O acervo de Paleontologia do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
seus achados e diálogo no contexto do projeto Renasce Museu
Palavras-chave:
Museu de História Natural, Acervo, Paleontologia, Paleomastozoologia, Projeto Renasce MuseuResumo
O projeto Renasce Museu iniciou em 2022 e visou reestruturar as coleções do Museu de História Natural e Jardim Botânico (MHNJB) da UFMG afetadas pelo incêndio em 2020. Este trabalho objetiva divulgar os principais achados relacionados ao acervo de Paleontologia e discutir a importância da abordagem interdisciplinar entre a paleontologia e equipes de outras áreas. A metodologia incluiu o registro em uma ficha modelo digital e comparações anatômicas e taxonômicas com espécimes do acervo do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas. Dentre os principais resultados destacamos a confecção de novas fichas, conjuntamente com a equipe de museologia, incluindo informações para a gestão de acervos. Com relação às fichas, foram realizadas correções e atualizações, especialmente referentes à nomenclatura atual dos táxons. No total, 323 espécimes foram revisados, sendo 123 espécimes a mais do que o número previsto inicialmente no projeto. Dos 24 táxons distintos identificados, destacamos os táxons predominantes: Tayassu pecari, Catonyx cuvieri, Paleolama major, Tapirus sp., Notiomastodon platensis, Pecari tajacu, Valgipes buclandi e Hydrochoerus hydrochaeris. Sobre a integridade óssea dos espécimes, 35,18% estavam completos, 34,05% parcialmente completos e 30,65% fragmentados. Sobre a ontogenia, 82,04% eram adultos, 13,93% juvenis e apenas 4,02% eram senis. A maioria dos táxons identificados são característicos de ambientes com pastagens e florestas abertas, possivelmente um paleoambiente comum durante o Pleistoceno de Minas Gerais. Os resultados e discussão foram divulgados em um sistema on-line de acesso público. O projeto Renasce Museu foi um trabalho interdisciplinar entre a paleontologia e equipes de outras áreas, destacando, assim, sua importância local e nacional.
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