Cronologia das traduções e das obras filológicas orientalistas (séc. XVIII e XIX)

Autores

  • F. Delfim Santos University of Canterbury

Palavras-chave:

Obras filológicas

Resumo

As obras do remoto Oriente foram trazidas para a Europa ao longo dos sécs. XVIII e XIX para serem estudadas inicialmente com intenção polêmica, visando fortalecer as crenças coloniais na superioridade ocidental. Porém o seu estudo tomou caminhos imprevisíveis, colocando em causa a identidade religiosa e cultural da Europa dominante e as crenças religiosas dos conquistadores. No final a cultura do vencido acabou conquistando a do arrogante vencedor, segundo o paradigma horaciano (Hor., Epistulae 2.1.156-7). Um novo mundo “antigo” surge ante os olhos estupefatos dos homens de pensamento, um mundo cuja pervivência poderia e deveria ser estudada in situ. Deu-se uma revolução cultural tão importante como a provocada pelo renascimento da cultura greco-latina na Itália do Quattrocento e a descoberta de novos continentes e populações nos sécs. XV-XVI, ou a dos novos mundos astronômicos, físicos e da história natural ao longo da Idade Moderna. As principais consequências da vitória da Filologia se fizeram sentir no mundo da teologia e da filosofia.

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Publicado

2010-06-30

Como Citar

Santos, F. D. (2010). Cronologia das traduções e das obras filológicas orientalistas (séc. XVIII e XIX). Nuntius Antiquus, 5, 149–159. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/17269

Edição

Seção

Instrumentos de Pesquisa