Habilidade na variabilidade gráfica: comportamento motor das oleiras Borda Incisa (Parintins/AM)

Autores

  • Lílian Panachuk UFMG

Palavras-chave:

Análise gestual, habilidade motora, cerâmica arqueológica, decoração plástica, grafismos, nível de habilidade.

Resumo

É possível observar nos estudos gestuais da cerâmica arqueológica, inaugurados no Brasil por Aytai, o interesse pelo processo de ensino e aprendizagem, a organização, a geometria dos elementos e sua disposição também foram focados em diferentes estudos. Neste artigo o interesse é igualmente a análise do gesto, especificamente daquele envolvido na produção da decoração incisa. Os objetos
selecionados foram atribuídos à tradição arqueológica Borda Incisa, e o sítio, Parintins 8, localiza-se no município homônimo, no estado do Amazonas. 

A inspiração analítica foi colhida concomitantemente na antropologia e na fisiologia do movimento, já que é preciso explicações multidimensionais para que possamos captar o gesto, que é ensinado de acordo com um emaranhado de relações. Para tanto as habilidades motoras foram classificadas de forma a incluir aspectos musculares, temporais, ambientais, funcionais e de desenvolvimento. E sob estes critérios múltiplos observaram-se as habilidades motoras em relação à estrutura, geometria e cinemática envolvidas no grafismo, para entender o belo, o gosto de uma época.

O foco deste artigo é apontar estratégias concretas para analisar os componentes do movimento na produção decorativa do objeto cerâmico, dos grafismos e motivos decorativos. Interessa também avaliar os resultados alcançados com esta base teórica no intento de identificar os padrões de movimento, que permitam avaliar os diferentes níveis de habilidade da oleira produtora do recipiente analisado, e assim debater sobre os processos de ensino e aprendizado entre as ceramistas do passado.

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Biografia do Autor

Lílian Panachuk, UFMG

Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. Doutoranda em Arqueologia pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia Social e Arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais.

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Publicado

2018-06-13

Edição

Seção

Artigos