Geográfica da Capitania de Minas Gerais” são fontes primárias de informação e memórias históricas de um patrimônio lingüístico de grande interesse para os estudos toponímicos. Objetos de estudo deste trabalho, foram analisados desses mapas os topônimos referentes aos assentamentos da população, circunscritos a Comarca do Serro Frio, território composto, atualmente, por municípios mineiros, em sua maioria, das mesorregiões geográficas Jequitinhonha, Norte de Minas e Metropolitana de Belo Horizonte. Os resultados, alcançados com a análise dos dados estudados, são apresentados por meio de verbetes, diagramas e mapas que evidenciam as camadas dialetais presentes na língua padrão e a distribuição toponímica em categorias taxionômicas referentes aos principais padrões motivadores dos topônimos brasileiros.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Barbosa, W. de A. Dicionário Histórico-Geográfico de Minas Gerais. Belo Horizonte, Rio de Janeiro: Itatiaia, 1995.
Beaurepaire-Rohan, Visconde de. Dicionário de vocábulos brasileiros. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1889.
Bluteau, D. R. Vocabulário Portuguez e Latino. Coimbra: Collégio das Artes, 1712. v. 1-4.
Gregório irmão, José [José Cerqueira Capelle]. Contribuição Indígena ao Brasil. Belo Horizonte: União Brasileira de Educação e Ensino, 1980. 3. v.
Cintra, Jorge Pimental; Santos, Márcia Maria Duarte dos. Análise da Carta Geográfica da Capitania de Minas Gerais de 1804, inédito.
Cunha Mattos, R. J. da. Corografia Histórica da Província de Minas Gerais, 1:275 – A Coleção da Casa dos Contos de Ouro Preto, 203 - rapm, 1897.
Dados retirados de Joaquim Ribeiro Costa. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Belo Horizonte – Minas Gerais, v. x, p. 68, 1963.
Dauzat, A. Les Noms de Lieux. Paris : Delagrave, 1926.
Dick, M. V. P. A. A Motivação Toponímica e a Realidade Brasileira. São Paulo: Edições Arquivo do Estado, 1990.
Dick, M. V. P. A. Toponímia e Antroponímia no Brasil, Coletânea de Estudos. 2. ed. São Paulo: fflch/usp, 1990 a.
Dick, Maria Vicentina de P. A., Seabra, Maria Cândida T. C. Caminho das Águas, Povos dos Rios: Uma Visão Etnolingüística da Toponímia Brasileira. In: Congresso Nacional de Linguistica e Filosofia, 5., 2002, Rio de Janeiro. Anais do V Congresso Nacional de Lingüística e Filologia. Rio de Janeiro: uerj, 2002. p.64-91. v. 5.
Minas Gerais. Secretaria de Estado da Educação; Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia; Instituto de Geociências Aplicadas – iga. Mapa de Bacias Hidrográficas. Belo Horizonte, 2002. Escala 1:1 500 000.
Minas Gerais. Secretaria de Estado de Ciência; Tecnologia e Ensino Superior; Instituto de Geociências Aplicadas – iga. Mapa das Mesorregiões Geográfica. 7. ed. 2006. Escala 1: 1500000.
Fortes, M.de A. Tratado do modo mais fácil e exato de se fazer as cartas geographicas, assim de terra como de mar, e tirar as plantas das praças. Lisboa: 1722.
Fortes, M. de A. O Engenheiro Portuguez. Lisboa: 1728. Tomo i.
Franco, Francisco de Assis Carvalho. Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil. São Paulo: Comissão do iv Centenário da Cidade de São Paulo, 1953.
Minas Gerais. Instituto de Geociências Aplicadas – iga. As denominações urbanas de minas Gerais: cidades e vilas mineiras com estudo toponímico e da categoria administrativa. Belo Horizonte: Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, 1993.
José, Oiliam. Indígenas de Minas Gerais – aspectos sociais, políticos e etnológicos. Belo Horizonte: Edições Movimento – Perspectiva, 1897.
Machado, José Pedro. Dicionário Onomástico e Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa: Editorial Confluência, 1984. 3. v.
Morais e Silva, A. Diccionario da Língua Portuguesa. 2. ed. Lisboa: Typographia Lacerdina, 1813.
Resende, M. E. L. de. Estudo Crítico. In: Rocha, José Joaquim da. Geografia Histórica da Capitania de Minas Gerais: descrição geográfica, topográfica, histórica e política da Capitania de Minas Gerais. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1995.
Rocha, José Joaquim da. Geografia Histórica da Capitania de Minas Gerais: descrição geográfica, topográfica, histórica e política da Capitania de Minas Gerais. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1995. (5 pranchas).
Sampaio, Theodoro. O tupi na geografia nacional. 5. ed. São Paulo: 1987.
Santos, Márcia Maria Duarte dos et al. A Capitania de Minas Gerais no início dos oitocentos, segundo a cartografia de Caetano Luiz de Miranda: Informações fidedignas?, inédita.
Sapir, Edward. Lingüística como ciência – Ensaios. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1961.
Seabra, M. C. T. C. A formação e a fixação da Língua Portuguesa em Minas Gerais: a Toponímia da Região do Carmo. Tese (Doutorado). Faculdade de Letras, ufmg, Belo Horizonte, inédita. 2. v.
Senna, N. de. Nótulas sobre a toponímia geográfica brasílico-indígena em Minas Gerais. Revista do Arquivo Público Mineiro, Belo Horizonte, v. 20, 1926.
Silveira Bueno, F. Vocabulário Tupi-Guarani Português. São Paulo: Éfeta, 1998.
Souza, Bernardino José de. Dicionário da Terra e da Gente do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 2004.

Downloads

Publicado

2011-06-01