Francisco Edvander Pires Santos; Magda Lúcia Almada Soares; Cyntia Chaves de Carvalho Gomes Cardoso
Artigo
Metodologia de pesquisa para estudos com podcast em Biblioteconomia e Ciência da Informação
Francisco Edvander Pires Santos1
Magda Lúcia Almada Soares2
Cyntia Chaves de Carvalho Gomes Cardoso3
Resumo: Este artigo apresenta o método de pesquisa intitulado Podcast Ethnography, traduzido para o português como Etnografia na Podosfera, partindo da seguinte questão norteadora: De que maneira definir uma metodologia de pesquisa científica pautada nas bases conceituais e nas aplicabilidades da podosfera? Como objetivo geral, discute-se a Etnografia na Podosfera como método de pesquisa e como base metodológica para o uso de técnicas e instrumentos de coleta e análise de dados oriundos de agregadores de podcast, tendo como resultado a proposta de um roteiro de pesquisa para estudos com podcast nas áreas de Biblioteconomia e Ciência da Informação. Visando subsidiar a aplicabilidade do método etnográfico na podosfera, propõem-se instrumentos, estratégias e técnicas para coleta e análise de dados oriundos de agregadores de podcasts. Nesse sentido, apresentam-se metadados, campos e questões abertas para a construção de formulários de pesquisa, além de recursos e ferramentas para a criação de diário de campo eletrônico e para a organização de cronograma de pesquisa. Na finalidade de analisar o conteúdo dos episódios em podcast, apresentam-se a transcrição de áudio, a definição de minutagem e a categorização por assunto como estratégias para a discussão dos resultados obtidos por meio da Etnografia na Podosfera. Conclui-se que os podcasts têm contribuído para a divulgação científica na medida em que se tornaram objeto de estudo para pesquisadores e bibliotecários.
Palavras-chave: Etnografia na podosfera; podcast; documento sonoro; método de pesquisa; análise de conteúdo.
Research method to carry podcast studies out in Librarianship and Information Science
Abstract: This article introduces the Podcast Ethnography as a research method under the following question: How to define a scientific methodology based on the theoretical and practical approaches on the podosphere? The main objective is discussing Podcast Ethnography as a research method and as a methodological basis to purpose techniques and instruments for collecting and analyzing data from podcast aggregators, by resulting in a research script to carry podcast studies out in Librarianship and Information Science. In this respect, Podcast Ethnography allows the development of research tools, strategies and techniques for collecting and analyzing data available on podcast aggregators. As a purpose, metadata, fields and open questions are presented aiming to develop research forms. In addition, there are suggestions to collect data by using an electronic research diary and by organizing a research schedule. In order to analyze the content of podcast episodes, the audio transcription, the definition of timestamps, and the categorization by subject are presented as strategies for discussing the results obtained through Podcast Ethnography. It is concluded that podcasts have contributed to scientific communication as a growing media which has become an object of study to researches and librarians.
Keywords: Podcast ethnography; podosphere; sound document; research method; content analysis.
Metodología para investigaciones con podcasts en estudios de Bibliotecología y Ciencias de la Información
Resumen: Este artículo presenta el método de investigación titulado Podcast Ethnography, traducido como Etnografía en la Podosfera, basado en la siguiente pregunta: ¿Cómo definir una metodología de investigación científica basada en los conceptos y en las aplicabilidades de la podosfera? Como objetivo general, se discute la Etnografía en la Podosfera como método de investigación y como base metodológica al se proponer técnicas e instrumentos para la recolección y el análisis de datos provenientes de los agregadores de podcast, resultando, así mismo, en la propuesta de un guión de investigación para estudios con podcast en Bibliotecología y Ciencias de la Información. Con el objetivo de apoyar la aplicabilidad del método etnográfico en la podosfera, se proponen instrumentos, estrategias y técnicas para la recolección y para el análisis de datos disponibles en los agregadores de podcasts. En este sentido, se presentan metadatos, campos y preguntas abiertas para la construcción de formularios de investigación, así como recursos y herramientas para la creación de un diario de campo electrónico y para la organización de un cronograma de investigación. Para analizar el contenido de los episodios de podcast, se presentan la transcripción de audio, la definición de los minutos y la categorización por temas como estrategias de discusión de los resultados obtenidos a través de la Etnografía en la Podosfera. Se concluye que los podcasts han contribuido a la divulgación científica en la medida que se han convertido en objeto de estudio para investigadores y bibliotecarios.
Palabras-clave: Etnografía en la podosfera; podcast; documento sonoro; método de investigación; análisis de contenido.
Como citar este artigo: SANTOS, Francisco Edvander Pires; SOARES, Magda Lúcia Almada; CARDOSO, Cyntia Chaves de Carvalho Gomes. Metodologia de pesquisa para estudos com podcast em Biblioteconomia e Ciência da Informação. Múltiplos Olhares em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 14, p. 1-20, 2024. DOI: 10.35699/2237-6658.2024.51825.
1 Introdução
Na transição do suporte físico para o digital, o conteúdo em áudio ganhou novas formas de produção, apresentação e arquivamento, desde a organização de arquivos em formato e extensão MP3 até a sua disponibilização no streaming, isto é, ouvido através da Internet a partir de uma conta criada em plataformas digitais online e em aplicativos de áudio nos dispositivos móveis. Desse modo, houve o surgimento da mídia podcast, a qual está imersa em um ecossistema digital com características próprias, denominado podosfera, que, por sua vez, incorpora acervos de áudio gerenciados de acordo com a necessidade ou preferência de cada usuário e que figuram entre as fontes de informação que subsidiam o desenvolvimento de pesquisas científicas.
Do inglês podosphere, definimos a podosfera como sendo o ambiente virtual onde os podcasts são criados, administrados e distribuídos, para que os seus episódios sejam pesquisados, acessados e ouvidos no streaming (online) ou após download do arquivo de áudio, normalmente no formato e extensão MP3. Na podosfera, o conteúdo é distribuído por meio dos agregadores de podcast, chamados, ainda, de plataformas de áudio, serviços de streaming, aplicativos ou players (tocadores), dentre eles: Amazon Music, Apple Podcasts, Deezer, Spotify, YouTube Music e muitos outros. Além dos convidados e da interação com a audiência, há os produtores e administradores de podcast, denominados podcasters.
Acerca dessa tecnologia desenvolvida no início dos anos 2000, que se originou a partir de um neologismo das palavras iPod e broadcast, Meredith Farkas (2007, p. 181, tradução nossa) esclarece que: “Embora os blogs fossem a ferramenta de software social mais referenciada em 2004, os podcasts chegaram ao radar das pessoas em 2005, quando ‘podcast’ foi nomeado Palavra do Ano pelo New Oxford American Dictionary”. Anos depois, Tanmay De Sarkar (2012) publica um artigo basilar no qual mapeia a produção de podcast em bibliotecas públicas e universitárias de quatro regiões do mundo: América do Norte, Europa, Ásia e Austrália.
Diante dessa contextualização do tema, a motivação em produzir este artigo advém da experiência na administração de um podcast acadêmico cuja proposta teve origem no ano de 2018, como produção técnica oriunda de uma pesquisa de mestrado em Ciência da Informação. Com o passar dos anos, percebemos que o crescimento exponencial da podosfera favoreceu o desenvolvimento de estudos científicos e despertou o interesse de muitos pesquisadores em explorar o podcast como objeto de investigação.
Nesse sentido, demandou-se a existência de um método de pesquisa que contemplasse as particularidades da podosfera. Foi então que os autores Markus Lundström e Tomas Poletti Lundström (2021) propuseram o método Podcast Ethnography, que traduziremos como Etnografia na Podosfera tendo como base a seguinte questão norteadora: De que maneira definir uma metodologia de pesquisa científica pautada nas bases conceituais e nas aplicabilidades da podosfera? Como objetivo geral, pretendemos discutir a Etnografia na Podosfera como método de pesquisa e como base metodológica para o uso de instrumentos e técnicas de coleta e análise de dados oriundos de agregadores de podcast.
Metodologicamente, apresentamos a Etnografia na Podosfera como método de pesquisa, no qual demonstramos a abordagem exploratória nos agregadores de podcast. Na sequência, discutimos as possibilidades de instrumentos e técnicas para coleta de dados oriundos da podosfera, a exemplo de formulários, capturas de tela, diário de campo eletrônico, metadados e softwares aplicados a pesquisas científicas. Em seguida, incorporamos a análise de conteúdo como técnica para análise de dados provenientes dos episódios de podcast, utilizando a codificação e a categorização como base para a apresentação dos resultados obtidos. Por fim, temos a proposta de um roteiro de pesquisa para estudos com podcast nas áreas de Biblioteconomia e Ciência da Informação, mas com a viabilidade de aplicação a outras áreas do conhecimento que contemplem o podcast como objeto de investigação.
2 Etnografia na Podosfera
Como método de pesquisa, a Etnografia possui distintas nuances e possibilidades de aplicação, e a sua derivação mais recente trata-se da Podcast Ethnography (Lundström, M.; Lundström, T., 2021), cuja proposição nos leva a pensar em três maneiras de traduzi-lo para a língua portuguesa, segundo as suas variações e possibilidades de interpretação, a saber: Etnografia de Podcast, Etnografia em Podcast ou Etnografia na Podosfera.
Ao traduzirmos para Etnografia de Podcast, partimos do pressuposto de que o investigador irá explorar apenas um podcast em sua pesquisa, da mesma forma com que os referidos autores procederam em seu artigo, no qual o método foi aplicado à análise do podcast intitulado Motgift. Por outro lado, caso optemos por traduzir para Etnografia em Podcast, afirmamos que o investigador pesquisará o termo ‘Etnografia’ em vários podcasts, ou seja, respondendo-se a uma questão norteadora como esta: “O que há sobre o tema ‘Etnografia’ ao se pesquisar por esse assunto nos principais agregadores de podcast?”.
Diante dessas variações semânticas, que incidem nas formas distintas de interpretação, optamos por traduzir o método como Etnografia na Podosfera, principalmente em virtude de ampliarmos a proposta metodológica de pesquisa para mais de um podcast e em vários agregadores. Como embasamento teórico e metodológico para este artigo, a Etnografia na Podosfera permite-nos traçar um roteiro de pesquisa visando ao desenvolvimento de estudos nos quais o podcast emerge como objeto de investigação.
Nessa perspectiva, o método da Etnografia na Podosfera surge como base metodológica na definição de estratégias, instrumentos e técnicas para coleta e análise de dados registrados em áudio, visando compor estudos científicos sobre podcasts. Para tanto, a imagem a seguir ilustra os elementos do percurso metodológico da pesquisa científica.
Figura 1 – Elementos do percurso metodológico da pesquisa científica
Fonte: Elaboração nossa (2024), com base em De Sordi (2013), a partir de modelo disponível no Canva
Como tipo de pesquisa, a podosfera atrai, por natureza, o viés exploratório para a composição de estudos científicos, na medida em que o investigador deparar-se-á com temáticas que almeja conhecer. Em seguida, os dados serão organizados a fim de se compreender, discutir e dialogar com os achados nessa fase inicial de exploração da podosfera, tendo em vista que, na definição de Appolinário (2011, p. 75), a pesquisa exploratória contempla um “I. Estudo que tem por objetivo aumentar a compreensão de um fenômeno ainda pouco conhecido, ou de um problema de pesquisa ainda não perfeitamente delineado; II. Estudo preliminar, estudo prospectivo”.
Indo ao encontro da pesquisa exploratória, teremos o método da Etnografia na Podosfera. Acerca do método científico, Trujillo Ferrari (1974, p. 24-25) define-o como sendo “[...] o conjunto de sequências operacionais, sustentadas numa sistemática manipulação para alcançar determinado fim científico [...] [Além disso,] implica em utilizar de forma adequada a reflexão e a experimentação [...]”. O autor também ressalta que as orientações a serem seguidas pelo pesquisador deverão nortear a composição de uma metodologia de pesquisa, na finalidade de que os procedimentos adotados sejam replicáveis ou refutáveis entre a comunidade científica.
Nessa direção, com base em Markus Lundström e Tomas Poletti Lundström (2021), a Etnografia na Podosfera surge como um método científico. Partindo da análise que esses autores realizaram ao acessar os episódios do podcast intitulado Motgift, as etapas desse método consistem no que chamaremos de Triangulação EEE: Explorar, Engajar e Examinar, descrita do seguinte modo: “[...] (i) Explorar o podcast de forma aberta e até indutiva; (ii) Engajar-se com o podcast refletindo sobre a sua consulta; e, finalmente, (iii) Examinar o podcast por meio de ferramentas analíticas e/ou teóricas aplicáveis” (Lundström, M.; Lundström, T., 2021, p. 290, grifo nosso, tradução nossa).
Figura 2 – Triangulação EEE do método Etnografia na Podosfera
Fonte: Elaboração nossa (2024), com base em M. Lundström e T. Lundström (2021).
A fim de analisar o conteúdo de um podcast, consideramos necessário ao pesquisador refletir acerca de critérios que irão nortear a sua decisão em explorar um agregador. Dentre esses critérios, destacamos os seguintes: a popularidade e as atualizações de uma plataforma de áudio; a afinidade com o layout ou desenho gráfico do player; a necessidade de assinatura de um plano para acessar o conteúdo; a disponibilização gratuita do conteúdo na podosfera; a existência de conteúdo produzido e disponibilizado com exclusividade pela plataforma; as possibilidades de busca por podcast e por episódio; e o ranqueamento dos podcasts na busca segundo os temas de interesse.
Nessa etapa inicial da pesquisa, a intenção é contextualizar o planejamento da estratégia de busca propriamente dita, além de serem detalhadas a justificativa e as motivações pessoais ou profissionais que levaram à escolha de um agregador em detrimento a outros existentes. Visando ilustrá-los, apresentamos, na Figura 3, os principais agregadores de podcast que podem ser trabalhados em estudos científicos.
Figura 3 – Principais agregadores de podcast
Fonte: Site das plataformas, 30 jan. 2024.
Portanto, preliminar à escolha do podcast é a escolha do agregador. Dentre as várias opções de players existentes, o investigador definirá critérios de escolha com o objetivo de subsidiar a sua pesquisa. Além disso, é necessário que sejam apresentadas as principais características que individualizam cada agregador, tais como: ano de lançamento da plataforma, identificação de seus desenvolvedores, motivações que os levaram a desenvolver a plataforma, contexto do seu lançamento e características de sua marca. Seguir esse roteiro permitirá a composição de uma historiografia do agregador, ao introduzir a maneira como a busca foi realizada no intuito de explorar um podcast em específico.
Escolhido o agregador, a próxima etapa é a tomada de decisão sobre o podcast a ser analisado. Para tanto, o pesquisador irá se deparar com um podcast previamente selecionado ou com um tema de interesse para busca no agregador. Em ambas as situações, uma das etapas que subsidiarão o processo de busca será a definição de palavras-chave antes de realizar a pesquisa na podosfera.
Nesse sentido, como estratégia de busca a fim de compor um roteiro de pesquisa, recomendamos o acesso ao agregador Listen Notes, desenvolvido por Wenbin Fang, lançado em 2017 e considerado um dos mais importantes motores de busca da podosfera. Trata-se de um diretório cuja encontrabilidade remete a episódios publicados e a títulos de podcasts, quando pesquisados por um determinado tema de interesse ou mesmo para verificar quantos e quais podcasts existentes na podosfera sob um determinado título. Visando ilustrar a recuperabilidade do Listen Notes, simulamos a busca pelo termo ‘Etnografia’, para o qual o site apresentou, como resultado de busca no mês de janeiro de 2024, o total de 1.048 episódios e 32 podcasts.
Figura 4 – Resultados de busca por ‘Etnografia’ no Listen Notes
Fonte: Listen Notes. Disponível em: https://www.listennotes.com/search/?q=etnografia&scope=podcast. Acesso em: 15 jan. 2024.
A partir dos resultados recuperados no Listen Notes, o investigador poderá refletir com base na seguinte problemática: “Todos os episódios apresentados na interface de busca fazem parte do quantitativo de podcasts também recuperados?” Isto é, será que os 1.048 episódios recuperados com o tema ‘Etnografia’ foram publicados dentre os 32 podcasts também recuperados nessa busca? Desse modo, amplia-se o escopo sobre as possibilidades de pesquisa quando há um assunto específico a ser explorado na podosfera.
Por esse motivo, recomendamos o uso de mapas conceituais como recursos visuais destinados a organizar os termos de busca, considerando o termo primário e as palavras-chave secundárias, classificadas como sinônimos, termos equivalentes ou termos relacionados. Desenha-se, assim, uma estrutura própria de tesauro, com a finalidade de guiar o pesquisador na escolha dos termos de busca na podosfera. A imagem a seguir exemplifica o termo ‘Etnografia’ como primário e apresenta 10 termos relacionados, dentre outros, que podem ser explorados na busca em agregadores de podcast.
Figura 5 – Mapa conceitual para busca por ‘Etnografia’ nos agregadores de podcast
Fonte: Elaboração nossa (2024), a partir de modelo disponível no Canva
Definidos os agregadores e as palavras-chave, o pesquisador iniciará, de fato, a exploração do podcast. Assim, serão necessárias técnicas para a coleta de dados, o que dependerá da construção de instrumentos que viabilizem o registro dos achados na podosfera. Consoante De Sordi (2013), os dados coletados, nomeados pelo autor como ‘insumos’, demandam ordenação, análise e descrição que permitam a replicação da pesquisa. Para tanto, as técnicas são aplicadas como parte da metodologia, visando à organização e ao processamento dos “[...] insumos coletados pelo pesquisador. Esses insumos devem ser descritos na comunicação científica para que seja possível a avaliação da adequação dos insumos e dos procedimentos empregados [...]” (De Sordi, 2013, p. 109).
No caso da podosfera, consideramos insumos os metadados que possibilitarão a descrição do conteúdo de um podcast e que serão elencados em instrumentos para coleta de dados, tais como os formulários de pesquisa, os quais poderão ser adaptados a ferramentas como Google Forms, Microsoft Forms, Evernote, LimeSurvey, SurveyMonkey, dentre outras. A organização dos metadados em formulários de pesquisa tornará possível não somente a análise do conteúdo dos podcasts, mas também a definição de campos para busca em bibliotecas digitais e em repositórios audiovisuais (Caldera Serrano, 2013), estruturados em softwares e plugins como DSpace e Tainacan, por exemplo.
Nessa perspectiva, elencamos, no quadro a seguir, a nossa proposta de dados a serem coletados através da construção de um formulário de pesquisa para estudos com podcast.
Quadro 1 – Campos para a composição de formulário de pesquisa para estudos com podcast
1 |
Título do podcast |
23 |
Plataforma / software de gravação |
2 |
Título do episódio |
24 |
Plataforma / software de edição |
3 |
Data do primeiro episódio |
25 |
Sinopse |
4 |
Data do episódio |
26 |
Descrição do áudio |
5 |
Número |
27 |
Palavras-chave |
6 |
Minutagem |
28 |
Nota ou observação |
7 |
Categoria |
29 |
Referência em ABNT |
8 |
Formato |
30 |
Referência em APA |
9 |
Série |
31 |
Data da análise |
10 |
Temporada |
32 |
Pesquisador responsável pela análise |
11 |
Host / Hostess |
33 |
URL na plataforma de hospedagem |
12 |
Convidado(a) |
34 |
URL no Spotify |
13 |
Mediação |
35 |
URL no Listen Notes |
14 |
Entrevistado(a) |
36 |
URL em outro agregador de sua preferência |
15 |
Direção técnica |
37 |
Data de gravação |
16 |
Edição de áudio |
38 |
Data de edição |
17 |
Produção |
39 |
Capa do episódio |
18 |
Apoio / Patrocínio |
40 |
Creditação da capa do episódio |
19 |
Trilha sonora / Vinheta |
41 |
Capturas de tela (print screen) |
20 |
Creditação da trilha sonora / vinheta |
42 |
Descrição das capturas de tela (print screen) |
21 |
Local de gravação |
43 |
Formas variantes do título do podcast |
22 |
Local de edição |
44 |
Arquivo do áudio (MP3) |
Fonte: Elaboração nossa (2024).
Os dados coletados a partir desses campos auxiliarão nos processos de catalogação, indexação e descrição do conteúdo em áudio, seja em catálogo online, seja em repositório audiovisual. Como exemplo, temos o software DSpace, cuja estrutura divide-se em comunidades, subcomunidades e coleções, as quais poderão ser organizadas pelo título do podcast e pela data de publicação do episódio, e os seus metadados configurados de acordo com os campos definidos no quadro acima. Já para o formato MARC 21, a exigência é que haja uma adaptação caso os podcasts sejam catalogados, a saber: primeiramente, cataloga-se o título do podcast e, vinculado a este, os seus episódios, de modo semelhante à catalogação de periódicos, na qual há o registro do periódico no todo e os registros equivalentes a cada artigo indexado.
Além da definição de metadados e campos, proceder com a captura de tela (print screen) também se constitui em uma estratégia importante para coleta de dados, nesse caso, iconográficos. Dessa maneira, o investigador comprovará os resultados de busca nos agregadores, arquivará as capturas de tela, salvará as capas dos episódios, discutirá o ranqueamento dos podcasts recuperados na busca e, se necessário, descreverá as imagens a fim de subsidiar a etapa de análise dos dados. Exemplificaremos com a imagem a seguir, que traz um comparativo de busca no Spotify pelos termos ‘Biblioteconomia’ e ‘Ciência da Informação’, recuperados no mês de fevereiro de 2024.
Figura 6 – Comparativo de buscas por podcasts no Spotify
Fonte: Spotify, 11 fev. 2024.
Desenvolvido por Daniel Ek e Martin Lorentzon, com lançamento no ano de 2008, o Spotify figura como o aplicativo de maior popularidade no mercado do streaming de áudio. Em se tratando da sua recuperabilidade por podcasts, quando pesquisados por um tema específico, o investigador poderá se deparar com alto nível de revocação nos resultados de busca, o que significa que talvez sejam recuperados episódios irrelevantes para o pesquisador. Por outro lado, nos casos em que já se souber qual podcast será investigado, a interface do Spotify auxiliará na exploração dos episódios por data de publicação, da mais recente para a mais antiga ou vice-versa, indo ao encontro da primeira etapa do método de Markus Lundström e Tomas Poletti Lundström (2021, p. 291, grifo nosso, tradução nossa):
Explorar o podcast também inclui uma investigação detalhada de seus metadados. Quantos episódios contém e qual a duração de cada um? Qual é o tempo total do podcast? Essas questões auxiliam na avaliação se o podcast selecionado se enquadra no tempo disponível para a conclusão da pesquisa. Consideramos aconselhável selecionar um podcast que esteja disponível há algum tempo ou que tenha se mostrado influente. [...] Depois de registrar a estrutura geral do podcast, o etnógrafo pode começar a explorar o seu conteúdo.
A depender do viés da pesquisa, também poderemos coletar os dados através de um formulário contendo questões abertas, cujas respostas serão analisadas com base na Triangulação EEE da Etnografia na Podosfera. Nesse sentido, no quadro a seguir, elencamos algumas categorias e questões como proposta de roteiro de pesquisa para estudos com podcast:
Quadro 2 – Categorias e questões na composição de formulário de pesquisa para estudos com podcast
Formulário de pesquisa |
|
Categorias |
Questões |
Identificação e características do agregador |
1ª Qual o ano de criação e nacionalidade do agregador? |
2ª Que personalidade ou empresa fundou o agregador? |
|
3ª Quais as características do agregador (cores; padronização; layout; opções de busca etc.)? |
|
Recuperabilidade e características dos podcasts |
4ª Ao pesquisar por ‘Etnografia’, quantos e quais podcasts foram recuperados? Qual o total de episódios e a minutagem média de cada um deles (mencionar dia, mês e ano do primeiro e do último episódio lançado)? Quantos nacionais e quantos estrangeiros? Relacione cada podcast com os assuntos abordados nos episódios. |
Nacionalidade |
5ª Houve algum podcast que se destacou em outros idiomas? Se sim, em quais? |
Formato dos podcasts |
6ª Qual o formato dos podcasts recuperados (solocast, mesacast, livecast, entrevista, híbrido etc.)? |
Administração dos podcasts |
7ª A quais instituições e/ou personalidades pertence cada podcast recuperado? |
Relação dos podcasts |
8ª Dos podcasts sobre ‘Etnografia’ recuperados, qual a posição de cada um no ranking de busca do agregador? |
9ª Comparando os assuntos abordados nos episódios de outros podcasts sobre ‘Etnografia’, quais se relacionam com os que já foram produzidos? |
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Observações |
10ª Acrescentar outras observações importantes. |
Fonte: Elaboração nossa (2024).
Desta feita, os instrumentos e as estratégias para coleta e organização dos dados subsidiarão a etapa de análise. No entanto, demanda-se, ainda, a criação de um diário de campo eletrônico e de um cronograma que contemple as datas de acesso e de audição dos episódios, estes selecionados para serem ouvidos conforme os objetivos da pesquisa, cumprindo-se, assim, a segunda etapa do método etnográfico na podosfera:
[...] Mas ouvir um podcast também significa engajamento; é um ato que produz uma experiência subjetiva a ser escrutinada. [...] O engajamento também é uma questão de tempo e espaço. Em contraste com a maioria dos sites de campo etnográfico, um podcast é um meio gravado que pode ser consultado em diferentes locais e também em vários modos temporais. Ele pode ser pausado, ouvido em várias velocidades de reprodução e pode ser retomado conforme a demanda do ouvinte. Isso oferece uma flexibilidade considerável em relação a quando e onde o etnógrafo consulta o podcast. Facilita as entradas e saídas do campo [de pesquisa] e apoia a observação a tempo parcial em vez da observação a tempo inteiro (Lundström, M.; Lundström, T., 2021, p. 292-293, grifo nosso, tradução nossa).
Como sugestão para registrar as impressões ao ouvir um determinado episódio, temos o Google Keep, no qual o pesquisador poderá salvar as suas notas e observações ao mesmo tempo em que acessa e ouve o podcast. Ademais, a estrutura do Google Keep contribui para a organização de um diário de campo eletrônico, pois todas as anotações realizadas poderão ser facilmente recuperadas quando e sempre que se fizerem necessárias. Da mesma forma, o Google Agenda auxiliará o pesquisador em seu cronograma de pesquisa, tendo em vista o cumprimento de prazos preestabelecidos e a execução das etapas da Etnografia na Podosfera.
Figura 7 – Uso do Google Keep e do Google Agenda nas etapas da Etnografia na Podosfera
Fonte: Google, 12 fev. 2024.
Após ouvir os episódios e coletar os dados a partir dos metadados e campos propostos, complementados pelas capturas de tela dos agregadores, pelo diário de campo eletrônico e pelo cronograma de pesquisa, faz-se necessário ao investigador também coletar a transcrição dos episódios, visando à análise de conteúdo em podcast. Nesse sentido, o arquivo de áudio e o arquivo de transcrição do episódio deverão estar salvaguardados como cópias de segurança (backup) e, se viável, disponibilizados em repositórios de dados.
Na Internet, há muitos sites voltados para a transcrição de áudio, da mesma forma em que alguns dos agregadores de podcast, como o Spotify, já disponibilizam esse recurso. Entretanto, recomendamos ao pesquisador os recursos Ditar e Transcrever disponíveis no Microsoft Word Online ou a criação de conta em um dos seguintes sites: Descript, Notta, Sonix e TurboScribe. Todas essas ferramentas habilitam o upload do arquivo de áudio MP3, a definição automática da minutagem, a identificação dos participantes do episódio e o arquivamento da transcrição do áudio em TXT, DOCX, PDF, dentre outros formatos.
Com o arquivo de áudio salvo no desktop, o investigador poderá recorrer a quaisquer ferramentas destinadas à transcrição dos episódios e iniciar, assim, a fase da análise de conteúdo em podcast. Nos casos em que não for possível o download do episódio através das plataformas de áudio, recomendamos que o pesquisador entre em contato diretamente com o podcaster, apresentando termo de consentimento livre e esclarecido, a fim de solicitar o acesso ao arquivo em formato e extensão MP3. Após testarmos todas as ferramentas supramencionadas, optamos por demonstrar, na figura a seguir, a transcrição de um episódio em podcast no site TurboScribe.
Figura 8 – Episódio de podcast transcrito no TurboScribe
Fonte: TurboScribe, 13 fev. 2024.
A transcrição em qualquer uma dessas ferramentas depende do upload de um arquivo de áudio. Por outro lado, a partir de testes realizados no mês de fevereiro de 2024, constatamos que a possibilidade de download do arquivo de áudio em computador desktop varia de acordo com a política de proteção aos direitos autorais de cada plataforma de hospedagem de podcast. Via de regra, a maioria das plataformas permite o download do episódio para acesso unicamente por meio da conta criada no aplicativo, isto é, com a permissão de se ouvir o episódio off-line apenas na conta do usuário. No entanto, após mais testes realizados, identificamos três plataformas de hospedagem que incluem em seus metadados a viabilidade do ouvinte proceder com o download, em desktop, do arquivo de áudio no formato e extensão MP3, são elas: Podbean, Podcastics e SoundCloud.
Figura 9 – Plataformas de hospedagem de podcast que permitem o download do arquivo de áudio
Fonte: Site das plataformas, 11 fev. 2024.
O arquivo exportado dos sites de transcrição de áudio norteará o pesquisador por meio da minutagem definida automaticamente, com base na fala das pessoas envolvidas no episódio. A essa minutagem, chamaremos de codificação, que pode ser editada em quaisquer ferramentas de transcrição. Em suma, apresentamos, até aqui, duas técnicas para a análise de dados coletados na podosfera, a saber: transcrição do áudio salvo no desktop e definição de minutagem como estratégia de codificação para análise de conteúdo em podcast. Aliada a estas, a categorização por assunto pode ser adotada como terceira técnica para análise dos dados, haja vista o corpus extenso que se origina da transcrição do áudio.
Recorremos, então, à definição de Laurence Bardin (2016, p. 148-149), a qual esclarece que: “A partir do momento em que a análise de conteúdo decide codificar o seu material, deve produzir um sistema de categorias. A categorização tem como primeiro objetivo [...] fornecer, por condensação, uma representação simplificada dos dados brutos”. Neste aspecto, com o objetivo de se encaminhar o tratamento dos dados para análise, desta vez o corpus textual oriundo das transcrições de áudio, softwares como AntConc, IRaMuTeQ, NVivo e Voyant Tools poderão ser explorados pelo investigador e descritos, pormenorizadamente, na metodologia do trabalho. A despeito dessas ferramentas, a indexação dos episódios, previamente registrada no formulário de pesquisa que contém os metadados, também influencia na escolha das categorias de assunto. Outro caminho possível é a estruturação de um tesauro no software TemaTres, no qual as relações entre as categorias ganharão forma por meio de termos, remissivas e notas de escopo, indo ao encontro das estratégias de busca por palavras-chave na podosfera.
Desse modo, a técnica da análise de conteúdo de Bardin (2016) viabiliza a concretização da terceira etapa do método proposto por Markus Lundström e Tomas Poletti Lundström (2021, p. 294, grifo nosso, tradução nossa):
A terceira etapa da Etnografia na Podosfera é examinar o material empírico, desenvolver conceitos, temas ou tipologias que se reconectem com as questões iniciais da pesquisa. [...] Depois de passar um tempo considerável com um podcast, o etnógrafo torna-se qualificado para responder, em um nível mais profundo, por que o podcast está sendo produzido. [...] Além disso, e talvez uma das questões mais salientes da Etnografia na Podosfera, é o exame de quais temas estão sendo tratados nas conversas.
Como exemplo de categorias de assunto, a imagem a seguir ilustra as ocorrências de palavras extraídas de um episódio cuja transcrição foi obtida a partir da ferramenta TurboScribe. Por sua vez, o arquivo gerado em PDF, contendo a transcrição do áudio, foi submetido ao site Voyant Tools, que nos apresentou o seguinte resultado de categorização.
Figura 10 – Categorias de análise predefinidas no site Voyant Tools
Fonte: Voyant Tools. Disponível em: https://voyant-tools.org/?corpus=3dda937863582fc48a3b2fa022b8df80. Acesso em: 14 fev. 2024.
De posse dos dados coletados e analisados, o investigador procederá com a discussão dos resultados obtidos. Nessa última fase da composição do trabalho, que antecede as considerações parciais, finais ou conclusões, alguns caminhos tornam-se possíveis ao pesquisador, dentre eles: comentar qual a linha editorial predominante no podcast; discorrer acerca da segmentação do público-alvo; analisar as estratégias de gravação e edição de áudio; propor uma retroalimentação do conteúdo na podosfera; comparar a distribuição do conteúdo e a busca por um determinado assunto nos mais diversos agregadores de podcast; relacionar o podcast com as mídias sociais visando incentivar o engajamento com o público; discutir a produção de conteúdo spin-off; elaborar diretrizes para catalogação, indexação, descrição de conteúdo e gestão de informação na podosfera, dentre outras possibilidades de estudo em Biblioteconomia e Ciência da Informação.
Portanto, a metodologia de pesquisa voltada para a podosfera caracteriza-se por etapas, elementos e processos que são complementares e interdependentes. Vislumbramos, dessa forma, que o ambiente da podosfera não se trata de um depósito de informações, mas sim de uma biblioteca digital de áudio em crescimento exponencial, na medida em que pode haver a organização de episódios no streaming, a exploração de agregadores de podcast, a coleta de dados em formulários e a análise de conteúdo por meio de transcrição de áudio, definição de minutagem e categorização por assunto. A imagem a seguir sintetiza a proposta metodológica que abordamos neste artigo.
Figura 11 – Síntese da metodologia de pesquisa para estudos com podcast
Fonte: Elaboração nossa (2024), a partir de modelo disponível no Canva.
Desse modo, alcançamos satisfatoriamente o objetivo deste artigo, haja vista que propusemos um modus operandi passível de ser adotado por qualquer pesquisador interessado em escolher a podosfera como ambiente de pesquisa, elencando não apenas um modelo de percurso, mas incluindo padrões de metadados a serem registrados, bem como ferramentas para transcrição dos áudios e organização das informações coletadas durante o levantamento. A fim de respondermos à pergunta de partida, qual seja, ‘De que maneira definir uma metodologia de pesquisa científica pautada nas bases conceituais e nas aplicabilidades da podosfera?’, contemplamos o viés da etnografia, que subsidiou a proposta, com respaldo na publicação de Markus Lundström e Tomas Poletti Lundström, mais precisamente em seu método de pesquisa, que traduzimos como Etnografia na Podosfera.
3 Considerações finais
A podosfera vem atraindo um universo crescente de interessados pelas possibilidades que oferece, valendo-se de um infindável catálogo que pode ser configurado de acordo com preferências socioculturais, temáticas, profissionais, dentre outras. Seu fértil terreno passou a ser mais uma opção de ambiente de pesquisa, onde é possível realizar levantamentos sob diversos aspectos.
Entretanto, justamente por se tratar de um universo demasiadamente diversificado, uma vez que oferece múltiplas opções de busca, torna-se estratégico lançar mão de uma metodologia padronizada quando da necessidade de realizar um determinado levantamento, sobretudo para que os frutos colhidos possam render boas perspectivas. Em outras palavras, como a podosfera está em crescimento contínuo e, com isso, vem fornecendo muitas abordagens possíveis, é fundamental estabelecer uma metodologia de coleta de dados que possa resultar em maior robustez na obtenção de elementos com maior precisão, conquistando respostas mais organizadas e, por isso, seguras e confiáveis do ponto de vista da interpretação.
Também consideramos o tema refletindo sobre a diversidade de dados que a podosfera pode oferecer à Biblioteconomia e à Ciência da Informação, somada a experiências acadêmicas e biblioteconômicas. Feitas as primeiras considerações, elencamos um roteiro de afazeres a serem replicados por pesquisadores interessados, que devem resultar em um modelo de pesquisa específico, mas cujos resultados dependerão da coleta realizada por cada pesquisador. Desse modo, com base em um modelo denominado Triangulação EEE, propusemos que, inicialmente, o pesquisador explore o podcast para que, em seguida, engaje-se nessa consulta, aprofundando-a, e, por fim, examine os resultados por meio de ferramentas específicas, também elencadas no modelo ora sugerido.
Ao concluir essa proposta de pesquisa, entendemos que alcançamos o objetivo proposto, haja vista que nos respaldamos na etnografia aplicada em um novo terreno, de naturezas digital e exploratória: a podosfera. Acreditamos que essa mídia deve se firmar, cada vez mais, como alternativa de acesso à informação e contribuir para incrementar o leque de opções de pesquisadores, sobretudo porque seu acervo vem sendo alimentado por profissionais de diversas áreas do conhecimento, os quais, respaldados pelas próprias experiências, compartilham seus saberes com os ouvintes interessados nas temáticas abordadas. Esperamos, assim, que este artigo possa contribuir para as áreas de Biblioteconomia e Ciência da Informação, mas vislumbramos que seus preceitos poderão ser úteis a outras áreas de conhecimento que apresentem o podcast como objeto de estudo.
Referências
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TRUJILLO FERRARI, Alfonso. Metodologia da ciência. 2. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974.
NOTAS
CONTRIBUIÇÃO DE AUTORIA
Concepção do artigo, proposta metodológica e testes nas plataformas: F. E. P. Santos
Referencial teórico: F. E. P. Santos, M. L. A. Soares
Revisão de texto e considerações finais: C. C. C. G. Cardoso
DECLARAÇÃO DE DISPONIBILIDADE DOS DADOS
Os conteúdos já estão disponíveis.
FINANCIAMENTO
Não se aplica
CONFLITO DE INTERESSES
Não se aplica
REVISÃO E NORMALIZAÇÃO
Os autores
EDITOR RESPONSÁVEL
Patrícia Nascimento Silva (https://orcid.org/0000-0002-2405-8536)
EQUIPE DE APOIO
Josiane Santos Lima (https://orcid.org/0009-0001-2672-0351)
HISTÓRICO
Recebido em: 28-03-2024 – Aprovado em: 03-07-2024 – Publicado em: 15-07-2024.
1 Mestre em Ciência da Informação, Universidade Federal do Ceará, edvanderpires@gmail.com
2 Mestra em Preservação e Gestão em Patrimônio Cultural em Ciências e Saúde, Centro Universitário Geraldo Di Biase, magda.almada@gmail.com
3 Mestra em Ciência da Informação, Universidade Federal do Ceará, cyntiachaves@ufc.br
DOI: https://doi.org/10.35699/2237-6658.2024.51825
Revista Múltiplos Olhares em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 14, e51825, 2024
Revista Múltiplos Olhares em Ciência da Informação, Belo
Horizonte, v. 14, e51825, 2024