O léxico das comunidades indígenas do Ceará na designação de doenças: reflexões para a construção de vocabulário controlado

Autores

  • Virginia Bentes Pinto Universidade Federal do Ceará. Departamento de Ciências da Informação. Curso de Biblioteconomia
  • Henry de Holanda Campos Professor Titular do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal do Ceará. Doutor em Medicina – Nefrologia pela Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP, Brasil.
  • Maria do Socorro Aragão Professora Titular da Universidade Federal da Paraíba e Visitante do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Ceará. Doutorado em Linguística pela Universidade de São Paulo.
  • Cristina da Costa Ribeiro Bibliotecária-Ex-bolsista do PIBIC – Membro Grupo de Pesquisa: Representação da Informação e da Equipe do Projeto.

Palavras-chave:

Vocabulário controlado; Vocabulário controlado de nomes populares de doenças; Nomes populares de doenças; Memorial do léxico em saúde.

Resumo

Apresenta os resultados da pesquisa cujo objetivo é construir um vocabulário controlado de nomes populares de doença (vcnpd) a partir do léxico utilizado pelas comunidades indígenas do Ceará, estabelecendo-se as relações com a terminologia de especialidade da saúde. É uma pesquisa aplicada, sendo o estudo empírico feito em quatro etapas: entrevista com os líderes e pajés das comunidades indígenas Tapebas, Pitaguarys e Jenipapo-Kanindés, localizadas no Estado do Ceará; mapeamento dos nomes populares das doenças em fontes populares e terminológicas especializadas; construção do protótipo do vcnpd com as palavras mapeadas especificando-se as relações com a terminologia da CID-10. Resultados evidenciam 355 (trezentas e cinquenta e cinco) palavras pertencentes ao léxico das comunidades investigadas. O cotejamento expressa pouca coincidência entre as palavras que nominam as doenças entre os povos investigados – somente 41 (quarenta e uma), sendo que 9 (nove) se duplicam nas três comunidades, 15 (quinze) entre os Tapebas e os Pitaguarys, 6 (seis) entre Tapebas e Jenipapo-Kanindés; 11 (onze) coincidem entre os Pitaguarys Jenipapo-Kanindés. Conclui-se que a construção do VCNPD reveste-se de importância vital, tanto para a preservação da memória lexical dessas comunidades como também para favorecer a comunicação entre esses povos e os profissionais da saúde, nas ações de cuidados dedicadas a esses indivíduos.

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Biografia do Autor

Virginia Bentes Pinto, Universidade Federal do Ceará. Departamento de Ciências da Informação. Curso de Biblioteconomia

Pós-doutorado em filosofia.UQaM-Laborartorio de Análise Cognitiva da Informação. Montreal-Ca.Doutorado em Ciencia da Informação e da Comunicação-Université Stendhal Grenoble-3-França. Mestrado em Ciência da Informação-UFMG. Graduação em Biblioteconomia -UFC. Coordenação do DINTER-UNESP/UFC.

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Publicado

2020-07-14

Como Citar

Bentes Pinto, V., de Holanda Campos, H., do Socorro Aragão, M., & da Costa Ribeiro, C. (2020). O léxico das comunidades indígenas do Ceará na designação de doenças: reflexões para a construção de vocabulário controlado. Perspectivas Em Ciência Da Informação, 25(2), 171–193. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/pci/article/view/24123

Edição

Seção

Artigos