Os estudos de paleosismicidade como ferramenta de gestão de riscos: evidências, literatura e futuro
Palavras-chave:
Paleosismicidade, neotectônica, reativação, falhas.Resumo
Este artigo trata da temática da associação de eventos tectônicos recentes no tempo geológico com a paleosismicidade, relacionados ao Cráton do São Francisco, na sua porção meridional, onde está inserida a Bacia do Rio Doce. A sismologia é uma ciência com divulgação principalmente acadêmica quando se trata da escala continental, contudo em escala local está inserida no contexto dos projetos de Engenharia, ciência esta nem sempre considerada frente à crença equivocada, de que o Brasil não é um território com riscos sísmicos. Estudos recentemente publicados indicam, para determinadas regiões brasileiras, um risco sísmico considerável. Dentre regiões de maior risco sísmico, podem-se destacar algumas partes do território mineiro, com especial atenção para o Quadrilátero Ferrífero onde começa o Alto do Rio Doce. Existe a evidente necessidade de se reforçar a rede sismológica nacional, tanto em termos de distribuição espacial, quando de precisão e tratamento de dados. É necessário que as Escolas se capacitem e criem centros de sismologia de forma a gerar uma massa critica que consiga responder adequadamente aos riscos que se apresentam. Enquanto não se dispõe de uma estrutura e de dados adequados, a paleosismicidade desponta como um importante instrumento para o conhecimento do potencial de risco sísmico de uma dada localidade, de forma a que se possam adotar as medidas necessárias para redução da vulnerabilidade da sociedade e meio ambiente aos mesmos.Downloads
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