https://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/issue/feedRevista Docência do Ensino Superior2024-11-19T17:22:45-03:00Revista Docência do Ensino Superiorrevistadocenciaensinosuperior@ufmg.brOpen Journal Systems<p>A <strong>Revista Docência do Ensino Superior</strong> é um periódico científico editado pelo GIZ - Diretoria de Inovação e Metodologias de Ensino, vinculada à Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e se apresenta como espaço de debate e reflexão sobre as atividades docentes de ensino superior.</p> <p>São publicados textos originais, com resultados de pesquisa, ensaios ou relatos de experiência, que abordam questões relacionadas à docência no ensino superior, como metodologias de ensino e de aprendizagem, desenvolvimento de materiais didáticos e recursos pedagógicos, estratégias de avaliação, entre outras, nas diferentes áreas do conhecimento. Também são aceitos para publicação resumos de teses e dissertações, entrevistas e resenhas.</p> <p>Curta nossa página no <a href="https://www.facebook.com/revistadocenciaensinosuperior/" target="_blank" rel="noopener">Facebook</a> e siga-nos no<a href="https://www.instagram.com/revistadocenciaufmg/" target="_blank" rel="noopener"> Instagram</a>, no <a href="https://twitter.com/rdes_ufmg" target="_blank" rel="noopener">X</a> e no <a href="https://www.linkedin.com/in/revista-doc%C3%AAncia-do-ensino-superior-ufmg-13731b2a5" target="_blank" rel="noopener">LinkedIn</a>!</p>https://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/53944O Grupo de Estudos e Pesquisa em Geometria (GEPGEO) como um espaço de aprender docente2024-08-07T17:10:55-03:00Gabriel de Oliveira Soaresgsoares8@outlook.com<p class="A-CORPODOTEXTO">Este estudo insere-se na linha de pesquisa Formação de Professores do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Franciscana, e tem como temática geradora contribuições de grupos de estudos colaborativos para a formação de professores. Buscou-se delinear contribuições no desenvolvimento dos domínios do conhecimento matemático para o ensino e na formação de professores a partir da participação no Grupo de Estudos e Pesquisas em Geometria (GEPGEO), ligado a tal programa de pós-graduação. O quadro teórico elencado para embasar o estudo é a Base do Conhecimento Matemático para o Ensino. A pesquisa é de cunho qualitativo, do tipo estudo de caso, da qual participaram 13 integrantes do grupo de estudos em questão. A coleta de dados deu-se através de 31 encontros periódicos do grupo, realizados no período de setembro de 2019 a dezembro de 2020, que foram gravados em vídeo e analisados. Além disso, uma narrativa autobiográfica foi desenvolvida a fim de estabelecer contribuições pessoais da participação no grupo. A partir das análises, foi possível constatar que a participação no GEPGEO promoveu a mobilização dos seis domínios do conhecimento matemático para o ensino propostos pelos autores, além de elencar contribuições no aprofundamento de conhecimentos teóricos e práticos acerca da matemática e do ensino desse componente curricular para seus participantes. Por fim, reafirma-se o potencial formativo de espaços colaborativos de professores em vistas ao desenvolvimento profissional de seus participantes.</p>2024-10-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Gabriel de Oliveira Soareshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/52366Voltando ao “novo normal”2024-04-22T08:30:38-03:00Rodrigo Ramos da Cruzrodrigo.rcruz@hotmail.com<p class="A-CORPODOTEXTO">A pandemia de covid-19 intensificou a utilização do trabalho remoto na Administração Pública. Na área educacional, o trabalho remoto docente foi implementado como estratégia para substituição do ensino presencial, que teve que ser bruscamente interrompido. Pesquisas sobre o trabalho dos professores nesse período relatam obstáculos como dificuldades com as tecnologias, falta de equipamentos, carga horária de trabalho aumentada, dentre outros. Contudo, apesar de o período pandêmico não ter passado e embora seus efeitos e impactos continuem sendo estudados, as universidades federais brasileiras já retornaram às atividades presenciais, em busca de um “novo normal”. Nesse sentido, este estudo procura identificar os desafios e paradoxos de docentes de instituições públicas federais em relação ao retorno às atividades presenciais no contexto da pandemia da covid-19. Para isso, foi adotada uma abordagem qualitativa, de caráter exploratório, utilizando como estratégia o estudo de caso com docentes da Universidade Federal do Maranhão – Campus Grajaú. Os dados foram construídos por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas de forma online, que posteriormente foram analisados com o auxílio do software ATLAS.ti., à luz da análise de conteúdo de Bardin (2011). Foram identificados dez paradoxos, e os desafios e oportunidades foram agrupados em seis categorias. Os entrevistados relataram dificuldades ligadas ao ensino, falta de capacitação, problemas físicos como obesidade, dores musculares, cefaleia e exaustão, além de problemas mentais como ansiedade, angústia e estafamento mental. A sobrecarga de trabalho foi percebida por todos os docentes. Os professores relataram que a ausência do campus prejudicou suas atividades, devido a problemas de comunicação, ausência de feedback e falta de estrutura em casa para a realização do trabalho remoto. Apesar das dificuldades enfrentadas, os entrevistados relataram que continuariam a utilizar as TICs (Tecnologias da Informação e da Comunicação) num momento pós-pandêmico, e que gostariam de trabalhar num modelo híbrido, que mesclasse atividades presenciais e remotas. A falta de planejamento para a implementação do trabalho remoto prejudicou as atividades, pois houve necessidade de adaptação forçada e repentina aos sistemas utilizados pela universidade. Os conhecimentos oriundos desta pesquisa podem, no ponto de vista da prática, ajudar a Administração Pública, provendo-lhe informações para auxiliar ulteriores discussões acerca da implementação do trabalho remoto como complementação de carga horária presencial, ensino híbrido, regulação da jornada remota e desafios para manutenção da qualidade de vida dos servidores, além de evidenciar falhas ocasionadas pela implementação sem experiência prévia nem plano de trabalho.</p>2024-05-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Rodrigo Ramos da Cruzhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/51592Conhecimentos de natureza da ciência mobilizados e relacionados a outros conhecimentos por um futuro professor de Química em situações de ensino autênticas2024-03-12T16:10:44-03:00Monique Aline Ribeiro dos Santosmoniquesantos.ufmg@gmail.com<p class="A-CORPODOTEXTO">Documentos como os da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura têm destacado a importância de se promover uma educação para a cidadania global. Nesse sentido, pesquisas e propostas publicadas na área de educação em ciências têm apontado que situações de ensino que favoreçam a vivência em práticas da ciência – o chamado ensino autêntico – são promissoras visto sua contribuição para o desenvolvimento de uma visão ampla <em>sobre</em> ciências por parte de cidadãos. Assim sendo, é essencial que futuros professores de Ciências tenham oportunidades de vivenciar situações de ensino autênticas para que possam desenvolver conhecimentos necessários para ensinar a partir de tais perspectivas. Na literatura da área à qual tivemos acesso, há poucos estudos que buscaram contribuir para o desenvolvimento e a mobilização de conhecimentos <em>sobre</em> ciências de futuros professores e não há estudos baseados em uma visão ampla <em>sobre</em> ciências. A partir desta lacuna, nos propusemos a investigar os conhecimentos de Natureza da Ciência mobilizados e, em alguns casos, desenvolvidos, por futuros professores de Química ao participarem de um processo formativo baseado na segunda versão do Modelo de Ciências para o Ensino de Ciências (MoCEC v.2) e que integrou teoria e prática docente. Este modelo foi utilizado como suporte no planejamento de situações de ensino autênticas vivenciadas e propostas pelos futuros professores de Química. A coleta de dados foi realizada no contexto de uma disciplina optativa cursada principalmente de maneira remota por 13 futuros professores de Química, no primeiro semestre de 2020, em uma universidade federal. Esta investigação se baseou em princípios da pesquisa qualitativa na área de educação. Foram coletados dados oriundos de diversas fontes como registros em áudio e vídeo, artefatos produzidos pelos futuros professores, intervenções processuais (principalmente questionamentos específicos) e notas de campo produzidas pela pesquisadora a partir de suas observações. A análise foi realizada a partir das descrições e transcrições de todos os dados utilizando como ferramentas analíticas a segunda versão do Modelo de Ciências para o Ensino de Ciências e o Modelo Consensual Refinado de Conhecimentos de Professores. Os resultados foram apresentados e discutidos a partir de um estudo de caso do tipo intrínseco (descritivo) de um dos futuros professores de Química, selecionado em função de seu engajamento ao longo da disciplina. Identificamos que nosso sujeito de pesquisa manifestou 42 dos 49 aspectos de Natureza da Ciência (86%) associados às sete áreas de conhecimentos (todas as seis representadas no MoCEC v.2 e uma incluída nele durante este estudo). Ele também parece ter desenvolvido oito dos 28 aspectos (29%) mobilizados em uma atividade na qual planejou uma situação de ensino autêntica. A partir dessas manifestações, estabelecemos algumas relações, por exemplo, entre amplificadores e filtros, conhecimentos pedagógicos e de currículos; bem como apontamos possíveis transformações de conhecimentos pedagógicos de conteúdo. As conclusões derivadas de tais resultados podem ser traduzidas em contribuições tanto para o desenvolvimento de uma visão ampla <em>sobre</em> ciências por parte de nosso sujeito de pesquisa, quanto para iluminar e desvendar possíveis caminhos pelos quais um professor pode vir a mobilizar e/ou desenvolver seus conhecimentos pedagógicos de conteúdo para o ensino de Ciências. Por fim, apresentamos implicações de diferentes naturezas (acadêmicas, para formação de professores e pessoais) desta tese.</p>2024-05-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Monique Aline Ribeiro dos Santoshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/52845As eleições para reitor na Universidade Federal de Pernambuco2024-08-11T16:00:00-03:00Thiago Nunes Soaresthiagonsoares@hotmail.com<p>Neste trabalho foram analisadas as eleições para reitor na Universidade Federal de Pernambuco em 1983, com reflexões acerca dos impactos da ditadura civil-militar de 1964 nas liberdades democráticas. A pesquisa foi desenvolvida por meio da coleta, seleção e análise de um amplo e variado conjunto documental oriundo do Arquivo Nacional e da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Como resultados da investigação, constatou-se que, em face de uma maior articulação e organização da comunidade acadêmica e do incremento das lutas por democratização naquela universidade, em 1983 foram estabelecidas eleições para reitor. O modelo de seleção para o cargo permaneceu indireto, mas conseguiu-se que houvesse uma consulta aos universitários durante o pleito. O fato de ter havido eleição para essa função e consulta à comunidade acadêmica no sufrágio não garantiu a ocupação da vaga pelo candidato mais votado, tendo em vista que a definição era executada pelo presidente da República, por meio de uma lista que a universidade enviava ao Ministério da Educação e Cultura, situação comum a outras instituições de ensino no período. Apesar desse contexto, a eleições para reitor em 1983 resultaram em avanços democráticos, pois diante da crise do governo ditatorial, ampliaram-se as discussões sobre a democracia dentro e fora dos muros da universidade, mobilizando a comunidade acadêmica e outros segmentos sociais com debates e outras formas de resistências cotidianas.</p>2024-11-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Thiago Nunes Soareshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/51810Ventanias e o esperançar2024-07-10T15:42:18-03:00Shirlei Rezende Salesshirlei.sales@hotmail.comBruna de Oliveira Gonçalvesbrunadogoncalves@gmail.com<p class="A-CORPODOTEXTO">Este artigo analisa as adaptações no currículo e na avaliação da disciplina Teorias de Currículo ofertada em uma turma de graduação em Pedagogia e outra da pós-graduação em Educação, no contexto do ensino remoto emergencial, na Universidade Federal de Minas Gerais durante o primeiro ano da pandemia do coronavírus e suas ventanias. A análise crítico-reflexiva é feita a partir de um estudo qualitativo, exploratório e descritivo acerca do desenvolvimento do plano de curso adaptado para o ensino remoto. Foram retomados no artigo os processos institucionais que envolveram a autorização da continuidade das atividades formativas de maneira remota, a redefinição do planejamento pedagógico, a descrição e análise das escolhas metodológicas para o desenvolvimento do curso e de sua avaliação. Argumenta-se que em meio às inegáveis turbulentas ventanias provocadas pela pandemia, na Universidade, foi possível desenvolver coletivamente um curso de formação docente cujo currículo e avaliação precisaram ser repensados e adaptados. Assim, o compromisso coletivo com a vida e com a educação pública conduziu a elaboração das estratégias pedagógicas que mitigaram as fragilidades do ensino remoto. Inúmeras foram as lacunas rumo à equidade, entretanto, a soma de esforços possibilitou a estruturação de um curso adaptado assertivo, esperançando na formação docente.</p>2024-11-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Shirlei Rezende Sales, Bruna de Oliveira Gonçalveshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/49453Um diálogo nas licenciaturas sobre fanzinagem e suas potencialidades educativas2024-04-02T15:34:55-03:00Jéssyka Melgaço Rodriguesjessykamelgaco@gmail.comRaimunda Aline Djanira Freire Marquesalinerfreire@yahoo.com.brÉrika Freitas Motaerika.mota@ufc.brRaquel Crosara Maia Leiteraquelcrosara@ufc.br<p>Este relato possui o objetivo de descrever produtos e analisar contribuições da fanzinagem para a formação de licenciandos, tendo o seu foco em vivências provenientes de uma oficina com fanzines – que configurou, em 2022, atividade de extensão numa Instituição Pública de Ensino Superior situada em Fortaleza (Ceará, Brasil). A fim de responder à questão: quais produtos e saberes foram construídos pelos participantes nas vivências de uma ação universitária pautada na fanzinagem?, o estudo percorre e interliga os campos teórico-metodológicos das práticas de ensino e da formação docente. Enquadra-se nos moldes da pesquisa descritiva e elege como público-alvo os próprios participantes da experiência extensionista – quatro licenciandos das áreas de Ciências Biológicas, Física, Química e Geografia. O trabalho proposto na oficina resultou na elaboração de quatro fanzines, que se deu nos moldes da fabricação artesanal, pois os licenciandos se sentiram motivados a elaborá-los considerando prioritariamente a associação de textos e desenhos, ambos feitos à mão. As observações das ações registradas no diário de campo e a análise dos produtos foram indicadoras de que esses sujeitos construíram aprendizagens específicas sobre a ferramenta. Tal suposição advém do quanto eles se engajaram nos diálogos, como também da satisfação e do ânimo demonstrados no cumprimento das tarefas. Logo, acredita-se que os participantes compreenderam o poder inventivo, inovador, artístico e socializador do instrumento, podendo tornar-se profissionais sensíveis à ressignificação das práticas tradicionais de ensino, quando promoverem sua implementação no exercício futuro da profissão.</p>2024-11-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Jéssyka Melgaço Rodrigues, Raimunda Aline Djanira Freire Marques, Érika Freitas Mota, Raquel Crosara Maia Leitehttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/39349Reconhecimento macroscópico da estrutura dos tecidos2024-05-17T15:37:21-03:00Flavia Sant’Anna Riosflaviasrios@ufpr.brMelissa Spindola Estevammelissa.s.estevam@gmail.comLúcia Sanguino Canterilucia.sanguino049@gmail.com<p class="A-CORPODOTEXTO">A histologia e a biologia celular fornecem conhecimentos básicos para as áreas de anatomia, fisiologia, patologia e outras disciplinas específicas referentes ao estudo do corpo humano. Entretanto, estudantes ingressantes em cursos da área da saúde com frequência não se sentem motivados em disciplinas do ciclo básico por não estabelecerem, em um primeiro momento, a relação do estudo de estruturas em nível microscópico com a futura prática clínica. Neste sentido, foi realizada uma prática envolvendo a dissecção de perna de frango na primeira aula prática da disciplina de Biologia Celular e Tecidual para o curso de Fisioterapia, com o intuito de identificar macroscopicamente os principais tecidos, reconhecendo no material a fresco o aspecto, a coloração e as propriedades físicas, como a resistência e a elasticidade. Em seguida, os estudantes compararam o material dissecado com fotomicrografias, para assim iniciarem a associação do aspecto macroscópico com os cortes histológicos. A experiência mostrou-se positiva, pois os estudantes demonstraram-se motivados ao estudo dos tecidos e fizeram a distinção entre os seus conhecimentos prévios, baseados no senso comum, e informações científicas, contribuindo para uma aprendizagem significativa.</p>2024-04-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Flavia Sant’Anna Rios, Melissa Spindola Estevam , Lúcia Sanguino Canteri https://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/48512Avaliação acadêmica e modificação do regulamento de incentivos em uma universidade pública2024-10-03T15:17:14-03:00César Silva Montescesimont6@gmail.comHugo Manuel Camarillo Hinojozahcamaril@uacj.mx<p class="A-CORPODOTEXTO">O objetivo do artigo é apresentar resultados de pesquisas sobre as experiências e <a name="_Int_u1Hg4MiX"></a>vicissitudes de acadêmicos e funcionários universitários de uma instituição de ensino superior localizada no Norte do México, sobre as modificações no Regulamento do Programa de Incentivos ao Desempenho Docente que determina como a avaliação acadêmica deve ser feita. Os resultados surgiram de dois processos de pesquisa com duas metodologias: a teoria fundamentada e a etnografia. A primeira permitiu estabelecer a conexão entre a teoria e os dados emergentes para sistematizar os achados sem categorias pré-determinadas para examinar o trabalho de campo. A segunda reconhece a subjetividade como base da análise, mas endossa sua posição ética e compromisso político, que se caracteriza pela permanência prolongada do pesquisador no espaço estudado e sem manipular os dados. A literatura apresentada refere-se à avaliação acadêmica como um programa desejável para melhorar a produtividade acadêmica ou, em contrapartida, como meio de controle e poder de administração sobre os avaliados. Essa discrepância gerou confronto entre os docentes, pois foram excluídos das alterações introduzidas na regulamentação, como aumento da carga horária de tutoria, obtenção de pós-graduação para concorrer ao programa e diminuição das recompensas monetárias. O exposto emerge dos depoimentos dos informantes documentados por meio de entrevistas e observação participante para descrever os acontecimentos anotados em diário de campo, como a resistência dos docentes de 2011.</p>2024-09-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 César Silva Montes, Hugo Manuel Camarillo Hinojozahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/48452Aprendizagem, desempenho e satisfação de discentes no ensino remoto2024-09-10T14:56:18-03:00Cíntia Vanessa Monteiro Germano Aquinocintiavmg@gmail.comClayton Robson Moreira da Silvaclayton.silva@ifpi.edu.brJoelma Leite Castelojoelma.castelo@uece.brMônica Aparecida Ferreiramonicaapferreira@hotmail.comRuth de Lima Pereiraruthlima400@gmail.comAlexandra Alencar Siebraalesiebra@hotmail.com<p>Esta pesquisa investigou a relação entre aprendizagem, desempenho e satisfação de discentes no contexto do ensino remoto por meio de suas percepções e vivências durante a pandemia da covid-19. Para tanto, realizou-se um estudo quanti-qualitativo com estudantes do curso de Ciências Contábeis de uma universidade pública localizada no interior do estado do Ceará. O estudo foi desenvolvido em duas etapas, sendo a primeira uma pesquisa de levantamento (<em>survey</em>) com 257 estudantes, em que os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, análise fatorial confirmatória, teste t e modelagem de equações estruturais. A segunda etapa foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com 17 estudantes, na qual os dados qualitativos foram analisados por meio de análise de conteúdo. Os resultados indicam que a aprendizagem influencia positivamente o desempenho e a satisfação. Na mesma direção, verificou-se que o desempenho influencia a satisfação de forma positiva. Assim, este estudo traz reflexões sobre os impactos da pandemia no âmbito universitário, servindo de arcabouço para o delineamento de estratégias pedagógicas focadas na melhoria do processo de ensino-aprendizagem e, consequentemente, do desempenho e da satisfação dos discentes.</p>2024-08-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Cíntia Vanessa Monteiro Germano Aquino, Clayton Robson Moreira da Silva, Joelma Leite Castelo, Mônica Aparecida Ferreira, Ruth de Lima Pereira, Alexandra Alencar Siebrahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/48371Por detrás das cortinas2024-08-12T09:51:24-03:00Paula Amanda Santiago do Nascimentopaula.asantiagon@gmail.comAntonia Railene de Souza Rodriguesrailenerodrigues003@gmail.comJeanne Barros Leal de Pontes Medeirosjeanne.pontes@uece.brLydia Dayanne Maia Pantojalydia.pantoja@uece.brRoselita Maria de Souza Mendesroselita.mendes@uece.brBruno Edson-Chavesbruno.edson@uece.br<p>Botânica muitas vezes é entendida como difícil, memorística e enfadonha devido aos métodos tradicionais de ensino; dessa forma, utilizar métodos mais ativos que possibilitem o desenvolvimento de novas habilidades, como o uso das artes cênicas, podem mudar a visão sobre essa temática. Assim, este trabalho objetivou perscrutar sobre a utilização do teatro como estratégia para o ensino e aprendizagem de botânica ao relatar sobre o emprego de esquetes como alternativa dinâmica de ensino-aprendizagem nessa área. A pesquisa foi desenvolvida com 40 alunos matriculados na disciplina Morfologia e Taxonomia de Criptógamas do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Ceará. Os discentes foram divididos em grupos e cada equipe ficou responsável por encenar um esquete, que culminou nas apresentações em forma de festival. Os resultados apontam que o teatro pode influenciar a formação de licenciandos e que, segundo os estudantes, essa ferramenta, mesmo que trabalhosa, é considerada educativa, lúdica, transdisciplinar e inovadora. O interesse pelos temas botânicos nos quais os estudantes ficaram responsáveis para realização dos esquetes aumentou à medida que o projeto avançou, sendo que ao final 72,5% apresentaram interesse alto. As apresentações que mais chamaram a atenção foram: <em>Alice no país dos fungos</em> (semestre 1) e <em>Briófitas do sertão </em>(semestre 2), pois eram atrativas, bem encenadas e interativas com o público. Observa-se, por fim, que as artes cênicas podem ser um importante método de ensino que possibilita a aprendizagem ativa de conteúdos e desenvolvimento de novas habilidades, especialmente no que refere a conteúdos botânicos.</p>2024-07-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Paula Amanda Santiago do Nascimento, Antonia Railene de Souza Rodrigues, Jeanne Barros Leal de Pontes Medeiros, Lydia Dayanne Maia Pantoja, Roselita Maria de Souza Mendes, Bruno Edson-Chaveshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/47583Divulgação Científica em atividades desenvolvidas nos cursos de licenciatura em Ciências da Natureza2024-08-09T11:53:17-03:00Michelle Budke Costamichelleb@utfpr.edu.brFernanda Azevedo Veneufveneu@gmail.comMarcelo Borges Rocharochamarcelo36@yahoo.com.br<p>Objetivamos, aqui, mapear e analisar como os recursos de Divulgação Científica estão associados às atividades didáticas desenvolvidas nos cursos de formação inicial de professores em Ciências da Natureza. Realizamos uma pesquisa qualitativa, bibliográfica, nas publicações nacionais no portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, entre 2012 e 2022. O <em>corpus</em> documental foi constituído de dez artigos, os quais foram analisados com base em descritores gerais e específicos. Predominaram atividades em cursos de licenciatura na área de física e química. As atividades foram desenvolvidas majoritariamente em disciplinas na área de ensino e os textos de Divulgação Científica foram o recurso mais empregado. Os principais objetivos das atividades foram: promover a Divulgação Científica e contribuir para a formação inicial de professores, analisar a interpretação e compreensão de materiais de Divulgação Científica pelos licenciandos e a investigação sobre o uso desses materiais pelos licenciandos. As principais estratégias empregadas foram a realização de debates e discussões, aplicação de questionários e entrevistas e análise e leitura de diferentes tipos de textos. Não encontramos articulação entre as atividades desenvolvidas nos cursos de licenciatura com as práticas como componente curricular. Indicamos a Divulgação Científica como um meio de associar essas atividades.</p>2024-05-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Michelle Budke Costa, Fernanda Azevedo Veneu, Marcelo Borges Rochahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/46778A utilização do Arco de Maguerez como ferramenta metodológica em educação na saúde2024-08-12T09:45:07-03:00Luana Araújo Moreiraluanamoreira@alu.uern.brJosé Antonio da Silva Júniorjoseantonio.030@hotmail.comThales Allyrio Araújo de Medeiros Fernandesthalesallyrio@uern.brJoao Lucas de Paiva Paulinopaivapaulinojl@gmail.comEllany Gurgel Cosme do Nascimentoellanygurgel@uern.br<p class="A-CORPODOTEXTO">A temática deste trabalho é a educação na saúde, que aqui entende-se por: formação inicial, educação permanente e educação continuada na saúde. Na educação na saúde, métodos ativos podem ser eficazes para desenvolver a reflexividade e o engajamento em situações cotidianas. Dentre eles, destaca-se o Arco de Maguerez, que insere os estudantes em uma ativa busca por conhecimento. Este artigo trata-se de uma revisão de escopo, baseada nas diretrizes do JBI Institute, conforme as informações do Manual do Preferred Reporting Items for Systematic and Meta-Analyses – Extension for Scoping Reviews (PRISMA-SrC). Dentre os resultados, ressalta-se que desafios foram encontrados, destacando-se a pouca adesão, a reduzida percepção do educador sobre o seu papel educativo e as dificuldades na realização das etapas do Arco de Maguerez. Quanto à contribuição do método na aprendizagem, destaca-se o pensamento crítico, a busca por mudanças e por soluções de problemas, e a amplificação de competências do discente. Espera-se que a metodologia problematizadora possa se concretizar no processo de educação na saúde. Assim, o objetivo desta revisão foi mapear, na literatura nacional e internacional, a aplicação do Arco de Maguerez e suas contribuições como ferramenta para a metodologia da problematização no processo de educação na saúde. À luz dessas considerações, reafirma-se a relevância da temática como uma forma de entender sobre a metodologia da problematização, aplicada por meio do Arco de Maguerez, no processo de educação na saúde, além de esse trabalho servir também como ferramenta para avaliar as maneiras de utilização do Arco nesse processo.</p>2024-07-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Luana Araújo Moreira, José Antonio da Silva Júnior, Thales Allyrio Araújo de Medeiros Fernandes, Joao Lucas de Paiva Paulino, Ellany Gurgel Cosme do Nascimentohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/51070Docência e formação continuada no ensino superior2024-10-03T15:17:18-03:00Michelha Vaz Pedrosamichelha.pedrosa@ufes.brJosiléia Curty de Oliveirajosileiacoliveira@gmail.comIsabella Vilhena Freire Martinsivfmartins@gmail.com<p>Este artigo se insere no âmbito das discussões acerca da docência e da formação de professores no ensino superior. Ele relata a experiência de formação continuada de professores em uma universidade federal no Sudeste do Brasil, partindo do seguinte questionamento: como promover uma formação contínua que atenda às reais necessidades dos docentes do ensino superior? Metodologicamente, trata-se de um estudo qualitativo, do tipo relato de experiência, com o objetivo de socializar ações formativas promovidas para docentes universitários no período de 2018 a 2024. A discussão está ancorada em Masetto (2008), Masetto e Gaeta (2019), Imbernón (2012, 2022), Nóvoa (1992, 1997, 2017, 2023), dentre outros autores. Os resultados mostraram que a formação continuada em serviço proporcionou aos docentes espaços de socialização profissional por meio de diferentes atividades (grupo de estudos, palestras, minicursos e oficinas), consolidando comprometimento, coletividade e troca de experiências. Destaca-se, principalmente, a criação de um espaço de discussão acerca da docência universitária, possibilitando o estudo e o debate de temas apontados pelos próprios professores do campus como relevantes para a prática docente. Como conclusão, ressalta-se o surgimento de uma nova cultura de formação de professores na instituição em estudo. Essa ação fortalece a implementação de formação continuada institucionalizada no ensino superior, com o propósito de ressignificar os saberes e as práticas docentes, contribuindo também para o desenvolvimento pessoal e profissional dos professores universitários.</p>2024-09-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Michelha Vaz Pedrosa, Josiléia Curty de Oliveira, Isabella Vilhena Freire Martinshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/45980Práticas avaliativas na disciplina de Anatomia Humana2024-05-10T15:02:29-03:00Mayra Aparecida Côrtesmayracortes@alu.ufc.brRafaela Franco Moreirarafaela.moreira@gmail.comManira Perfeito Ramos da Silvamaniraramos@gmail.comFlavio César Vieira Valentimvalentimfisio@yahoo.com.brGilberto Santos Cerqueiragiufarmacia@hotmail.comRenata de Sousa Alvesrenata.alves@ufc.br<p class="A-CORPODOTEXTO">Este estudo investigou as estratégias de avaliação utilizadas por professores de Anatomia Humana em universidades brasileiras, empregando o método "bola de neve" para a coleta de informações. A coleta de dados foi realizada por meio do preenchimento de um questionário validado por especialistas e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado de Mato Grosso, sob o protocolo número 5.311.817. A amostra foi composta por 41 professores, sendo a maioria do sexo masculino (73,17%) e com idades entre 29 e 45 anos (51,21%). Cerca de 78% relataram ter formação na área de Anatomia Humana. Durante as avaliações diagnóstica e formativa, prevaleceram aulas expositivas dialogadas (70,7%) e avaliações práticas (61%), enquanto avaliações práticas e teóricas predominaram na avaliação somativa (82,9%). As dificuldades relatadas incluíram a necessidade de instrumentos avaliativos eficientes e a redução da carga horária destinada à disciplina. Os resultados destacam a necessidade de repensar a avaliação em Anatomia Humana, considerando o conhecimento prévio e o progresso dos estudantes. Embora as avaliações teóricas e práticas sejam predominantes, é essencial promover uma avaliação centrada na aprendizagem com formação contínua para os professores, visando o desenvolvimento das competências dos estudantes.</p>2024-04-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Mayra Aparecida Côrtes, Rafaela Franco Moreira, Manira Perfeito Ramos da Silva, Flavio César Vieira Valentim, Gilberto Santos Cerqueira, Renata de Sousa Alveshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/48743Saúde mental na comunidade em histórias em quadrinhos2024-03-23T10:13:51-03:00Caroline Magna de Oliveira Costacmagnaoli@gmail.comVerônica de Medeiros Alvesveronica.alves@eenf.ufal.brYanna Cristina Moraes Lira Nascimentoyanna.lira@eenf.ufal.br<p>Objetivo: descrever a experiência de retratar a temática de saúde mental na comunidade através de histórias em quadrinhos em uma aula da graduação de Enfermagem. Método: trata-se de um relato de experiência vivenciado durante o estágio de docência do mestrado do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas, o qual foi realizado na unidade de aprendizagem que aborda saúde mental e saúde da mulher, no período de julho a outubro de 2023. Em cinco etapas, foram desenvolvidas três histórias em quadrinhos utilizando a ferramenta on-line Pixton, baseadas no livro <em>Enfermagem psiquiátrica: conceitos de cuidado na prática baseada em evidências </em>de Mary C. Townsend. Resultados: as histórias em quadrinhos foram denominadas<em> Saúde mental na escola</em>, S<em>aúde </em><em>mental na consulta de enfermagem</em> e S<em>aúde mental na visita domiciliar</em>. Nelas, foram abordadas, respectivamente, a prevenção primária, secundária e terciária ao adoecimento mental. Foi discutido entre os discentes quais as ações que o enfermeiro e a equipe poderiam executar no cuidado prestado em cada contexto. Percebeu-se que a utilização desse recurso pedagógico foi válida no processo de ensino-aprendizagem da saúde mental, no contexto da atenção primária à saúde. Porém, notou-se que a utilização de quadrinhos em sala de aula ainda é pouco explorada na literatura e na prática docente. Considerações finais: as histórias em quadrinhos favoreceram o desenvolvimento de habilidades importantes tanto nos discentes quanto na mestranda, além de promoverem pautas voltadas ao estímulo da promoção da saúde mental comunitária. Dentre as limitações, destacam-se o fato de a experiência relatada ter sido realizada em apenas uma turma de graduação e a ausência de validação das histórias em quadrinhos por pares.</p>2024-10-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Caroline Magna de Oliveira Costa, Verônica de Medeiros Alves, Yanna Cristina Moraes Lira Nascimentohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/48471O impacto das tecnologias no ensino de Cálculo Diferencial e Integral2024-10-03T15:17:16-03:00Tatiane Goulart Coelhotatianegoulartcoelho@gmail.comLeandro Blassleandroblass@unipampa.edu.br<p class="A-CORPODOTEXTO">Nos últimos anos, pesquisas exploraram o uso de tecnologias no ensino de Cálculo Diferencial e Integral, visando diminuir os altos índices de reprovação no componente. Com isso, o presente artigo tem como objetivo analisar e discutir artigos, teses e dissertações que façam uso das tecnologias no processo de ensino de Cálculo Diferencial e Integral, a fim de responder à seguinte questão: como o uso de tecnologias pode potencializar o ensino de Cálculo Diferencial e Integral? Para isso, adotou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica, realizada através das palavras-chave “Cálculo Diferencial e Integral” e “Tecnologias” nas plataformas Google Acadêmico e Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, no período de 2018 a 2022. A análise dos dados foi realizada de maneira qualitativa com o auxílio do software IRaMuTeQ. Os resultados obtidos ressaltam que, as tecnologias podem potencializar o ensino dessa disciplina, mediante ilustrações gráficas, exemplificações de exercícios e possibilitando melhor interação entre professores e alunos. Através disso, conclui-se que para obter resultados satisfatórios com as tecnologias é necessário que elas sejam utilizadas de maneira coerente, respeitando as diversidades de cada ambiente educacional.</p>2024-09-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tatiane Goulart Coelho, Leandro Blasshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/48391O ensino de ciências na pós-graduação em Educação2024-03-06T23:11:37-03:00Fábio Pessoa Vieirafpvieira@ufba.br<p class="A-CORPODOTEXTO">O presente texto trata-se de um ensaio e tem como intuito apresentar a ampliação de possibilidades de produção do conhecimento para o ensino de ciências. Tais possibilidades se efetuam em espaços em que atuo como docente em programas de pós-graduação em uma universidade federal no Nordeste do Brasil. As aulas tornam-se territórios de interação entre mim e os cursistas para troca de vivências que ampliam nosso olhar para a diversidade de saberes constituídos em outras pedagogias, que são tecidas na relação de homens e mulheres com seu território que mesmo sendo tornadas ausentes por um modelo de ciência da modernidade, emergem no vivido. Por conseguinte, os movimentos de ensino-aprendizagem das aulas que ministro se constituem, também, como atualizações curriculares sobre temas e conteúdos presentes nos objetos de pesquisa dos cursistas, visando dialogar com um ensino de ciências pluralista. Referenciais decoloniais da Educação Popular e do pós-modernismo permitiram a tessitura do texto, cuja metodologia é constituída por narrativas referentes a aprendizados que construí a partir de vivências com duas comunidades tradicionais, uma de quebradeiras de coco babaçu e outra pesqueira, de partes distintas do território brasileiro. Os resultados expõem que outras pedagogias, presentes em comunidades pesqueira e de quebradeiras de coco babaçu nos aproximam de uma leitura de mundo diversificada, possibilitando caminhos para um ensino de ciências mais plural, baseando-se em uma multiplicidade de saberes.</p>2024-08-09T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Fábio Pessoa Vieirahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/47944Portfólio acadêmico2024-09-11T19:30:03-03:00João Pedro Souza MedeirosJpsouzamedeiros53@gmail.comNarciso DiLorenzo Machado Diasnarciso.dilorenzo@ufba.brDanúsia Cardoso Lagodanusia.mtc@gmail.comJoana Trengrouse Laignier de Souzajoanatrengrouse@gmail.comFernanda Khouri Barretofernanda.khouri@hotmail.com<p>O Instituto Multidisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia (IMS-UFBA) foi inaugurado em 2016, alicerçado em um Projeto Político Pedagógico com o intuito de formar médicos generalistas, humanistas, críticos e reflexivos. Nesse sentido, destaca-se o portfólio acadêmico como um instrumento avaliativo para o docente, uma vez que este possibilita a reflexão do discente no momento da sua construção. Este relato de experiência objetiva discorrer acerca do uso do portfólio on-line como ferramenta valiosa no processo de ensino-aprendizagem durante a graduação em Medicina no contexto da pandemia. Elaborou-se este relato de experiência a partir de seis registros de portfólios redigidos durante a seção prática do componente curricular intitulado Idosos: Aspectos Clínicos, Fisiopatológicos e Terapêuticos de Agravos Prevalentes. Nesse componente, foram conduzidas consultas clínicas com enfoque na saúde da pessoa idosa, bem como visitas domiciliares, nas quais se aplicou a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA). Por se tratar de um semestre inserido no contexto pandêmico, devido à covid-19, a percepção de saúde foi bastante discutida, uma vez que os problemas não se restringiam aos aspectos físicos, mas também aos mentais, principalmente no tocante à população idosa, diante do cenário de transformação das relações interpessoais. Destarte, o médico, durante a formação acadêmica, tende a trabalhar intensamente o conhecimento teórico e prático, todavia, não é usual a inclusão do conhecimento biopsicossocial nessa proposta. Inobstante, com a pandemia da covid-19, essa necessidade agravou-se e, com o auxílio do portfólio acadêmico, foi possível refletir acerca do perfil profissional dos médicos que estamos construindo para o futuro.</p>2024-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 João Pedro Souza Medeiros, Narciso DiLorenzo Machado Dias, Danúsia Cardoso Lago, Joana Trengrouse Laignier de Souza, Fernanda Khouri Barretohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/51314Preceptoria remota em puericultura2024-05-03T15:41:07-03:00Devani Ferreira Piresdevani.pires@ufrn.brPaula Fernanda Brandão Batista dos Santospaulafernandabb@hotmail.comMarcelo Viana da Costamarcelo.viana@ufrn.br<p class="A-CORPODOTEXTO">A pandemia da covid-19 exigiu rápidas transformações na educação em saúde, sem o tempo exigido à sua implementação. Assim, o objetivo principal da pesquisa foi compreender a percepção de médicos residentes de pediatria sobre o estágio de puericultura mediado por supervisão remota e síncrona. A prática educacional foi desenvolvida entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021, com a participação de uma preceptora e dez residentes do primeiro ano, cujo cenário de prática foi um ambulatório vinculado a um hospital universitário. Quanto ao percurso metodológico, o estudo utilizou uma abordagem qualitativa, fenomenológica e interpretativa. A coleta de dados foi obtida por meio de entrevistas semiestruturadas, gravadas em sessões de videoconferências. Os dados foram transcritos e submetidos à análise temática reflexiva. Os resultados demonstraram que as competências clínicas foram alcançadas, como a anamnese, a discussão de caso e a autonomia durante o atendimento. A maestria relacionada ao exame físico, entretanto, não atendeu às expectativas dos participantes. O estudo evidenciou a escassez de recursos tecnológicos apropriados e a necessidade de letramento digital do corpo discente e docente. A telemedicina permitiu a continuidade da assistência e promoção à saúde diante da pandemia, além da contribuição para a formação profissional. Requer, no entanto, a elaboração de diretrizes institucionais que qualifiquem esta prestação de serviço, por meio de dispositivos técnicos e regulamentadores que garantam a realização de práticas seguras e efetivas para estudantes, preceptores e usuários.</p>2024-11-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Devani Ferreira Pires, Paula Fernanda Brandão Batista dos Santos, Marcelo Viana da Costahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/46520Ensinar e praticar saúde mental em sala de aula2024-05-13T10:47:00-03:00Aline de Jesus Chavesalinechavespedagoga@gmail.comLuiz Paulo Ribeiroluizribeiro@live.com<p class="A-CORPODOTEXTO">No contexto de retorno às atividades presenciais, após o enfrentamento das medidas de contenção da crise sanitária da covid-19, o presente texto registra o relato de experiência de monitoria de graduação na disciplina de Psicologia da Educação, com ênfase em saúde mental em comunidades educativas. O objetivo deste artigo é contribuir para a produção de saberes pedagógicos que tenham em seu escopo a promoção de saúde mental dentro das comunidades educativas, visando a possibilidade de alunos de licenciaturas serem agentes de promoção de saúde mental em suas práticas docentes. Uma das peculiaridades deste estudo é que ele apresenta as demandas em saúde mental vivenciadas pelos alunos da disciplina acompanhada e pela aluna-autora. Para a produção deste documento, foi feita uma descrição das atividades realizadas em sala de aula durante as ações de monitoria de ensino, com o registro a partir de anotações feitas em diário de campo. A análise permite evidenciar que práticas pedagógicas e curriculares em sala de aula, tendo como pano de fundo a promoção de saúde mental no âmbito escolar-universitário, podem gerar vínculos e propiciar ambientes seguros de aprendizagem, mesmo após um período de grandes instabilidades, como ocorreu durante a pandemia.</p>2024-03-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Aline de Jesus Chaves, Luiz Paulo Ribeirohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/48821Flipped classroom adaptada ao ensino presencial e remoto2024-06-17T16:04:15-03:00Everlane Ferreira Mouraevermoura2@gmail.comWannise de Santana Limawannise@gmail.com<p>O presente artigo analisou os impactos da aplicação da metodologia <em>flipped classroom</em> no desempenho dos estudantes nas atividades e provas durante o ensino de química na graduação de uma instituição de ensino superior na cidade de Natal, no estado do Rio Grande do Norte. A metodologia ativa foi aplicada em turmas em períodos que ocorreram antes, durante e após as aulas-remotas, ocorridas em decorrência da pandemia da covid-19. O objetivo foi avaliar o desempenho dos estudantes no processo de ensino-aprendizagem comparando os resultados da aplicação da <em>metodologia flipped classroom</em> com as aulas tradicionais. Trata-se de um estudo de caso com abordagem descritiva e explicativa, com análise quantitativa de dados coletados. Foi possível verificar que o rendimento dos alunos no ensino <em>flipped classroom</em> foi superior ao rendimento das turmas com aulas tradicionais. O estudo comprovou também que os momentos de encontros presenciais com professor e com os colegas promovem melhores resultados que os encontros remotos. A aplicação da metodologia <em>flipped classroom</em>, nos cenários presencial e remoto, abre possibilidades de metodologias adaptadas em ensino híbrido e em ensino a distância, privilegiando, também, turmas com deficiências no aprendizado de conteúdo mais complexo, como é o caso da química.</p>2024-11-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Everlane Ferreira Moura, Wannise de Santana Limahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/48507Análise das crenças de autoeficácia de tutores da educação a distância 2024-11-18T09:15:54-03:00Raquel Tiemi Masuda Marecorachel.mareco@gmail.comCamélia Santina Murgocamelia@unoeste.br<p>Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a autoeficácia e as fontes de formação das crenças de autoeficácia de professores que atuam como mediadores on-line de um curso superior de tecnologia em Gestão Empresarial, oferecido na modalidade a distância, por uma faculdade tecnológica estadual. Foi realizado um estudo correlacional sobre a autoeficácia docente na educação a distância. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa na modalidade de pesquisa exploratória. Foram utilizados três instrumentos de coleta de dados: questionário sociodemográfico, escala de autoeficácia do professor e escala sobre fontes de autoeficácia. A coleta de dados ocorreu de forma on-line. Os dados obtidos foram submetidos às análises estatísticas descritivas (frequências, percentuais, escores médios e desvio padrão); análises associativas/correlacionais de Pearson, a fim de identificar possíveis correlações entre autoeficácia docente e fontes de formação de crenças de autoeficácia. Os resultados apresentados levaram à conclusão de que os docentes participantes da pesquisa possuem crenças de autoeficácia elevadas, independentemente da área de formação, titulação ou experiência. Porém, também foi apontado que essas crenças têm pouca influência das fontes das crenças de autoeficácia – experiência direta; experiência vicária; persuasão social; estados fisiológicos e afetivos –, visto que, na estatística correlacional, apresentaram correlação moderada ou baixa, o que indica pouca influência na construção dessas crenças para esses participantes. Dentre essas fontes, a experiência vicária exerceu maior influência na construção das crenças de autoeficácia dos participantes e os estados fisiológicos e afetivos exerceram a menor influência nessa construção.</p>2024-10-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Raquel Tiemi Masuda Mareco, Camélia Santina Murgohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/48435Formação continuada de professores/as do campo no Programa Escola da Terra da UFAM2024-11-19T17:22:45-03:00Érica de Souza e Souzasouzaoficial7@gmail.comGabriel Rodrigues do Nascimentogabriel.nascimento@semed.manaus.am.gov.brHeloisa da Silva Borgesheloborges@ufam.edu.br<p>Neste artigo, objetivamos socializar as experiências de formação continuada de professores/as do Programa Escola da Terra, desenvolvido pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), através do curso de pós-graduação <em>lato sensu</em> de Especialização Educação do Campo Práticas Pedagógicas, em convênio com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (SECADI) do Ministério da Educação (MEC), com apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e em parceria com a Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar do Amazonas (SEDUC-AM) e secretarias municipais de educação por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR). Dessa forma, este registro evidencia em si os resultados do eixo temático “Fundamentos Epistemológicos da Educação do Campo”, realizado durante os meses de novembro e dezembro de 2022, no município de São Sebastião do Uatumã, estado do Amazonas. A coleta de dados se realizou por meio de pesquisa-ação e diário de campo, contando com o apoio da pesquisa bibliográfica ancorada nos escritos de Caldart (2004, 2012), Santos (2017), Souza Neto (2022), Foerste <em>et al.</em> (2018), Saviani (2019, 2021), Arroyo (2008, 2012), entre outros estudiosos da temática ora abordada. Ademais, ainda foram utilizados documentos oficiais relacionados ao programa Escola da Terra e Projeto Político Pedagógico do curso de especialização para compor esta pesquisa. Os resultados revelaram que os cursistas compreenderam que a Educação do Campo possui uma lógica diferente da Educação Rural, que se sustenta na racionalidade do capital. Além disso, pode-se compreender que os movimentos sociais do campo exercem grande influência na construção da Educação do Campo em curso no país, bem como na formulação de políticas públicas para o campo, denotando a formação humana como um dos aspectos imprescindíveis para a construção de um projeto societário contra-hegemônico.</p>2024-10-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Érica de Souza e Souza, Gabriel Rodrigues do Nascimento, Heloisa da Silva Borgeshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/48237Serviço de vacinação no curso de graduação em Farmácia2024-08-26T18:53:52-03:00Carlos Eduardo de Oliveira Pereiracarloseduardo.farmacia@gmail.comMichelle Cançado Araújo Barrosmichellebarros1985@gmail.comEduardo Henrique Ferreira Bambirraeduardo.hbambirra@gmail.comClarice Chemelloclachemello@gmail.com<p class="A-CORPODOTEXTO">A incorporação do ensino sobre vacinação nos projetos pedagógicos curriculares dos cursos de Farmácia apresenta-se necessária às demandas educacionais contemporâneas. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi descrever a experiência do docente na oferta de uma disciplina sobre o serviço de vacinação no curso de graduação em Farmácia, utilizando-se metodologias ativas de ensino. Para isso, realizou-se um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, baseado nos registros individuais do docente responsável pela disciplina. Após a análise desses registros, identificou-se três temas: a experiência docente na estruturação da disciplina, a performance dos estudantes na disciplina e a utilização do simulador de alta fidelidade em aulas práticas. Nesse contexto, o docente relatou enfrentar dificuldades em administrar as aulas práticas devido ao risco intrínseco de acidentes com perfurocortante durante as atividades desenvolvidas e pela quantidade de discentes, 17 no total, a serem acompanhados, julgando-se necessário a contribuição pontual de outros profissionais para prestarem o apoio técnico. O docente avalia como positiva a performance dos estudantes, pois além dos bons rendimentos médios nas atividades avaliativas, os discentes demonstraram interesse e engajamento no assunto. O docente também avaliou satisfatoriamente a utilização do simulador de alta fidelidade, considerando o aspecto da segurança proporcionada por este ao possibilitar a condição de praticar repetidas vezes as técnicas de administração, o que não seria possível se a prática fosse realizada com aplicações em pessoas. Assim, a experiência do docente apontou contribuições para a estruturação e oferta de uma disciplina para estimular o desenvolvimento de competências clínicas relacionadas ao serviço de vacinação. Dentre elas, destacam-se a necessidade de apoio técnico nas aulas práticas, a eficácia das metodologias ativas de ensino e a utilização de simulador de alta fidelidade, reproduzindo situações reais de atendimento.</p>2024-08-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Carlos Eduardo de Oliveira Pereira, Michelle Cançado Araújo Barros, Eduardo Henrique Ferreira Bambirra, Clarice Chemellohttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/47245Novos cursos de graduação em Medicina no Brasil2024-08-12T09:37:35-03:00Graciela Soares Fonsêcagal_sf@hotmail.comAmanda Boffmanda.boff@gmail.comLeonardo Félix Corezzollaleonardo.corezzolla@gmail.comSimone Rennó Junqueirasrj@usp.edu.br<p>A educação superior em medicina vem passando por transformações nas últimas décadas, processo intensificado pelo Programa Mais Médicos e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais. Na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó, um novo curso de graduação em Medicina, com 40 vagas anuais, foi iniciado em 2015 seguindo o novo formato. Este trabalho objetiva analisar a percepção dos estudantes do curso de Medicina da UFFS acerca desse novo formato. Trata-se de um estudo exploratório, qualitativo, cuja coleta de dados foi realizada por meio de quatro grupos focais, com a participação de 38 estudantes matriculados nas quatro turmas iniciais. As discussões foram audiogravadas, transcritas e analisadas pela Hermenêutica-Dialética. Foram identificadas as seguintes categorias de análise: motivações para escolher o curso de Medicina e a UFFS; expectativas em relação ao futuro profissional e percepções sobre questões pedagógicas e curriculares do curso. A percepção desses acadêmicos acerca de sua implantação expressa-se de modo divergente, ampliando a compreensão à medida que avançam os semestres. A construção desse novo curso enfrenta obstáculos como a inserção dos estudantes nos serviços de saúde e o imaginário médico relacionado ao modelo hegemônico de assistência à saúde. Embora a percepção dos estudantes aponte potencialidades, também aponta fragilidades e indícios de um curso em construção.</p>2024-06-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Graciela Soares Fonsêca, Amanda Boff, Leonardo Félix Corezzolla, Simone Rennó Junqueirahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/46537Formação do pós-graduando para docência na educação superior2024-09-11T19:26:38-03:00Yuna Lélis Beleza Lopesyuna.lopes@usp.brMárcia Mendes Ruiz Cantanomarcia.cantano@usp.brNoeli Prestes Padilha Rivasnoerivas@ffclrp.usp.br<p class="A-CORPODOTEXTO">Este ensaio visa reflexões destinadas à formação do futuro docente universitário – no caso, estudantes de pós-graduação – e à construção de espaços que garantam a formação didático-pedagógica desses sujeitos. Existem especificidades para o exercício da docência e, quando são desconhecidas ou negadas, afetam de algum modo a formação dos estudantes de graduação e de pós-graduação. Construído coletivamente, este trabalho resulta de atitude investigativa, leituras e reflexões em torno da relevância da formação adequada dos pós-graduandos, que poderão ser futuros professores do ensino superior, e em torno de se os docentes formadores desses estudantes têm conhecimento das especificidades e saberes para o trabalho docente. De modo introdutório, salienta a respeito dos processos de formação pedagógica aos alunos de pós-graduação para a docência universitária. Na sequência, explora-se a questão dos saberes específicos da docência que superam a instrumentalidade técnica. Com breves considerações, destaca-se a relevância de políticas públicas e institucionais de formação para a docência universitária, uma vez que a legislação não preconiza os conhecimentos especificadamente pedagógicos para o exercício docente no ensino superior. Ainda, advoga-se por uma atuação docente no ambiente acadêmico que se instrumentalize de alternativas que valorizem a complexidade da ação docente, sempre intencional. Reconhece-se a existência de um campo científico de saberes pensar responsavelmente a formação atual dos pós-graduandos, futuros professores universitários.</p>2024-06-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Yuna Lélis Beleza Lopes, Márcia Mendes Ruiz Cantano, Noeli Prestes Padilha Rivashttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/55042Universidade, ensino de História e ditadura militar sob o olhar de Rodrigo Patto Sá Motta 2024-10-01T14:42:33-03:00Rodrigo Patto Sá Mottarodrigopsamotta@gmail.comLuisa Teixeira Andradelteixeiraa@gmail.comAlessandra Soares Santosalessandrast@ufmg.br<p>Nesta entrevista realizada com o professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rodrigo Patto Sá Motta, objetivou-se refletir acerca da história da repressão às universidades no contexto da ditadura, do ensino de História durante e sobre a ditadura e das incidências do regime militar na cultura política brasileira. Realizada no dia 6 de agosto de 2024, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) da UFMG, a entrevista seguiu um questionário semiestruturado. Na oportunidade, o professor relatou o processo de investigação para a produção de seu livro sobre as universidades e o regime militar, obra publicada há dez anos e que tem inspirado pesquisas acadêmicas no Brasil e na América Latina. Nela, ele apresenta os conceitos de <em>resistência</em> e <em>acomodação</em> como polos opostos na análise da relação entre a universidade e a ditadura militar. Rodrigo Patto Sá Motta também refletiu sobre a desqualificação social do conhecimento acadêmico sobre a ditadura militar, sobre sua experiência na pesquisa e na docência do ensino superior no contexto do governo de Jair Bolsonaro e sobre a eleição, na Argentina, de um candidato de extrema-direita negacionista da ditadura militar. O professor ainda indicou caminhos para as práticas de professores da educação básica na abordagem da ditadura militar em sala de aula. Concluiu-se que os jogos de acomodação não foram uma estratégia bem-sucedida de resistência à ditadura e que a defesa dos valores democráticos, no presente, é uma tarefa incontornável de toda a comunidade universitária. <strong> </strong></p>2024-11-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Rodrigo Patto Sá Motta, Luisa Teixeira Andrade, Alessandra Soares Santoshttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/53790Educação popular e ditadura militar2024-11-19T17:10:53-03:00Juarez Tarcisio Dayrelljuareztd@gmail.comGeraldo Magela Pereira Leãogleao2001@gmail.comJoão Paulo Mariano Dominguesjmarianodomingues@gmail.comLorena Trigueiro Rochalotrigueiro@hotmail.com<p class="A-CORPODOTEXTO">O texto resulta de uma entrevista realizada com Juarez Tarcísio Dayrell, professor aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e fundador do Observatório da Juventude da UFMG. Ela teve como objetivo refletir sobre as relações entre universidade e ditadura militar, tendo como pano de fundo sua trajetória como educador popular e docente. A entrevista se deu na forma de uma conversação, a partir de um roteiro semiestruturado. Os depoimentos foram gravados, transcritos e reorganizados com o propósito de garantir o melhor encadeamento das ideias e da argumentação. As análises foram feitas a partir dos princípios da educação popular e da perspectiva teórica de Paulo Freire, nos permitindo compreender os impactos da ditadura militar sobre a vida de estudantes e docentes, mas também os processos de mobilização social e resistência construída pela sociedade civil, especialmente por educadores populares, que nos permitiram chegar à redemocratização da vida política no país.</p>2024-10-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Juarez Tarcisio Dayrell, Geraldo Magela Pereira Leão, João Paulo Mariano Domingues, Lorena Trigueiro Rochahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/54177No caminho da máquina, a universidade2024-11-18T09:10:48-03:00Heloisa Maria Murgel Starlingprojetorepublicaufmg@gmail.comDaniel Santos Bragadaniels.braga@hotmail.comMarjory dos Santos Muniz marjorymuniz.universidade@gmail.com<p class="A-CORPODOTEXTO">O golpe de 1° de abril de 1964 instaurou no Brasil um regime de exceção que perdurou por 21 anos e afetou de forma indelével todas as dimensões da vida social no país. Uma dessas dimensões foi a educação superior em seus mais diversos aspectos: sua organização e estrutura, autonomia e relações de ensino e aprendizagem. Compreender as repercussões da ditadura militar na universidade brasileira pode contribuir para lançar luz sobre o papel dessas instituições na sociedade, bem como na necessidade de sua defesa. Este texto apresenta entrevista realizada com a historiadora, cientista política e professora titular do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais, Doutora Heloísa M. Starling. Em sua explanação, a entrevistada aborda desde análises sobre o contexto do golpe e do regime instalado, em grande medida já referenciadas em sua vasta obra, quanto sobre suas vivências como estudante de graduação, pós-graduação e no exercício da docência naquele contexto. O texto, mais do que uma incursão ao passado, enseja um exercício de reflexão sobre o presente e sobre o lugar da universidade nele, na construção de uma sociedade mais justa, e de um conhecimento científico mais democrático.</p>2024-10-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Heloisa Maria Murgel Starling, Daniel Santos Braga, Marjory dos Santos Muniz https://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/53783Docência e extensão universitária2024-07-30T18:48:00-03:00Maria Guiomar da Cunha Frotafrotaguiomar@yahoo.com.brPatrícia Nascimento Silvapatricia.inf@gmail.comPatrícia Carla Oliveira Carneiro Silvapaticocarneiro@gmail.com<p class="A-CORPODOTEXTO">Entrevista com a professora doutora Maria Guiomar da Cunha Frota sobre os 60 anos do golpe de 1964 no Brasil, realizada em julho de 2024, utilizando a técnica de coleta direta, por meio de um roteiro elaborado com questões sobre a ditadura, memórias da repressão e da resistência, objeto de pesquisa da professora, na perspectiva da docência e da extensão. Na entrevista, foi possível dialogar sobre pedagogia universitária, formação em direitos humanos, articulação universidade-escola e os desafios da docência, tanto no contexto da ditadura quanto no cenário atual. A professora destacou a importância das comissões, retomadas no governo atual, para implementação das medidas de justiça de transição e dos acervos de documentos para registro e memória do golpe de 1964. Acerca da docência, destacou os 10 anos das formações transversais na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Formação Transversal em Direitos Humanos, que permite aos alunos vivenciarem, na prática, a interdisciplinaridade. Com relação à pesquisa, falou sobre a importância da produção e publicação de conhecimentos sobre o golpe, sobre a divulgação desses conhecimentos nas disciplinas e sobre as contribuições nos distintos fóruns para pensar nas recomendações da Comissão da Verdade, sua implementação e o acompanhamento desse processo. Sobre a extensão, frisou a criação, em 2021, da Universidade dos Direitos Humanos, que é uma diretoria da Pró-Reitoria de Extensão, como uma das várias medidas que já vinham sendo construídas na Universidade, direcionada ao campo dos direitos humanos, para pensar o desenvolvimento dessas políticas na UFMG.</p>2024-10-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Maria Guiomar da Cunha Frota, Patrícia Nascimento Silva, Patrícia Carla Oliveira Carneiro Silvahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/46953Professora universitária negra e trans2024-08-12T08:42:16-03:00Maylla Monnik Rodrigues de Sousa Chaveiromaylla.chaveiro@gmail.comFeibriss Henrique Meneghelli Cassilhasfeibriss@ufba.brBruna Lopes CoutoD202020851@uftm.edu.br<p class="A-CORPODOTEXTO">Este texto é resultado da entrevista com a professora Feibriss Henrique Meneghelli Casillas, da Universidade Federal da Bahia, e tem como objetivo compreender sua trajetória e mapear estratégias de resistência que permitiram adentrar o espaço da universidade enquanto docente, rompendo os sistemas de opressão colonial. A entrevista foi feita com um roteiro semiestruturado, tendo por base a perspectiva teórico-metodológica da interseccionalidade. A partir desse diálogo, refletiu-se acerca de questões como: desafios em ser professora negra e trans na universidade; estratégias de enfrentamento ao racismo estrutural a partir da docência; importância do aquilombamento enquanto estratégia política de fortalecimento de intelectuais negras na academia; reconstrução de uma democracia na sociedade brasileira por meio da ruptura com a supremacia branca cis-heteropatriarcal que embasa a construção da ciência moderna. Destarte, o encontro com Feibriss traz à tona o entendimento e a força de sua trajetória enquanto pessoa trans feminina, negra e professora universitária, de modo a auxiliar outras pessoas negras, as quais pretendem seguir pelo caminho acadêmico. Por fim, a entrevista também visa contribuir com a área de estudos de gênero, sexualidade, raça e etnia.</p>2024-06-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Maylla Monnik Rodrigues de Sousa Chaveiro, Feibriss Henrique Meneghelli Cassilhas, Bruna Lopes Couto