Nuntius Antiquus https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus <div id="journalDescription"> <p><em>Nuntius Antiquus</em><em> </em>é um periódico semestral, de fluxo contínuo, com avaliação de pares, mantido pela <a href="http://www.letras.ufmg.br/site/">Faculdade de Letras</a> da <a href="https://www.ufmg.br/">Universidade Federal de Minas Gerais</a> (Brasil) desde 2008. Publica artigos científicos tendo como temática culturas e literaturas da Antiguidade e da Idade Média. Tem como missão fomentar a produção científica na área de estudos clássicos e medievais, permitindo a pesquisadores do Brasil e do exterior divulgarem suas pesquisas e contribuírem para o debate e o progresso científico na área. A revista destaca-se como um dos raros periódicos brasileiros voltados estritamente para os domínios da Antiguidade e do Medievo.</p> <p>Não se cobra dos autores pela publicação.</p> <p><strong>Qualis A2 </strong>(quadriênio 2017–2020).</p> <div dir="ltr"> </div> </div> Universidade Federal de Minas Gerais pt-BR Nuntius Antiquus 2179-7064 Apresentação do Dossiê Sócrates, Eurípides, Aristófanes e Nietzsche – diálogos interdisciplinares sob os auspícios de Dioniso https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/49050 <p>Texto de apresentação do dossiê.</p> Daniela Brinati Furtado Maria Cecília de Miranda N. Coelho Copyright (c) 2024 Daniela Brinati Furtado, Maria Cecília de Miranda N. Coelho (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-07 2024-02-07 19 2 6 17 Los ritos dionisíacos de las mujeres áticas y las Bacantes https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/48983 <p>No existe aparentemente en el Ática un menadismo similar al que aparece en las <em>Bacantes</em> que se sitúa en el Citerón tebano. Es decir, no tenemos información ni constancia, en las fuentes, de que las mujeres (en época arcaica y clásica) se marcharan a la (o las) montañas del Ática a celebrar al dios en <em>thiasoi</em> como los que aparecen en las <em>Bacantes</em>. Solo en la misión a Delfos, las mujeres del Ática participaban, junto con las delfias, de la oribasia fuera de Atenas, en Delfos. A pesar de ello, parece que las atenienses festejaban a Dioniso profusamente en múltiples celebraciones, tanto en un contexto central (las Antesterias, las Leneas y la Misión a Delfos), como en ámbito local en los demos, en Erquia, por ejemplo, lugar en el que las mujeres hacen sacrificios a Sémele, pero también en las celebraciones rurales de las <em>Theoinia</em>. En estas páginas exploramos cómo los ritos dionisíacos femeninos de Atenas de época clásica se reflejan de modo palpable en la obra de Eurípides quien desvela en las <em>Bacantes</em> lo arraigada que estaba la experiencia religiosa de las mujeres áticas en relación con el dios.</p> Miriam Valdés Guía Copyright (c) 2024 Miriam Valdés Guía (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-07 2024-02-07 19 2 18 48 Agência musical de Dioniso e Ariadne na pintura dos vasos ápulos https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/48985 <p>O artigo trata de iconografia musical de Dioniso e de Ariadne, evidenciando as novas ênfases que lhes foram conferidas pela iconografia da Magna Grécia. Comparando-se as pinturas dos vasos áticos e ápulos, nota-se o quanto Dioniso e Ariadne são revestidos de uma agência musical especial. Dioniso não somente passa a tocar instrumentos musicais ele mesmo, como desenvolve uma forte ligação com a cítara retangular ápula. Afrodite é apresentada de modo muito singular como uma <em>auletris</em>, atributo musical ausente na iconografia ática. Procuro interpretar os sentidos destas mudanças.</p> Fábio Vergara Cerqueira Copyright (c) 2024 Fábio Vergara Cerqueira (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-07 2024-02-07 19 2 49 98 A perna e a perda https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/49041 <p>Este artigo consiste em apresentar o meu método, procedimentos e desafios ao realizar uma nova tradução d’<em>As Bacantes</em> de Eurípides. Ao fazer esse movimento, o texto propõe-se a pensar o lugar da retradução de clássicos no Brasil a partir da análise de outras traduções d’<em>As Bacantes</em>: as de Eudoro de Sousa, David Jardim Jr., Mário da Gama Kury, Jaa Torrano e Trajano Vieira. Tendo apresentado esta perspectiva, este trabalho busca exemplificar critérios e soluções com excertos comentados da peça e situá-la no rico legado de traduções brasileiras da peça de Eurípides.</p> Rafael Brunhara Copyright (c) 2024 Rafael Brunhara (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-07 2024-02-07 19 2 99 121 Xenophon’s Subversive Socrates https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/49042 <p>This article argues that Xenophon’s conception of Socrates’ exemplary qualities, by which he sought to exonerate him of the charges of impiety and harming the youth, was not that of the average Athenian. The difference was such that someone who was pious in the way Xenophon represented Socrates as being might even appear to be impious to the majority of his fellow citizens. So too, what Xenophon described as Socrates’ benefits to others might have seemed quite otherwise, when measured by popular views. The article thus challenges the still prevailing image of Xenophon as a man of mediocre intelligence, who perhaps misunderstood Socrates, but was incapable of creating a picture of him that was coherent and informed by an original, and perhaps even accurate, vision of his teachings.</p> David Konstan Copyright (c) 2024 David Konstan (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-07 2024-02-07 19 2 122 146 Accusing the accusers https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/48984 <p>This paper discusses an aspect of rhetoric in Plato’s <em>Apology of Socrates</em>: invective, the modes that the defendant uses to attack, undermine the credentials, and diminish the credibility of his accusers, namely Meletus, Anytus, and Lycon (with side attacks also being hurled against others, including Aristophanes). “Accusing the accusers” encapsulates and refers succinctly to the use of invective on the principle that the best form of defence is attack. It is, specifically, examined how invective on the part of the defendant is articulated: what elements it is made up of, how it connects with and capitalizes on the general sociocultural context in classical Athens to deconstruct the identity of the accusers, and how useful it is in triangulating relations in court between the speaker, his opponent(s), and the audience – a technique that, as argued in scholarship, has tremendous potential to affect the verdict of the judges.</p> Andreas Serafim Copyright (c) 2024 Andreas Serafim (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-07 2024-02-07 19 2 147 190 Eurípides e/em Platão https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/49043 <p>A presença de Eurípides em Platão aparece em variados recortes envolvendo o contexto da teoria psicológica platônica. Retomarei o modo como Platão transpõe a representação de Dioniso nas <em>Bacantes</em> centralizando o êxtase dionisíaco, no <em>Banquete</em>, seja na figura de Alcibíades, seja na de Sócrates. O contexto teórico proposto será norteado pelo debate sobre a natureza de <em>eros</em>.</p> Jovelina Ramos Copyright (c) 2024 Jovelina Ramos (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-07 2024-02-07 19 2 191 214 Euripide dans le Banquet de Platon https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/49044 <p>Dans l’article présent, il est question d’Euripide dans le <em>Banquet</em> de Platon. L’analyse qui suit est une illustration de la réponse que Platon donne à Euripide dans le <em>Banquet</em>, suivant le modèle établi par Xénophane dans son élégie sur le banquet, quant à la façon adéquate de louer les dieux. En effet, en utilisant les vers de Mélanippe, Platon indique clairement que l’idée de louer Eros de manière appropriée n’est pas la sienne, mais celle d’Euripide ; et c’est en effet chez Euripide que ce même désir d’honorer Eros est exprimé pour la première fois, non pas dans <em>Mélanippe</em>, mais dans l’<em>Hippolyte</em>. Il s1agit d’une interprétation nouvelle d’ Euripide à travers le <em>Banquet</em> de Platon.</p> Sylvana Chrysakopoulou Copyright (c) 2024 Sylvana Chrysakopoulou (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-07 2024-02-07 19 2 215 242 Dioniso nas Dionisíacas de Nono de Panópolis https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/49045 <p>No século V d.C., Nono de Panópolis compôs o que pode ser considerado o maior poema em língua grega preservado, as <em>Dionisíacas</em>, uma epopeia que narra o ciclo de Dioniso em hexâmetros. A presente pesquisa visa estudar a criação poética de Nono que, podendo ter sido um cristão, cria um poema com temática secular cujo objetivo é cantar Dioniso utilizando a matéria homérica. Entretanto, por estar na Antiguidade Tardia, ele pode utilizar diversos estilos e gêneros intercalados para construir seu colossal poema, empregando a técnica da <em>poikilía</em> como principal recurso poético. Como resultado, ele cria uma nova versão de Dioniso, que vai além do deus do teatro e do vinho, aventurando-se em combates e amores, de modo que o objetivo de helenização do mundo mítico se cumpra. Dessa forma, pode-se chegar à conclusão de que Nono utiliza a <em>poikilía</em> para subverter as regras antigas sobre a construção da poesia grega e criar uma epopeia única sobre um novo Dioniso, inédito até então.</p> Paulo Henrique Oliveira de Lima Copyright (c) 2024 Paulo Henrique Oliveira de Lima (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-07 2024-02-07 19 2 243 266 Nietzsche e Nasrudin, o “sábio tolo” sufi https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/49046 <p>Este artigo apresenta uma investigação de aproximações entre o pensamento filosófico de Nietzsche e histórias do “sábio tolo” Nasrudin, através da análise de escritos do primeiro e anedotas do segundo, apreciadas sob o prisma do sufismo, com vistas a revisar sucintamente o valor do emprego instrucional e filosófico do humor, rememorando alguns precedentes (inclusive em alusões à contribuição de ensinamentos do Cinismo) e o estado atual do conhecimento correlato. A despeito de várias aproximações pertinentes, recorda-se aqui que, se o pensamento de Nietzsche implica numa “desentificação de si” que abre mão da concepção de qualquer “eu” e pretende superar a ideia de Deus abolindo-a (ou constatando sua ultrapassagem), para o sufismo essa desentificação, favorecida por alguns ensinamentos “antifilosóficos” de Nasrudin, é apresentada como condição para a “união mística” com Deus enquanto realidade primordial e unificadora fora e dentro do homem. Tanto os relatos de Nasrudin quanto a filosofia de Nietzsche, contudo, constituindo diferentes apresentações da exaltação da vida, amiúde em seus aspectos cotidianos, podem contribuir – e convergir – para arejar e alegrar o pensamento ocidental.</p> Edrisi de Araújo Fernandes Copyright (c) 2024 Edrisi de Araújo Fernandes (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-07 2024-02-07 19 2 267 312 Prolegômenos a Nietzsche https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/49047 <p>Um dos nomes fundamentais para a história dos Estudos Clássicos é o de Friedrich August Wolf (1759–1824), destacado frequentemente por introduzir a “Questão Homérica” em bases críticas sérias à Modernidade, com a publicação de seus <em>Prolegomena ad Homerum</em> (1795), além de ter libertado a Filologia de sua posição subalterna face à Teologia, organizando-a de modo sistemático no texto <em>Darstellung der Alterthums-Wissenschaft</em> (1807). Sua proposta para o engajamento do filólogo com questões relevantes para o presente aparece como modelar para aquilo que, algumas décadas mais tarde, Friedrich Nietzsche pretende resgatar em suas reflexões sobre uma “filologia do futuro” (<em>Zukunftsphilologie</em>). O presente artigo busca revisitar criticamente o impacto disciplinar da obra de Wolf, em termos de <em>Bildung</em> (‘formação’) e <em>Wissenschaft</em> (‘ciência’), destacando diferentes aspectos de seu legado para quem atua com o estudo da Antiguidade até os dias de hoje, inclusive no que diz respeito a alguns dos problemas já apontados pelo próprio Nietzsche.</p> Rafael Guimarães Tavares da Silva Copyright (c) 2024 Rafael Guimarães Tavares da Silva (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-07 2024-02-07 19 2 313 336 Method and transhistorical dimension in ancient philosophy https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/49049 <p>This paper highlights key characteristics and aspects of the methodology for historiographical studies in philosophy in the context of contemporary theories about the trans-historical dimension. Significant examples of this type of inter-epochal dialog serve to illustrate the utility of this kind of approach.</p> Claudia Mársico Copyright (c) 2024 Claudia Mársico (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-07 2024-02-07 19 2 337 354 Afterword: Trajectories of Socratic Studies https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/49051 <p>afterword</p> Gabriel Danzig Copyright (c) 2024 Gabriel Danzig (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-07 2024-02-07 19 2 355 359