Letramento Informacional e a prática da pesquisa: estudo aplicado aos estudantes do curso de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal de Sergipe
Artigo
Letramento Informacional e a prática da pesquisa: estudo aplicado aos estudantes do curso de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal de Sergipe
Aline Kelly Tavares Braga1
Pablo Boaventura Sales da Paixão2
Martha Suzana Cabral Nunes3
Resumo: O artigo verifica possíveis dificuldades que os graduandos do curso de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal de Sergipe apresentam em relação à prática da pesquisa nas atividades acadêmicas, considerando a importância do Letramento Informacional nesse contexto. O objetivo do trabalho é analisar a Competência Informacional dos estudantes do curso de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal de Sergipe. Ademais, visa demonstrar a relação entre o Letramento e a Competência no campo informacional, contextualizando-os no âmbito do Ensino Superior; e, identificar as causas e dificuldades quanto à prática da pesquisa dos graduandos estudados. Em conformidade com os objetivos, a pesquisa é descritiva. Utilizou-se o estudo de caso como procedimento metodológico, adotando uma abordagem quanti-qualitativa através do questionário como instrumento de coleta de dados com 08 perguntas (fechadas e abertas), aplicado a uma amostra dos graduandos do 2º ao 8º ano do curso referido. Constatou-se que os estudantes de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal de Sergipe enfrentam desafios na leitura e pesquisa, evidenciados pela dificuldade em compreender os textos acadêmicos e em selecionar fontes confiáveis, sugerindo a importância de apoio no desenvolvimento dessas competências.
Palavras-chave: Letramento Informacional; Comportamento Informacional; Ensino Superior; Biblioteconomia.
Information literacy and research practice: an applied study among students of the Library and Documentation course at the Federal University of Sergipe
Abstract: The article verifies possible difficulties that the undergraduate students of the Library Science and Documentation course at the Federal University of Sergipe present in relation to the practice of research in academic activities, considering the importance of Information Literacy in this context. The objective of this work is to analyze the Informational Competence of students of the Library Science and Documentation course at the Federal University of Sergipe. In addition, it aims to demonstrate the relationship between Literacy and Competence in the informational field, contextualizing them in the scope of Higher Education; and, to identify the causes and difficulties regarding the research practice of the undergraduates studied. In accordance with the objectives, the research is descriptive. The case study was used as a methodological procedure, adopting a quantitative-qualitative approach through the questionnaire as a data collection instrument with 08 questions (closed and open), applied to a sample of undergraduates from the 2nd to the 8th year of the referred course. It was found that the students of Library Science and Documentation at the Federal University of Sergipe face challenges in reading and research, evidenced by the difficulty in understanding academic texts and selecting reliable sources, suggesting the importance of support in the development of these competencies.
Keywords: Informational Literacy; Informational Behavior; University education; Librarianship.
Letramento informacional e a prática da pesquisa: estudo aplicado junto aos estudantes do curso de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal de Sergipe
Resumen: El artículo verifica las posibles dificultades que presentan los estudiantes de graduación del curso de Bibliotecología y Documentación de la Universidad Federal de Sergipe en relación a la práctica de la investigación en las actividades académicas, considerando la importancia de la Alfabetización Informacional en este contexto. El objetivo de este trabajo es analizar la Competencia Informacional de los estudiantes del curso de Bibliotecología y Documentación de la Universidad Federal de Sergipe. Además, se pretende demostrar la relación entre Alfabetización y Competencia en el ámbito informacional, contextualizándolas en el ámbito de la Educación Superior; y, identificar las causas y dificultades en la práctica investigativa de los estudiantes de pregrado estudiados. De acuerdo con los objetivos, la investigación es descriptiva. Se utilizó como procedimiento metodológico el estudio de caso, adoptando un enfoque cuantitativo-cualitativo a través del cuestionario como instrumento de recolección de datos con 08 preguntas (cerradas y abiertas), aplicadas a una muestra de estudiantes de 2º a 8º año del referido curso. Se constató que los estudiantes de Bibliotecología y Documentación de la Universidad Federal de Sergipe enfrentan desafíos en la lectura y la investigación, evidenciados por la dificultad para comprender textos académicos y seleccionar fuentes confiables, lo que sugiere la importancia del apoyo en el desarrollo de estas competencias.
Palabras-clave: Alfabetización Informacional; Comportamiento Informacional; Educación Superior; Biblioteconomía.
Como citar este artigo: BRAGA, Aline Kelly Tavares; PAIXÃO, Pablo Boaventura Sales da; NUNES, Martha Suzana Cabral. Letramento Informacional e a prática da pesquisa: estudo aplicado aos estudantes do curso de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal de Sergipe. Múltiplos Olhares em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 14, p. 1-19, 2024. DOI: 10.35699/2237-6658.2024.53489.
1 Introdução
O Letramento Informacional (LI) tem sua origem em meio às transformações sociais e educacionais, influenciadas especialmente pelos avanços das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Gasgue (2010) enfatiza que o LI é um processo integrado de ações como localização, seleção, acesso, organização e uso da informação. Seu campo se desenvolveu a partir da década de 1970, nos Estados Unidos, baseando-se em habilidades inatas ou desenvolvidas, essenciais para a compreensão, análise crítica e uso eficaz de informações.
O LI é importante no desenvolvimento de competências acadêmicas, envolvendo a seleção e interpretação crítica de fontes confiáveis. A transição da Educação Básica para o Ensino Superior apresenta desafios, a exemplo da falta de experiência em pesquisa, exigindo adaptação a um ambiente mais rigoroso. Ademais, a formação em Biblioteconomia e Documentação é importante para desenvolver a competência informacional, fornecendo suporte no manuseio de informações, orientação em pesquisas e acesso a recursos, visando capacitar estudantes como aprendizes independentes e críticos.
A relação entre o LI e a Ciência da Informação traz a importância de compreender como o aluno se pauta com a leitura de textos acadêmicos e pesquisas voltadas a diversas temáticas. Assim, o presente texto trata do tema no âmbito da prática da pesquisa como ferramenta que auxilia o processo de construção do conhecimento.
Sabe-se que no Ensino Médio a prática da pesquisa representa um desafio, demandando habilidades para que o aluno compreenda a importância para seu desenvolvimento intelectual. É crucial reconhecer a importância do desenvolvimento da competência informacional antes do ingresso no Ensino Superior, a fim de evitar dificuldades na realização de pesquisas neste nível.
Entretanto, no Ensino Superior, a pesquisa adota uma abordagem interdisciplinar envolvendo tanto o professor na metodologia e produção de texto, quanto a biblioteca universitária como mediadora da informação. Apesar da existência da iniciação científica para apoiar os alunos na produção acadêmica, nem todos demonstram interesse ou a praticam devido a diversos motivos.
Ademais, justifica-se o trabalho com este tema por ser importante para o ambiente acadêmico, social e profissional, sabendo que a informação é essencial em todos esses campos. Capacitar as pessoas a explorar, avaliar e utilizar eficientemente as fontes de informação contribui para o desenvolvimento pessoal e tomada de decisões embasadas.
A partir disso, questiona-se: quais são as maiores dificuldades encontradas pelos estudantes de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal de Sergipe (UFS) quanto à prática da leitura nas pesquisas para os trabalhos acadêmicos?
A fim de averiguar isso, o objetivo principal da pesquisa foi analisar a competência informacional dos estudantes do curso de Biblioteconomia e Documentação da UFS. Já os objetivos específicos são: identificar as causas e dificuldades dos estudantes do curso de Biblioteconomia e Documentação da referida universidade quanto à prática da pesquisa; demonstrar a ligação entre Letramento e Competência no campo informacional, contextualizando-os no âmbito do Ensino Superior.
2 O Letramento Informacional e sua práxis no Ensino Superior
O termo Letramento Informacional (LI), foi originado na década de 1970, tendo como precursor, o bibliotecário americano Paul Zurkowski, que apresentou suas ideias no relatório The information service environment relationships and priorities (Dudziak, 2003, p. 24).
O desenvolvimento do LI está profundamente relacionado à evolução da sociedade no período pós-guerra, considerando seus marcos históricos, socioeconômicos, políticos, e também, do campo científico. Nesse contexto, destaca-se a explosão informacional que impôs importantes desafios, especialmente no que tange à gestão e à recuperação do grande volume de informações geradas durante e após esse período (Gasque; Fialho, 2017).
Gasque (2010) argumenta que o LI é um processo que engloba várias etapas, envolvendo ações que vão desde a localização até a utilização eficiente da informação para tomar decisões e resolver problemas. Na perspectiva educacional, é visto como um caminho para o processo de aprendizagem, capacitando o indivíduo a assimilar e empregar a informação, resultando no controle inteligente das situações na vida do indivíduo, por meio da reflexão orientada por informações apropriadas e na constante reconstrução e transformação do ambiente social para promover a evolução da sociedade (Mattos; Ferreira, 2016).
Assim, Dudziak (2010) argumenta que a competência do indivíduo em LI permite resolver problemas e tomar decisões de forma mais fundamentada. Além disso, a tecnologia é vista como elemento essencial para disseminação, organização e estruturação da informação.
Conceitualmente, o LI envolve habilidades para acessar e utilizar informações, enquanto a competência informacional é mais abrangente, englobando habilidades e a capacidade de entender e aplicar informações no dia a dia, seja no trabalho ou na vida acadêmica. Já Deus e Cardoso (2018) afirmam que a competência informacional é alcançada quando o indivíduo reconhece sua necessidade de informação e, através de uma avaliação crítica, usa autonomia e ética para explorar fontes de informação, organizar dados e acessá-las de forma responsável.
Assim, a Competência Informacional, impulsionada por influências tecnológicas, estimula a aprendizagem contínua dos alunos, como pode ser visto pelo Projeto “Competência em Informação e Mídia no Ensino Superior (CIMES)”, proposto por Dudziak (2010), ao destacar a importância da Competência Informacional e mídia na educação superior brasileira. Ao buscar inspiração em práticas inovadoras de renomadas universidades americanas e europeias, o projeto visa criar uma estrutura para programas educacionais, reconhecendo a constante necessidade de atualização pedagógica. Ao promover Competência em Informação e Mídia, o CIMES contribui para o LI dos estudantes, preparando-os para desafios acadêmicos e profissionais em um ambiente cada vez mais complexo e tecnológico.
Dudziak (2010) destaca que o estudante, ao se deparar com conteúdo complexo e disciplinas inter-relacionadas, aciona a necessidade de informação para preencher lacunas de conhecimento. No início da graduação, o estudante pode enfrentar dificuldades dependendo do seu perfil informacional, devido à falta de prática de pesquisa no LI.
Dessa forma, Lakatos e Marconi (2006) descrevem que a leitura é a chave para o conhecimento, permitindo a expansão e o aprofundamento do saber em diversas áreas. Logo, é possível ressaltar que os estudantes são incentivados na prática da pesquisa pela ação leitora dos textos acadêmicos solicitada pelos docentes em sua trajetória acadêmica ao ser veiculada dentro de disciplinas correlatas ao desenvolvimento de trabalhos acadêmicos e produções científicas ao final da graduação (Tourinho, 2011).
Dudziak (2003) destaca que o LI busca formar indivíduos com reconhecimento da necessidade de informação para decisões, habilidades para manusear fontes relevantes, articulação lógica de ideias e visão abrangente da realidade. Almeida (2007) enfatiza a expectativa de habilidades de leitura e análise crítica dos estudantes no Ensino Superior, sendo uma carência comum que impacta negativamente no desempenho e formação, considerado um problema recorrente em instituições públicas e privadas.
Em um panorama reflexivo, o aluno como leitor crítico, esbarra na ausência discursiva no meio acadêmico, e isso pressupõe-se como uma decorrência da falta de leitura (Reis; Duarte, 2017). A falta de uma interação entre as partes que envolvem diferentes elementos do processo educacional, como alunos, professores, textos, linguagem, leitura, produção e compreensão textual implica em várias situações: “[...] deficiência de linguagem, provocando inadequação na construção textual; problemas de compreensão e produção de textos que afetam o desempenho escolar do universitário; isolamento [...]” (Reis; Duarte, 2017, p. 148). Logo, Almeida (2007) associa o LI às fontes acadêmicas, como periódicos e livros, destacando métodos e critérios didáticos para o aprendizado e aplicação na pesquisa.
Segundo Gasque (2012), os problemas citados são semelhantes àqueles encontrados na Educação Básica, especialmente pela existência da relação de causa/efeito. Reis e Duarte (2017) ressaltam um dilema complexo, pontuando o desempenho ínfimo dos alunos na prática da leitura e da pesquisa, em que se faz necessário obter mecanismos pedagógicos para o aperfeiçoamento na produção e na capacidade de compreensão de textos. E quando proficientes, deve-se valorizar a Competência Informacional pelo reconhecimento das habilidades.
3 Procedimentos metodológicos
A pesquisa caracteriza-se pela observação e descrição detalhada de um fenômeno: as dificuldades enfrentadas pelos estudantes do curso de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal de Sergipe no desenvolvimento de suas competências informacionais. Quanto aos objetivos, a pesquisa é descritiva, com foco na análise do comportamento informacional desses estudantes como uma abordagem metodológica estruturada preconizada por Prodanov e Freitas (2013).
Em termos de procedimentos metodológicos, realizou-se um estudo de caso aplicado ao grupo de estudantes, que consistiu na elaboração do questionário, da sua coleta, análise e interpretação dos dados, explanando discursivamente os resultados em uma abordagem quantitativa-qualitativa descrita por Prodanov e Freitas (2013).
O questionário, instrumento de coleta de dados, foi composto por 08 perguntas, sendo 06 fechadas e 02 abertas. As questões foram organizadas em três blocos: o perfil social dos estudantes; A prática da pesquisa e da leitura durante o Ensino Médio; A prática de leitura e pesquisa no Ensino Superior.
O objetivo deste questionário foi identificar e avaliar as dificuldades enfrentadas pelos estudantes, buscando mensurar as possíveis causas dessas dificuldades e identificar os principais obstáculos enfrentados. A abordagem metodológica utilizada segue a proposta de Lakatos e Marconi (2010), que visa proporcionar uma compreensão aprofundada dos fatores que interferem no desenvolvimento das competências informacionais.
O universo foi composto por 153 alunos ativos do curso de graduação em Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal de Sergipe (do 2º período até o 8º). Entretanto, somente 29,4% (45 alunos) retornaram com o questionário respondido, definindo, assim, a amostragem que foi objeto das análises realizadas.
As perguntas fechadas foram analisadas utilizando a escala de Likert, caracterizada pelos níveis de concordância e discordância em relação aos questionamentos feitos. Conforme Appolinário (2007, p. 81), a escala de Likert define-se como um “tipo de escala de atitude na qual o respondente indica seu grau de concordância ou discordância em relação a determinado objeto”. Já as questões abertas, qualitativas, foram analisadas conforme a análise de conteúdo de Bardin (2011).
4 Análise dos dados
Inicialmente, os participantes do curso de Biblioteconomia e Documentação da UFS responderam o período em que se encontravam à época da aplicação do questionário. Assim, das respostas levantadas, 17 alunos se encontravam no 2º período (38%), 10 alunos no 4º período (22%), 01 aluno no 5º período (2%), 8 alunos no 6º período (18%) e 9 alunos no 8º período (20%).
Gráfico 1 – Em que período do curso de graduação de Biblioteconomia e Documentação você se encontra?
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Sobre a formação no Ensino Médio, 38 alunos (84%) se formaram exclusivamente em escola pública, 04 alunos (9%) se formaram parcialmente em escola pública, 03 (7%) alunos se formaram parcialmente em escola particular. Nenhum estudou totalmente em escola particular.
Gráfico 2 – Onde você estudou no Ensino Médio?
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Identifica-se que 93% dos alunos são provenientes de escolas públicas, refletindo o objetivo da UFS, de democratizar o acesso ao Ensino Superior ao destinar que 50% das suas vagas sejam para estudantes das redes públicas municipal, estadual e federal de ensino.
Quanto à periodicidade de leitura e produção de texto (trabalhos escolares) que os professores solicitam em sala de aula, dos 45 alunos que responderam ao questionário, percebe-se que 51% marcou frequente, 24% marcou pouco, 16% muito pouco e 9% pouco frequente (Gráfico 3).
Gráfico 3 – Nas aulas em sala, qual era a periodicidade de leitura e produção de textos (trabalhos escolares) que os professores solicitavam?
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Identifica-se que 93% dos alunos são provenientes de escolas públicas, refletindo o objetivo da UFS, encontrado em seu portal, de democratizar o acesso ao Ensino Superior ao destinar que 50% das suas vagas sejam para estudantes das redes públicas municipal, estadual e federal de ensino. Ao serem questionados acerca da periodicidade de leitura e produção de texto (trabalhos escolares) que os professores solicitam em sala de aula, dos 45 alunos que responderam ao questionário, percebe-se que 51% marcaram frequente, 24% marcaram pouco, 16% marcaram muito pouco e 9% marcaram pouco frequente (Gráfico 3).
Considerando os dados acima, é preciso trazer para o âmbito do Letramento Informacional a importância da leitura e da produção textual no Ensino Superior por ser necessária e indispensável para o graduando, por desempenhar um papel fundamental nas habilidades de escrita, da organização do pensamento e da compreensão dos textos acadêmicos. Neste sentido, foi possível observar com atenção que apenas 51% dos alunos que marcaram a opção relativa à leitura com frequência. Sousa e Costa-Pereira (2018) dizem que essas habilidades são essenciais para os estudantes terem sucesso em sua jornada acadêmica, ao realizarem pesquisas de qualidade, provendo a comunicação científica.
A questão seguinte solicitou que os participantes assinalassem quais espaços informacionais eles utilizavam para pesquisar informações para atender a trabalhos solicitados pelos professores do Ensino Médio, conforme gráfico abaixo.
Gráfico 4 – Quais espaços informacionais utilizavam para pesquisar sobre os assuntos dos trabalhos escolares no Ensino Médio?
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Logo, constatou-se que 60% dos participantes (27 indivíduos) afirmaram ter utilizado a internet, incluindo blogs, redes sociais e YouTube, como fontes de pesquisa durante o Ensino Médio. Dentre esses, 20 indivíduos estavam nos estágios iniciais da graduação (2º e 4º período) no curso de Biblioteconomia e Documentação. Os sites educacionais ficaram em 3º lugar, com 18% (10 participantes), percebendo que o acesso às informações por meio digital era o mais frequente.
Quanto aos dados apresentados, Araújo (2012) ressalta que, embora a internet seja uma importante fonte de pesquisa e disseminação de informação, a vasta quantidade de conteúdos disponíveis exige que o aluno possua letramento informacional. Assim, “[...] é preciso que o aluno desenvolva a capacidade de filtrar, selecionar, comparar, avaliar, sintetizar, contextualizar o que é mais relevante e significativo [...]” e, principalmente, “[...] o que pode ou não ser confiável” (Araújo, 2012, p. 20).
Subjetivamente, a questão seguinte, tratou-se de compreender como os professores incentivavam os alunos quanto à leitura e pesquisa quando estavam no Ensino Médio. Logo, verificou-se que as aulas expositivas, propostas de trabalhos e referências de livros, foram mencionadas como métodos de incentivo à leitura (B12, B13, B14). Esse incentivo variou, alguns relataram pouco ou nenhum incentivo (B10, B19, B22, B24, B25, B27, B35).
Os participantes B8, B13, B16, B23, B28, B30 e B41 citaram a realização de atividades, trabalhos de leitura e resenhas como parte do incentivo. Nos enunciados dos participantes B5, B17, B29 e B44 são citados que o professor incentivava a leitura e a pesquisa por meio da literatura, seja em obras, clássicos ou trabalhos.
Um dos participantes (B21) menciona a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e seu enfoque no incentivo à leitura, destacando que “[...] deve contemplar as áreas de conhecimento determinadas pela Base Nacional Comum” que são: “Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas” (Brasil, 2024, p. 469), refletindo uma abordagem multidisciplinar no contexto educacional.
Ademais, destaca-se, também, as falas de dois participantes B34 e B11. B34 afirmou que as práticas de leitura realizadas eram rápidas “[...] as pesquisas eram rasas apenas uma cópia e cola de sites da internet”. Enquanto B11 destacou que “somente o que nos motivava a pesquisar era a pontuação ou a nota, e a leitura muitas das vezes era porque era o único jeito”.
O participante B34 menciona a inadequação dos métodos de pesquisas no Ensino Médio caracterizados pelo “copiar e colar”, demonstrando uma autocrítica em relação ao próprio processo de aprendizagem. Essa observação corrobora o que Reis e Duarte (2017) ressalta quanto à ineficiência dos métodos de ensino no nível médio por meio das partes envolvidas (professores, alunos, textos...) que não fomentam o desenvolvimento da leitura crítica e da produção textual, e de preparar o terreno para o Ensino Superior.
E, no caso de B11, há a manifestação de uma visão instrumental e superficial do estudo e interpretação de textos, quando indica que sua motivação por tal atividade era apenas pela nota, sugerindo o não reconhecimento do valor do estudo e análise textual como produção de conhecimento. Esse cenário reforça a posição de Almeida (2017) sobre a carência de habilidades de leitura aprofundada e análise crítica no contexto acadêmico que dentro de uma perspectiva no contexto educacional, indica uma limitação no valor de uma prática que transcorre até a vida social e comunicativa.
Os participantes B37 e B39 destacam apenas o professor de português como incentivador da interpretação de textos no Ensino Médio, por meio de análise de obras literárias e produção textual, evidente nas declarações "Apenas o professor de português incentivava a análise de obras literárias e resenha de um livro a cada trimestre" (B37) e "Não recebi estímulo dos professores, exceto no primeiro ano do Ensino Médio, quando a professora de português nos fazia ler um livro e preparar um projeto para apresentar à escola" (B39). No entanto, essa ênfase nos formatos escritos foi incomum, indicando que a produção de textos com base nos modelos de obras literárias no Ensino Médio foi muito limitada.
A transição do Ensino Médio para o Superior evidencia uma possível falta de preparo dos estudantes quanto à produção de textos e à compreensão dos gêneros textuais, resultado da escassez de estímulos nestas áreas durante o Ensino Médio. Conforme Gasque (2012), é imperativo reconsiderar a abordagem educacional, incorporando práticas do Letramento Informacional de maneira transversal.
No contexto do Ensino Superior, sugere-se que projetos, cursos extracurriculares e bolsas de iniciação científica sejam adotados como recursos para aprimorar a Competência Informacional dos alunos. Dessa forma, a transição entre os níveis de ensino se torna mais fluida e contribui para uma formação mais completa e preparada para os desafios acadêmicos e profissionais que se apresentam no decorrer da graduação.
Entretanto, há desafios quanto ao Letramento Informacional, que permeiam na prática da leitura e pesquisa ao longo do seu aprendizado até a entrada no Ensino Superior, sendo observado no próximo questionamento, a partir da perspectiva de quando um professor passa um texto acadêmico na sala de aula, neste caso, no curso de Biblioteconomia e Documentação.
Gráfico 5 – Quando um professor passa um texto acadêmico nas aulas das disciplinas do curso de Biblioteconomia e Documentação, você:
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
No gráfico 5, revela-se que, entre os 45 participantes, 58% relatam dificuldades na leitura devido ao não entendimento do vocabulário. Entretanto, 71%, discordam da afirmação de que enfrentam obstáculos para entender o tema dos textos acadêmicos. Esses dados indicam que, embora alguns estudantes tenham dificuldades com os jargões técnicos, a maioria consegue compreender o conteúdo dos livros didáticos. Isso pode indicar diferentes níveis de habilidade na leitura e na interpretação de textos acadêmicos entre os participantes.
Para Rocha e Santos (2017), existem razões pelas quais o aluno sente dificuldade na compreensão textual e até mesmo para explicar o que foi lido, e entre elas deve estar a falta de familiaridade com o vocabulário, não conseguir estabelecer conexões entre um enunciado e outro (devido a não compreensão do sentido), falta de conhecimento prévio e problemas de processamento de linguagem.
Na afirmação “Compreendo o que lê, mas tenho dificuldades em explicar o texto” revela que uma parcela considerável dos alunos (58%) sente que compreende o que lê nos textos acadêmicos, mas enfrenta dificuldades em explicar esse conhecimento. Por outro lado, 42% discordam dessa afirmação. Almeida (2007) em seu estudo indica a possível origem dessa dificuldade, relacionado ao caráter não construtivo das vivências de leitura, e pode estar diretamente ligada à forma como o estudante se posiciona diante da leitura.
Interessante perceber que 31% têm falta de interesse sobre o assunto, não têm paciência e não têm concentração suficiente para ler. No entanto, é preciso lembrar que 51% afirmaram que a realização de leituras e pesquisas a partir das atividades escolares foi frequente. E por fim, 31% dizem não ter nenhuma dificuldade. Após, foi solicitado que marcassem a alternativa que compõe a maneira pela qual o estudante realiza a busca, seleção das informações, sabendo que os trabalhos acadêmicos se iniciam no 1º período, conforme gráfico a seguir.
Gráfico 6 – Considere as afirmações:
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Ao analisar o comportamento informacional dos respondentes, observa-se que, dos 45 participantes presentes no estudo de caso, 11% não utilizam bases de dados por não saberem manuseá-las, mas têm conhecimento das mesmas. Em contraste, apenas 2% (01 participante do 2º período) não sabe o que é base de dados. Essa lacuna da habilidade reflete diretamente a ideia central do LI, conforme como é discutido por Gasque (2010) ao argumentar que seu processo é composto por etapas, que vão desde a localização até a utilização eficiente. Nesse sentido, a dificuldade enfrentada pelos 11% de participantes, pode ser interpretada como uma deficiência em uma dessas etapas, especificamente no uso eficaz de ferramentas tecnológicas para acessar informações relevantes. E a incapacidade de manusear base de dados impede de localizar, selecionar e utilizar as informações.
No que se refere à confiabilidade das fontes, 22% (10 indivíduos) afirmaram que não aplicam critérios de confiabilidade nas páginas da web investigadas, em contraste com os 24% (11 sujeitos) que declararam utilizar quaisquer plataformas online que possuam o conteúdo de que precisam. Mas, em vista disso, notou-se que a maioria afirmou encontrar bons sites e blogs da área da Ciência da Informação, no total de 78% (35 participantes). Deste universo, 13 são do 2º Período e 9 são do 4º Período, reunindo quase 50%.
Em outra perspectiva, dos 35 participantes mencionados anteriormente, sete indicaram simultaneamente que encontram bons sites e blogs da área, mas não usam critérios de credibilidade, o que é contraditório. A avaliação de uma plataforma online como boa, ótima ou ruim depende da aplicação de critérios, tais como a instituição ou autoridade responsável pelo portal web e a revisão do seu conteúdo por especialistas para garantir a qualidade das informações (Carvalho; Simões; Silva, 2005).
Em relação a algumas fontes de informações descritas, a maioria selecionou utilizar tanto periódicos quanto livros, sendo 71%. Enquanto isso, 56% (25 participantes) expressaram preferência por obras literárias em vez de periódicos. Ao comparar com as fontes de informações que os mesmos utilizavam na época do Ensino Médio, observa-se um significativo aumento de interesse pelos livros, ou seja, de 29% (somando biblioteca pública e escolar) houve um crescente de 27%.
Além disso, 49% disse utilizar a plataforma Youtube como fonte de pesquisa. Um fator a se pensar é que 42% disseram preferir repositórios universitários, somente 7% dizem não saber desse tipo de repositório.
Finalmente, questionou-se aos participantes a respeito do conceito de Letramento Informacional para entender sua compreensão sobre o tema. E, constatou-se que 03 expressaram a mesma noção da definição de Letramento Informacional: “Letramento informacional é o processo de localizar, selecionar, acessar, organizar para usar e gerar conhecimento para tomada de decisões e resoluções de problemas” (B2, B21 e 35). B5 citou algo importante para complementar o conceito, que seria “aprimorar o pensamento crítico sobre o que ler e o que será lido”.
Logo, outros citam, que o Letramento Informacional pode ser: “[...] forma correta de se escolher, coletar e analisar dados informacionais. Além de saber como utilizá-los em trabalhos acadêmicos ou no cotidiano em busca de informações de credibilidade” (B19) e a “[...] capacidade que um indivíduo tem de compreender os mecanismos de busca da informação como também de compreendê-la” (B28).
Ademais, o Letramento Informacional foi muito mencionado entre os participantes como aquisição de novos conhecimentos, conhecimento digital, a habilidade de escrever e ler, a maneira de utilizar o dado, organização do conhecimento, interpretação textual, processo de aprendizagem e gestão do dado. Assim, inserem-se os conceitos que mais se aproximam do que foi dado pelos autores citados ao longo da pesquisa.
É um processo que faz parte de ações relacionadas à aprendizagem e tem como objetivo tomar boas decisões que ajudem nas resoluções de problemas que venham surgir. (B8)
Letramento informacional é a capacidade de saber passar determinado assunto de acordo com o seu público, no caso da ciência da informação, saber filtrar a informação de modo que venha a facilitar a localização, o acesso e a organização, visando uma melhor tomada de decisão. (B24)
Saber onde pesquisar e como pesquisar um determinado assunto. (B39)
Conquanto as respostas dos demais não se configuram equívocas. No entanto, B6 e B31 não responderam à questão, e foi observado que alguns participantes mencionaram a aptidão como produto do letramento, um deles é B10. Além dele (a), a habilidade foi enfatizada também por B25 como "Conhecimento amplo em várias áreas do saber", e B32 ao afirmar que "quando se possui a capacidade em buscar informações, entende e sabe explicar o que se está procurando". B30 destaca algo importante, que se adentra na temática, que é a capacidade de avaliar, em suas palavras, a “Capacidade de ler e interpretar as informações, e distingui-las do que é fake e verdadeiro”.
Nos estudos de Dudziak (2010) e Gasque (2010), a relação de Letramento e Competência Informacional é evidenciada, de forma contundente, a partir do seu conceito e suas características que os entrelaçam, referindo-se às habilidades de localizar, selecionar e utilizar as informações de maneira crítica e eficaz, as autoras enfatizam como um processo integrado, e isso engloba a Competência Informacional, mostrando que há uma relação direta entre ambas.
Com a análise dos dados, foi revelada uma situação alarmante relativo à prática de leitura e pesquisa no ambiente acadêmico, demonstrando vulnerabilidades que prejudicam a qualidade das produções acadêmicas dos estudantes. As dificuldades relatadas concentram-se, sobretudo, na compreensão do vocabulário especializado dos textos acadêmicos. Entretanto, a incapacidade de articular ou explicar a leitura indica uma lacuna formativa significativa, comprometendo a retenção do conhecimento e sua aplicação crítica reflexiva.
Adicionalmente, o uso inadequado de fontes de pesquisa torna ainda mais visível a fragilidade metodológica presente nas práticas adotadas pelos estudantes. Muitos deles, embora cientes da relevância da pesquisa, não incorporam critérios sólidos para avaliar a credibilidade das fontes consultadas, sem uma triagem rigorosa.
Em evidência, a falta de estímulo à leitura e, principalmente, à prática investigativa se manifesta como um dos maiores desafios enfrentados pelos alunos. O questionamento sobre o estímulo à leitura no Ensino Médio corrobora essa percepção, deixando claro que muitos ingressam na universidade sem a preparação adequada para enfrentar as exigências acadêmicas. Contudo, essa carência de incentivo nos estágios anteriores se reflete na dificuldade dos estudantes em se adaptar ao rigor metodológico que o Ensino Superior exige.
5 Considerações finais
Conclui-se que os estudantes do curso de Biblioteconomia e Documentação da UFS têm em sua prática de leitura e pesquisa grandes desafios oriundos do Ensino Médio, por meio das poucas práticas e incentivos voltados à leitura e à pesquisa nas salas de aula.
Logo, uma parte significativa dos estudantes tem como dificuldade compreender o vocabulário e a explicação dos assuntos. Demonstra-se que, para a importância do desenvolvimento de habilidades de Letramento Informacional, é necessário aprimorar a compreensão e a interpretação de textos acadêmicos.
Vale ressaltar que um número significativo de estudantes não utiliza critérios de confiabilidade ao selecionar fontes de informação, o que pode ser uma preocupação em termos de Competência Informacional. Também, foram identificadas algumas dificuldades dos alunos do curso de Biblioteconomia e Documentação no tocante à leitura e produção de texto, pois muitos deles têm dificuldades em compreender o assunto dos textos acadêmicos que lhes são apresentados. Além disso, uma parcela considerável tem dificuldades em explicar o conteúdo lido. Isso pode ser devido a problemas de vocabulário, falta de familiaridade com o conteúdo ou falta de interesse.
Alguns alunos não utilizam bases de dados devido à falta de conhecimento sobre como usá-las, mas neste caso, deve-se à transição do Ensino Médio para o Ensino Superior.
Outra questão importante diz respeito à falta de leitura regular no Ensino Médio, o que não é adequado em nenhum nível educacional. Há também uma dependência de motivação para a leitura, muitas vezes associada apenas às notas, o que pode ser insuficiente no Ensino Superior.
Como possível solução, pode-se elaborar um currículo integrado que agregue um ensino mais dinâmico, propondo ao estudante mais envolvimento oral na sala de aula, essa iniciativa, compõe-se de plano de aulas com atividades que envolvam discussões em grupo, apresentações orais e seminários em sala de aula, assim, os estudantes não apenas aprimoram suas habilidades de comunicação verbal, mas também aprendem a articular e justificar suas ideias e perspectivas. Isso é fundamental no processo de Letramento Informacional, pois capacita os alunos a compartilhar e colaborar com outras pessoas, construindo conhecimento de forma coletiva. Essa abordagem contribui para pesquisas futuras sobre práticas do LI e proposta curricular que inclua o desenvolvimento de habilidades de LI.
Referências
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NOTAS
CONTRIBUIÇÃO DE AUTORIA
Concepção e elaboração do manuscrito: A. K. T. Braga. P. B. S. da Paixão. M. S. C. Nunes
Coleta de dados: A. K. T. Braga
Análise de dados: A. K. T. Braga
Discussão dos resultados: A. K. T. Braga
Revisão e aprovação: A. K. T. Braga
DECLARAÇÃO DE DISPONIBILIDADE DOS DADOS
Todo o conjunto de dados que dá suporte aos resultados deste estudo foi publicado no próprio artigo.
FINANCIAMENTO
Não se aplica
CONFLITO DE INTERESSES
Não se aplica
REVISÃO E NORMALIZAÇÃO
Os autores
EDITOR RESPONSÁVEL
Patrícia Nascimento Silva (https://orcid.org/0000-0002-2405-8536)
EQUIPE DE APOIO
Josiane Santos Lima (https://orcid.org/0009-0001-2672-0351)
HISTÓRICO
Recebido em: 15-07-2024 – Aprovado em: 22-09-2024 – Publicado em: 03-10-2024.
1 Graduada em Licenciatura em Pedagogia, Faculdade Pio Décimo, alinebraga.pb@outlook.com
2 Doutor em Ciência da Informação, Universidade Federal de Sergipe, pabloboaventura1@hotmail.com
3 Doutora em Ciência da Informação, Universidade Federal da Bahia, marthasuzana@hotmail.com
DOI: https://doi.org/10.35699/2237-6658.2024.53489
Revista Múltiplos Olhares em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 14, e53489, 2024
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